Buscar

embriologia trabalho c sumario

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO
 O sêmen humano é formado por um conjunto celular composto por espermatozoides e por fluído secretado pelas glândulas sexuais acessórias. Os espermatozoides são os gametas masculinos produzidos nos túbulos seminíferos e representam a porção celular do sêmen; o plasma seminal é responsável pelo transporte e pela proteção dos espermatozoides. O espermatozoide é formado na região testicular e precisa passar por um processo de maturação até atingir sua maturidade, caracterizando sua capacidade de fertilidade no oócito. Para originar o espermatozoide, células denominadas passam por diversos estágios para atingir característica de célula responsável pela fecundação, esses estágios são: espermatogônias, espermatócitos primários, espermatócitos secundários, espermátides e por fim, espermatozoides. Durante o trânsito epididimário e a ejaculação, as células espermáticas entram em contato com os produtos secretórios das glândulas anexas e passam a adquirir motilidade progressiva, habilidade de reconhecimento e ligação com a zona pelúcida e fusão com a membrana plasmática do oócito. O plasma seminal serve como forma de avaliação do sêmen e exerce várias funções sobre o metabolismo espermático e o processo de fecundação como a ativação da motilidade espermática, ação antimicrobiana, neutralização dos metabólitos espermáticos, proteção contra a acrosina por meio de inibidores de proteases, entre outros. Através da análise do sêmen em cada parte dos seus componentes é possível identificar e analisar alterações que podem ou não caracterizar um estado patológico no homem. Alguns dos procedimentos e parâmetros de análise do sêmen, bem como possíveis patologias, síndromes e causas de infertilidade serão expostos no seguinte trabalho.
2 ESPERMOGRAMA 
O espermograma é uma análise de dados sobre a quantidade e a qualidade dos espermatozoides. Esse mapeamento é um conjunto de exames que são básicos para a avaliação inicial da esterilidade conjugal, avaliação de varicocele (dilatação anormal das veias do plexo pampiniforme testicular), controle pós vasectomia, tratamentos e análises forenses. A qualidade do sêmen é alterada em algumas situações de que há interferência de fator ambiental ou medicamentos.
2.1 Coleta de material 
A coleta do sêmen pode ser feita através da masturbação. Para isso, o ambiente de coleta geralmente fornece os estímulos visuais, tais como filmes e revistas. A ejaculação deve ocorrer dentro do frasco, sem uso de qualquer substância lubrificante, pois isso poderia interferir no resultado final do exame. Não é indicado que o material seja coletado em outro ambiente que não seja o laboratório, mas caso aconteça, é necessário algumas medidas serem seguidas para manter a integridade da coleta do material.
	 MEDIDAS NECESSÁRIAS
	Higienizar mãos e pênis antes da coleta
	Utilizar recipiente limpo para o armazenamento da amostra
	Não utilizar métodos alternativos para obtenção do sêmen
	Evitar perda do material durante a coleta
	Evitar o uso de preservativos de Látex durante a coleta
	É necessário informar a hora da coleta
	
De acordo com as instruções de biossegurança, todas as amostras devem ser manuseadas como materiais potencialmente infectantes. Todas as amostras de sêmen são potencialmente reservatórios de HIV e de hepatite, portanto, precauções padrão devem ser observadas em todos os momentos da análise. 
3 EXAME MACROSCÓPICO
3.1 Liquefação ou coagulação 
A amostra normal de sêmen se liquefaz em até 60 minutos, em temperatura ambiente, após a coleta. As alterações podem ser: 
Primária: o sêmen se liquefaz por total logo após a ejaculação, seja pela obstrução dos ductos ou agenesia (atrofia de um órgão ou tecido por parada do desenvolvimento na fase embrionária) das vesículas seminais. 
Parcial: O sêmen é se torna liquefeito parcialmente logo após a ejaculação devido à deficiência de espermolisinas (enzimas proteolíticas).
Ausência de coagulação: ausência completa ou parcial dos fatores de coagulação (provenientes da vesícula seminal), níveis baixos de testosterona e di-idrotestosterona, causando a mobilidade dos espermatozoides. 
Ausência de liquefação: As substâncias de liquefação estão em baixas quantidades, isso gera uma viscosidade aumentada do líquido espermático (aspecto heterogêneo). Esse quadro gera a imobilidade dos espermatozoides. 
3.2 Volume
O volume do líquido espermático e a secreção da próstata e das vesículas seminais são diretamente proporcionais. Esse volume pode variar em um mesmo indivíduo dependendo da quantidade de relações sexuais (frequência de coito). O valor normal encontrado é de 2,0 a 5,0 ml. As alterações relacionadas ao volume são as seguintes: 
Hipospermia: Volume de líquido menor que 2,0 ml devido a insuficiência ou ausência de abstinência sexual, insuficiência vesicular ou baixos níveis séricos de testosterona. 
Hiperespermia: Volume aumentado de sêmen, ultrapassando 5,0 ml. Isso se deve a abstinência sexual prolongada ou afecções próstato-vesiculares. 
Aspermia: Acontece quando há a ausência de ejaculação devido a agenesias, ejaculação retrógrada (sêmen fluindo em direção à bexiga) ou alterações no controle nervoso da ejaculação. 
3.3 Aspecto
A composição do sêmen pode ser divida em duas partes: o plasma seminal e os espermatozoides. Cerca de 60% do plasma seminal é produzido nas vesículas seminais, contendo aminoácidos, enzimas e principalmente frutose, que é a fonte de energia das células espermáticas e a vesiculase que é um tampão vaginal. Outros 30% são produzidos pela próstata que contém, entre outros elementos, a fosfatase ácida e o ácido cítrico, que têm o papel de neutralizar o ambiente ácido do canal vaginal, que é naturalmente nocivo ao esperma. O restante 10% vem da glândula bulbouretral para limpeza e lubrificação. 
Devido a toda essa composição o sêmen tem sua consistência, cor e cheiro característico. Após a ejaculação o sêmen é heterogêneo, pois se encontra coagulado. A consistência viscosa e espessa serve para auxiliar a aderência do esperma no útero, facilitando a fecundação. Já a cor varia do branco ao transparente, podendo variar conforme o período de intervalo entre as ejaculações ou com a abstinência sexual. Sangramentos da próstata ou vesículas seminais podem deixar o sêmen com uma coloração marrom. O sêmen tem seu cheiro característico, que pode variar de pessoa para pessoa sendo muitas vezes o normal a aparência com uma clara de ovo.
3.4 Coloração
	A coloração da amostra de sêmen considerada normal possui uma variação entre a coloração branco opaca e a transparência, em virtude do período de intervalo das ejaculações ou abstinência sexual. Após liquefação, esse material torna-se translucido. A presença de flavinas (dos espermatozoides e do liquido seminal) ou a presença de piocitos podem deixar o sêmen com um aspecto amarelo. O uso de medicamento ou patologias sistêmicas como a icterícia também permitem esse tom amarelado; infecções virais ou bacterianas podem acrescentar característica purulenta junto a esse tom amarelado. A Hematospermia (presença de hemácias no sêmen) caracteriza uma coloração avermelhada ou marrom, que pode sinalizar ruptura dos vasos na ejaculação e alterações na próstata e vesículas seminais.
3.5 PH
O pH do sêmen é básico, entre 8,1 e 8,4. Essa acidez elevada é decorrente do fato do pH do trato reprodutor da mulher ser entre 3,8 e 4,2, contendo ácido lático produzido pela microflora vaginal, que é nocivo aos espermatozoides. O sêmen têm uma função de contrabalanço pois seu pH varia de 7 a 8. Além disso, o interior da vagina e do útero é muito viscoso e recheado de células imunes. As proteínas contidas no sêmen fornecem um ambiente fluido e de proteção ao DNA contido nos espermatozoides contra uma acidez que pode desnaturá-lo.
Um exemplo disso são as prostaglandinas, produzidas pela vesícula seminal, que atuam suprimindo a resposta imune da mulher aos "corpos estranhos" quesão os espermatozoides e o zinco, secretado na próstata, que ajuda na estabilização do DNA espermático. Uma deficiência de zinco reduz a fertilidade justamente pela falta de proteção ao material genético do espermatozoide.
3.6 Densidade 
A densidade está relacionada com quantidade de espermatozoides presentes no sêmen. É uma característica macroscópica que passa a ser chamada de concentração quando colocada na câmara para realizar a contagem de espermatozoides. A densidade pode ser influenciada pelo volume das secreções da vesícula seminal e da próstata e não é uma medida de função testicular. O número de espermatozoides por ml varia entre 60 e 120 milhões.
A Oligozoospermia (redução na quantidade de espermatozoides) é considerada quando o homem possui menos que 20 milhões de espermatozoides/ml. As causas podem incluir a varicocele, infecções geniturinárias, calor, idade, peso, drogas e poluentes.
a.) Oligozoospermia severa: <5 milhões de espermatozoides/ml.
b.) Azoospermia: Nenhuma presença de espermatozoide no ejaculado mesmo após a centrifugação de toda a amostra. Dentre as causas pode-se incluir doenças congênitas ou adquiridas do hipotálamo, hipófise, ou doença aos órgãos periféricos resultando em uma alteração do eixo-hipotalâmico-hipófise, distúrbios genéticos, radiação e quimioterapia.
3.7 Vigor 
Na ejaculação o sêmen sai no estado de gel, a 10 km por hora e a temperatura de 37 graus. O líquido seminal é rico em nutrientes e serve de veículo para os espermatozoides. Dentro do corpo o espermatozoide sobrevive por até 72h e no laboratório em meios de cultura apropriados pode viver até 110h. 
	Velocidade com trajetória harmonizada
	Retificação da trajetória real feita pelo espermatozóide.
	Velocidade em linha reta
	Velocidade média em linha reta do começo ao fim da trajetória
	Velocidade curvilinear
	Percurso efetivamente realizado pelo espermatozoide na unidade de tempo (trajetória real).
	Amplitude lateral
	Comprimento total da oscilação da cabeça. Importanteporque está relacionada com a capacidade de penetração na zona pelúcida do óvulo.
	Frequência de oscilação
	É o número de vezes que o espermatozoide cruza a linha ideal por unidade de tempo. É uma medida de sinuosidade (Zig-Zags).
	Linearidade
	É a relação entre velocidade em linha reta/velocidade curvilinear. Quanto mais o espermatozoide se afasta da velocidade em linha reta, menor será a sua linearidade.
3.8 Viscosidade 
	A viscosidade do sêmen depende da ação do processo de coagulação e liquefação. Quando o sêmen é altamente viscoso pode ser um indicativo de disfunção da próstata (na produção de enzimas proteolíticas que agem na liquefação), ejaculação frequente, ou um estado psicológico do paciente. O aumento da viscosidade diminui a motilidade dos espermatozóides. Quando o sêmen tem característica fluida, há sinalização baixa concentração de espermatozoide. O procedimento é realizado com o uso de uma pipeta de aproximadamente 5 ml, deixando o sêmen pingar pela ação da gravidade para que seja observado o comprimento do filete formado.
	VISCOSIDADE
	 AMOSTRA
	Aumentada
	Despende da pipeta em gotas
	Normal
	Alonga-se em filetes com menos de 2 cms
	Diminuída
	Alonga-se em filetes com mais de 2 cms de comprimento.
EXAME MICROSCÓPICOS
Morfologia
Os espermatozoides provém de células chamadas espermátides, que inicialmente apresentam-se como células epitelioides, mas começam a se diferenciar rapidamente, alongando-se, e por fim, formando os espermatozoides. Eles são divididos em cabeça e cauda.
 Na cabeça existe o núcleo condensado da célula, membrana plasmática e camada citoplasmática, envolvendo-a. O acrossomo, encontrado na parte externa dos dois terços anteriores da cabeça, é formado principalmente pelo aparelho de Golgi e contém importantes enzimas que tornam possível que o espermatozóide fertilize o óvulo, como a hialuronidase (que digere filamentos de proteoglicanos) e enzimas proteolíticas (que podem digerir proteínas).
O flagelo representa a cauda do espermatozóide, e tem três estruturas fundamentais que são: axonema, um esqueleto central formado por 11 microtúbulos; membrana celular recobrindo o axonema; corpo da cauda, que é um conjunto de mitocôndrias que envolvem o axonema na porção proximal da cauda.
O movimento de vaivém da cauda é resultado do deslocamento rítmico longitudinal entre túbulos anteriores e posteriores que compõem o axonema.
4.2 Motilidade
Diante da motilidade existe uma classificação usada para medir o grau de movimentação do espermatozoide. A classificação do vigor de acordo com os padrões da OMS 1992
	Tipo A
	Espermatozoides móveis com progressão rápida
	Tipo B
	Espermatozoides móveis com progressão lenta
	Tipo C
	Espermatozoides móveis sem progressão
	Tipo D
	Espermatozoides imóveis
Um resultado considerado positivo precisa ter 32% ou mais na categoria A e B. Se o resultado der 25% apenas na categoria A, já significa um quadro de astenozoospermia, ou seja, os espermatozoides, por mais que tenham uma boa contagem, não conseguem se mover de forma eficiente para as trompas, onde encontram com o óvulo.
Fármacos foram elaborados para que a motilidade aumentasse um exemplo é o pentoxifilina que é usada no preparo do sêmen para reprodução assistida melhorando a motilidade espermática e otimizando a capacidade do espermatozoide fertilizar o óvulo. Além disso, a pentoxifilina atua como antioxidante, impedindo a formação de radicais livres de oxigênio. A resposta à pentoxifilina varia individualmente, sendo necessário testar previamente sua eficácia. 
4.3 Contagem de espermatozoide
A quantidade de espermatozoides que constituem o líquido espermático total é de grande relevância, já que sua maximização ou minimização reflete a presença de patologias. Portanto, faz-se necessário a utilização do espermograma como meio substancial para obtenção desses dados. 
Essa quantificação de espermatozoides pode ser dada de duas maneiras, pela concentração espermática em mililitros ou pelo número total de espermatozoides em cada ejaculação. Os valores de referência cursam em torno de no mínimo 15 milhões ou mais espermatozoides por mililitro de sêmen no que refere-se à concentração espermática, e em torno de 39 milhões ou mais de espermatozoides por ejaculação no que concerne ao número total de espermatozoides. 
Tem-se Oligozoospermia quando o número de espermatozoides é menor que 20.000.000/ml. A oligozoospermia pode ser permanente (concomitante necrospermia e astenospermia) e periódica (confirmado através de espermogramas seriados, com intervalo de 2 semanas, durante o período de 3 meses). Pode ser causada por infecção do trato genital, anomalias cromossômicas, alterações hormonais e pouca abstinência sexual. A Azoospermia é a ausência de espermatozoides no sêmen, suas causas são as mesmas que causam oligozoospermia, além de agenesias gonadais. 
4.4 Contagem de leucócitos
A quantidade de leucócitos no esperma é avaliada através de um espermograma e a sua contagem é feita por mililitros de sêmen.
Valores iguais ou inferiores a um milhão de leucócitos por mililitro de esperma é considerado normal. Assim, o valor de referência para a concentração de leucócitos por mililitros na amostra é < ou = 1,0x106/ml. Entretanto existem alterações na qual os valores superam os 10 milhões de leucócitos por mililitro, nesse caso tem-se uma patologia denominada de prospermia.
Sempre que ocorre algum tipo de infecção o corpo humano tenta combatê-la. Com isso o sistema de defesa precisa se equipar recrutando mais glóbulos brancos. Logo, a presença exacerbada de leucócitos no líquido espermático pode ser reflexo de uma infecção precursora a uma esterilidade temporal, devendo ser tratada para que não se torne crônica. 
A cultura do esperma consiste em analisar o esperma ou sêmen em busca de infecções causadas por bactérias e fungos. As amostras são incubadas na temperatura adequada paracada método e uma observação e contagem das colônias de leucócitos é feita posteriormente. A cor da colônia é indicativa do micro-organismo que a forma.
Os principais micro-organismos causadores do número elevado de leucócitos, encontrado com freqüência, são bactérias como a Escherichia coli, Klebsiella pneumonia, Proteus mirabilis, Pseudomona aeruginosa, Staphilococcus aureus. Portanto, a detecção do micro-organismo específico possibilita um tratamento capaz de erradicar a infecção.
PATOLOGIAS 
Defeitos maiores
Os defeitos maiores são qualquer tipo de anormalidade correlacionada com prejuízos de fertilidade ou com uma condição patológica do testículo ou epidídimo, dentre elas, têm-se formas duplas, Knobbed sperm (grânulo persistente do acrossomo, formado na espermiogênese), decapitado, piriforme, estreito na base, contorno anormal, cabeça pequena anormal, cabeça destacada anormal, peça intermediária em saca-rolhas, outros defeitos de peça intermediária, gota proximal, cauda fortemente dobrada ou enrolada. 
5.2 Defeitos menores 
Os defeitos menores são desvios de forma, aparentemente de menor importância que também podem causar infertilidade, porém mesmo com tais alterações, há possibilidade fertilização. Nessa classificação, têm-se defeitos como cabeça pequena, cabeça gigante, curta e achatada, cabeça normal destacada, acrossomo destacado, gota distal, cauda dobrada ou enrolada, e cauda enrolada na extremidade.
6 ANÁLISE BIOQUÍMICA
Machos de várias espécies animais, inclusive os seres humanos, produzem um tipo de fluido orgânico e viscoso que contém espermatozoides e outras secreções denominado esperma ou sêmen. Tal líquido é constituído por, aproximadamente, 10% de espermatozoides e fluido testicular, 30% de secreções da próstata e 60% de secreções das glândulas seminais. É composto ainda por vários nutrientes como cálcio, zinco, enzimas, frutose, açúcar, potássio, vitamina C e ácido cítrico. 
Putrescina, espermidina, espermina e cadaverina são aminas básicas responsáveis pelo cheiro e sabor característicos do sêmen. Tais bases neutralizam o meio ácido do canal vaginal, sendo este maléfico ao esperma, e dão proteção ao DNA dentro do esperma da desnaturação ácida. 
6.1 Glândulas envolvidas na produção bioquímica do semen 
6.1.1 Testículos 
Produz aproximadamente 200- a 500- milhões de espermatozoides, lançando-os pela ejaculação. 
6.1.2 Vesícula Seminal 
Responsável por 65% a 75% do total do sêmen é composto por citrato, aminoácidos, flavinas, fosforicolina, frutose – principal fonte de energia para as células espermáticas dependentes de açúcares do plasma seminal – prostaglandinas – responsável pelo enriquecimento do semen – proteínas, vitamina B, vitamina C e ferro. 
6.1.3 Próstata 
Manda parte de 25% a 30% de esperma, produz compostos como fosfatase ácida, fibrinosina, antígeno específico da próstata, enzimas proteolíticas, ácido cítrico, zinco – responsável pelo vigor do esperma. 
6.1.4 Glândulas Bulbouretrais 
Responsável por apenas 1% do líquido, produz a galactose, pré-ejaculado, ácido siálico e muco – importante para a viscosidade do sêmen. 
7 CAUSAS DE INFERTILIDADE
A infertilidade masculina pode ser ocasionada por meio de uma doença única, ou diferentes fatores que, quando associados, levam a uma importante redução do potencial fértil. Diagnóstico: exame físico da bolsa testicular ou espermograma.
Varicocele: doença que acomete os vasos testiculares, principal causa de redução do potencial fértil dos homens (até 40% dos casos). Diagnosticada por meio do exame físico. 
Azooespermia: Ausência de espermatozoides no sêmen acomete pequena parcela dos homens inférteis. Pode ser resultado de doenças que impedem a saída de espermatozoides (Fibrose cística), situações que interferem na própria produção pelo testículo (ex; alterações genéticas, testículos criptorquídicos [não descidos]), disfunções hormonais, ou ainda destruição do epitélio dos túbulos seminíferos (ex; orquite bilateral [inflamação], resultante de caxumba. Diagnosticado por meio do espermograma. 
 Morfologia dos espermatozoides: o homem pode ter quantidade normais de espermatozoide, porém anormalidades físicas nesses espermatozoides faz com que o homem seja infértil. (Duas cabeças, cabeças com formas anormais ou caudas anormais). Diagnosticado por meio do espermograma.
 Atividades profissionais: motoristas de caminhão, cozinheiros, metalúrgicos, são expostos a temperaturas mais altas na altura do quadril, o que pode comprometer a qualidade do seu esperma, devido a degeneração da maioria das células do túbulo seminífero, além das espermatogônias. 
 Hábitos de vida pouco saudáveis: tabagismo, uso de drogas (maconha e cocaína), uso de anabolizantes (testosterona), exercícios físicos em excesso, obesidade, exposição a produtos tóxicos e à poluição, estresse e má nutrição. Todos esses fatores afetam negativamente a produção de espermatozoides. 
8 SÍNDROMES 
8.1 Síndrome dos Cílios Imóveis: 
A síndrome dos cílios imóveis é uma causa rara de infertilidade, em que a motilidade dos espermatozoides está muito reduzida ou ausente. Os pacientes com esta afecção apresentam tipicamente história de infecções crônicas do trato respiratório. A causa da imobilidade dos espermatozoides é a ausência dos braços de dineína do axonema na cauda dos espermatozoides e dos cílios presentes nas células do epitélio respiratório. O diagnóstico é feito pela microscopia eletrônica dos espermatozoides. Em suma, na avaliação de um paciente infértil cujo espermograma revele a presença de espermatozoides com motilidade muito baixa ou nula, e vitalidade normal, deve ser solicitada a realização de microscopia eletrônica. Atualmente, as técnicas de reprodução assistida (FIV/ICSI) fornecem a única opção terapêutica para este tipo de infertilidade.
8.2 Síndrome de “Só células de Sertoli”: 
Os testículos dos doentes afetados por este síndrome têm túbulos seminíferos que contêm células de Sertoli, mas não têm células germinativas. Existem dois padrões histológicos diferentes que encaixam neste síndrome. O síndrome de “só células de Sertoli” (SSCS) idiopático ou puro, associado a uma condição congênita provocada pela não migração das células germinativas a partir do saco “yolk” para os cordões seminíferos durante a embriogênese. A única diferença destes testiculos com os normais é a falta de células germinativas. O SSCS adquirido, secundário a perda de células germinativas, é também denominado de padrão degenerativo.
8.3 Síndrome de Klinefelter:
A síndrome de Klinefelter caracteriza-se pela presença de um cromossomo X extra, ou seja, um homem com um cariótipo 47,XXY (menos frequente o padrão mosaico 46,XY/47,XXY). A sua incidência é de cerca de 1 para cada 600 recém-nascidos masculinos. O fenótipo característico desta síndrome é um homem com testículos pequenos e firmes, ginecomastia, e gonadotrofinas elevadas. Embora a virilização possa ocorrer, atrasando o diagnóstico para a altura em que o doente refere infertilidade, normalmente, o que leva estes doentes a procurar ajuda médica é o atraso na finalização da puberdade, associada à aparência eunucóide, à ginecomastia, e à disfunção sexual. Os doentes são azoospérmicos, resultado da esclerose dos túbulos seminíferos, embora por vezes se identifiquem células de Sertoli e espermatozoides em biópsia testicular. Geralmente, a FSH está muito aumentada, e a LH pode estar normal ou elevada. Os níveis de testosterona plasmática estão diminuidos em 50% a 60% dos doentes, e os níveis de estradiol normalmente estão aumentados, o que parece explicar a ginecomastia, e a possível aparência eunucóide de alguns destes doentes.
8.4 Síndrome do homem XX: 
A síndrome do homem XX caracteriza-se por um cariótipo 46,XX. Embora se presumisse que partes do cromossoma Y estivessem presentes, nem sempre os estudos moleculares o conseguiram demonstrar. Em alguns doentes, mas não em todos, foi encontrado o gene responsável pela determinação do testículo (gene SRY). Considera-se, então, queos homens XX são geneticamente heterogêneos, e visto não terem nenhuma região AZF, o sucesso de uma biópsia testicular será nulo. Fenotipicamente estes doentes caracterizam-se por serem de estatura baixa, terem testículos pequenos e firmes, frequentemente ginecomastia, pênis de tamanho pequeno ou normal, muitas vezes associados a hipospadia e serem azoospérmicos. A biópsia testicular revela esclerose dos túbulos seminíferos, resultando em gonadotrofinas aumentadas e níveis de testosterona diminuídos. 
8.5 Síndrome XYY: 
A síndrome XYY tem uma incidência de cerca de 0,1% a 0,4% dos recém nascidos masculinos, e caracteriza-se por homens altos, tipicamente com oligospermia grave ou azoospermia, embora esporadicamente possam ser férteis. Os níveis plasmáticos de gonadotrofinas e testosterona são geralmente normais, estando os níveis elevados de FSH associados aos padrões mais graves de disfunção testicular. As biópsias testiculares apresentam desde sequestro da maturação até aplasia completa da linha germinativa, assim como, em alguns casos, esclerose dos túbulos seminíferos.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
O M.S; Manual de laboratório para o Exame do Semen Humano e Interpretação Esperma Muco Cervical; 3º ed. Santos, 1994. 
PIVA. S; Espermograma, Análise e Técnicas. 6º ed. Santos, São Paulo,1985. 
HOSPITAL SÍRIO LIBANÊS. Análise de Sêmen. Disponível em: https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-avancado-urologia/Paginas/analise-semen.aspx. Acesso em: 19/10/2016. 
ROSENBLATT, Charles; DELGADO, Mario Augusto; DELGADO, Diego Reis. Infertilidade Masculina – Novos Conceitos. Prática Hospitalar. Ano XII. Nº 71. Set-Out/2010. 
CANÇADO, J. Romeu; GRECO, J.B; GALIZZI, João; et al.: Métodos de laboratório aplicados à clínica. 6.ed. 1985. Ed. Guanabara. 
GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de Fisiologia Médica. 12.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
SILVA, Luiz Ferraz da; CARVALHO, La Fuente de. Actualizações na Infertilidade Masculina. Editora: SAÚDE, SÁ — ARTES GRÁFICAS, pg. 22-25, 2010.

Outros materiais

Outros materiais