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FUI PÉSSIMA PORQUE NÃO SOUBE QUAL ERA O CRIME- TENHO QUE ME LIGAR NA TIPIFICAÇÃO DADA NA QUESTÃO, NA PROVA TESTEMUNHAL E PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO, SEMPRE PENSAR Q TEM NA RA EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 5ª AVARA CRIMINAL DE ... Processo nº... CAIO, nacionalidade..., profissão..., Portador da Cédula de Identidade nº..., inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob o nº..., residente e domiciliado à Rua..., bairro..., número..., na cidade de ..., CEP..., vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado que ao final subscreve (instruído conforme documento procuratório em anexo), com fulcro nos artigos 396 e 396-A, ambos do Código de Processo Penal, apresentar RESPOSTA À ACUSAÇÃO, pelos fatos e fundamentos a seguir aduzidos: I- DOS FATOS O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Caio pelo suposto crime de Extorsão qualificado pelo emprego de arma de fogo. Acontece que houve confusão pelo órgão ministerial quanto ao fato em lide, já que o que houve na realidade foi uma ameaça proferida pelo agente contra José, já que anteriormente este havia solicitado dinheiro a fim de abrir um restaurante, deixando com Caio uma nota promissória do valor emprestado. Caio não conseguiu valer-se da nota promissória e procedeu a cobrança via telefonema, na qual José afirmou que o pagaria em uma semana. Findo o prazo, mais uma vez, José deixou de honrar com sua dívida, dizendo que não tinha dinheiro. Indignado com a situação em que fora colocado, Caio compareceu ao restaurante de José e o ameaçou, mostrando uma pistola, dizendo que ele deveria saldar a dívida imediatamente. Caio confirmou a ocorrência dos eventos na integralidade. A denúncia foi recebida e o réu citado no dia 18 de janeiro de 2011 para apresentar resposta à acusação. II- DO MÉRITO DA DESCLASSIFICAÇÃO DO CRIME Há necessidade que o MM Juiz proceda à desclassificação do crime, aditando a inicial acusatória, já que os fatos retratam o delito de exercício arbitrário das próprias razões, cujas consequências jurisdicionais são mais brandas, restando prejudicado o réu por ser imputado fato que não cometera, qual seja, extorsão com emprego de arma. Uma vez que é atípica a figura do delito de extorsão por atipicidade, ante a ausência de vantagem indevida. DA ABSOLVIÇÃO PELO CRIME DE EXTORSÃO É de suma importância ressaltar que não há configuração do crime de extorsão mediante uso de arma (art. 158, § 1º do CP) no caso em tela, devendo ser o agente absolvido nos termos do artigo 397, III do CPP, já que o fato não constitui crime. DA AÇÃO PRIVADA Tal delito, como ausente a figura da violência, somente procede-se mediante queixa, conforme dispõe o parágrafo único do artigo 345 do Código Penal. É imprescindível retratar que a ação penal privada decai em 6 meses o seu direito de postulação e, no caso em tela, houve o decurso do tempo tendo em vista que o agente somente foi citado em janeiro de 2011, mais de seis meses do fato. Além disso, o ministérios público é ilegítimo pois quem é titular da ação em comento é o próprio ofendido. DA ABSOLVIÇÃO PELA DECADENCIA Tendo em vista o que fora disposto no item anterior quando a ação penal privada, houve decadência do direito de ação, sendo assim, deve o agente ser absolvido sumariamente nos termos do art 397, IV, já que extinta a punibilidade do agente. III- DOS PEDIDOS Antes os fatos e fundamentos expostos, requer que: A desclassificação do crime para configurar como exercício arbitrário das próprias razões art. 345 do CP; absolvição (0,25) com fundamento no art. 397, III do CPP (0,25) e art. 397, IV, do CPP (0,25); oitiva de testemunhas e produção de provas (0,25). Termos em que, Pede deferimento. Local..., data.... Advogado OAB nº... ROL DE TESTEMUNHAS
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