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AULA PSICOTERAPIA EXISTENCIAL

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PSICOTERAPIA EXISTENCIAL
Introdução 
Diferentes Abordagens
Bases Epistemológicas
Profª Alessandra Oliveira Henriques – CRP 16/2406
Curso de Psicologia
Como surge a Psicoterapia Existencial?
Influências da fenomenologia e do existencialismo 
Vários modelos terapêuticos
Desigandos genericamente por psicoterapia existencial
Métodos de relação interpessoal e de análise psicológica cujo objetivo é o de facilitar na pessoa do cliente um auto-conhecimento e uma autonomia psicológica suficiente para que ele possa assumir livremente a sua existência (Villegas, 1988)
Conjunção teórica
Fenomenologia
Existencialismo
Psicologia
Psicopatologia
Conjunto heterogêneo de possibilidades de intervenção terapêutica de base fenomenológico-existencial;
Pluralidade de métodos e de teorias 
Idéias
Reflexão
Investigação
Intervenção
Dois grandes grupos
Psicoterapia experiencial (Humanista)
Psicoterapia Existencial
Objeto
Objetivos
Propostas ou modelos de intervenção 
Psicoterapia Humanista e Psicoterapia Existencial
PSICOTERAPIA HUMANISTA
Influências – Kierkegaard
 Buber
 William
Objeto – Vivência
Dimensão – Atual
Objetivo – Crescimento
Método – Heurística (empírico)
Dinâmica Psicológica – Emoções
PSICOTERAPIA EXISTENCIAL
Influências – James Husserl
 Heidegger
 Sartre
Objeto – Existência
Dimensão – Histórica
Objetivo – Autonomia
Método – Hermenêutica (Interpretativo)
Dinâmica Psicológica – Construtos pessoais
Psicoterapia Humanista e Psicoterapia Existencial
PSICOTERAPIA HUMANISTA
Capacidade de mudança
	Concretização de potencialidades 
	
Conceitos-chave
	Atualização 
	Descoberta
	
Finalidade 
	Autodescoberta
	Conhecer-se e compreender-se
PSICOTERAPIA EXISTENCIAL
Capacidade de mudança
	Responsabilidade da liberdade de escolha
Conceitos-chave
	Construção
	Projeto
Finalidade 
	Construir a sua existência
	(+ autêntica e + significativa)
Finalidade da Psicoterapia Existencial segundo seus principais autores
Procura de si próprio (May, 1958)
Procura do sentido da existência (Frankl, 1984); 
Tornar-se mais autêntico na relação consigo próprio e com os outros (Bugental,1978); 
Superar os dilemas, tensões, paradoxos e desafios do viver (Van Deurzen-Smith, 2002);
Facilitar um modo mais autêntico de existir (Cohn, 1997); 
Promover o encontro consigo próprio para assumir a sua existência e projetá-la mais livremente no mundo (Villegas, 1989) 
Aumentar a auto-consciência, aceitar a liberdade e ser capaz de usar as suas possibilidades de existir (Erthal, 1999).
Objetivos da psicoterapia
Não se constituem como técnicas de cura da perturbação mental
O centro é o indivíduo e não o transtorno mental
Perturbação mental = resultados de dificuldades do indivíduo em fazer escolhas mais autênticas e significativas, de acordo com a auto-consciência, a auto-compreensão e a auto-determinação.
Objetivos gerais da psicoterapia
Facilitar ao indivíduo uma atitude mais autêntica em relação a si próprio;
Promover uma abertura cada vez maior das perspectivas do indivíduo em relação a si próprio e ao mundo;
Clarificar como agir no futuro em novas direções;
Facilitar o encontro do indivíduo com o significado da sua existência;
Promover o confronto com e a superação da ansiedade que emerge dos dados da existência,
Busca pela psicoterapia
É essencialmente um processo de confronto com as potencialidades e de mudança pessoal;
Pedido de ajuda - percepção de problemas acerca do existir e não uma forma de patologia;
Motivos relacionados com crises pessoais e/ou psicopatologia mas conseguem relacionar o seu mal-estar com sua trajetória existencial;
Interesse genuíno em aumentar o auto-conhecimento e auto-compreensão 
Desejo em ser mais autêntico, considerando mais o futuro do que o seu passado nas decisões
Busca pela psicoterapia
Desenvolver relações mais significativas;
Pensar sobre si próprios e sobre seus comportamentos e relações interpessoais
Crises pessoais: luto,separações, desemprego, transição de fase do
ciclo de vida, solidão e anomia (ausência de leis)
Doença física grave consequências de acidentes e/ou incapacidades;
Facilidade em verbalizar suas experiências, idéias, intenções, emoções e sentimentos
PSICOTERAPIA EXISTENCIAL
Diferentes abordagens
Daseinanálise 
	L. Binswanger, M. Boss, G. Condrau
Logoterapia 
	V. Frankl, J.P. Fabry, A. Tengan, P. Wong
Psicoterapia existencial-humanista norte-americana 
	Rollo May, J. Bugental, I. Yalom, Kirk Schneider
Psicoterapia existencial britânica 
	D. Laing E. Spinelli, E. Van Deurzen-Smith, H. Cohn
Psicoterapia existencial breve 
	F. Strasser & A. Strasser
Psicoterapia existencial sartreana 
	M. Villegas, T. Erthal, B. Cannon
Daseinanálise
A Daseinanálise, também designada por Análise Existencial ou Análise do Dasein foi introduzida por Binswanger e teve influência predominante da filosofia de Heidegger.
Tem sido criticada por estar excessivamente centrada nas categorias psicopatológicas e por, apesar de propôr um método terapêutico, não utilizar uma técnica específica para promover a mudança individual.
Enquanto Bisnwanger se focalizou essencialmente na análise fenomenológica do Dasein perturbado, Boss centrou-se no método terapêutico,
Logoterapia
Viktor Frankl
A motivação fundamental da existência seria a procura de significado, único e específico da existência individual, sendo que a falta de significado conduziria à frustração existencial e esta, por sua vez, à neurose.
Facilitar ao cliente a procura do significado (logos) e propósito da sua vida, procurando superar o vazio e o desespero.
Influenciado essencialmente pela filosofia dos valores de Max Scheler e pela psicanálise de Freud.
Psicoterapia existencial-humanista norte americana
Movimento iniciado em1958 por Rollo May
Bugental, Yalom e Kirk Schneider como representantes principais.
Influências múltiplas:
Filosofias existenciais - Tillich, Kierkegaard e Nietzsche ;
Pragmatismo - William James;
Movimento da psicologia humanista - Carl Rogers e A. Maslow; 
Psicanálise - Adler, Otto Rank, E. Fromm.
Centrada no mundo próprio individual, o mundo das experiências subjetivas individuais
Críticas principais:
Dependência excessiva dos processos inconscientes (resistências)
Focalização predominante na experiência subjetiva individual
em detrimento da inter-subjetiva (relações)
Importância dada ao desenvolvimento da autenticidade como se fosse uma forma superior de ser
Psicoterapia existencial de Ronald Laing
Influenciado pelo pensamento filosófico de Kirkegaard, Nietzsche, Heidegger, Jaspers, Husserl e Sartre, bem como pela psicanálise e pelo marxismo, pela psiquiatria interpessoal de Harry Stack Sullivan e e estudos da comunicação de Gregory Bateson e da escola de Palo Alto (Califórnia)
Centrou a sua investigação na psicopatologia, em particular na esquizofrenia, procurando o seu significado. 
Destacou a Insegurança ontológica e o contexto social da perturbação mental.
Críticas: não ter superado os modelos de doença e de cura, conceito de self como algo com existência concreta e localizada.
Psicoterapia existencial britânica
Influências das filosofias de Heidegger, Kierkeggard, Nietzsche, Sartre, Jaspers, Buber e Merleau-Ponty, e também Husserl, com alguma proximidade em relação à Daseinanálise 
Influências significativas das concepções de Laing.
Representantes principais: Van Deurzen-Smith, Spinelli, DuPlock, Cohn, Wolf, Milton e Madison. 
Rejeita o individualismo, o subjetivismo e o modelo médico da saúde mental
Recusa da patologização
Importância da compreensão do mundo próprio do cliente e dos seus problemas com o viver.
O questionamento central é: Como é que eu posso viver uma vida melhor?
Psicoterapia existencial breve
Diferentes abordagens breves em psicoterapia existencial
Psicoterapia
existencial-humanista breve (Bugental)
Possibilidade de realizar séries de terapia breve, focando em situações específicas
Psicoterapia existencial limitada no tempo
	(Strasser e Strasser)
Conjunto de doze sessões, seguidas por duas sessões de follow-up de seis em seis semanas.
Não procura focalizar numa preocupação específica
Psicoterapia existencial sartreana
Análise da Existência
Preocupação primordial com a existência concreta (o seu-mundo)
A existência é um projeto que tem estrutura narrativa (análise textual)
Predominantemente influenciada pela filosofia de J. P. Sartre, em especial por aquilo a que o autor chamou “psicanálise existencial”
Proposta é a de compreender o existente a partir dos diferentes modos como a consciência se relaciona com o mundo, com os outros e consigo mesmo, e como tenta evitar a angústia que se associa ao confronto com a sua liberdade e a sua responsabilidade
A intervenção psicoterapêutica envolve uma dimensão analítica (projeto existencial) e uma dimensão terapêutica (compreensão para mudança)
Diferentes métodos e diferentes posicionamentos
Grande heterogeneidade de possibilidades de intervenção terapêutica
Diferentes autores e propostas terapêuticas podem posicionar-se de forma diversa em relação a diferentes dimensões:
Influências fenomenológica/existencial
Diretividade/não diretividade
Metodologias descritivas/compreensivas
Abordagem psicológica/filosófica
Foco pessoal/transpessoal
Foco na psicopatologia
Foco na subjetividade/inter-subjetividade
Espontaneidade/uso de técnicas
Novos desafios
Necessidade de demonstrar a eficácia terapêutica
Atender a exigências profissionais (formação)
Contextualizar a intervenção terapêutica em termos sociais e culturais
Assegurar a qualidade do serviço (supervisão)
Referência
TEIXEIRA, José A. Carvalho. Introdução à psicoterapia existencial. Aná. Psicológica, jul. 2006, vol.24, no.3, p.289-309. ISSN 0870-8231. Disponível em: .http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v24n3/v24n3a03.pdf

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