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1 e-Book Técnicas de apresentação Porque as primeiras impressões fazem a diferença Sumário 1. Oratória e retórica: Falar bem e persuadir .......................................... 3 Como ser um bom orador? ..................................................................... 3 Grandes Oradores ................................................................................... 4 2. 20 Dicas para Falar em Público ............................................................. 6 3. Apresentações corporativas: As táticas de Steve Jobs .......................... 9 4. Apresentação desinibida, porém cuidadosa!...................................... 12 5. Dicas para falar bem em público ........................................................ 14 6. Redação empresarial: Elementos coesivos em apresentações ........... 17 7. Vença o medo de falar em público! .................................................... 19 8. Não enrole, fale! ................................................................................ 21 9. Você sabe se apresentar em público? ................................................ 23 3 1. Oratória e retórica: Falar bem e persuadir A arte de falar bem, a oratória, a arte do convencimento e a retórica são assuntos que fascinam o homem há milhares de anos, desde a Grécia e a Roma antigas. Não é por menos, afinal os grandes oradores sempre foram aqueles que alcançaram posições de destaque em seus tempos. Oratória e retórica possuem tantas intersecções que muita gente as confunde. A oratória, nos tempos da democracia na Grécia antiga, abordava tanto o falar bem quanto a argumentação e o convencimento. No entanto, com a ascensão do Império Romano, ela foi se transformando em um compêndio de técnicas para se falar “bonito”, uma vez que a argumentação e o debate político não existiam no regime autoritário do Império. A persuasão e o debate de ideias, então, ficaram em outro plano, a retórica. Essa oratória latina, chamada de formalista, com pouco ou nenhum foco no conteúdo da mensagem, ganhou bastante espaço no mundo lusitano dos séculos IXX e XX, uma vez que praticamente todos os países de língua portuguesa também viveram grandes períodos sob regimes ditatoriais. No entanto, após a Segunda Guerra Mundial, com o fortalecimento das democracias no fim do século XX, o estilo latino, mais rebuscado, vem perdendo espaço para uma retomada da oratória clássica da Grécia, com maior foco na argumentação e na persuasão dos interlocutores. Como ser um bom orador? Quem almeja ser um bom orador pode procurar cursos nessa área, mas, também, de maneira independente, procurar desenvolver essas habilidades no seu dia a dia. Existem três pilares básicos que sustentam qualquer discurso e que, por esse motivo, são os alicerces da oratória. Conheça-os a seguir: Linguagem: É praticamente impossível ser um bom orador sem o domínio da língua. A gramática correta e um vocabulário preciso e apropriado são fundamentais para conquistar credibilidade. Erros de português podem atrair a atenção dos interlocutores e dar margem a dúvidas sobre a capacidade do orador. Conteúdo: Dominar por completo o assunto sobre o qual irá discorrer é outro requisito básico de um bom orador. Quanto maior esse domínio, mais segurança o orador transmite e sua fala terá maior naturalidade. Estrutura lógica: Com conhecimento da língua e da matéria tratada, cabe ao orador selecionar e organizar a fala de uma maneira lógica. Qual a ordem de apresentação mais natural dos elementos a serem abordados? Quais os argumentos mais relevantes ao público a que se dirige? Ordenar um discurso logicamente é algo que deve ser trabalhado para que uma fala seja mais incisiva. Grandes Oradores Muitos políticos, líderes religiosos, artistas e revolucionários conquistaram destaque por meio de suas habilidades com a oratória. Adolf Hitler, um dos maiores Ditadores da história da humanidade, é um exemplo. Hitler utilizou, ao longo de seu mandato político, a propaganda estatal e sua oratória carismática para persuadir o povo alemão, ressaltando o nacionalismo daquele povo que sofria com as severas restrições da derrota na Primeira Guerra Mundial. Por outro lado, Mahatma Gandhi conseguiu liderar a revolução que levou a Índia a conquistar sua independência por meio de seu discurso pacifista da ”não-violência” e da “verdade”. Muitos reconhecem que ele inspirou outros líderes importantes, como Martin Luther King e Nelson Mandela. Recentemente, Barack Obama ganhou fama de excelente orador com seus discursos na campanha presidencial dos EUA. Sua argumentação elegante, lógica e escolha precisa de palavras conquistaram o povo americano e praticamente todo o mundo, que torceu por sua vitória. Seu discurso da vitória é exemplo da simplicidade eficaz de suas falas. Publicado em: 17/09/2010 5 Autor: Luciano Valente Fonte: http://www.scrittaonline.com.br/artigos/oratoria-e-retorica-falar-bem-e- persuadir 2. 20 Dicas para Falar em Público Observe bons oradores. Quem são seus grandes mestres em oratória? Em quem você se espelha para falar em público? 1. Observe bons oradores. Quem são seus grandes mestres em oratória? Em quem você se espelha para falar em público? Bons exemplos são de grande valia, afinal eles podem ajudar (e muito) no seu desempenho. 2. Tenha um objetivo. Qual é o tema que você se propôs a discursar? Por quê? A quem se direciona? O que motivaria alguém a ouvi-lo? Quais os ganhos que essa pessoa teria? Não fale só o que você quer, mas o que as pessoas precisam. Não fale qualquer coisa, seja relevante! 3. Pense positivamente. A maioria das pessoas, antes de falar em público, enche a cabeça de ideias negativas: não vou conseguir, vai dar tudo errado, o que a plateia vai pensar de mim etc. Esses pensamentos, além de aumentar a ansiedade, só atrapalham a sua performance como orador. Pense que vai dar tudo certo, você consegue! 4. Treine antes de falar em público. Ninguém consegue correr uma maratona sem antes treinar. Você terá um melhor desempenho e ficará mais seguro se praticar seu discurso antes de pronunciá-lo. Treine sozinho, com os amigos, na frente do espelho etc. 5. Não decore palavra por palavra. Querendo ou não, as pessoas percebem quando seu discurso está decorado, pois ele não flui, fica artificial. Grife palavras-chave no seu texto, faça anotações que lhe serão úteis ao longo da apresentação e procure ser o mais natural possível. 7 6. Cuide da gramática. Até os melhores oradores cometem deslizes, mas isso não significa que você precisa se descuidar com ela. Revise seu texto antes de expô-lo e tenha a certeza de que tudo esteja certo. 7. Estude sobre o que você vai falar. A maioria das pessoas não gosta de comida crua, muito menos de um discurso mal passado. Prepare seu texto, acrescente ingredientes consistentes, fuja do arroz com feijão, do senso comum, da informação de fácil acesso. Estude e esteja preparado, seus convidados agradecem. 8. Tenha confiança em si. Se você tem um objetivo com o seu discurso, treinou e estudou o texto e considera-o relevante ao público alvo, não há o que temer. Naquele lugar, você é quem mais sabe sobre o assunto exposto! 9. Partilhe suas experiências. “Usei um termo inadequado em uma reunião de negócios” pode ser um exemplo bastante interessante em um discurso. Geralmente, quando você compartilha sua vida com seu público, este se identifica com você e presta mais atenção naquilo que você tem a dizer. 10. Limite o assunto. Discursar sobre os bons resultados da empresa não quer dizer que você também deva falarsobre toda a história da empresa. Não perca o foco daquilo que você se propôs a dizer. Além de deixar o discurso longo e cansativo, você pode deixar seu público se perguntando: sobre o que era mesmo que ele estava falando? 11. Apoie suas ideias. Se eu dissesse que a frase “a força não provém da capacidade física e sim de uma vontade indomável” foi de minha autoria, talvez ela não teria tanta relevância. Mas, se eu dissesse que essa frase é de Mahatma Gandhi você, com certeza, pensaria melhor sobre ela. Portanto, apoie suas ideias em pesquisas concretas e confiáveis, em citações sérias e em pessoas coerentes. 12. Use ilustrações e exemplos. Dificilmente você dará uma palestra a um grupo de filósofos, portanto não deixe que seu discurso se torne subjetivo e fique apenas no plano das ideias. Exemplifique, conte histórias, mostre imagens. 13. Varie o tom da voz e a sua expressão corporal. Não deixe seu discurso cair na monotonia. Use gestos, fale mais alto em alguns momentos, demonstre que você realmente acredita no que está falando! 14. Seja modesto. Ninguém assiste a uma palestra a fim de saber quantos diplomas você tem, em quantos países já foi passar as férias, quantos carros você possui etc. Exibicionismo gera um efeito negativo na plateia. Quando for falar das suas conquistas pessoais e profissionais, tome cuidado para não exagerar! 15. Faça seu público participar. Com certeza as pessoas aprendem melhor praticando do que apenas ouvindo. Jogue uma pergunta ao seu público, desenvolva uma atividade relacionada à sua palestra, faça uma dinâmica! Seu discurso ficará mais interessante e o ouvinte aprenderá melhor. 16. Cuidado com seu vocabulário. Não use um vocabulário técnico da área jurídica se você não vai dar uma palestra para advogados. É importante você conhecer seu público e falar o que é necessário e eficaz para cada contexto. 17. Seja você mesmo. Os melhores oradores são aqueles que seguem um estilo próprio, sem imitações nem superficialidade. Seja natural, use seus talentos para atrair a plateia. 18. Identifique-se com seu público. Não demonstre que você é um estranho no meio daquelas pessoas. Converse sobre assuntos que fazem parte do cotidiano daquele grupo, busque pontos em comum com os participantes, enfim: interaja! 19. Faça uma conclusão. Não se esqueça de retomar, sucintamente, todo o assunto apresentado no seu discurso. Isso evita possíveis incompreensões que possam ter surgido ao longo da palestra e ajuda o participante a gravar o conteúdo. 20. Não use termos e expressões, como “para concluir” se sabe que vai discursar por mais 40 minutos. Essa dica é muito importante! A maioria das pessoas fica com raiva daquele palestrante que diz estar finalizando seu discurso, mas não o termina nunca! Dizendo: concluindo, conclua! Publicado em: 12/05/2006 Autor: Ana Cecília Camargo e Laila Vanetti Fonte: www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.scrittaonline.com.br%2Fartigos%2F20- dicas-para-falar-em- publico&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFwxR2P7NIGtpKxUCS3xAvanZK2fQ 9 3. Apresentações corporativas: As táticas de Steve Jobs Uma pesquisa realizada pelo jornal inglês Sunday Times, com três mil americanos, revela que o maior medo das pessoas é falar em público (41%). Em segundo lugar vem o medo de altura (32%), mas iremos falar sobre comunicação. Você poderia falar um pouco sobre esse assunto? E que tal apresentá-lo nos mínimos detalhes? Essas são algumas das perguntas feitas quando estamos fazendo uma apresentação. E você, está pronto para respondê-las? Uma pesquisa realizada pelo jornal inglês Sunday Times, com três mil americanos, revela que o maior medo das pessoas é falar em público (41%) e em segundo lugar vem o medo de altura (32%). Fazer uma apresentação é, muitas vezes, um tanto quanto complicado. O fato é que estamos o tempo todo fazendo apresentações, seja de produtos, de ideias e, é claro, de nós mesmos. Apresentar não é simplesmente descrever e explicar. Há muitos outros conceitos que precisamos desenvolver e que são usados por grandes oradores. No universo empresarial, uma das figuras mais importantes, Steve Jobs, tinha por característica desenvolver grandes apresentações, usando técnicas simples, mas muito eficazes. A Scritta, especialista em Redação Empresarial, selecionou algumas delas, confira: 1 – Apresente um antagonista Faça com que o público veja qual é o problema a ser resolvido. 2 – Apresente um herói Mostre quais as soluções que existem para o problema. 3 – Seja simples Faça uma apresentação objetiva, simples e minimalista. 4 – Enfeite seus números Faça com que seus números sejam relevantes para o público. 5 – Trabalhe com a Redação Empresarial Utilize a redação empresarial para montar a sua apresentação. 6 – Abra espaço para outras pessoas Permita que outras pessoas, quando possível, participem da sua apresentação. 7 - Dê vida a sua apresentação Adicione vida removendo excessos de explicações e dando exemplos. 8 – Traga novidades Apresente alguma surpresa no fim de sua explanação, desde que ela seja planejada. 9 - Tenha presença de palco Use a linguagem corporal com movimentos relacionados àquilo que você fala. 10 – Demonstre parecer fácil Ensaie para dominar o assunto tratado. 11 - Vista-se bem Seja visto com um líder. 12 – Seja natural Com o discurso na ponta da língua, procure falar de forma relaxada e natural. 13 – Divirta-se Mesmo se as coisas forem para o lado errado, divirta-se com elas. 14 – Faça um planejamento analógico Organize suas ideias em um quadro ou em uma folha de papel, para só então criar o Power Point. 15 – Defina a pergunta mais importante Por que eu deveria me importar com o que está sendo dito? 16 – Crie um propósito 11 Demonstre paixão pelo assunto tratado. 17 – Construa frases curtas As pessoas querem ouvir histórias e, com certeza, não querem ler textos grandes. 18 – Monte um mapa Dê uma estrutura para sua apresentação (começo, meio e fim). O público perceberá sua organização. Com certeza, se você seguir essas orientações, vai fazer uma boa apresentação. Lembre-se de que o sucesso da sua apresentação depende de você e também do quanto você se dedica a ela. Publicado em: 13/11/2012 Autor: Gabriel Castelar Fonte: http://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.scrittaonline.com.br%2Fhabilida des%2Fapresentacoes-corporativas-as-taticas-de-steve- jobs&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNG7xcEbltsO9cZ_G6zyvRMPmowATA 4. Apresentação desinibida, porém cuidadosa! No texto de hoje, iremos expor alguns cuidados que se deve ter durante esse tipo de apresentação. No artigo anterior, você conferiu algumas dicas para superar o medo da inevitável situação por que passa todo profissional: falar em público. No texto de hoje, iremos expor alguns cuidados que se deve ter durante esse tipo de apresentação. Se você assistiu ao quadro “Primeiro Emprego”, do Fantástico, no último dia 10/4, deve ter percebido três aspectos fundamentais a que se deve atentar durante apresentações orais: a) voz, b) postura e c) léxico (a escolha de palavras). Eles são janelas reveladoras de nossa personalidade e de nosso estado de espírito; portanto, são eles que denunciam tudo aquilo que procuramos esconder. A primeira precaução a ser tomada é em relação à voz é à respiração: procure sempre sincronizar a fala com a respiração para evitar a falta de fôlego. A segunda é com a dicção, isto é, com a maneira com que se pronunciam as palavras, para que elas soem claras. A terceira é com a velocidade da fala, a qual, mais do que relacionada com o próprio orador, deverá entrar em conformidade com suas intenções e com o conteúdo. Porfim, é preciso observar a intensidade, empregando ênfase nas palavras e nas sílabas corretas, de modo a atrair o público. A postura também assume um lugar importantíssimo durante apresentações orais, afinal, cada gesto, inconscientemente, transmite uma mensagem, um significado, uma impressão. É preciso tomar cuidado para não parecer displicente, arrogante, “fechado” ou com medo da plateia, cruzando os braços, por exemplo, ou apoiando-se com o quadril pendente para o lado. Além disso, demonstrar coerência entre gestos e fala é fundamental: para designar a ideia de abrir, separe as mãos; para dar ideia de crescimento, levante os braços ao invés de abaixá-los etc. O vocabulário une os dois aspectos anteriores. Cuidado para não falar de maneira excessivamente difícil ou limitada, para evitar julgamentos errôneos do público. De acordo com Reinaldo Polito, o vocabulário ideal é aquele capaz de se adaptar ao auditório e de se fazer claro. Para isso, é preciso ter um alto nível de leitura: quanto mais elevado for seu léxico, mais fácil será escolher as palavras apropriadas para uma determinada apresentação. 13 É claro que essas observações não valem somente para aqueles que procuram pelo primeiro emprego. Falar em público é uma habilidade que demora anos para ser desenvolvida e precisa constantemente ser trabalhada. Publicado em: 12/04/2011 Autor: Bruna Moreno Fonte: http://www.scrittaonline.com.br/habilidades/apresentacao-desinibida-porem- cuidadosa 5. Dicas para falar bem em público Falar em público costuma ser um tormento para a grande maioria das pessoas. No entanto, com a evolução na carreira, fica difícil evitar a exposição em reuniões, em palestras e em apresentações. A experiência é a melhor amiga de quem precisa enfrentar essas situações com frequência, porém, algumas dicas simples podem ajudar nessas ocasiões de tanta ansiedade. A quem você se dirige? Saber a idade do grupo, suas convicções políticas, religião, ocupação e o que mais for possível é de extrema importância. A plateia apoiará a sua fala ou se posicionará contra ela? Procure agrupar o maior volume possível de informação sobre o seu público. São especialistas ou novatos no assunto? Influenciam decisões? Prepare sua apresentação para atingir as expectativas de quem irá presenciá-la. Estruture seus argumentos Conheça profundamente o assunto que vai tratar. Faça uma apresentação atualizada, afinal, você não pode correr o risco de que sua plateia conheça mais o tema do que você. Seus argumentos devem ser apresentados sempre na ordem do mais forte para o mais fraco. Concentre-se em 3 ou 4 ideias principais e detalhe-as, mostrando dados e exemplos. Argumentos secundários podem ser apenas mencionados rapidamente como tópicos no fim da apresentação. Prepare-se para os contra-argumentos É possível conquistar ainda mais respeito da audiência se sua apresentação considerar de antemão os argumentos contrários a ela. Aponte as principais ideias opostas e 15 desconstrua cada uma delas com dados e exemplos que as suportem. Desta maneira, você demonstrará um conhecimento mais amplo do assunto e plantará uma semente da dúvida sobre seus opositores. No início Espere que sua plateia esteja toda acomodada para iniciar sua fala, pois a atenção deve estar em você. Apresente-se e, se ninguém fez isso antes, fale de sua experiência no assunto. Mostre seus objetivos e dê uma visão geral do programa. Fale naturalmente A naturalidade é a maior amiga do bom orador. Nunca tente imitar ninguém. Todo bom orador tem um estilo, mas ele é fruto de muita experiência. Piadas, por exemplo, caem bem para uns, mas podem ser um desastre para outros. Com relação ao modo de falar, apenas alguns princípios básicos são válidos: o principal é evitar os extremos. Muito rápido, muito lento, muito baixo ou muito alto. Nenhum desses exageros vai agradar a sua plateia. O ideal é manter a fala o mais natural possível. Ou seja, de ênfase – em volume e em ritmo – apenas no que pede maior destaque no contexto da sua apresentação. Linguagem A primeira dica é ater-se à gramática. Pequenos erros podem ter consequências catastróficas. Tenha um cuidado especial com a concordância e com a conjugação de verbos. Evite gírias e jargões técnicos ou regionais. Procure eliminar também os cacoetes de raciocínio como “tá, ok?”, “é assim”, “bem”, “então”, “tá certo?” e “né”. O vocabulário deve ser simples, objetivo e suficiente para apresentar suas principais ideias. O principal é adequá-lo à sua audiência. Como encarar a plateia Assim como na fala, deixe que os movimentos corporais e as expressões faciais surjam naturalmente. No entanto, evite ficar excessivamente parado no palco, movimente-se, mas tome cuidado para não ficar andando como se fosse um leão em uma jaula, pois isso transmite nervosismo. Não olhe demais para um ouvinte ou para um grupo específico. Procure observar o grupo como um todo. Em hipótese alguma, foque seu olhar para o chão, para o teto ou para algum ponto no “nada”. Mantenha um contato visual maior com quem ocupa o cargo superior ou com quem irá tomar alguma decisão, porém não exagere, afinal se existem mais pessoas presentes é porque todas ali têm sua importância. Prepare bem seu material Cuidado com o excesso de sons e de movimentos nos slides, eles podem desviar a atenção ou até irritar sua audiência. Evite a superlotação, se há excesso de conteúdo, procure distribuir a informação por mais telas. Na elaboração de cada slide, atente para o contraste entre letras, figuras e plano de fundo. Preste atenção também no tamanho das fontes. Revise atentamente para eliminar erros de gramática, de números, de grafia e de ordem. Encerramento A última mensagem de uma apresentação provavelmente será a ideia mais lembrada. Procure ocupar este momento de destaque com uma sugestão de ação ou com a solução de algum problema. O ponto principal é induzir o seu público a fazer algo. Frases famosas ou provérbios, desde que adequados ao tema, são boas dicas. Na seção de perguntas, procure elogiar qualquer pergunta e repita o questionamento para que todos tenham a possibilidade de ouvir o que foi dito. Isso também lhe dá tempo para pensar sobre a resposta. Fique atento a termos ou a frases que serão a chave da resposta para a pergunta. Reinaldo Polito ainda afirma: “Todo o brilho, toda a beleza, toda a expressão da verdadeira eloquência resiste ao tempo, imortaliza-se na lembrança, permanece viva e indelével na emocionada memória dos que participaram daquele mágico instante de criação, em que um homem, pela simples força de sua palavra, foi capaz de render a seus pés a multidão maravilhada.” Publicado em: 15/12/2010 Autor: Luciano Valente Fonte: http://www.scrittaonline.com.br/habilidades/dicas-para-falar-bem-em-publico 17 6. Redação empresarial: Elementos coesivos em apresentações Fazer apresentações para grandes públicos é uma tarefa que causa pesadelos em muitas pessoas. E não é fácil mesmo, é preciso dominar o assunto por completo, estruturar os tópicos, conhecer a plateia, preparar os slides, ensaiar... Na verdade, o dia da apresentação é apenas a ponta de um iceberg de horas de estudo e de preparação para esse tipo de redação empresarial. O sucesso é fruto de muito trabalho. Em termos linguísticos, um dos elementos mais importantes numa apresentação em público é a coesão. Muita gente confunde coesão com coerência. Não é para menos, essa dupla tem uma ligação íntima e sempre caminha junta em livros de linguística. A coerência é a linha de raciocínio de um discurso, é a lógica que estabelece relação entre as suas ideias. Já a coesão é a ligação estrutural entre ostermos, as frases e os argumentos de um texto. Ela é concretizada por elementos linguísticos, como os pronomes e os conectores (e, mas, pois, embora, portanto), entre outros. Quando pensamos em apresentações em público, a coerência está fundamentada em elementos externos, principalmente ao domínio do assunto, enquanto que a coesão está expressa na própria estrutura da apresentação, na forma de palavras (conectores), hiperlinks, menus, indicadores, entre outros. E justamente por ser estrutural, a coesão é um elemento que pode ser bem trabalhado para o sucesso de uma apresentação. A ideia principal da coesão é inserir nos slides ― e na fala também ― elementos que indiquem começo, meio e fim. Anuncie o que vai falar, fale e conte sobre o que falou. Se, por exemplo, deseja apresentar a solução para um problema, diga antes qual é o problema, quais as diversas soluções pensadas e quais foram os argumentos para a escolha de uma proposta. Se a proposta é falar de uma informação atual, esclareça inicialmente como tudo ocorreu até que a informação nova tenha surgido. Introduza, desenvolva e conclua. Essa é a dica, sempre. Insira no PowerPoint (ou nos outros softwares de apresentação) slides que auxiliem essa tarefa. Por exemplo, inclua no início a estrutura da apresentação, fale sobre o tema, sobre a ordem dos tópicos e conclua, iniciando o primeiro item do “menu”. Apresente esse primeiro item, suas ideias e finalize, indicando a mudança para o segundo e assim por diante. Lembre-se de incluir slides que indiquem cada um desses passos. Esse movimento de introdução, desenvolvimento e conclusão é essencial para que uma plateia acompanhe o raciocínio de um palestrante. Esse é o papel da coesão. Em um texto, a coesão é expressa com os conectores, até porque se busca evitar a repetição. No entanto, em uma apresentação, a constante exposição de sua estrutura e a indicação de cada passo é a forma mais efetiva de ser coeso. Por isso, use sempre esses recursos. Publicado em: 26/10/2009 Autor: Luciano Valente Fonte: http://www.scrittaonline.com.br/habilidades/elementos-coesivos-sao- essenciais-para-boas-apresentacoes-em-publico 19 7. Vença o medo de falar em público! Alguns dos motivos do medo de falar em público são a falta de conhecimento sobre o assunto abordado, a falta de prática e a falta de autoconhecimento. Existem, dentro de nós, dois tipos de oradores: um real e outro imaginário. O medo, instinto natural do ser humano, é um mecanismo de defesa. Se antes o homem primitivo fugia ou tentava contra-atacar, hoje, quando sentimos medo, sofremos uma descarga de adrenalina para que possamos nos movimentar mais depressa enquanto ela vai sendo metabolizada. Ao falarmos em público, contudo, ainda que haja a descarga de adrenalina, não é possível fugir. Por isso, o hormônio permanece um tempo maior no organismo e provoca a confusão que todos conhecemos: as pernas tremem, as mãos suam, o coração bate mais forte e até os pensamentos, tão claros antes de falar, desaparecem diante da audiência. Alguns dos motivos do medo de falar em público são a falta de conhecimento sobre o assunto abordado, a falta de prática e a falta de autoconhecimento. Existem, dentro de nós, dois tipos de oradores: um real e outro imaginário. O real é o verdadeiro, aquele que as pessoas enxergam efetivamente. O imaginário é fruto da nossa imaginação, aquele que nós pensamos que as pessoas veem quando falamos. Para combater esse tipo de medo, é preciso atingir cada um dos motivos: pesquisar o assunto com profundidade e saber mais do que será exposto para falar com confiança e tranquilidade. Nesse sentido, é importante organizar a sequência da apresentação e dividir as etapas a serem seguidas. Praticar para adquirir experiência é também um ótimo exercício para quem não se sente seguro: faça perguntas nas palestras que assistir, aceite convites para expor trabalhos, enfim, quanto mais você fizer, melhor, pois você precisa de prática para ter segurança e combater o medo. Ainda que haja luta, é preciso ter consciência de que o medo nunca desaparece totalmente. Você aprende a dominá-lo, mas sempre terá aquele frio na barriga antes de alguma exposição em público. As dicas ajudam a reduzir o excesso de adrenalina, que poderá se transformar em energia positiva e, de modo inverso, lhe ajudará a falar com mais envolvimento e emoção. Domine o medo de falar, seja mais confiante e conquiste vitórias com suas apresentações. Publicado em: 07/04/2011 Autor: Juliana Bortolai Fonte: Como falar corretamente sem inibições – Reinaldo Polito http://www.scrittaonline.com.br/habilidades/venca-o-medo-de-falar-em-publico 21 8. Não enrole, fale! Em muitas situações, a tendência de quem fala é colocar a culpa em quem ouve, quando, de fato, falar para ser ouvido está se tornando uma arte esquecida. Ouvir é uma das habilidades básicas e indispensáveis para uma carreira de sucesso. Talvez, por isso, tantos seminários de treinamento ensinam a ouvir. Se você não ouve, não capta a mensagem que seu interlocutor deseja e tenta transmitir. Mas, o que fazer se ouvimos, mas não entendemos? Em conversas formais, por exemplo, entre um vendedor e um cliente, quando não usam amplificadores ou qualquer outro dispositivo eletrônico, o discurso pode ser inaudível, ou seja, apenas ruído. Certamente, não é informação. Em muitas situações assim, a tendência de quem fala é colocar a culpa em quem ouve, quando, de fato, falar para ser ouvido está se tornando uma arte esquecida. Estamos em um mundo de murmuradores, numa busca indireta de realismo, como disse recentemente o jornal London Economist. E há explicações para isso. Uma é a vontade viver um mundo civil para uma sociedade não civil. "Eu falo como quiser. Se não puderem me ouvir, que se virem". Outra explicação pode ser o comportamento generalizado do "não estou nem aí". Com tantos microfones, amplificadores, computadores com voz, sintetizadores de voz e sabe-se lá mais o que, não há necessidade de ninguém, exceto atores e outros profissionais que vivem de apresentações, cultivar a arte de falar. Em uma verdadeira Comunicação, com C maiúsculo, um discurso audível não é mais considerado um patrimônio valioso. Futuros oradores aprendem a se portar, avaliando que linguagem corporal utilizar e como manipular aparelhos de projeção de imagens, apresentações com slides do PowerPoint e gráficos criados por computador. Mas aprendem poucas, ou quase nenhuma, técnicas de oratória, como aquelas praticadas pelos oradores de antigamente. Em uma clareira da floresta em Green Mountains, Vermont, há um marco de pedra dizendo que em 7 e 8 de julho de 1840, Daniel Webster falou para 15 mil pessoas. Sem microfone! É difícil imaginar como, mas foi possível. É claro que, a exemplo de seus professores contemporâneos, padres e políticos, Webster foi treinado como orador, o que, com certeza, fez toda a diferença. Atualmente, escolas de teologia ensinam a pregar, mas as universidades que preparam alunos para a carreira do ensino não possuem algum curso que se compare a isso em suas respectivas áreas. Falar é natural a todos nós. Aprendemos nossas primeiras palavras antes de um ano de vida e os resultados são gratificantes. Mamã e Papá vêm correndo quando falamos essas palavras. Consequentemente, nosso ego se infla, dizendo sempre, à medida que crescemos, que falamos perfeitamente bem e que é sempre problema da outra pessoa, não nosso, quando a mensagem não é entendida. Na realidade, o julgamento subjetivo da pessoa com quem falamos é o único retorno que podemos esperar. Não há um padrão objetivo de voz comparável à tabela de leitura usada por fonoaudiólogosou às medições acústicas que detectam desvios anormais em pessoas com problemas auditivos (...). A maior parte das pessoas não tem a menor ideia de como sua voz soa aos outros e, quando se ouvem em uma gravação, quase sempre a surpresa é desagradável. Você já deve ter dito: "A minha voz é mesmo assim?". Para aqueles que falam em público a resposta positiva ou negativa sobre sua comunicação é imediata. Se a resposta for negativa, os contratantes não voltarão a solicitar os seus serviços, muito menos os recomendarão para outras empresas. Tanto empregadores como empregados enganam-se quando não levam o problema a sério. Imagine um correio eletrônico de voz comum: "Aqui é a Joana (ou João) da empresa (enrola, enrola, enrola). Gostaria de falar com o gerente de exportação sobre (enrola, enrola, enrola). Por favor, peça que ele ligue de volta para (bem depressa, enrola, enrola, enrola), ou para o e-mail (enrola, enrola, enrola). Tenha um bom dia". Se eu tiver que ouvir mais de uma vez uma gravação para descobrir um número ou nome na confusão de palavras incompreensíveis, minha irritação cresce na hora. Não culpo a Joana ou o João. Certamente eles sabem de cor o nome da empresa, o telefone, etc., portanto, podem pronunciá-los a toda velocidade sem sequer mover os lábios. Mas fico furiosa com uma empresa que permite que uma mensagem imperfeita, geralmente incompreensível, seja emitida em seu nome. Minha reação inicial é pensar que essa empresa tem um serviço de atendimento a clientes imperfeito, assim como seus produtos. Temos que tornar o volume de voz aceitável e adotar uma boa dicção. Se ninguém nos entende o problema é nosso, então, precisamos nos comprometer a resolver isso. Publicado em: 07/10/2005 Autor: Doris Drucker Fonte: http://www.scrittaonline.com.br/artigos/nao-enrole-fale 23 9. Você sabe se apresentar em público? Entrevistas, dinâmicas de grupo, reuniões, apresentações em clientes, palestras, seminários, cursos, enfim, são cada vez mais comuns as situações em que precisamos falar em público, muitas vezes com a missão de convencer a plateia – seja ela formada por uma ou várias pessoas – a comprar nossa ideia ou nosso produto. Para isso, é preciso agradar, ser carismático, deixar uma boa impressão e mostrar firmeza. Nada fácil, não é? Pois saiba que com muito treino e algumas táticas, você poderá se sair muito bem em público. Responda Sim (S) ou Não (N) às questões abaixo, veja como está a sua performance e os pontos em que poderá melhorar. 1) Você sofre por antecipação ao saber que falará em público? 2) Você sente a voz tremer e um suor excessivo durante sua apresentação? 3) Evita olhar a plateia nos olhos? 4) Acha que sua apresentação está sendo desastrosa? 5) Mexe as mãos e os pés o tempo todo, além de caminhar constantemente? 6) Fica parado, sem movimento nenhum o tempo todo? 7) Perde-se no que tem a dizer e extrapola o tempo com frequência? 8) Atrapalha-se e não faz a sequência que tinha planejado para a apresentação? 9) Acha que não transmite tudo o que sabe do assunto porque se comunica mal? 10) Não abre espaço para perguntas, por medo de não saber respondê-las? 11) Dá desculpas para não responder as perguntas, com receio de não saber respondê-las corretamente? 12) Termina a apresentação bastante suado e cansado? 13) Quer terminar logo e sair daquela situação que o constrange? Gabarito: 0 pontos - nenhum SIM Parabéns! É bem provável que você seja exceção à regra, com excelente domínio de falar em público, seja por aptidão natural, treino específico ou prática frequente. De 1 a 5 pontos Muito bem! Você tem bom domínio da arte de falar em público, mas talvez possa beneficiar-se treinando suas principais dificuldades, com orientações que visem melhorar ainda mais seu desempenho. De 6 a 10 pontos Não está bom, mas pode melhorar. Saiba que não há dificuldades que resistam a um intenso treinamento direcionado e objetivo. Lembre-se que, em muitos casos, nosso comportamento em frente a um público qualquer é completamente diferente de um padrão mais espontâneo. Cuidado! Esse comportamento não pode prejudicar a transmissão da mensagem com eficiência. Mais de 10 pontos Não há como melhorar sozinho seu padrão de comunicação. Procure ajuda e orientações específicas e lembre-se: é sempre hora de aprender. Adaptação do texto: http://carreiras.empregos.com.br/carreira/administracao/teste/150802- apresentar_publico.shtm 25 Conheça nossos e-Books Acesse: cursos.scrittaonline.com.br/e-book
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