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Apostila Direito Administrativo 1a Fase Pedro Bonifácio

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Apostila – Direito Administrativo 
1ª Fase – OAB. 
 
1 - Princípios do Direito Administrativo 
São regras norteadoras dos atos da administração pública, sendo eles 
expressos na Constituição Federal ou implícitos. 
Princípios Expressos da Constituição Federal: 
Legalidade 
Impessoalidade 
Moralidade 
Publicidade 
Eficiência 
A – Legalidade: Administração Pública só pode atuar conforme a lei, 
todas as suas atividades estão subordinadas aos comandos legais. 
Diferentemente da Legalidade no âmbito do Direito Civil, onde o que 
não está proibido está permitido (art.5°, II, CF). Por outro lado, na 
Legalidade Administrativa, o administrado só atuará com prévia 
autorização legal, sem a qual a Administração não pode agir. 
 
B – Impessoalidade: A Administração Pública tem que agir 
objetivamente em prol da coletividade. Os atos de pessoalidade são 
vedados, o exercício da atividade administrativa é atribuição da 
Administração e a ela são imputadas todas as condutas dos agentes 
públicos. Teoria do Servidor (agente público de fato). 
 
C – Moralidade: Não basta que as atividades da Administração 
estejam de acordo com a lei, essas atuações têm que ser conduzidas 
com Lealdade, Ética e Probidade. 
 
D – Publicidade: Transparência no exercício da atividade 
administrativa. Exceções: Assuntos que tratem da segurança 
nacional; certos interesses sociais, ou de foro íntimo (privacidade, 
intimidade). 
 
E – Eficiência: Introduzido pela EC 19/98, antes já era Princípio 
Infraconstitucional. A atuação da Administração deve ser: 
 
- Rápida: Dinamismo, celeridade, descongestionar e desburocratizar. 
- Perfeita: Completa, satisfatória. 
- Rentável: ótima, máxima com menor custo. 
 
Princípios Implícitos: 
 
 
Princípio da Autotutela 
 
Administração tem prerrogativa de controlar sua própria atuação para 
corrigir seus próprios atos. PODERÁ anular o ato que ela mesma 
praticou, quando o ato estiver eivado de ilegalidade. 
 
Súmula 346, STF: “A Administração Pública pode declarar a nulidade 
de seus próprios atos”. 
 
A Administração PODERÁ invalidar seus próprios atos eivados de 
ilegalidade (dos quais não se originam direitos) e revogar atos por 
motivos de conveniência e oportunidade. 
 
Súmula 473, do STF: ”A Administração pode anular seus próprios 
atos, quando eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não 
se originam direitos, ou revogá-los, por motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em 
todos os casos, a apreciação judicial”. 
 
 
Lei 9.784/99, art. 53: “A Administração DEVE ANULAR seus próprios 
atos, quando eivados de vícios de legalidade e PODE REVOGÁ-LOS por 
motivos de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos”. 
 
 
Princípio da Proporcionalidade Ampla ou da Razoabilidade 
 
Os meios adotados pela Administração, voltados a atingir 
determinados fins, devem se apresentar como: 
 
a) Adequados: deve lograr com sucesso a realização do fim. 
b) Necessários: entre os diversos meios igualmente adequados, a 
Administração tem que optar pelo meio que menos restrinja o direito 
do administrado. 
c) Proporcionais, em Sentido Estrito (elemento da proporcionalidade 
ampla): a Administração deve promover ponderação entre vantagens 
e desvantagens, entre o meio e o fim, de modo que haja mais 
vantagens que desvantagens, sob pena de desproporcionalidade do 
ato. 
 
 
 
 
 
Princípio da Continuidade 
 
Estampado no art. 6º, §1º, da lei 8.987/95, define que a atuação 
administrativa deve ser ininterrupta. 
 
Exceções: 
 
1 – o servidor público tem direito de greve que será exercido nos 
termos de lei específica. 
 
2 – o art. 6º, §3º, da lei 8.987/95, permite a interrupção do serviço 
por razões de ordem técnica e por motivo de inadimplemento do 
usuário em situações de urgência, ou se houver prévio aviso. 
 
 
2 - Poderes Administrativos 
Devido a origem do verbo “Poder” as vezes podemos ter a impressão 
errada sobre o real significado dos “Poderes Administrativos”. Mas 
apesar deste significado do verbo, no Direito Administrativo, dizer 
“Poderes Administrativos” deve logo ser relacionado às limitações que 
são impostas ao Estado em sua atuação na esfera administrativa. Ou 
seja, o Poder dita o que o Estado PODE fazer. O que estiver fora destes 
“Poderes” não poderá ser feito. 
Não confunda Vinculação e Discricionariedade. Não confunda, também, 
os quatro poderes administrativos: Poder Disciplinar, Poder 
Hierárquico, Poder de Polícia e Poder Normativo ou Regulamentar. 
Os poderes administrativos não vieram armar o Estado mas, sim, 
limitar a sua atuação. São Poderes/Deveres da Administração. São 
poderes instrumentais Instrumento (prerrogativa) dado ao Estado para 
alcançar o interesse público. Se o estado utilizar esse poder além do 
necessário para atingir o interesse público, ultrapassando o caráter 
instrumental do poder, estaremos diante do abuso de poder. 
Características 
- Poder/Dever ou Dever/Poder 
- Irrenunciáveis 
- Limitados 
- Podem ensejar responsabilização 
Poder Vinculado X Discricionário Poder Vinculado 
A Administração Pública regula objetivamente através de lei, todos os 
elementos do ato. O agente público não tem margem de escolha, todos 
os elementos estão dispostos objetivamente em determinada lei. 
Poder Discricionário 
– A lei confere ao agente público a possibilidade de escolha, dentro dos 
limites da lei, levando em consideração o interesse público e de acordo 
com os critérios de oportunidade e conveniência. (ex: imóvel adquirido 
por decisão judicial, pode ser alienado por concorrência ou leilão – 
permissão de uso de bem público) 
 
ATENÇÃO: A discricionariedade também pode vir diante de conceitos 
jurídicos indeterminados. Ex.: Manifestação legítima X Tumulto. 
Ainda nos conceitos jurídicos indeterminados, a razoabilidade é que 
determina até onde o agente público pode ir sem o controle 
jurisdicional. 
 
ATENÇÃO: O Juiz não pode modificar o ato realizado dentro dos limites 
legais. Ele pode decidir sobre a legalidade de um ato, mas não sobre 
os critérios de oportunidade e conveniência. 
Decreto Regulamento 
Pode ser: Regra: Executivo – Art. 84, IV da CF IV - sancionar, 
promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e 
regulamentos para sua fiel execução; O regulamento vem para 
complementar a lei. 
Poder Hierárquico 
É a possibilidade de rever os atos dos subordinados, fiscalizar, aplicar 
penalidades, organizar a estrutura administrativa etc. 
Poder Disciplinar 
É o poder de aplicar penalidades aos agentes que possuam vínculo 
jurídico específico com a Administração Pública. Decorre de uma 
Supremacia Especial (Pois se pauta em vínculos jurídicos específicos) 
Poder de Polícia 
O Poder de Polícia nada mais é do que a harmonização de interesses 
entre o público e o particular. 
Direitos comumente atingidos (restringidos): Propriedade e Liberdade 
Há obrigação de indenizar quando a ADM usa o Poder de Polícia? Não. 
Ex. Limite de velocidade do veículo. 
Conceito de Poder de Polícia - Art. 78 do CTN 
Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, 
limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a 
prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público 
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à 
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades 
econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder 
Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos 
direitos individuaisou coletivos. 
O Poder de Polícia pode ser: 
- Fiscalizador (Controle) 
- Preventivo (Regulatório) 
- Repressivo (Punitivo) 
Atributos do Poder de Polícia 
• Discricionariedade (Em regra) 
• Autoexecutoriedade Não prescinde de nenhuma solicitação ao 
judiciário. 
• Coercibilidade 
O Poder de Polícia pode ser delegado? A regra é que não! 
 
3 – Organização Administrativa 
Além de ser tema recorrente no exame de ordem, é basilar para 
compreensão do Direito Administrativo, pois trata da estruturação do 
Estado. 
O conteúdo compreende o estudo acerca das pessoas, entidades e 
órgãos que irão desempenhar a função administrativa para a formação 
do modelo do aparelho administrativo do Estado. 
 
A administração pública se divide em: 
▪ Administração Pública Direta: Entes Federados 
▪ Administração Pública Indireta: Autarquias, Fundações Públicas e 
Empesas Estatais. 
“Descentralização é a distribuição de competências de uma para 
outra pessoa, física ou jurídica. Difere da desconcentração pelo fato 
de ser esta uma distribuição interna de competências, ou seja, uma 
distribuição de competências dentro da mesma pessoa 
jurídica.” 
 
Organização da Administração Pública 
1 – Formas de prestação da atividade administrativa 
2 – Administração Direta 
3 – Administração Indireta 
 
1 – Formas de prestação da atividade administrativa 
a) Prestação centralizada (direta) A prestação centralizada é aquela 
que é exercida pela Administração Pública Direta (União, Estados, 
Distrito Federal, Municípios). 
b) Prestação descentralizada (indireta) Não confundir descentralização 
com desconcentração: Descentralização: Delegação para a 
Administração pública indireta ou para particulares (Nascem novas 
Pessoas Jurídicas, sem hierarquia e subordinação mas com controle e 
fiscalização. 
Desconcentração: Mesma pessoa jurídica (Requisitos: Hierarquia e 
subordinação) Ex. Secretaria de saúde 
 
Descentralização 
Formas de descentralização: 
a) Outorga – Transfere titularidade e execução. Quem? Apenas 
Autarquias e Fundações Públicas de Direito Público. 
Só quem transfere a titularidade é a Lei 
b) Delegação – Se transfere apenas a execução. Quem? Os demais 
entes. Por contrato, concessão ou permissão. OU por Ato Admin. para 
as autorizadas (taxi, despachante etc) 
Entes da Adm. Pública Indireta: 
• Autarquias (Púb) 
• Fundações Públicas (Priv ou Púb) 
• Empresas Públicas (Priv) 
• Sociedades de Economia Mista (Priv) 
Administração Direta (Centralizada) 
Compõe a Administração Pública Direta: 
• União 
• Estados 
• Distrito Federal 
• Municípios 
É a própria Constituição Federal que traz estes entes. Apenas eles 
possuem Capacidade Política (Aptidão para legislar, para produzir os 
atos normativos dotados de alto grau de generalidade e abstração. 
Mandato: Não, pois a Pessoa Jurídica, sozinha, não poderia emitir 
procuração. 
Representação: O Agente Público representa o Estado. Teoria 
também não adotada, uma vez que o Estado tem capacidade para 
responder por seus próprios atos. 
Órgão/Imputação: Se imputa ao Estado os atos praticados por seus 
agentes. Esta é a teoria em vigor no Brasil. 
Órgãos Públicos 
Conceito: São núcleos ou centros especializados de competência. 
Características dos órgãos públicos: 
- Os órgãos públicos não possuem Personalidade Jurídica própria; 
- Não respondem por seus próprios atos; 
- Não podem assinar contrato; 
- Podem ir a juízo (Personalidade Judiciária) para defender suas 
prerrogativas, atribuições ou competências) 
- Podem ter CNPJ (Instrução Normativa 1005/10 da Receita Federal) 
 
4 – Atos Administrativos 
Atos jurídicos, ou não, por meio dos quais a Administração emite uma 
declaração de vontade para executar a lei aos casos concretos e fazer 
prevalecer o interesse público sobre os interesses particulares, no 
desempenho das suas atividades. 
 
 
Atributos e Qualidades dos Atos Administrativos. 
 
A - Presunção de Legitimidade, juris tantum: o ato administrativo 
presume-se editado de acordo com as normas e princípios gerais de 
Direito. Decorre da Legalidade Ampla. O ato vigora enquanto não 
afastado. 
 
B - Presunção de Veracidade, relativa: ao conteúdo do ato e aos 
fatos que o compõe, corresponde à verdade de fato, Fé Pública. 
 
C - Imperatividade. Não é atributo de todo ato, e sim dos atos que 
encerram obrigações para os administrados. O administrado fica 
constituído em uma obrigação, ainda que contra sua vontade. 
 
D - Coercitividade. dos atos administrativos, decorrentes da 
imperatividade: só poderá haver resistência judicial ao ato, enquanto 
isso não ocorrer, o particular estará a ele obrigado. Os atos negociais, 
que apenas permitem certas atividades ao administrado, não possuem 
esse atributo. 
 
E - Exigibilidade: capacidade de exigir que a obrigação imposta ao 
administrado seja cumprida, sob pena de a administração se valer de 
meios indiretos de coação. Ex. Multa. 
 
F- Auto-Executoriedade: Esse atributo tem que vir expresso em lei, 
salvo se não for possível outra solução no caso concreto. A 
administração se vale de meios direitos de coação para execução do 
ato. Ex. demolição de obra. 
 
G- Tipicidade: todo ato administrativo está previamente tipificado em 
lei. 
 
 
Extinção dos Atos Administrativos 
 
A- CASSAÇÃO: a ilegalidade é superveniente à edição do ato. 
B- CADUCIDADE: incompatibilidade do ato anteriormente editado que 
antes não existia. 
C- CONTRAPOSIÇÃO/DERRUBADA : Edição de novo ato contrário, 
(ex. demissão). 
D- REVOGAÇÃO; Causa de extinção ou supressão do ato 
administrativo válido e de seus efeitos, por razões de conveniência e 
oportunidade. 
 
5 – Intervenção na Propriedade 
O Estado tem se mostrado preocupado com o bem-estar da sociedade. 
Para dar andamento a este propósito, é necessário que o Poder Público 
intervenha para conciliar o que é de interesse particular em prol da 
coletividade, garantindo condições de segurança e sobrevivência, e 
criando restrições por intermédio de diversas modalidades que estão 
previstas no Direito. 
 
Atente principalmente para as modalidades de intervenção na 
propriedade: 
 
▪ Servidão administrativa / pública 
▪ Requisição administrativa 
▪ Tombamento 
▪ Desapropriação 
▪ Limitação administrativa 
▪ Ocupação temporária / provisória 
 
Dentre as destacadas acima, reforçaremos as mais relevantes para a 
prova da OAB: 
LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA: 
 
- Atuação geral e abstrata do Poder Público. O proprietário é 
indeterminado. Regra Geral: Não há indenização. 
- Finalidade: Busca do bem-estar social, que será buscado através do 
Poder de Polícia, quando a propriedade do particular será restringida 
p/ satisfazer o interesse coletivo. Atinge o caráter absoluto da 
propriedade, já que restringe a liberdade do proprietário. 
- Efeitos: ‘Ex nunc’, para o futuro, não atingindo situações já 
formadas. 
 
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA: 
 
- Utilização do patrimônio do particular pelo Estado para prestar serviço 
público. Regra: É individual, concreta e com proprietário determinado. 
- Relação de Dominação: O Serviço Público é o Dominante, e a 
propriedade do particular á o Serviente. Há a dominação do serviço 
público sobre um bem. 
OBS: Diferente da Servidão no Direito Civil, onde há a dominação de 
um bem sobre outro bem. 
Indenização: Só se houver dano efetivo. 
OBS: Jurisprudência: Fios de alta tensão impedem o exercício da 
propriedade, portanto não há servidão neste caso, e sim 
Desapropriação indireta 
 
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA:Hipóteses mais comuns: 
 
- Uso do Patrimônio não edificado ao lado da obra pública para guardar 
os materiais da obra. 
- Para Evitar desapropriação desnecessária: quando o Poder Público 
ocupa o imóvel para pesquisa de minérios e arqueologia, em havendo 
minérios ou objetos arqueológicos o poder público desapropria a área. 
Indenização: Se houver Dano - Indenização Ulterior. 
 
TOMBAMENTO (Decreto Lei 25/37): 
 
- Conservação do Patrimônio Histórico, Cultural, Artístico e 
Paisagístico. 
Objeto: Tanto bens móveis, como os imóveis, inclusive os Bens 
Públicos. 
- O Tombamento atinge o Caráter Absoluto da Propriedade. 
- Há corrente minoritária, liderada por José dos S.C. Filho sustentando 
que só é possível haver tombamento de bem público quando guardada 
uma hierarquia, do mesmo modo que na desapropriação. Ex: A união 
pode tombar bens dos Estados e Municípios, os Estados podem tombar 
bens dos Municípios. 
 
Competência para Tombar: 
 
- Patrimônio de Interesse Nacional: União 
- Patrimônio de Interesse Regional: Estado 
- Patrimônio de Interesse Local: Município. 
 
OBS: Pode haver tombamento de Bem da União por um Município, 
porque o que importa é o interesse, não a hierarquia, diferentemente 
da desapropriação. 
OBS: Bem Público Tombado - Inalienabilidade Absoluta. 
Normalmente, os bens públicos são relativamente inalienáveis. 
 
DESAPROPRIAÇÃO 
 
- Única forma de intervenção em que o Estado toma o direito de 
propriedade do antigo proprietário. 
- É forma de aquisição originária da propriedade, não há vínculo, nem 
relação jurídica com o antigo proprietário, a vontade dele não 
interessa. 
Objeto: Bens Móveis e Imóveis, inclusive os Bens Públicos. Defeito no 
Objeto: Vício no Objeto. Ex. Município desapropria bem da União. 
Regra Geral: Todos os bens podem ser desapropriados. 
Exceção: Vedada a Desapropriação aos Direitos da Personalidade. 
Direitos autorais, direito á imagem, alimentos, direito à vida, não 
podem ser desapropriados. 
Competência: Regra Geral - Todos os entes, a depender da órbita de 
interesse. Para Bens Públicos, respeita-se a hierarquia: União 
desapropria de Estados e Municípios; Estado desapropria dos 
Municípios. 
 
6 - Responsabilidade Civil do Estado 
A responsabilidade civil consiste na obrigação de reparar 
economicamente os danos causados a terceiros, sejam no âmbito 
patrimonial ou moral. Assim, em razão de um dano patrimonial ou 
moral é possível o Estado ser responsabilizado e, conseqüentemente, 
deverá pagar uma indenização capaz de compensar os prejuízos 
causados. 
Responsabilidade do Estado por Atos Comissivos: 
 
Teoria do Risco Administrativo: 
- O Estado sempre responderá objetivamente por seus atos 
comissivos, lícitos ou ilícitos, jurídicos ou materiais. 
 
- Comportamento Lícito: 
 
Jurídico: Produzido em razão de atividade jurídica do Estado. Ex. 
Decreto expedido por chefe do executivo; 
 
Material: Produzido em razão de atividade material do Estado. A 
responsabilidade se mantém objetiva, seja a vítima usuária ou não do 
serviço público. Vejamos: 
 
- Comportamento Ilícito: 
 
Jurídico: Ex. Auto de apreensão de mercadoria sem as formalidades 
legais. 
Material: Ex. Tortura de um preso por um agente carcerário. 
 
Responsabilidade do Estado por suas Omissões: 
 
- STF: A Responsabilidade do Estado é Subjetiva, fundada na Teoria 
da Culpa Administrativa. Porém, também reconhece a 
Responsabilidade do Estado por Omissão Legislativa, que é 
inconstitucional. 
 
Responsabilidade do Estado por suas Omissões por Fato da 
Natureza: 
- Se havia o dever do Estado de atuar de forma a evitar danos por fatos 
da natureza, e aquele não atuou, o Estado será responsabilizado, desde 
que provado que a sua omissão causou o dano. 
 
Responsabilidade do Estado por Comportamento Material de 3º: 
 
STF: Responsabilidade Subjetiva do Estado. 
 
Responsabilidade por Ato Propiciatório de Risco (Celso Antônio 
Bandeira de Melo): 
- O Estado, apesar de não ser o causador direto do dano, assume 
atividade que propicie alto risco. O Estado é causador indireto do dano, 
respondendo Objetivamente. Ex. Dano decorrente de fábrica de 
pólvora instalada em bairro povoado; Dano causado por defeito em 
semáforo. 
OBS: Terceiro que assuma esse tipo de atividade, sem autorização do 
Estado: Responsabilidade Subjetiva. 
 
CONSTITUIÇÃO DE 1988 (Art. 37, §6º) 
Responsabilidade das Pessoas Jurídicas de Direito Público. 
Responsabilidade Objetiva das Pessoas Jurídicas de Direito 
Privado Prestadoras de Serviço Público (Empresas Públicas, 
Sociedades de Economia Mista, Fundações Governamentais de Direito 
Privado, Permissionárias, Concessionárias e Autorizatárias). 
 
STF:A Responsabilidade das Entidades de Direito Privado Prestadoras 
de Serviço Público só será Objetiva em relação aos danos causados ao 
Usuário do serviço, quando for caso de serviço ‘uti singulis’. Quando o 
serviço público prestado for ‘uti universis’ a Responsabilidade dessas 
Entidades será sempre Objetiva. Ex. Coleta de lixo. 
 
Relação de Responsabilidade entre o Estado ou Pessoa Jurídica 
de Direito Privado e o Lesado: Responsabilidade Objetiva pelas 
ações e Subjetiva pelas Omissões. 
 
Responsabilidade do Agente Público causador do Dano em 
Relação ao Estado: Será sempre subjetiva: O Agente só responderá 
perante o Estado se provado que agiu com culpa ou dolo. 
 
Direito de Regresso: Direito que assiste ao Estado de cobrar de seu 
agente público o dinheiro pago à vítima, quando provado que o agente 
agiu com dolo ou culpa. 
STF: A Vítima poderá ajuizar a vítima contra o Estado, contra o agente 
ou contra os dois, hipótese na qual deverá provar que o agente agiu 
com culpa ou dolo. 
 
Denunciação da Lide: 
- Não é obrigatória, nem cabível a denunciação à Lide do agente público 
pelo Estado, na ação ajuizada contra pela vítima. A Denunciação só 
será obrigatória e cabível quando não trouxer fundamento novo à lide 
originária. 
OBS: Mesmo no caso da Responsabilização por Omissão do Estado, a 
denunciação da lide poderá não ser cabível, já que a vítima deve 
demonstrar dois tipos de culpa diferente, a culpa individual do agente 
e a culpa administrativa do Estado. Entretanto, se o próprio autor da 
ação trata da culpa individual do agente, o Estado poderá denunciá-lo 
à lide, porque, nesse caso, não há fundamento novo, já que o autor 
tratou da questão na inicial. 
 
CAUSAS EXCLUDENTES de RESPONSABILIDADE do ESTADO: 
 
Quando a Responsabilidade do Estado for Objetiva: 
a. Caso Fortuito e Força Maior. OBS: Dirley entende, juntamente 
com algumas decisões jurisprudenciais, que a demonstração de que 
houve Caso Fortuito ou Força Maior, por si só, não excluem a 
Responsabilidade do Estado. A Pessoa Jurídica deverá provar que agiu 
de forma a tentar evitar o dano causado. 
 
Ex. Responsabilidade do Transportador por assalto realizado dentro do 
ônibus: Se provado que os assaltos na região são freqüentes, o 
Transportador deverá demonstrar que agiu de forma a tentar evitar 
assaltos, do contrário haverá Responsabilização. 
 
b. Culpa Exclusiva da Vítima. 
 
Teoria do Risco: 
a) Risco Administrativo: O Estado pode demonstrar as causas 
excludentes de responsabilidade. 
b) Risco Integral: O Estado não pode invocar nenhuma das 
excludentes para se eximir de sua Responsabilidade. Esta Teoria é 
válida em 02 situações: Danos decorrentes de atividade nuclear 
desenvolvida pelo Estado; Responsabilização de qualquer Pessoa 
Jurídica por Danos Ambientais. 
 
Quando a Responsabilidadedo Estado for Subjetiva: 
 
Se o Estado demonstra que o serviço funcionou, ou que funcionou bem 
ou que funcionou de forma célere; Além das outras excludentes, que 
também valem para a Responsabilidade Objetiva. 
7 – Licitação 
CONCEITO: Procedimento Administrativo para escolha da proposta 
mais vantajosa ao interesse público. 
 
PRINCÍPIOS (Além de seguir a todos os princípios da Administração): 
 
I) Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório: 
Tudo o que é relevante para licitação deve estar previsto no edital. 
Exige que todas as regras a serem a respeitadas estejam previstas no 
edital (não se pode exigir nem menos nem mais do que está previsto 
no edital). O Edital ou a Carta-Convite contém as regras da licitação. 
 
II) Princípio do Julgamento Objetivo: 
O Edital tem que definir o Tipo de Licitação, não é possível a utilização 
de qualquer critério subjetivo numa licitação, sob pena de violação a 
este princípio: (diferencia-se de modalidade). 
* Melhor Preço * Melhor Preço e Técnica 
* Melhor Técnica * Melhor Lance (leilão). 
OBS: Se o edital estabelecer que o tipo de licitação será o de Menor 
Preço, independentemente de qualquer motivo, vencerá aquela 
empresa que, preenchendo os requisitos previstos no edital, ofereça o 
menor preço, ainda que o concorrente ofereça um produto com 
qualidade superior. Havendo empate no preço, haverá desempate nos 
critérios do art. 3º, §2º da lei 8.666/93. 
 
OBS: Quando a licitação for de Melhor Técnica e Preço: O Edital deve 
prever qual o critério para resolver a situação na qual um concorrente 
oferece um melhor preço e o outro ofereça melhor técnica (pode ser a 
média, por exemplo). 
 
III) Princípio do Procedimento Formal: 
O Processo de Licitação tem que respeitar todas as formalidades 
previstas na lei. É um procedimento vinculado. 
 
IV) Princípio do Sigilo das Propostas (válido inclusive para o 
pregão): 
As propostas são sigilosas até o momento de sua abertura em sessão 
pública. Se houver fraude (preços combinados entre concorrentes): 
crime previsto na Lei de Licitação e improbidade administrativa. 
Exceção a este princípio: Leilão (propostas verbais). 
INEXIGIBILIDADE de LICITAÇÃO (art.25 da Lei 8.666/93, Rol 
Exemplificativo): Competição inviável, impossível. 
 
PRESSUPOSTOS para ocorrência de uma Licitação: 
I) Pressuposto Lógico: Concorrência, pluralidade de ofertantes e 
objetos (+ de um sujeito e + de um objeto). Obs. O Objeto pode ser 
único em razão: 
- Caráter Absoluto: Só existe 01 objeto, porque só foi produzido 1 
objeto. 
- Evento externo. 
- Caráter pessoal do objeto. 
 
OBS: a Singularidade do Objeto tem que ser relevante para que 
haja inexigibilidade, e tem que estar na lista do art.13 da Lei 8.666/93; 
Tem que ter Notória Especialização (reconhecida pela mídia, pela 
crítica). Quando se falar de singularidade do objeto com todos os seus 
requisitos, sempre haverá um juízo de valor do administrador. 
 
II) Pressuposto Jurídico (interesse público): A licitação serve 
para proteger e atender ao interesse público. Se a licitação acaba por 
prejudicar o interesse público, será inexigível. 
OBS: Nos casos das Empresas Públicas e das Sociedades de Economia 
Mista, a Licitação será inexigível quando prejudicar a atividade fim da 
empresa. 
CONTRATO DE CONCESSÃO 
 
a) CONCESSÃO de SERVIÇOS PÚBLICOS: 
 
A - Concessão COMUM (Lei 8.987/95 e art.175, C.F/88): 
 
- Só há transferência da execução do serviço, a titularidade continua 
com o poder público. 
- O Poder Público pode outorgar a concessão de serviços públicos a um 
particular, mas concessão não é uma outorga e sim uma delegação. A 
Delegação deve ser feita pelo Poder concedente, só o ente que possui 
a titularidade do serviço pode delegá-lo (União, Estados, DF e 
Municípios). 
Só uma Pessoa Jurídica ou um Consórcio de Empresas podem 
receber a delegação. OBS: Não se admite concessão à Pessoa 
Física. 
 
Formalização: Através de Contrato Administrativo, com necessidade 
de Licitação por Concorrência, a mesma da Lei 8.666/93, com algumas 
Peculiaridades (art.15, Lei 8987/95). 
 
- Nessa licitação, além dos tipos de menor preço, melhor técnica e 
melhor técnica e preço, há o tipo da melhor tarifa p/ o usuário. 
 
Exceção: Programa Nacional de Desestatização (lei 9074/95): 
Serviço que estiver no programa de desestatização será concedido por 
licitação via Leilão. 
Prazo: Determinado. O Prazo será fixado pela Lei que cuide do 
serviço concedido. É possível a prorrogação do prazo dentro do limite 
máximo da lei, desde que esteja prevista essa possibilidade no 
contrato. 
 
OBS: Além do Contrato, há necessidade de autorização Legislativa 
específica p/ haver a concessão. 
 
Responsabilidade da Concessionária (art. 37, §6º): 
- Regra: Responsabilidade Objetiva em face do usuário do serviço. Se 
o sujeito que sofrer o dano não for usuário do serviço, a 
responsabilidade da concessionária será subjetiva, baseada no dano 
civil. 
OBS: A Responsabilidade do Estado é subsidiária e Objetiva pelos 
danos causados pela Concessionária. 
 
Remuneração da Concessionária: 
 
I) Tarifa dos Usuários: Política Tarifária (define o valor da tarifa, 
índice e data para reajuste) está prevista no Procedimento Licitatório. 
II) Recursos Públicos: É uma faculdade do Administrador. Princípio 
da Modicidade: A Faculdade que a Administração tem em alocar 
recursos públicos para a concessionária decorre desse princípio. 
III) Receitas Alternativas: A Empresa busca outras atividades 
paralelas ao serviço público com o objetivo de baratear as tarifas. O 
Contrato deve prever essas receitas alternativas. 
 
OBS: As tarifas podem ser diferenciadas de acordo c/a capacidade 
econômica do usuário (Princípio da Isonomia Material). 
 
Sub-Contratação ou Sub-Concessão dos Contratos 
Administrativos: 
 
A Lei possibilita a sub-concessão do contrato administrativo, apesar de 
pesadas críticas da doutrina que entende que a sub-concessão fere a 
isonomia, viola o dever constitucional de licitar, e fere o caráter 
personalíssimo do contrato administrativo. 
 
Condições para a Sub-Concessão: 
 
I) Previsão no Edital ou no Contrato (um é parte integrante do outro). 
II) A sub-concessão só poderá ser de partes do contrato. 
III) A Administração deverá anuir com a sub-concessão, hipótese na 
qual irá analisar se a sub-contratada preen-che os requisitos para o 
contrato administrativo. 
IV) A Lei exige licitação para a sub-concessão do contrato 
administrativo. Neste caso, a concessionária não terá mais 
responsabilidade, só a sub-concessionária (para a doutrina isto não é 
sub-concessão, e sim novo contrato administrativo). 
 
OBS: Em uma sub-concessão há a Responsabilidade Solidária entre a 
Concessionária e a Sub-Concessionária. 
 
Extinção da Concessão: 
 
- Judicial: Quando o contratado não quer mais o contrato. 
- Consensual: por acordo ou Amigável. 
- Ato Unilateral do Poder Público, que se subdivide em: 
 
I) Encampação: O Poder Público extingue o contrato por razões de 
interesse público. Neste caso, há necessidade de indenização. 
 
II) Caducidade: Extinção Unilateral do Contrato pela Administração 
por descumprimento de cláusula contratual por parte do particular. 
Neste caso, o particular deve indenizar o Estado. 
 
III) Extinção de Pleno Direito: Extinção do contrato por causas 
alheias à vontade das partes. 
 
IV) Extinção por Anulação: Extinção em razão de ilegalidade na 
concessão. 
 
B - CONCESSÃO ESPECIAL: Surgiu para definir a natureza jurídica 
das ParceriasPúblicos Privadas (PPP’s). 
 
Fundamento: Lei 11079/04. A Concessão Especial é uma concessão 
comum com algumas peculiaridades, mas é, também, delegação de 
um serviço público. 
 
Objetivos: 
 
- Buscar Dinheiro na iniciativa privada para custear necessidades 
públicas. 
- Buscar eficiência da iniciativa privada. 
- Modalidades de PPP’s: 
 
I) Concessão Patrocinada: 
 
- Concessão comum em que haverá, necessariamente, tarifa do 
usuário + recursos públicos (aqui o recurso público é indispensável, ao 
contrário da concessão comum). O Percentual de alocação de recursos 
públicos será previsto no contrato. 
 
II) Concessão Administrativa: 
 
A Administração será usuária direta ou indireta do serviço. Serve para 
a formação de infraestrutura. Ex. construção de presídios. 
 
OBS: Para ser concessão especial é necessária a presença de, pelo 
menos, 02 elementos entre: Obra, serviço e fornecimento. Necessária 
também a presença de financiamento privado. 
 
Características Próprias da Concessão Especial: 
 
I) Financiamento Privado: Se não há financiamento privado, a 
concessão é comum. 
II) Compartilhamento de riscos: A Responsabilidade entre Estado 
e Particular é Solidária, diferente da concessão comum, onde a 
responsabilidade do Estado é subsidiária. 
III) Pluralidade Compensatória: O Estado terá várias maneiras 
para pagar o financiamento privado: Via ordem bancária; via 
transferência de créditos não tributários; via outorga de direitos ou 
outorga onerosa. 
 
OBS: Se o Estado não pagar, o Particular tem que ir para a via judicial 
e a dívida vai p/ precatório. 
 
Vedações: 
 
- Vedado Contrato com Prazo Inferior a 05 anos ou Superior a 35 
anos. 
- Vedado Contrato com Valor inferior a 20 milhões de reais. 
- O Objeto da PPP tem que ser Caráter Misto (obra, serviço, 
fornecimento, pelo menos 02 desses elementos devem estar 
presentes). 
 
Formalidades: 
 
- A PPP tem como vínculo jurídico o contrato, com necessidade de 
Licitação por Concorrência. OBS: A Concorrência poderá ser a 
concorrência comum da Lei 8.666/93, ou pode ser também uma 
concorrência com procedimentos invertidos e lances verbais (não é 
pregão). 
É necessária a Autorização Legislativa. 
- Para fazer a PPP o projeto deve estar previsto no Plano 
Plurianual. 
- É necessária uma consulta pública. 
- Necessário estudo de impacto ambiental. 
 
CONTRATO DE PERMISSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO 
 
- Só a Permissão de Serviço Público é contrato administrativo, a 
permissão de uso de bem público se faz por ato unilateral. 
 
a) Fundamento (Lei 8987/95, art.2º): É Delegação de Serviço 
Público. 
- Quem Delega O Poder Concedente titular do serviço público a ser 
concedido. 
- Quem pode ser Permissionário Pessoa Física ou Jurídica. 
 
b) Formalidades: 
 
- É Contrato Administrativo de Adesão, sempre com Prazo Determinado 
(Art.40: Formalidade será dada por con-trato com prazo e 
indenização). 
- Lei 8.987/95 Mudou a natureza do instituto, transformando-o em 
contrato administrativo. 
- Art. 2º: Diz que a Permissão é precária (precariedade mitigada pelo 
fato de ser contrato). 
 
OBS: Originalmente era ato unilateral precário, sem prazo 
determinado, sem indenização, no qual a administração tinha liberdade 
para delegar. 
- Para Celso Antônio a Permissão continua sendo ato unilateral e 
precário (minoritária). 
- Doutrina Majoritária: É Contrato Precário, que pode ser retomado 
a qualquer tempo, mas com possibilidade de indenização. 
 
OBS: É decisão discricionária do Administrador optar por fazer 
Permissão de Serviço Público ou Concessão de Serviço Público. Para 
investimentos mais altos, considera-se mais indicado fazer concessão, 
porque esta não é precária. 
- Além do contrato administrativo, é necessária a Licitação por 
qualquer modalidade, a depender do valor do contrato. 
 
OBS:. Não há necessidade de Autorização legislativa para a Permissão. 
De resto, aplica-se, no que couber, o que for aplicável à Concessão. 
 
CONSÓRCIO PÚBLICO 
- Diferencia-se do Consórcio Público da Lei 8.666/93, que é uma 
gestão associada de Entes da mesma espécie (município com 
município; Estado com Estado). 
 
a) Fundamento Lei 11.107/05. 
 
b) Modalidades: 
 
I) Contrato de Consórcio Tradicional: 
Os Entes não precisam ser da mesma espécie, mas só será possível 
entre entes políticos, que constituirão nova Pessoa Jurídica. 
 
II) Contrato de Programa: 
 
Quando um Ente do Consórcio celebra contrato com o próprio 
Consórcio. 
 
OBS: Essa nova PJ pode contratar, desapropriar, fazer concessão. 
c) Vínculo Jurídico: 
 
- Contrato, antecedido por um protocolo de intenções. 
- O contrato de consorcio pode formar uma Pessoa Jurídica com 
personalidade de Direito Público ou Privado: 
I) Formará uma Pessoa Jurídica de Direito Público: Associações 
Públicas, art.41 do CC/02. Tem tratamento de autarquia. 
 
II) Formará Pessoa Jurídica de Direito Privado: Terão tratamento 
semelhante às Empresas Públicas e Socieda-des de Economia Mista, 
com regime jurídico híbrido. 
 
c) Órgãos e Funcionamento: 
 
- O Estatuto próprio definirá os órgãos e o funcionamento do consórcio 
público. 
 
d) Procedimento Licitatório: 
 
- Qualquer ente público que celebre contrato com o Consórcio terá 
dispensa na Licitação. 
- Quando o Consórcio celebrar contrato com outras Pessoas Jurídicas: 
I) Dispensa de 20% (art.24, § único); 
II) Os valores do art.23 da Lei 8666/93 ficam dobrados se houver até 
três entes envolvidos e triplicados se hou-ver mais de três entes 
envolvidos. 
III) Quando o consórcio celebra contrato de programa, há dispensa 
de licitação. 
 
Resolução de Questões 
 
PRINCIPIOS ADMINISTRATIVOS 
 
01) A respeito dos princípios básicos da Administração Pública, considera-se que: 
 
A) o princípio da eficiência é o único critério limitador da discricionariedade 
administrativa. 
B) o princípio da legalidade não autoriza o gestor público a, no exercício de suas 
atribuições, praticar todos os atos que não estejam proibidos em lei. 
C) o princípio da eficiência faculta a Administração Pública que realize policiamento 
dos atos administrativos que pratica. 
D) o princípio da eficiência não pode ser exigido enquanto não for editada a lei federal 
que deve estabelecer os seus contornos. 
E) a possibilidade de revogar os atos administrativos por razões de conveniência e 
oportunidade é manifestação do princípio da legalidade. 
 
02) O Estado X publicou edital de concurso público de provas e títulos para o cargo 
de analista administrativo. O edital prevê a realização de uma primeira fase, com 
questões objetivas, e de uma segunda fase com questões discursivas, e que os 100 
(cem) candidatos mais bem classificados na primeira fase avançariam para a 
realização da segunda fase. No entanto, após a divulgação dos resultados da primeira 
fase, é publicado um edital complementar estabelecendo que os 200 (duzentos) 
candidatos mais bem classificados avançariam à segunda fase e prevendo uma nova 
forma de composição da pontuação global. Nesse caso, 
 
A) a alteração não é válida, por ofensa ao princípio da impessoalidade, advindo da 
adoção de novos critérios de pontuação e da ampliação do número de candidatos na 
segunda fase. 
B) a alteração é válida, pois a aprovação de mais candidatos na primeira fase não 
gera prejuízo aos candidatos e ainda permite que mais interessados realizem a prova 
de segunda fase. 
C) a alteração não é válida, porque o edital de um concurso público não pode conter 
cláusulasambíguas. 
D) a alteração é válida, pois foi observada a exigência de provimento dos cargos 
mediante concurso público de provas e títulos. 
 
03) A Secretaria de Defesa do Meio Ambiente do Estado X lavrou auto de infração, 
comi-nando multa no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) à empresa Explora, 
em razão da instalação de uma saída de esgoto clandestina em uma lagoa naquele 
Estado. A empresa não impugnou o auto de infração lavrado e não pagou a multa 
aplicada. Considerando o exposto, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A aplicação de penalidade representa exercício do poder disciplinar e autoriza a 
apreensão de bens para a quitação da dívida, em razão da executoriedade do ato. 
B) A aplicação de penalidade representa exercício do poder de polícia e autoriza a 
apreensão de bens para a quitação da dívida, em razão da executoriedade do ato. 
C) A aplicação de penalidade representa exercício do poder disciplinar, mas não 
autoriza a apreensão de bens para a quitação da dívida. 
D) A aplicação de penalidade representa exercício do poder de polícia, mas não 
autoriza a apreensão de bens para a quitação da dívida. 
04) Atendendo a uma série de denúncias feitas por particulares, a Delegacia de 
Defesa do Consumidor (DECON) deflagra uma operação, visando a apurar as 
condições dos alimentos fornecidos em restaurantes da região central da capital. 
Logo na primeira inspeção, os fiscais constataram que o estoque de um restaurante 
tinha produtos com a validade vencida. Na inspeção das instalações da cozinha, 
apuraram que o espaço não tinha condições sanitárias mínimas para o manejo de 
alimentos e o preparo de refeições. Os produtos vencidos foram apreendidos e o 
estabelecimento foi interditado, sem qualquer decisão prévia do Poder Judiciário. 
Assinale a alternativa que indica o atributo do poder de polícia que justifica as 
medidas tomadas pela DECON. 
A) Coercibilidade. 
B) Inexigibilidade. 
C) Autoexecutoriedade. 
D) Discricionariedade. 
 
05) Determinado município resolve aumentar a eficiência na aplicação das multas de 
trânsito. Após procedimento licitatório, contrata a sociedade empresária Cobra Tudo 
para instalar câmeras do tipo “radar” que fotografam infrações de trânsito, bem como 
disponibilizar agentes de trânsito para orientar os cidadãos e aplicar multas. A mesma 
empresária ainda ficará encarregada de criar um Conselho de Apreciação das multas, 
com o objetivo de analisar infrações e julgar os recursos administrativos. So-bre o 
caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
A) É possível a contratação de equipamentos eletrônicos de fiscalização, mas o poder 
decisório não pode ser transferido à empresa. 
B) Não é cabível a terceirização de qualquer dessas atividades, por se tratar de 
atividade Administração. 
C) A contratação é, a princípio, legal, mas somente permanecerá válida se o 
município comprovar que a terceiri-zação aumentou a eficiência da atividade. 
D) Não é possível delegar a instalação e gestão de câmeras do tipo “radar” à empresa 
contratada, mas é possível delegar a criação e gestão do Conselho de Apreciação de 
multas. 
 
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA 
06) A estruturação da Administração traz a presença, necessária, de centros de 
competências de-nominados Órgãos Públicos ou, simplesmente, Órgãos. Quanto a 
estes, é correto afirmar que: 
A) possuem personalidade jurídica própria, respondendo diretamente por seus atos. 
B) suas atuações são imputadas às pessoas jurídicas a que pertencem. 
C) não possuem cargos, apenas funções, e estas são criadas por atos normativos do 
ocupante do respectivo ór-gão. 
D) não possuem cargos nem funções. 
07) Atento à crescente especulação imobiliária, e ciente do sucesso econômico obtido 
pelas construtoras do País com a construção de imóveis destinados ao público de alta 
renda, o Estado “X” decide ingressar nesse lucrativo mercado. Assim, edita uma lei 
autorizando a criação de uma empresa pública e, no mesmo ano, promove a inscrição 
dos seus atos constitutivos no registro das pessoas jurídi-cas. 
Assinale a alternativa que apresenta a alegação que as construtoras privadas, 
incomodadas pela concor-rência de uma empresa pública, poderiam apresentar. 
A) A nulidade da constituição daquela pessoa jurídica, uma vez que as pessoas 
jurídicas estatais só podem ser criadas por lei específica. 
B) O objeto social daquela empresa só poderia ser atribuído a uma sociedade de 
economia mista e não a uma empresa pública. 
C) Os pressupostos de segurança nacional ou de relevante interesse coletivo na 
exploração daquela atividade econômica não estão presentes. 
D) A criação da empresa pública não poderia ter ocorrido no mesmo ano em que foi 
editada a lei autorizativa. 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS E PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 
08) Em relação ao conceito de ato administrativo, analise as alternativas a seguir: 
 
I. Ato administrativo é uma manifestação unilateral de vontade da administração 
pública. 
II. Ato administrativo é um ajuste entre a administração pública e um particular para 
consecução de objetivos de interesse público. 
III. Ato administrativo é uma realização material da administração pública em 
cumprimento de alguma decisão administrativa. 
 
Assinale: 
A) se somente a afirmativa I estiver correta. 
B) se somente a afirmativa II estiver correta. 
C) se somente a afirmativa III estiver correta. 
D) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
E) se as afirmativas II e III estiverem corretas. 
9) Manoel da Silva é comerciante, proprietário de uma padaria e confeitaria de 
grande movimento na cidade ABCD. A fim de oferecer ao público um serviço 
diferenciado, Manoel formulou pedi-do administrativo de autorização de uso de bem 
público (calçada), para a colocação de mesas e cadeiras. Com a autorização 
concedida pelo Município, Manoel comprou mobiliário de alto padrão para colocá-lo 
na calçada, em frente ao seu estabelecimento. Uma semana depois, entretanto, a 
Prefeitura revogou a autori-zação, sem apresentar fundamentação. A respeito do ato 
da prefeitura, que revogou a autorização, assina-le a afirmativa correta. 
A) Por se tratar de ato administrativo discricionário, a autorização e sua revogação 
não podem ser investigadas na via judicial. 
B) A despeito de se tratar de ato administrativo discricionário, é admissível o controle 
judicial do ato. 
C) A autorização de uso de bem público é ato vinculado, de modo que, uma vez 
preenchidos os pressupostos, não poderia ser negado ao particular o direito ao seu 
uso, por meio da revogação do ato. 
D) A autorização de uso de bem público é ato discricionário, mas, uma vez deferido 
o uso ao particular, passa-se a estar diante de ato vinculado, que não admite 
revogação. 
 
SERVIÇOS PÚBLICOS 
 
10) A Lei 11.107, de 6 de abril de 2005, dispõe sobre normas gerais para a União, 
os Estados, o Dis-trito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para 
a realização de objetivos de interesse comum. A respeito do regime jurídico aplicável 
a tais consórcios públicos, assinale a alternativa correta. 
 
A) É vedada a celebração de contrato de consórcio público cujo valor seja inferior a 
R$ 20.000.000,00 (vinte mi-lhões) de reais. 
B) Os consórcios públicos na área de saúde, em razão do regime de gestão associada, 
são dispensados de obe-decer aos princípios que regulam o Sistema Único de Saúde. 
C) É vedada a celebração de contrato de consórcio público para a prestação de 
serviços cujo período seja inferior a 5 (cinco) anos. 
D) A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte 
todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.11) Acerca dos serviços considerados como serviços públicos uti singuli, assinale a 
afirmativa correta. 
A) Serviços em que não é possível identificar os usuários e, da mesma forma, não é 
possível a identificação da parcela do serviço utilizada por cada beneficiário. 
B) Serviços singulares e essenciais prestados pela Administração Pública direta e 
indireta. 
C) Serviços em que é possível a identificação do usuário e da parcela do serviço 
utilizada por cada beneficiário. 
D) Serviços que somente são prestados pela Administração Pública direta do Estado. 
LICITAÇÃO 
 
12) A União licitou, mediante concorrência, uma obra de engenharia para construir 
um hospital público. Depois de realizadas todas as etapas previstas na Lei n. 
8.666/93, sagrou-se vencedora a Companhia X. No entanto, antes de se outorgar o 
contrato para a Companhia X, a Administração Pública resolveu revogar a licitação. 
Acerca do tema, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A Administração Pública pode revogar a licitação, por qualquer motivo, 
principalmente por ilegalidade, não havendo direito subjetivo da Companhia X ao 
contrato. 
B) A revogação depende da constatação de ilegalidade no curso do procedimento e, 
nesse caso, não pode ser decretada em prejuízo da Companhia X, que já se sagrou 
vencedora. 
C) A revogação, fundada na conveniência e na oportunidade da Administração 
Pública, deverá sempre ser motivada e baseada em fato superveniente ao início da 
licitação. 
D) Quando a Administração lança um edital e a ele se vincula, somente será possível 
a anulação do certame em caso de ilegalidade, sendo-lhe vedado, pois, revogar a 
licitação. 
 
13) Em um pregão presencial promovido pela União, foram abertas as propostas de 
preço, constatando-se que o licitante “M” ofereceu preço de R$ 10.000,00; “N”, o 
preço de R$ 10.001,00; “O” ofertou R$ 10.150,00; “P”, o preço de R$ 10.500,00; 
“Q” apresentou proposta de R$ 10.999,99 e “R”, por fim, ofereceu R$ 12.000,00. 
Diante da hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Devem ser classificados para a fase de lances verbais os licitantes “M”, “N”, “O”, 
“P” e “Q”, uma vez que ofereceram a proposta mais baixa e as propostas com preço 
até dez por cento superiores àquela. 
B) Para a fase de lances verbais, somente devem ser classificados os licitantes “M”, 
“N”, “O” e “P”, uma vez que ofereceram a proposta mais baixa e as três outras 
melhores propostas. 
C) Todos os licitantes devem ser classificados para a próxima fase, uma vez que 
restringir a participação de algum deles significaria ofensa ao caráter competitivo da 
licitação. 
D) A Administração deve realizar média de todos os preços ofertados e poderão 
participar da fase seguinte os licitantes com propostas inferiores a esta média e 
aqueles que aceitarem reduzir seu preço para este limite. 
 
SERVIDORES PÚBLICOS 
 
14) O Município Beta verificou grave comprometimento dos serviços de educação 
das escolas municipais, considerando o grande número de professoras gozando 
licença maternidade e de profissionais em licença de saúde, razão pela qual fez editar 
uma lei que autoriza a contratação de profes-sores, por tempo determinado, sem a 
realização de concurso, em situações devidamente especificadas na norma local. 
Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A Constituição da República não autoriza a contratação temporária sem a 
realização de concurso público. 
B) O Município Beta somente poderia se utilizar da contratação temporária para os 
cargos permanentes de dire-ção, chefia e assessoramento. 
C) A contratação temporária, nos termos da lei, é possível, considerando que a 
situação apresentada caracteriza necessidade temporária de excepcional interesse 
público. 
D) A contratação temporária de servidores, independentemente de previsão legal, é 
possível. 
15) Cláudio, servidor público federal estável, foi demitido por suposta prática de ato 
de insubordinação grave em serviço. Diante da inexistência de regular processo 
administrativo disciplinar, Cláudio conseguiu judicialmente a anulação da demissão e 
a reinvestidura no cargo anteriormente ocupado. Ocorre que tal cargo já estava 
ocupado por João, que também é servidor público estável. Considerando o caso 
concreto, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Sendo Cláudio reinvestido, o ato configura reintegração. Caso João ocupasse outro 
cargo originariamente, seria reconduzido a ele, com direito à indenização. 
B) Sendo Cláudio reinvestido, o ato configura reversão. Caso João ocupasse outro 
cargo originariamente, seria reconduzido a ele, com direito à indenização. 
C) Cláudio obteve em juízo sua reintegração. João será reconduzido ao cargo de 
origem, sem indenização, ou será aproveitado em outro cargo ou posto em 
disponibilidade. 
D) Cláudio obteve em juízo sua reversão. João será reconduzido ao cargo de origem, 
sem indenização, ou será aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade. 
 
BENS PÚBLICOS 
 
16) Sobre os bens públicos é correto afirmar que: 
 
A) os bens de uso especial são passíveis de usucapião. 
B) os bens de uso comum são passíveis de usucapião. 
C) os bens de empresas públicas que desenvolvem atividades econômicas que não 
estejam afetados a prestação de serviços públicos são passíveis de usucapião. 
D) nenhum bem que pertença à pessoa jurídica integrante da administração pública 
indireta é passível de usucapião. 
17) A sociedade “Limpatudo” S/A é empresa pública estadual destinada à prestação 
de serviços públicos de competência do respectivo ente federativo. Tal entidade 
administrativa foi condenada em vultosa quantia em dinheiro, por sentença 
transitada em julgado, em fase de cumprimento de senten-ça. Para que se cumpra 
o título condenatório, considerar-se-á que os bens da empresa pública são: 
A) impenhoráveis, certo que são bens públicos, de acordo com o ordenamento 
jurídico pátrio. 
B) privados, de modo que, em qualquer caso, estão sujeitos à penhora. 
C) privados, mas, se necessários à prestação de serviços públicos, não podem ser 
penhorados. 
D) privados, mas são impenhoráveis em decorrência da submissão ao regime de 
precatórios. 
 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
 
18) Caio, policial militar do Estado X, abalroou, com sua viatura, um veículo 
particular estacionado em local permitido, durante uma perseguição. Júlio, 
proprietário do veículo atingi-do, ingressou com demanda indenizatória em face do 
Estado. A sentença de procedência reconheceu a responsabilidade civil objetiva do 
Estado, independentemente de se perquirir a culpa do agente. Nesse caso, 
 
A) não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, eis 
que atuava, no momento do acidente, na condição de agente público. 
B) pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, devendo 
o ente público demonstrar a existência de dolo do agente. 
C) pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do policial militar, devendo 
o ente público demonstrar a existência de culpa ou dolo do agente. 
D) não pode o Estado ingressar com ação de regresso em face do agente público, 
uma vez que o Estado não foi condenado com base na culpa ou dolo do agente.

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