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FMUSP 2017 Acesso Direto Versao Branca

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edudata 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTRUÇÕES 
 
 Verifique se você recebeu um CADERNO DE QUESTÕES um CADERNO DE RESPOSTAS E A FOLHA ÓPTICA. 
 Verifique se o caderno de questões contêm um total de 100 questões de múltipla escolha e 5 casos de respostas curtas. 
Caso contrário solicite ao fiscal da sala um outro caderno completo. Não serão aceitas reclamações posteriores. 
IMPORTANTE: Verifique se o tipo de prova deste Caderno de Questões é o mesmo da sua Folha Óptica 
 Leia cuidadosamente cada uma das questões e responda exclusivamente no CADERNO DE RESPOSTAS, no espaço delimitado para 
cada questão, atentando para o enunciado. 
 Não escreva seu nome fora do local indicado. Isto anulará sua prova. 
 Responda as questões com caneta de tinta azul ou preta. 
 Não será permitida qualquer espécie de consulta, nem o uso de aparelhos eletrônicos. 
LEIA COM MUITA ATENÇÃO AS INSTRUÇÕES ABAIXO, VÁLIDAS PARA TODA A PROVA (QUESTÕES, RESPOSTAS E 
CORREÇÃO): 
Para as questões em que se solicita um número definido N de respostas, serão consideradas na correção apenas as N 
primeiras respostas do candidato. 
Por exemplo, caso sejam solicitadas cinco hipóteses diagnósticas, serão consideradas apenas as cinco primeiras hipóteses 
diagnósticas indicadas na resposta do candidato. 
Orientações para respostas que envolvam o uso de medicamentos: 
1. A questão quando necessário, poderá solicitar dose de medicamento. 
2. Medicações devem ser prescritas usando-se o nome genérico. 
3. Prefira a prescrição por princípio ativo, exceto quando houver orientação especifica em contrario 
na questão A prescrição por classe de medicação só será considerada correta se o uso de qualquer das 
medicações dessa classe estiver igualmente indicado para o caso. 
4. Em prescrições hospitalares, inclua obrigatoriamente a via de administração. 
5. Em prescrições ambulatoriais: 
a. Cite quando o medicamento for de uso contínuo, caso contrário inclua o tempo de tratamento. 
b. Inclua a via de administração quando indicar a utilização de um fármaco 
6. Caso o paciente em questão já faça uso de medicações, deve-se sempre explicitar a sua 
manutenção ou suspensão nas respostas que exijam conduta terapêutica. 
 
As imagens de pacientes e de exames complementares exibidos têm prévia autorização para apresentação. 
Boa Prova! 
"Direitos autorais reservados. Proibida a reprodução, ainda que parcial, sem autorização prévia".Novembro/2016 
RESIDÊNCIA MÉDICA - 2017 
Áreas Básicas ou Acesso Direto 
 
Prova Objetiva de Múltipla Escolha 
Prova Escrita Dissertativa 
 
PROVA BRANCA 
Nome do Candidato: 
 
 
 
ASSINE SOMENTE NESSE QUADRO 
 
 
_________________________________________ 
assinatura 
 
 
 
2 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
 
LISTA DE ABREVIAÇÕES 
 
ALGUNS VALORES DE REFERÊNCIA (ADULTOS) 
AA – ar ambiente 
 
Sangue: 
AAS – ácido acetilsalicílico 
 
Albumina = 3,5 – 5,5 g/dl 
BCF – batimentos cardíacos fetais 
 
Bilirrubina Total = 0,3 – 1,0 mg/dl 
bpm – batimentos por minuto 
 
Bilirrubina Direta = 0,1 – 0,3 mg/dl 
BRNF – bulhas rítmicas normofonéticas s/ sopros 
 
Bilirrubina Indireta = 0,2 – 0,7 mg/dl 
Cr – creatinina 
DHEAS – Desidro epiandrosterona 
Ca++ iônico = 4,8 a 5,5 mg/dL 
DUM – data da última menstruação 
 
Cloretos = 98 - 106 mEq/l 
ESBL – Beta Lactamasi de espectro estendidp 
 
Creatinina = 0,7 a 1,3 mg/dL 
FC – frequência cardíaca 
 
Colesterol total – desejável < 200 mg/dL 
FR – frequência respiratória 
FSH – Hormonio folículo estimulante 
g/mg – grama/miligrama 
 
DHL < 240 U/L 
Eosinófilos = 0,05 a 0,5 mil/ mm
3
 
Hb – hemoglobina 
 
Glicemia de jejum = 70 a 100mg/dL 
HCM – Hemoglobina Corpuscular Média 
Hcg – Gonadotrofina coriônica humana 
Globulinas = 2,0 a 3,5 g/dl 
Ht – hematócrito 
IGF1 – Fator de crescimento semelhante a insulina 
tipo 1 
 
HDL = superior a 40mg/dL 
Hematócrito (Ht) = 40 a 52% 
IMC – índice de massa corpórea 
 
Hemoglobina (Hb) = 12 a 14 g/dL 
ipm – incursões por minuto 
 
Hemoglobina corpuscular média (HCM) = 27 a 32pg 
IRT – tripsina imunoreativa neonatal 
L/dL/mL – litro/decilitro/mililitro 
LH – Hormonio luteinizante 
Kg - Quilograma 
 
Hemoglobina glicada (HbA1C) = 4,0 – 6,4% 
K
+ 
= 3,5-5,0 mEq/L 
Lactato = 5 – 15 mg/dl 
MV – murmúrios vesiculares 
 
Leucócitos = 5.000 a 10.000/ mm
3
 
mmHg – milímetros de mercúrio 
MMII - membros inferiores 
ng/microg – nanograma/micrograma 
 
LDL – desejável < 120 mg/dL 
Linfócitos = 0,9 a 3,4 mil/ mm
3
 
P – pulso 
 
Magnésio = 1,8 – 3 mg/dl 
PA – pressão arterial 
 
Monócitos = 0,2 a 0,9 mil/mm
3
 
PSA - antígeno prostático específico 
 
Na
+ 
= 135-145 mEq/L 
PO – Pós-operatório 
RHA – Ruido Hidroaereos 
Neutrófilos = 1,6 a 7,0 mil/ mm
3
 
RN – Recém nascido 
 
Plaquetas = 150.000 a 450.00/mm
3
 
Sat O2 – saturação de oxigênio 
Proteína Total = 5,5 – 8,0 g/dl 
TEC – tempo de enchimento capilar 
 
Reticulócitos = 0,5 a 2,0% 
Temp. – temperatura axilar 
 
Tempo de Protrombina (TP) = INR entre 1,0 e 1,4; Atividade 70 a 
100% 
TSH – Hormônio tireo-estimulante 
TTGO – teste de tolerância a glicose oral 
T4L – Tiroxina Livre 
 
Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA) R - até 1,2 
U – ureia 
 
TSH = 0,4 a 40 mUI/mL 
UI/mUI – unidade internacional/mili unidade 
 
Triglicérides desejável < 150 mg/dL 
UBS – Unidade Básica de Saúde 
 
Uréia = 10 a 50 mg/dL 
USG – Ultrassonografia 
 
Volume corpuscular médio (VCM) = 80 a 100 fl 
VCM – Volume Corpuscular Médio 
 
Gasometria Arterial: 
VHS – velocidade de Hemossedimentação 
 
pH = 7,35 a 7,45 
 
VALORES DE REFERÊNCIA DE HEMOGLOBINA 
(HB) EM g/dL PARA CRIANÇAS 
 
pO2 = 80 a 100mmHg 
pCO2 = 35 a 45mmHg 
Base Excess (BE) = -2 a 2 
Recém-nascido= 15 – 19 
 
HCO3 = 22 a 28mEq/L 
SatO2 > 95% 
2 a 6 meses = 9,5 – 13,5 
6 meses a 2 anos = 11 – 14 
 
2 a 6 anos = 12 – 14 
 
Líquor (punção lombar): 
Células até 4/mm
3 
Lactato até 20mg/dL 
Proteína até 40mg/dL 
6 a 12 anos = 12 – 15 
 
 
Líquido pleural ADA: até 40 U/L 
Líquido sinovial: leucócitos até 200 células/mL 
 
 
 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 3 
Prova Objetiva de Múltipla Escolha 
 
1. Na avaliação inicial de suspeita de surto de toxoplasmose, constatou-se possível exposição comum de três indivíduos; que 
participaram de churrasco de confraternização há um mês. Nesta investigação, todos os participantes do churrasco colheram sorologia 
para toxoplasmose. Os resultados desta investigação são apresentados na tabela que segue. 
A partir destes dados, responda qual foi a taxa de ataque da toxoplasmose neste grupo. 
 
Tabela: Resultados de exames de sorologia 
 
Resultado n 
IgM reagente e IgG não reagente 6 
IgM reagente e IgG de baixa avidez reagente 54 
IgM reagente e IgG de alta avidez reagente 60 
IgM não reagente e IgG reagente 240 
IgM não reagente e IgG não reagente 240 
Total de indivíduos examinados 600 
Obs: n – numero de indivíduos 
 
(A) 40% 
(B) 1% 
(C) 10% 
(D) 20% 
 
2. A Organização Mundial da Saúde incluiu a doença de Chagas na sua lista de doenças tropicais negligenciadas. Estima-se que no 
Brasil existam entre 1,5 e 3 milhões de portadores crônicos da infecção pelo Trypanosoma cruzi. Em relação à ocorrência da doença de 
Chagas no Brasil atualmente, pode-se afirmar que: 
 
(A) Pela alta prevalência da infecção crônica, o risco de transmissão transfusional permanece elevado. 
(B) A transmissão vetorial continua a sera forma de transmissão mais frequente. 
(C) O caldo de cana é o alimento associado à maioria dos surtos de doença aguda. 
(D) Por se tratar de zoonose de animais silvestres do continente americano, sua erradicação é considerada inviável. 
 
3. A Organização Mundial da Saúde apresentou em 2009 a nova classificação de casos de dengue, que foi implantada no Brasil pelo 
Ministério da Saúde a partir de 2013. Em relação a esta nova classificação, assinale a alternativa correta: 
 
(A) A dengue grave é definida pelo envolvimento grave de órgãos, choque e sangramento grave, segundo a avaliação do médico que 
atendeu ao paciente. 
(B) Os sinais de alarme incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e prova do laço positiva. 
(C) Casos de dengue com sinais de choque são classificados no grupo D. 
(D) Casos que evoluem com miocardite, encefalite ou elevação de enzimas hepáticas são classificados como dengue com 
complicações. 
 
4 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
4. Foi realizado estudo visando elucidar fatores associados ao óbito por aids no Brasil. Uma amostra dos óbitos por aids foi comparada a 
uma amostra de pacientes vivendo com aids. Alguns dos resultados do estudo são apresentados na Tabela que segue. 
Tabela – Fatores de risco para óbito em pacientes com aids em um modelo multivariado 
Característica OR IC 95% 
Sexo 
 Masculino 1,23 0,94 – 1,61 
 Feminino 1,00 
Faixa etária (em anos) 
 9 – 29 1,11 0,70 – 1,76 
 30 -39 0,88 0,60 – 1,29 
 40 – 49 0,87 0,60 – 1,25 
 50 ou mais 1,00 
Nível educacional 
 Fundamental incompleto 1,74 1,07 – 2,84 
 Fundamental completo 1,35 0,98 – 1,85 
 Médio 0,93 0,62 – 1,39 
 Universitário 1,00 
Categoria de exposição 
 Usuário de drogas injetáveis 1,26 0,95 – 1,67 
 Transfusão 1,14 0,53 – 2,42 
 Homo/bissexual masculino 0,65 0,50 – 0,84 
 Heterossexual 1,00 
Tratamento com antiretrovirais (ARV) 
 Nunca 6,18 4,28 – 8,92 
 No passado, mas interrompeu 3,58 2,65 – 4,85 
 Em tratamento no momento 1,00 
Tempo desde o diagnóstico de HIV (em anos) 
1 ano 4,39 3,25 – 5,93 
1 a 4 anos 0,96 0,79 – 1,19 
5 a 20 anos 1,00 
OBS: OR – Odds ratio; IC95% - Intervalo de 95% de confiança. 
Adaptado de Veras et al. Cad Saúde Pública 2010, 26(12): S104-S112 
 
Considerando estes dados, indique a alternativa cujos os componentes são fatores associados ao óbito em pacientes com aids: 
(A) Nunca ter se tratado com ARV, ser usuário de drogas injetáveis e ter diagnóstico recente de portador do HIV. 
(B) Não estar em tratamento com ARV, com baixo nível educacional e homo/bissexual. 
(C) Ser jovem (de 9 a 29 anos de idade), do sexo masculino e diagnóstico de HIV entre 1 e 4 anos atrás. 
(D) Ter interrompido o tratamento com ARV, ter diagnóstico recente de portador do HIV e nível educacional médio. 
 
Atenção: Leia o caso a seguir para responder as questões 5 e 6. 
O diagnóstico precoce é considerado um dos fatores relevantes para o sucesso do tratamento do câncer. No sentido de avaliar a triagem 
populacional com mamografia para diagnóstico precoce e mortalidade dos cânceres de mama, foi realizado estudo no qual as 
participantes foram alocadas aleatoriamente ao grupo de intervenção ou ao grupo controle. As participantes alocadas no grupo de 
intervenção foram submetidas anualmente à mamografia durante os cinco primeiros anos do estudo, enquanto que as do grupo controle 
não receberam essa intervenção. Ambos os grupos foram acompanhados durante 25 anos. 
A tabela que segue resume alguns resultados deste estudo. 
 
Tabela – Resultados do estudo de avaliação da triagem populacional com mamografia. 
 
 
 
 
 
OR de óbito - 1,05 (IC 95%: 0,85 – 1,30) 
Obs. GI – grupo intervenção; GC – grupo controle; OR – odds ratio (razão de chances) 
Adaptado de Miller et al. BMJ, 2014. 
Resultados GI GC 
Número de participantes 44.925 44.910 
Número de casos de câncer de mama 666 524 
Número de óbitos por câncer de mama 180 171 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 5 
5. Com base nesses resultados, pode-se afirmar que os dados apresentados: 
 
(A) Apontam que a mamografia não teve efeito na redução da mortalidade por câncer de mama. 
(B) Comprovaram a eficácia do programa de triagem populacional com mamografia. 
(C) São insuficientes para avaliação da eficácia da triagem populacional com mamografia. 
(D) Revelaram que a mamografia é eficaz porque permitiu o diagnóstico de maior número de casos. 
 
6. Como se denomina o delineamento do estudo descrito na questão anterior? 
 
(A) Estudo de caso-controle 
(B) Estudo de coorte 
(C) Ensaio clínico 
(D) Estudo longitudinal 
 
7. Como parte do esforço final de erradicação da poliomielite, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) iniciou em 2012 o processo de 
substituição da vacina oral (VOP) pela vacina inativada (VIP). Atualmente as crianças brasileiras têm recebido três doses de VIP iniciais e 
duas doses de VOP de reforço. Qual a principal razão desta mudança? 
(A) A VIP é mais imunogênica. 
(B) Aparecimento de poliomielite derivada da VOP. 
(C) A VIP não depende da absorção gastrointestinal. 
(D) Dificultar a reintrodução do vírus selvagem. 
 
8. Em relação ao vírus da hepatite C (VHC) e ao vírus da hepatite B (VHB), pode-se afirmar que: 
 
(A) O VHC apresenta menor virulência que o VHB. 
(B) A hepatite crônica ocorre em maior proporção em infectados pelo VHB. 
(C) A forma crônica destas hepatites independe da idade de exposição ao vírus. 
(D) O VHB apresenta maior infectividade que o VHC. 
 
9. Levando em conta a situação de saúde no Brasil em 2016, podemos dizer que a principal causa de morte entre crianças menores de 
um ano de idade é decorrente de afecções (Classificação Internacional de Doenças – versão 10): 
 
(A) Perinatais 
(B) Diarreicas 
(C) Respiratórias 
(D) Infecciosas 
 
10. Com base nas afirmações relativas aos indicadores de mortalidade, responda a alternativa correta: 
 
(A) O coeficiente ou razão de mortalidade materna (RMM) e o coeficiente de mortalidade infantil (CMI) têm o mesmo denominador. 
(B) A razão de mortalidade materna (RMM) representa o numero de óbitos de mães por causas relacionadas com a gestação no 
período do parto. 
(C) O denominador do CMI é representado pelo numero de óbitos em menores de um ano de vida em certa área durante o ano. 
(D) Componentes da mortalidade infantil compreendem as mortalidades neonatal (antes de 7 dias de vida) e pós-neonatal. 
 
11. Ao se instituir programa de rastreamento para câncer de colo de útero, qual mudança do indicador de morbimortalidade é esperada 
em seu primeiro ano? 
 
(A) A letalidade por câncer de colo uterino aumentará. 
(B) A incidência de câncer de colo de útero aumentará. 
(C) O coeficiente de mortalidade por câncer de colo uterino aumentará. 
(D) A letalidade por câncer de colo uterino diminuirá. 
 
12. Qual princípio do Sistema Único de Saúde (SUS) possibilita que o atendimento a paciente idosa seja priorizado em relação a 
paciente jovem adulta? 
(A) Universalidade. 
(B) Nenhum. 
(C) Hierarquização. 
(D) Equidade. 
 
6 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
13. Juan Carlos procura Unidade de Saúde em São Paulo, com encaminhamento para cirurgia de catarata, solicitado por médico de sua 
cidade natal (La Paz, na Bolívia). Ele não foi atendido em razão de ser originário de outro país. Qual princípio do Sistema Único de Saúde 
(SUS) foi contrariado nesta situação? 
 
(A) Integralidade 
(B) Nenhum 
(C) Universalidade 
(D) Regionalização14. O Conselho de Saúde é órgão colegiado, deliberativo e permanente do Sistema Único de Saúde (SUS) em cada esfera de governo. 
Sua composição, organização e competência são fixadas pela Lei n. 8.142/90. Qual das alternativas abaixo representa atribuição deste 
Conselho? 
 
(A) Formular princípios e diretrizes da política de saúde, de sua esfera correspondente de governo. 
(B) Executar ações que visem implantar a política de saúde na sua esfera de atuação. 
(C) Decidir a alocação dos recursos financeiros, de acordo com as prioridades definidas em suas reuniões ordinárias. 
(D) Formular e propor estratégias, assim como controlar a execução das políticas de saúde, inclusive nos seus aspectos econômicos e 
financeiros. 
 
15. A Lei Federal 12.871 (de 22/10/2013), conhecida como Lei “Mais Médicos”, dispõe sobre quais desses aspectos? 
 
(A) Mudanças no perfil de Programas de Residência Médica. 
(B) Mantém o número de vagas de graduação em Medicina no país. 
(C) Implantação de exame anual, geral, durante o curso de Medicina. 
(D) Mudanças na grade curricular da graduação das escolas médicas. 
 
16. O que podemos afirmar acerca do mercado de planos e seguros de saúde no Brasil? 
 
(A) Existe uma concentração de usuários nas regiões Sudeste e Sul, com expansão do mercado para as médias e pequenas empresas. 
(B) Predominam no mercado os planos de saúde coletivos, fornecidos pelas empresas aos seus funcionários. 
(C) O Sistema Único de Saúde (SUS) é ressarcido quando o cliente de plano de saúde é atendido em hospital público. 
(D) O mercado de planos e seguros de saúde foi regulado na Constituição de 1988 e cabe ao Ministério da Saúde fiscalizar este setor. 
 
17. Durante visita domiciliar realizada por enfermeira, foi notada na casa a presença de adolescente de 16 anos, que se mostrava 
retraída. Foi identificado que ela havia desistido da escola há cerca de três meses, sem motivo plausível. Após conversa reservada com a 
enfermeira, a jovem revelou que estava em relacionamento sexual há quatro meses e demonstrava preocupação com possível gravidez; 
uma vez que a menstruação estava atrasada havia dois meses, mas que não queria que seus pais soubessem. Qual a melhor estratégia 
a ser usada pela equipe de saúde da família? 
 
(A) Pedir exames de rotina pré-natal, encaminhando o quanto antes para o Pré-Natal de Alto Risco. 
(B) Iniciar diálogo assertivo sobre esta gravidez entre a jovem e os pais, para fortalecer o acolhimento. 
(C) Encaminhar ao serviço de acolhimento da UBS, pelo alto risco de abortamento clandestino e depressão. 
(D) Encaminhar à UBS para teste de gravidez, combinando com ela o melhor momento para contar o fato aos pais. 
 
18. Em relação aos níveis de prevenção, aponte a alternativa correta. 
 
(A) A prevenção secundária se caracteriza por agir em agravos à saúde mais frequentes, mas sem demandar pessoal especializado e 
tecnologias de alto custo. 
(B) A prevenção terciária apresenta a melhor relação custo/efetividade na redução da morbimortalidade da população. 
(C) A prevenção primária inclui promoção de alimentação saudável, prática do sexo seguro, recreação e descanso adequados, 
imunização e quimioprofilaxia. 
(D) A prevenção quaternária visa dar resolutividade a cerca de 95% dos eventos a ela demandados. 
 
19. A finalidade do acolhimento nos serviços de atenção primária à saúde (APS), na experiência brasileira é: 
 
(A) Classificar riscos e triar para nível secundário. 
(B) Oferecer suporte emocional e acesso à rede de saúde mental. 
(C) Facilitar o acesso à saúde utilizando tecnologias leves. 
(D) Responder à demanda aguda e estabelecer plano de cuidado. 
 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 7 
20. Primigesta de 30 anos de idade, sem antecedentes mórbidos ou cirurgias prévias e índice de massa corpórea 25 Kg/m2, comparece 
para a primeira consulta pré-natal com 12 semanas de gravidez. Apresenta tipagem sanguínea “A” Rh positivo e seu parceiro “O” Rh 
negativo. Classificada como pré-natal de baixo risco. Para esta paciente é correto afirmar que: 
 
(A) A suplementação de ácido fólico, ferro, cálcio e ômega-6 será fundamental. 
(B) A incompatibilidade sanguínea entre os pais aumenta o risco de abortamento. 
(C) Indicar ultrassonografia mensal não melhorará o prognóstico perinatal. 
(D) O ganho de peso ideal para ela está entre quatro e sete quilos. 
 
21. Mulher de 32 anos tem desejo reprodutivo. Há 8 meses apresentou gestação seguida de aborto espontâneo com 7 semanas, sem 
necessidade de curetagem. Desde este evento, não faz uso de método contraceptivo e apresenta ciclos menstruais regulares, com 
duração de 4 dias, intervalo de 30 dias e fluxo aumentado. 
Exame ginecológico: 
- Genitais externos normais; 
- Especular – conteúdo vaginal habitual, colo epitelizado; 
- Toque vaginal – útero em anteversoflexão, regular, não doloroso à mobilização, volume habitual. 
Realiza os seguintes exames: 
Espermograma do parceiro: normal. 
 
Ultrassom transvaginal - corte sagital uterino: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ultrassom transvaginal - ovários: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
Dosagens séricas no 3
o
 dia do ciclo menstrual: 
RESULTADO REFERÊNCIAS 
FSH - 0,6 UI/L Fase Folicular: Até 12,0 UI/L 
 Fase Lútea: Até 12,0 UI/L 
 Pico Ovulatório: 12,0 a 25,0 UI/L 
LH – 1,8 UI/L Fase Folicular : Até 12,0 UI/L 
 Fase Lútea: Até 15,0 UI/L 
 Pico Ovulatório: 15,0 a 100,0 UI/L 
Estradiol - 32,0 ng/dL Fase Folicular: 1,2 a 23,3 ng/dL 
 Pico Ovulatório: 4,1 a 39,8 ng/dL 
 Fase Lútea: 2,2 a 34,1 ng/dL 
Progesterona - 35 ng/dL Fase Folicular: até 105 ng/dL 
 Fase Lútea: 400 a 2000 ng/dL 
Prolactina - 27 microg/L Feminino (não grávidas): até 31 microg/L 
CA 125 – 30 U/mL Inferior a 35 U/mL 
 
Considerando o desejo reprodutivo e as informações clínicas, ultrassonográficas e laboratoriais, é necessário realizar: 
 
(A) Tratamento de síndrome dos ovários policísticos. 
(B) Histeroscopia cirúrgica. 
(C) Suplementação de progesterona. 
(D) Laparoscopia diagnóstica. 
 
22. Mulher de 30 anos, IG IP (normal há 8 anos), refere ciclos menstruais regulares, dismenorreia leve (melhora espontânea sem uso de 
analgésicos), faz uso de preservativo como método contraceptivo. Há 4 meses, teve início dor em região lombar direita, em cólica, com 
irradiação pélvica e intensidade progressiva sem melhora com analgésico ou antiinflamatório. Nega disúria ou polaciúria. 
Exame abdominal: plano e flácido, sem massas palpáveis. Apresenta dor à palpação profunda em fossa ilíaca direita. Punho percussão 
negativa em regiões lombares. 
Exame especular: conteúdo vaginal habitual, colo epitelizado anteriorizado, zona de transição normal. 
Toque vaginal: útero retrovertido, tamanho habitual, dor à palpação em fórnice vaginal posterior, tumoração anexial direita, regular, móvel, 
indolor. 
Exame de sedimento urinário normal. 
Colpocitologia classe 2 de Papanicolaou. 
 
Ultrassom de vias urinárias (rim direito): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A principal hipótese diagnóstica é: 
 
(A) Mioma uterino 
(B) Câncer de ovário 
(C) Câncer de colo uterino 
(D) Endometriose 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP- Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 9 
23. Mulher de 25 anos, nuligesta em uso de contraceptivo oral combinado. Refere que há 7 dias começou quadro de mialgia inespecífica, 
cefaléia e febre não medida, controlada com paracetamol. Há 4 dias dor pélvica e corrimento vaginal muco-sanguinolento intenso. 
Ao exame clínico apresenta-se em regular estado geral, FC 80 bpm, FR 18 ipm, PA 120/70 mmHg, temperatura axilar 37,2
o
C. Ausculta 
pulmonar e cardíaca normais, presença de linfonodos inguinais palpáveis, móveis, fibroelásticos e dolorosos. 
Órgãos genitais externos sem alterações. 
Exame especular: 
 
 
 
A principal hipótese diagnóstica é: 
 
(A) Herpes simples 
(B) Behçet 
(C) Tricomoníase 
(D) Clamídia 
 
24. Mulher de 27 anos, maratonista, 1G 1P (vaginal há 7 anos), utilizava dispositivo intrauterino (DIU) liberador de progestagênio até há 
8 meses, quando o retirou por desejo pessoal. Desde então permanece com seu treinamento habitual e utiliza preservativo como 
contraceptivo. Queixa-se de não ter apresentado fluxo menstrual desde a retirada do DIU. Exame de beta-hCG negativo. Foi medicada 
com medroxiprogesterona 10 mg ao dia por 10 dias, sem apresentar sangramento genital. 
Dosagem de FSH=1,2mUI/mL e de LH=2,1 mUI/mL. 
Ressonância magnética de sela túrcica normal. 
A principal hipótese diagnóstica para a origem do quadro de amenorreia é: 
 
(A) Hipófise 
(B) Ovários 
(C) Hipotálamo 
(D) Útero 
 
25. Mulher de 22 anos refere que há 3 dias apresentou relação sexual, sem uso de preservativo, com parceiro em tratamento para 
Papilomavirus humano (HPV) em glande. Está preocupada com os riscos relacionados a este contato. Deve-se considerar que o HPV 
apresenta: 
 
(A) baixa infectividade e baixa probabilidade de infecção pelo ato sexual. 
(B) elevado clareamento pelo sistema imunológico do hospedeiro. 
(C) infecção de progressão acelerada para fases displásicas. 
(D) resposta terapêutica com uso de vacina pós contato suspeito. 
 
10 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
26. Mulher de 34 anos em investigação para infertilidade, realiza a seguinte histeroscopia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A imagem de ressonância magnética que melhor corresponde ao achado é: 
(A) 
 
(B) 
 
(C) 
 
(D) 
 
 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 11 
27. Mulher de 40 anos refere sangramentos menstruais excessivos nos últimos 5 ciclos, que se apresentam com intervalo de 30 dias, 
duração de 7 dias e perda de coágulos. Nega comorbidades, uso de medicamentos, cirurgias prévias, alergias. Antecedente de 2 partos 
vaginais, último há 10 anos. Marido vasectomizado. 
No momento o sangramento é intenso, terceiro dia do ciclo. Ao exame clínico: frequência cardíaca de 90 bpm, PA 120 x 80 mmHg, 
abdome flácido indolor. Exame especular: colo epitelizado e grande quantidade de sangue na vagina com exteriorização pelo canal 
cervical. Exame pélvico com útero em anteversoflexão, não doloroso, tamanho normal, regiões anexiais livres. 
Neste momento, a medicação mais adequada para o controle do sangramento é: 
(A) dehidroepiandrosterona (DHEA) 
(B) diclofenaco sódico 
(C) progesterona 
(D) ácido tranexâmico 
 
28. Mulher de 30 anos encontra-se em tratamento para gravidez e deverá ser submetida a inseminação intrauterina. Recebeu 
medicação para estimular o desenvolvimento do folículo ovariano, que apresenta 20 mm de diâmetro ao ultrassom. Qual dos hormônios 
abaixo é o mais indicado para induzir a ovulação? 
 
(A) progesterona 
(B) FSH 
(C) hCG 
(D) estrogênio 
 
29. Mulher de 60 anos refere aumento do volume abdominal, cansaço e dispneia intensa. Ao exame clínico observa-se abdome com 
volumosa ascite. 
Exame pélvico através de toque vaginal revela tumor de aspecto sólido, irregular, fixo, deslocando o útero lateralmente à esquerda, 
presença de nódulos irregulares em fórnice vaginal posterior. 
A ascite é esvaziada por punção e o material encaminhado para análise citológica, cujo diagnóstico é compatível com adenocarcinoma 
seroso de ovário. O tratamento cirúrgico primário, com o objetivo de citorredução ótima em câncer de ovário avançado, confere melhor 
prognóstico porque: 
(A) reduz clones celulares resistentes à quimioterapia. 
(B) favorece a radioterapia complementar exclusiva à pelve. 
(C) impede a formação de ascite durante a quimioterapia secundária. 
(D) não há resposta terapêutica à quimioterapia primária 
 
30. Paciente de 67 anos com diagnóstico de câncer ductal invasor de mama estádio 2. Refere menopausa e antecedente de 
histerectomia total e salpingo-ooforectomia bilateral aos 48 anos por miomatose uterina. Realizou a cirurgia mamária adequada e 
apresenta o seguinte painel de análise imunoistoquímica: 
 
H&E – Hematoxilina e eosina: 
 
ER – receptor de estrogênio: 
Ki 67 – marcador de proliferação celular: 
 
HER2 – expressão do oncogene ErbB2: 
 
Considerando a informação do painel de imunoistoquímica, a principal medicação a ser considerada nesta paciente é inibidor de: 
(A) mTOR 
(B) aromatase 
(C) microtubulo 
(D) angiogênese 
 
12 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
31. Gestante de 16 anos procura atendimento ambulatorial especializado na 12o semana devido a resultado de VDRL positivo 1/64. A 
paciente recebeu tratamento com penicilina benzatina, 2.400.000 UI intramuscular semanal, por 3 semanas. Com 32 semanas de 
gestação, o VDRL apresentou resultado de 1/128. Qual o significado clínico? 
(A) Resistência à penicilina 
(B) Dose inadequada 
(C) Cicatriz sorológica 
(D) Reinfecção 
 
Atenção: Leia o caso a seguir para responder as questões 32 e 33. 
Paciente de 32 anos, primigesta com idade gestacional de 35 semanas (compatível com o primeiro ultrassom), procura o pronto socorro 
com queixa de diminuição da movimentação fetal há 1 dia. 
Seguem as anotações de pré natal: 
IG Peso (Kg) PA (mmHg) BCF AU (cm) Edema 
11 sem 69,6 140 x 90 + - - 
15 sem 69,6 140 x 80 + - - 
17 sem 71,0 110 x 70 + 16 - 
23 sem 75,5 110 x 80 + 22 - 
27 sem 78,8 120 x 80 + 25 - 
31 sem 79,2 130 x 80 + 27 - 
33 sem 82,0 130 x 90 + 29 1+/4+ 
 
Ao exame clínico, bom estado geral, corada, hidratada, eupneica. PA 160x100 mmHg, FC 84 bpm. BRNF 2T Sopro sistólico foco aórtico 
2+/6+. Abdome gravídico, altura uterina 29cm, batimento cardíaco fetal presente, dinâmica uterina ausente. Edema de mãos e face 2+/4+, 
edema simétrico de membros inferiores 2+/4+, sem sinais de trombose venosa profunda (TVP). 
Apresenta os seguintes exames realizados no dia anterior: Proteinúria de 24 horas de 1,54 g/volume, ácido úrico 7,5 mg/dL. 
32. Neste momento, o diagnóstico desta gestante é: 
(A) descompensação de hipertensão arterial crônica. 
(B) pré-eclâmpsia superajuntada à hipertensão arterial crônica. 
(C) hipertensão arterial secundária à nefropatia crônica. 
(D) cardiopatia gestacional com hipertensão secundária. 
 
33. Após 2 dias de internação, a paciente apresenta novo pico hipertensivo, com pressão arterial de 170x120 mmHg. Foi realizada a 
avaliação de vitalidade fetal, com índice de líquido amniótico de 7,3 cm e a cardiotocografia abaixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neste caso o traçado cardiotocográfico indica: 
(A) compressão funicular 
(B) resposta vagal imediata 
(C) consequência de hipóxia fetal 
(D) redução de retorno venoso materno 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 13 
34. Primigesta de 23 anos, realizou fertilização assistida.Encontra-se na quinta semana de gestação diagnosticada por beta hCG sérico 
de 2.350mUI/mL há 2 dias. Vem ao pronto atendimento com queixa de sangramento vaginal com característica de borra de café. O 
exame clínico apresentou como achados relevantes abdome indolor e pequena quantidade de sangue coletado em fórnice posterior da 
vagina. Foi solicitada avaliação ultrassonográfica que demonstrou útero em anteversoflexão com eco endometrial espessado medindo 16 
mm e imagem paraovariana esquerda medindo 28 x 20 x 22 mm (imagens abaixo). O nível sérico de beta hCG foi de 1.650mUI/mL. 
Ultrassom região anexial esquerda: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ultrassom uterino: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesta paciente, a conduta indicada é: 
 
(A) cirúrgica por laparoscopia. 
(B) cirúrgica por curetagem uterina. 
(C) conservadora com beta HCG seriado. 
(D) medicamentosa com metotrexato. 
 
35. Primigesta, 35 anos, 33 semanas, procura pronto-socorro com queixa de dor abdominal em cólica há 4 horas, com intervalos 
menores que 5 minutos. Antecedente pessoal de cardiopatia reumática com estenose mitral moderada, em uso de furosemida 40 mg e 
propranolol 40 mg por dia. Ao exame clínico, bom estado geral, PA 130 x 80 mmHg, FC 96 bpm, bulhas rítmicas normofonéticas com 
sopro com ruflar diastólico em foco mitral, abdome gravídico, altura uterina 32 cm, 2 contrações moderadas em 10 minutos, tônus uterino 
normal, BCF 136 bpm. Colo uterino médio, medianizado, 3 centímetros de dilatação, líquido claro sem grumos em fundo de saco 
posterior. A conduta é: 
 
(A) condução de trabalho de parto com analgesia precoce 
(B) inibição de trabalho de parto e uso de betametasona 
(C) parto cesárea de imediato para proteção cardiológica materna 
(D) definição de via de parto após ecocardiograma de urgência 
 
14 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
36. Gestante com 35 anos de idade, sem doenças prévias, é admitida no centro obstétrico, com 39 semanas, em trabalho de parto 
espontâneo. Exame clínico inicial em bom estado geral, altura uterina 37 cm, dinâmica uterina presente, BCF 146 bpm, apresentação 
cefálica, colo fino, medianizado, 7cm, plano 0 de De Lee, bolsa rota espontaneamente, liquido claro. 
Qual das manobras abaixo é a indicada neste momento para avaliação da possibilidade de distocia de trajeto? 
 
(A) 
(B) 
(C) 
 
(D) 
 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 15 
37. Dentre as imagens abaixo, qual apresenta maior dificuldade na progressão no canal de parto? 
 
(A) (B) (C) (D) 
 
38. Tercigesta, 34 anos de idade, com dois partos vaginais prévios, 33 semanas e 4 dias, vem transferida do pronto atendimento da 
cirurgia, referindo dor em andar inferior do abdome. Paciente refere trauma automobilístico (auto-auto) há 02 horas. Desde então, refere 
diminuição da movimentação fetal. Antecedente pessoal: hipertensão arterial crônica tratada com alfa metildopa 2g/dia. Ao exame clínico 
paciente apresentava-se em regular estado geral, corada, hidratada, afebril, PA: 148 x 96 mmHg, abdome doloroso à palpação em 
hipogastro, dinâmica uterina irregular, bcf: 134 bpm, altura uterina 33 cm, tônus uterino normal. Ao toque vaginal: colo grosso, posterior, 
pérvio 1 cm. O médico que a atendeu optou por realizar analgesia com escopolamina e dipirona endovenosa e reavaliar. Após 2 horas, a 
paciente refere intensificação da dor abdominal com o seguinte exame clínico: regular estado geral, corada, hidratada, afebril, PA: 150 x 
90 mmHg, abdome muito doloroso à palpação em hipogastro, dinâmica uterina 4 contrações/10minutos, bcf: 119 bpm, altura uterina 36 
cm, tônus uterino discretamente aumentado. Ao toque vaginal: colo médio, medianizado, pérvio 3 cm. A cardiotocografia neste momento 
foi classificada como categoria 2. 
 
Qual é a conduta? 
(A) tocólise com beta agonista e betametasona intramuscular 
(B) amniotomia e cesárea segmentar transversa 
(C) condução de trabalho de parto e cardiotocografia contínua 
(D) sulfato de magnésio e cesárea segmentar transversa 
 
39. Paciente de 32 anos, procura pronto atendimento no oitavo dia pós parto vaginal no termo, relatando calafrios, febre e mastalgia 
esquerda. Paciente refere hipertensão arterial crônica desde os 13 anos de idade e acompanha com nefrologista por doença renal crônica 
não dialítica. Ao exame clínico bom estado geral, corada, temperatura oral de 38,4
o
C, FC: 110 bpm, PA: 98 x 60 mmHg, abdome indolor a 
palpação, útero contraído, loquia fisiológica, toque vaginal: colo grosso, posterior, impérvio. A imagem demonstra a inspeção mamária: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Palpação mamária esquerda limitada pela dor, sem identificação de tumoração. 
 
Neste momento, a conduta é 
(A) Internação, introdução de ampicilina e gentamicina 
(B) Ambulatorial, introdução de cefalexina 
(C) Ambulatorial, introdução de ciprofloxacina 
(D) Internação, introdução de clindamicina 
 
16 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
40. Durante a realização de exame de vitalidade de paciente diabética tipo 1 com 27 semanas de gestação foi optada pela realização de 
dopplerfluxometria do cordão umbilical. Qual é o significado clínico que pode ser inferido a partir da imagem abaixo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Valor de referencia para relação sístole/diástole com 27 semanas: 2,17 – 4,5 (P5 – P95) 
Valor de referencia para PI de artéria umbilical com 27 semanas: 0,63 – 1,65 (P5 – P95) 
 
(A) Centralização fetal 
(B) Função placentária normal 
(C) Insuficiência placentária 
(D) Acidose fetal 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 17 
Diagnósticos: 
# Bexiga Neurogênica 
# Mielomeningocele 
# Pielonefrite por E. 
coli ESBL 
 
Em uso de Meropenem 
(D9) 
Urocultura de controle 
negativa, afebril há 7 
dias 
 
Programação: Alta 
hospitalar amanhã 
Menina, 3 anos, 9º dia de 
internação 
Leito 03 
Diagnósticos: 
# Leucemia Linfóide 
Aguda 
# 7º dia pós-
quimioterapia 
# Neutropenia Febril 
 
Em uso de Cefepime 
(D2) – ainda com febre 
 
Programação: aguarda 
resultado de culturas 
Menina, 9 anos, 2º dia de 
internação 
Leito 02 
Diagnósticos: 
#Pneumonia com 
derrame pleural 
# Exantema 
pruriginoso iniciado 
hoje 
 
Em uso de Penicilina 
Cristalina (D3) 
 
Programação: aguarda 
término da 
antibioticoterapia. 
 
Leito 01 
Menino, 5 anos, 3º dia de 
internação 
41. Menino, 5 anos de idade, está internado no leito 01 de enfermaria geral de pediatria. Encontra-se no 3º dia de tratamento de 
pneumonia lobar (com derrame pleural laminar à direita não-puncionável) em uso de Penicilina Cristalina e melhora clínica significativa. 
Contudo, desde hoje pela manhã, surgiram lesões pruriginosas, difusas pelo corpo, com o seguinte aspecto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sabe-se que o paciente divide o quarto da enfermaria com outras duas crianças (leitos 02 e 03), ambas com sorologia susceptível para a 
condição clínica atual do paciente do leito 01. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Visando evitar que os pacientes dos leitos 02 e 03 evoluam com a mesma condição clínica do paciente do leito 01, a conduta mais 
adequada é: 
 
(A) Leito 02: Vacina para a doença em questão; Leito 03: Imunoglobulina para a doença em questão; 
(B) Leito 02: Prescrição de aciclovir ou ganciclovir; Leito 03: Prescriçãode aciclovir ou ganciclovir. 
(C) Leito 02: Apenas observação clínica rigorosa; Leito 03: Apenas observação clínica rigorosa; 
(D) Leito 02: Imunoglobulina para a doença em questão; Leito 03: Vacina para a doença em questão; 
 
42. Menino, 11 anos de idade, com Fibrose Cística, em seguimento regular em ambulatório de pneumologia. Procura pronto socorro 
com quadro de tosse produtiva, com secreção esverdeada, associado a dispneia e dor torácica há três dias. Radiografia de tórax com 
padrão semelhante ao basal do paciente, sem novos achados. Em consultas recentes, realizou coletas de culturas de escarro, nas quais 
foram encontradas Staphylococcus aureus meticilino-sensível e Pseudomonas aeruginosa multi-sensível. O melhor esquema 
antimicrobiano para tratamento do quadro atual é a associação de: 
(A) Clindamicina, ceftriaxone e claritromicina; 
(B) Oxacilina, ceftazidima e amicacina; 
(C) Teicoplanina, cefuroxima e azitromicina; 
(D) Vancomicina, cefotaxima e gentamicina. 
 
18 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
43. Menina, 12 anos de idade, apresenta febre de até 39,2° C, associada a odinofagia intensa, cefaleia e dor abdominal há dois dias. 
Nega tosse ou coriza. Sem outras queixas. Nega comorbidades ou alergias. Ao exame clínico, está em bom estado geral, com presença 
de gânglios fibroelásticos de até 1 cm de diâmetro, em região cervical bilateral. Sem outras alterações significativas ao exame clínico, 
exceto pela seguinte oroscopia: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(foto com artefato de brilho: áreas brancas) 
Foi realizada prova rápida para o estreptococo nesta paciente, cujo resultado foi negativo. A conduta é: 
 
(A) Iniciar a antibioticoterapia, independente do resultado da prova rápida, devido ao quadro clínico apresentado pelo paciente; 
(B) Colher cultura de orofaringe, e aguardar para iniciar a antibioticoterapia apenas se o resultado da cultura for positivo; 
(C) Colher cultura de orofaringe e já iniciar a antibioticoterapia, podendo ser suspensa, a depender da evolução clínica do paciente; 
(D) Colher cultura de orofaringe e já iniciar a antibioticoterapia, completando 10 dias de tratamento, independente do resultado da 
cultura. 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 19 
44. Menino, 4 anos de idade, apresenta quadro de vômitos e diarreia há dois dias, associado a febre de 38,5ºC. Na avaliação clínica 
inicial, o paciente está em regular estado geral, descorado 1+/4+, hipoativo, com tempo de enchimento capilar de 5 segundos, FR = 26 
irpm, T = 37,3º C. Sem outras alterações. 
Colhidos exames laboratoriais e iniciada expansão volêmica. Os resultados dos exames foram: Na
+
 = 138 mEq/L, K
+
 = 2,1 mEq/L, Uréia = 
48 mg/dL, Creatinina = 0,3 mg/dL, Gasometria venosa: pH = 7,29, Bic = 17 mEq/L 
 
O eletrocardiograma mais compatível com o caso é: 
 
(A) 
 
(B) 
 
(C) 
 
(D) 
 
 
 
20 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
45. Menina, 20 meses de idade, chega para atendimento em Pronto-Socorro devido a exantema. Mãe refere que há três dias, a criança 
iniciou quadro de febre (temperatura máxima de 39,5ºC) e discreta diminuição do apetite, sem outros sinais ou sintomas. Está afebril há 
18 horas, em bom estado geral e, hoje, ao acordar, apresentava lesões não pruriginosas no corpo conforme demonstrado na foto abaixo. 
Sem outras alterações ao exame clínico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A principal hipótese diagnóstica é: 
 
(A) Exantema súbito 
(B) Escarlatina 
(C) Coxsackiose 
(D) Eritema Infeccioso 
 
46. Recém-nascido do sexo masculino, 22 dias de vida, está na primeira consulta de rotina em Unidade Básica de Saúde. Mãe refere 
que acha a criança “amarelinha” desde o nascimento. Está em aleitamento materno exclusivo, com boa aceitação das mamadas. Troca a 
fralda a cada três horas, com presença de urina abundante, de cor acastanhada e evacua de 5 a 6 vezes ao dia, com fezes claras. 
Observa-se a fralda conforme figura abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Santos et. al., 2012. 
 
No exame clínico atual, paciente apresenta-se hidratado, com icterícia 3+/4+. Tem abdômen globoso, flácido, com fígado palpável a 2 cm 
do rebordo costal direito, baço palpável a 1cm do rebordo costal esquerdo. Peso atual de 3310 g. Sem outras alterações significativas. 
Trata-se de recém-nascido de termo, adequado para a idade gestacional, parto vaginal; Boletim de Apgar 9/10. Peso de nascimento de 
3100 g, estatura de 48 cm e perímetro cefálico de 36 cm. Apresentou icterícia neonatal tardia, permanecendo em fototerapia por 48 horas. 
Alta hospitalar no 4º dia de vida. 
 
Tipagem sanguínea da mãe: O positivo 
Tipagem sanguínea do RN: A positivo 
 
Entre as opções abaixo, o diagnóstico mais provável é: 
 
(A) Icterícia associada ao leite materno; 
(B) Icterícia por incompatibilidade ABO; 
(C) Atresia de vias biliares; 
(D) Deficiência de G6PD. 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 21 
47. Menina, 7 meses de idade, sem antecedentes mórbidos, chega ao Pronto Socorro com história de agitação e choro estridente há 3 
dias. Não apresenta febre ou outros sintomas, trauma ou uso de medicações. Nascida de parto vaginal não-assistido. Pré-natal materno 
não realizado. A criança não tem nenhuma avaliação ou seguimento médico até o momento. Ao exame clínico encontra-se irritada e 
inconsolável, mucosas descoradas +2/4+, icterícia 2+/4+, propedêutica cardíaca com sopro sistólico suave 2+/6+ em foco mitral, FC 160 
bpm, pressão arterial normal para a idade. Importante edema não depressível das mãos até a altura dos punhos e dos pés até a região 
dos tornozelos, com hiperemia e aumento de temperatura local. O restante do exame clínico não apresenta alterações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para elucidação diagnóstica do caso, deve-se solicitar: 
 
(A) Proteinuria de 24 horas 
(B) Eletroforese de hemoglobina 
(C) Exame de Fundo de olho 
(D) Radiografia de ossos longos 
 
48. Em consulta ambulatorial de rotina de menina de seis anos de idade sem queixas, os valores da medida de pressão arterial sistólica 
e diastólica encontram-se entre os percentis 90 e 95 para idade, sexo e percentil de estatura. O restante de seu exame clínico encontra-
se normal. De acordo com as VII Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, este nível pressórico é classificado como: 
 
(A) Hipertensão arterial estágio 1 
(B) Hipertensão arterial estágio 2 
(C) Pressão arterial com valor normal 
(D) Pré-hipertensão (pressão arterial limítrofe) 
 
49. Menino, 5 anos de idade, está em consulta ambulatorial de rotina. Seus pais estão preocupados, pois notam que ele está mais baixo 
que os colegas de mesma idade. Sem outras queixas. Trata-se de criança nascida a termo, adequada para a idade gestacional, sem 
internações ou cirurgias prévias. Vacinação em dia. Frequenta a escola desde os 4 anos de idade, com boa interação com as demais 
crianças. Mora com pai, mãe e irmã de 8 anos de idade, em casa de 4 cômodos, com boas condições. Alimentação balanceada, tendo 
boa aceitação alimentar. Os pais restringem acesso a doces e outras guloseimas. 
Na consulta atual, tem estatura de 100 cm (abaixo do percentil 3), peso de 15 kg (entre o percentil 3 e 15). Estadio puberal: G1 P1. 
Exame clínico sem alterações significativas. 
A última consulta ambulatorial foi há 6 meses, quando apresentava estatura de 97 cm (abaixo do percentil 3) e peso de 14 kg (entre o 
percentil 3 e 15). O pai tem estatura de 185 cm e a mãe tem estatura de 172 cm.A conduta é solicitar: 
 
(A) Radiografia de punho esquerdo para determinar idade óssea; 
(B) Dosagem de hormônios tireoidianos (TSH e T4L) e glicemia de jejum; 
(C) Dosagem de hormônios de crescimento (GH e IGF1) e DHEAS; 
(D) Ressonância magnética de sela túrcica para avaliar a hipófise. 
 
22 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
50. Menina, 18 meses de idade, está em seguimento regular de puericultura, sem nenhuma queixa. Nega comorbidades ou uso de 
medicações contínuas. Avaliação clínica em bom estado geral; ambos os valores de peso e altura entre os percentis 15 e 50 (curvas 
OMS). Na consulta anterior foi solicitado hemograma completo e reticulócitos para avaliação de quadro de discreta palidez cutânea, sem 
outras alterações ao exame clínico. Os resultados encontrados são: 
 
Exame Resultado Referência 
(Wintrobe's, 12ed., 2009) 
Hemoglobina 9,4 g/dL 10,5 – 13,5 g/dL 
Hematócrito 29,6 % 33 – 39 % 
Volume Corpuscular Médio (VCM) 64,5 fl 70 – 86 fl 
Hemoglobina Corpuscular Média (HCM) 20,5 pg 23 – 31 pg 
Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) 31,8 g/dL 30 – 36 g/dL 
Red Cell Distribution Width (RDW) 15,2 % Até 14,9 % 
Leucócitos 12.770 /mm
3
 6.000 a 17.500 / mm
3
 
Plaquetas 466.000 150.000 a 400.000 
Reticulócitos 0,4 % 0,5 a 2,0 % 
 
Tendo em vista os dados apresentados, a conduta indicada é: 
(A) Investigar se a mãe é vegetariana e realizar a coleta dos níveis séricos de folato e vitamina B12 da criança; 
(B) Prosseguir a investigação com a coleta de bilirrubinas, desidrogenase láctica e pesquisa de sangue oculto nas fezes; 
(C) Iniciar teste terapêutico com sulfato ferroso em dose terapêutica e coleta de exames de controle em 4 a 6 semanas; 
(D) Aprofundar a investigação com a coleta de eletroforese de hemoglobina e, se normal, indicar a realização de mielograma. 
 
51. Menina, 2 anos de idade, apresenta quadro de tosse, coriza hialina, obstrução nasal e febre de até 38,9ºC há um dia. Nega vômitos 
ou diarreia, mantem boa aceitação alimentar. Há uma hora, os pais presenciaram quadro de perda de consciência, abalos de membros 
superiores e inferiores, associado a sialorréia e eversão do olhar. Referem que o episódio durou três minutos, com resolução espontânea; 
a criança ficou sonolenta após o episódio e foi se recuperando. Trata-se de criança previamente hígida, os pais negam quadro 
semelhante prévio. Ao exame clínico, a criança está em bom estado geral, corada, hidratada, ativa e reativa, com boa perfusão periférica, 
FR = 28 irpm, FC = 90 bpm, PA = 92 x 58 mmHg, T = 39,1ºC. Discreta hiperemia de orofaringe. Sem sinais meníngeos ou outras 
alterações ao exame clínico. 
Frente ao quadro, além de administrar antitérmico, a conduta é: 
 
(A) Prescrever dose de ataque de fenitoína e proceder a coleta de glicemia de jejum, eletrólitos e gasometria venosa; 
(B) Manter observação clínica, sem outras medicações e sem coleta de exame laboratorial neste momento; 
(C) Realizar tomografia de crânio e, se estiver normal, iniciar fenobarbital e programar eletroencefalograma ambulatorialmente; 
(D) Iniciar triagem infecciosa, incluindo a coleta de líquor para realizar exame quimiocitológico, bacterioscopia e cultura. 
 
Atenção: Leia o caso a seguir para responder as questões 52 e 53. 
 
Menina, 12 anos de idade, com diagnóstico de Sarcoma de Ewing em quadril esquerdo há um ano. Há três dias foi internada em 
enfermaria para controle álgico. Recebe omeprazol, gabapentina, amitriptilina, dipirona e morfina. Mãe refere que a criança não está com 
bom controle álgico, necessitando de doses extras de morfina. Encontra-se sonolenta há quatro horas. 
Ao exame clínico, está em regular estado geral, sonolenta, confusa, abre o olho quando chamada, pupilas puntiformes. Conseguiu sentar-
se na cama quando solicitado pelo médico. Parâmetros vitais: FR = 12rpm, FC = 60 bpm, PA = 98 x 56 mmHg, glicemia capilar de 70 
mg/dL. 
 
52. O escore que esta paciente obtém na Escala de Coma de Glasgow é: 
 
(A) 14 
(B) 12 
(C) 13 
(D) 11 
 
53. Em relação ao caso clínico anterior, a terapêutica neste momento é: 
 
(A) Naloxone 
(B) Glicose 
(C) Flumazenil 
(D) Atropina 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 23 
54. Menina, 6 anos de idade, portadora de Diabetes Mellitus tipo 1 está em sala de emergência há três horas recebendo tratamento para 
cetoacidose diabética. Desde a entrada no pronto-socorro, recebeu três expansões de 20 mL por kg de soro fisiológico, duas correções 
de potássio e duas doses de insulina ultra-rápida de 0,1U/Kg. A glicemia inicial era de 484 mg/dL e no momento está 78 mg/dL. Evoluiu 
com quadro de confusão mental, bradicardia e hipertensão arterial. A complicação apresentada pela paciente é: 
(A) Hipoglicemia relativa 
(B) Edema cerebral 
(C) Mielinólise pontina 
(D) Hipercalemia 
 
55. Menina, 9 meses de idade, moradora da cidade de São Paulo, chega à Unidade Básica de Saúde para atualização vacinal, pois foi 
imunizada adequadamente apenas até o 3° mês de vida. Além da Pentavalente (DTP, Hib, Hepatite B) e meningocócica C, as vacinas 
que deverá receber nesta consulta são: 
 
(A) Contra poliomielite atenuada (VOP) e contra rotavirus 
(B) Contra poliomielite atenuada (VOP) e pneumocócica 10V 
(C) Contra poliomielite Inativada (VIP) e contra rotavirus 
(D) Contra poliomielite Inativada (VIP) e pneumocócica 10V 
 
56. Na avaliação do desenvolvimento neuropsicomotor normal de lactente de três meses é adequado: 
 
(A) Acompanhamento com o olhar 
(B) Ausência do reflexo cutâneo-plantar em extensão 
(C) Preensão voluntária das mãos 
(D) Noção de permanência do objeto 
 
57. A primeira sorologia para sífilis de uma gestante de 23 anos de idade apresentou TPPA positivo e VDRL (venereal disease research 
laboratory) de 1/64, sendo adequadamente tratada na 12ª semana de gestação. Controles de VDRL revelaram queda dos níveis até ¼ na 
30ª semana de gestação. Com 39 semanas de gestação, evoluiu para parto vaginal, sem intercorrências. A sorologia materna para sífilis, 
na admissão para o parto, revelou VDRL de 1/32. No RN, o VDRL foi de 1/16 e TPPA (treponema pallidum particle agglutination) 
reagente. Este recém-nascido deverá: 
(A) Realizar hemograma e radiografia de ossos longos. Se houver alteração de ao menos um desses exames, colher líquor e iniciar 
tratamento. 
(B) Realizar hemograma e radiografia de ossos longos, colher líquor e iniciar tratamento com penicilina cristalina. 
(C) Receber alta do berçário sem coleta de exames e realizar VDRL na Unidade Básica de Saúde aos 18 meses de vida 
(D) Receber alta do berçário sem coleta de exames e realizar VDRL na Unidade Básica de Saúde com 1, 2, 4 e 6 meses de vida. 
 
58. Gestante com 35 semanas e 2 dias de gestação evolui para parto vaginal sem intercorrências. O Pré-natal foi adequado e a 
sorologia para Hepatite B revelava HBsAg positivo. O recém-nascido, do sexo masculino, é pequeno para a idade gestacional, com peso 
de nascimento de 1850g. Qual a conduta a ser adotada para a prevenção de Hepatite B neste caso? 
 
(A) Vacina para hepatite B nas primeiras 12 horas de vida, sem necessidade de administração de imunoglobulina para hepatite B. 
(B) Imunoglobulina específica contra a Hepatite B, e a vacina para hepatite B só poderá ser administrada após atingir peso acima de 
2000g. 
(C) Vacina para hepatite B nas primeiras 12 horas de vida e imunoglobulina específica contra a Hepatite B. 
(D) Imunoglobulina específica contra a Hepatite B, e aplicar a vacina para hepatite B após 30 dias de vida, devido à prematuridade. 
 
59. Recém-nascido de termo, parto vaginal espontâneo, adequado para a idade gestacional, apresenta temperaturade 38,2oC e 
tremores, com 38 horas de vida. Mãe moradora de rua, que compareceu a apenas duas consultas de pré natal, ambas no segundo 
trimestre. O exame clínico do RN demonstra hipoatividade e taquipneia com frequência respiratória de 56 irpm, sem outras alterações. 
Hemograma com leucocitose e desvio à esquerda, Proteína C reativa elevada e líquor normal. Quais são os agentes mais prováveis para 
esta infecção, considerando as alterações laboratoriais e o exame clínico? 
(A) Streptococcus agalactiae e Escherichia coli. 
(B) Staphylococcus aureus e Klebsiella pneumoniae. 
(C) Streptococcus pyogenes e Listeria monocytogenes. 
(D) Enterococcus faecalis e Bacterioides fragilis. 
 
60. Na avaliação de recém-nascido, nota-se a presença de icterícia que se estende até a região inferior do tronco, pouco abaixo do 
umbigo. Pelos critérios de Kramer, podemos classificar essa icterícia como: 
(A) Zona III 
(B) Zona IV 
(C) Zona V 
(D) Zona II 
 
24 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
61. Mulher de 77 anos de idade, emagrecida, foi atendida na Unidade Básica de Saúde com lesão dolorosa e sangrante na língua há 6 
meses (imagem). Há 1 mês procurou o dentista para remodelar a prótese dentária que usa há 15 anos, pois aumentou a frequência de 
mordedura na língua desde que a lesão apareceu. Refere enxaguar os resíduos alimentares da prótese diariamente, antes de dormir. 
Tabagista 20 maços/ano por 25 anos, cessou há 30 anos. Nega etilismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A etiologia, o aspecto anátomo-patológico do exame diagnóstico e o tratamento desta lesão são, respectivamente: 
 
 ETIOLOGIA ANATOMOPATOLÓGICO TRATAMENTO 
(A) inflamatória por candidíase 
 
triancinolona tópica 
(B) carcinógenos do tabaco 
 
 
radio e quimioterapia 
(C) traumática pela prótese 
 
ressecção cirúrgica 
(D) infecciosa por HPV 
 
terapia com laser 
 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 25 
62. Lactente masculino de 8 meses de idade, previamente hígido, vem ao pronto-socorro com história de episódios de choro intenso 
com vômitos biliosos em grande quantidade há 3 dias. 
Ao exame clínico está em regular estado geral, com má perfusão periférica, prostrado, febril, com massa palpável em fossa ilíaca e flanco 
direitos. Peso e estatura normais para a idade, restante do exame clinico sem alterações. 
Observa-se à abertura da fralda (imagem abaixo): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qual é a hipótese diagnóstica e a conduta? 
(A) Intussuscepção intestinal; redução por colonoscopia 
(B) Intussuscepção intestinal; cirurgia 
(C) Divertículo de Meckel; laparoscopia 
(D) Divertículo de Meckel; correção por colonoscopia 
 
63. Mulher de 55 anos de idade, hipertensa e tabagista. Refere que há 6 meses iniciou quadro de dor progressiva na panturrilha direita 
ao deambular, impedindo mais de 300 metros de caminhada. Ao exame clínico apresenta pulso femoral presente, pulsos poplíteo e 
distais ausentes no membro afetado. Traz consigo exame de duplex scan mostrando oclusão de artéria femoral no canal dos adutores e 
fluxo reduzido em artérias distais. Além de cessar o tabagismo, qual é a conduta? 
 
(A) Internar para revascularização de urgência. 
(B) Iniciar anticoagulação sistêmica plena. 
(C) Preparar para revascularização eletiva 
(D) Iniciar caminhadas, antiagregantes e estatinas. 
 
64. Homem de 65 anos de idade, em tratamento quimioterápico. Há cerca de três semanas desenvolveu área de necrose cutânea no 
dorso da mão, com exposição de tendões, em decorrência de extravasamento local do agente quimioterápico. Após desbridamento 
cirúrgico e revitalização das bordas, a cobertura definitiva do defeito, visando a manutenção das estruturas anatômicas, deve ser 
realizada por meio de: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(A) Enxerto de pele parcial 
(B) Enxerto de pele total 
(C) Retalho de tecidos 
(D) Fechamento primário da ferida 
 
65. Homem de 25 anos de idade, internado em Pronto Socorro, recebeu 10 mg de morfina devido a dor intensa. Evolui com sonolência 
excessiva e depressão respiratória. O plantonista opta pela intubação orotraqueal e pede auxílio. O anestesista observa o paciente e 
alerta que a intubação será difícil. Qual das características abaixo denota a dificuldade de intubação? 
(A) IMC de 25 kg/m
2
 
(B) Presença de retrognatismo 
(C) Índice de Mallampati classe I 
(D) Abertura da boca de 3 polpas digitais 
 
26 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
66. Mulher de 62 anos de idade vem ao Pronto Socorro com dor em região lombar baixa há 2 meses. A dor é em pontada, irradia para 
região lateral da coxa esquerda, piora ao movimentar-se e melhora no período noturno quando descansa. Nega trauma, febre e 
emagrecimento. Esteve há 3 semanas no Pronto-Socorro devido ao quadro, ocasião em que foi receitado Dipirona, sem melhora. 
Apresenta hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo II e relata câncer de mama em uso de tamoxifeno. 
Exame neurológico sem parestesias, todos os grupos musculares com força grau 5, reflexos normais. Sem outras alterações ao exame 
clínico. 
 
Quais são os sinais de alarme da lombalgia nesta paciente e qual é a conduta? 
 
(A) Idade > 60 anos, dor irradiada para coxa, uso de tamoxifeno – Solicitar radiografia da coluna lombar 
(B) Idade > 50 anos, história de câncer, retorno em Pronto-Socorro há menos de 1 mês – Solicitar radiografia da coluna lombar 
(C) Dor lombar há mais de 1 mês, retorno em Pronto Socorro há menos de 1 mês, piora ao movimentar-se – Solicitar ressonância 
magnética 
(D) Sexo feminino, história de câncer, dor irradiada para coxa – Solicitar ressonância magnética 
 
67. Mulher de 45 anos de idade, apresenta ganho de peso progressivo desde gestação há 20 anos. Há cinco anos é portadora de 
diabetes mellitus tipo II e doença do refluxo gastro-esofágico, em uso de metformina, insulina NPH e omeprazol. Faz acompanhamento 
regular com endocrinologista e nutricionista há três anos, sem perda de peso sustentada. Atualmente com peso de 125kg e IMC de 48,8 
kg/m
2
. Assinale entre os esquemas abaixo o que representa a proposta cirúrgica indicada (imagens www.sbcbm.org.br): 
 
(A) (B) (C) (D) 
 
68. Mulher de 65 anos de idade, com queixa de epigastralgia há três meses, realizou endoscopia digestiva alta com achado de lesão 
ulcerada de 2,2 cm em fundo gástrico. 
Relatório anatomo-patológico confirmou Adenocarcinoma gástrico indiferenciado com células em anel de sinete. Tomografia 
computadorizada mostrou somente lesão gástrica, sem metástases. 
Paciente deverá ser submetida a: 
 
(A) Quimioterapia e radioterapia neoadjuvantes 
(B) Mucosectomia endoscópica 
(C) Gastrectomia subtotal com linfadenectomia D2 
(D) Gastrectomia total com linfadenectomia D2 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 27 
69. Homem de 69 anos de idade refere três episódios de enterorragia nas últimas seis horas. 
Nega outras doenças, cirurgias anteriores, uso de medicamentos e episódios semelhantes prévios. 
Ao exame clínico apresenta-se estável hemodinamicamente e corado. Abdome flácido, levemente distendido e indolor. Sem outras 
alterações. 
Paciente ficou em observação durante 24 horas, sem novos episódios de enterorragia sendo em seguida submetido a preparo de cólon e 
colonoscopia. 
Considerando o diagnóstico mais provável, indique a imagem de colonoscopia correspondente: (fotos com artefato de brilho: áreas 
brancas) 
 
(A) 
 
(B) 
 
(C) 
 
(D)28 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
70. Mulher de 35 anos de idade, assintomática, vem encaminhada pelo ginecologista para avaliação devido a nódulo hepático 
heterogêneo, hipoecóico, de 4,9 cm no maior diâmetro, identificado em ultrassonografia de rotina. (imagem abaixo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Usa contraceptivo oral combinado. Relata transfusão sanguínea após complicação no primeiro parto e 
nega etilismo. 
Exame clínico sem alterações, exceto cicatriz de cesariana prévia. Realizada tomografia computadorizada para melhor avaliação (imagem 
abaixo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Qual o diagnóstico mais provável? 
 
(A) Hiperplasia nodular focal 
(B) Hemangioma hepático 
(C) Adenoma hepático 
(D) Carcinoma hepatocelular 
 
71. Homem de 76 anos de idade, sem queixas urinárias, fez exame de rotina, constatando-se PSA=4,1 ng/ml (normal até 2,5 ng/ml). 
Toque prostático revelou próstata amolecida, sem nódulos e biópsia prostática comprovou a presença de adenocarcinoma local, escore 
de Gleason 3+3. Estudo de ressonância multiparamétrica de pélvis e cintilografia óssea revelaram-se normais. Em relação a este caso, 
podemos afirmar que: 
 
(A) É possível vigilância ativa e seguimento com exames periódicos. 
(B) Seu único filho tem o dobro de chance de desenvolver câncer de próstata. 
(C) O tratamento com radioterapia associada à terapia antiandrogênica é a melhor opção caso o paciente priorize a preservação da 
potência sexual. 
(D) A prostatectomia videolaparoscópica deve ser a conduta de escolha por apresentar os maiores índices de sobrevida livre de doença 
e menores complicações. 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 29 
72. Durante consulta de puericultura de criança do sexo masculino de 2 anos de idade, observou-se somente o testículo esquerdo 
palpável na bolsa escrotal. Restante do exame clínico sem alterações. Feito o cariótipo, cujo resultado é 46 XY. 
A conduta neste caso é : 
 
(A) Realizar teste com injeções de gonadotrofina coriônica para diferenciar agenesia gonadal de testículo mal posicionado, antes de 
indicar tratamento cirúrgico. 
(B) Examinar a criança em decúbito lateral esquerdo para confirmar a criptorquidia e planejar a orquiectomia da gônada não descida 
(C) Realizar a cirurgia de fixação do testículo na bolsa escrotal, antes dos 6 anos de idade, se confirmada a existência de testículo mal 
posicionado. 
(D) Aguardar a migração do testículo criptorquídico para bolsa escrotal e fixar o contra-lateral. 
 
73. Mulher de 23 anos de idade, refere picada de inseto na face medial da coxa, há dois dias. Nas 24 horas subsequentes, evoluiu com 
dor e inchaço locais. Devido à piora rápida e progressiva dos sintomas, aplicou compressas quentes, sem melhora. 
Após 48 horas, a dor estava tão intensa que a paciente decidiu procurar atendimento médico. 
Ao exame clínico apresenta a imagem abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O diagnóstico é: 
(A) hematoma dissecante 
(B) reação alérgica à picada de inseto 
(C) queimadura devido às compressas 
(D) infecção necrotizante de partes moles 
 
30 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
74. Paciente de 60 anos de idade, masculino, chega ao Pronto Socorro com história de episódios de cólica intestinal, com piora 
progressiva há seis meses. Há um mês vem apresentando episódios de diarréia “explosiva” e incontinência fecal e, há uma semana, 
distensão abdominal, vômitos e parada de eliminação de gases e fezes. Antecedente de apendicectomia há 20 anos e a colocação de 
prótese endovascular de aorta há um ano. Refere fazer tratamento de hipertensão arterial e diabetes. 
 
Radiografia de abdômen: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em relação ao caso e à radiografia apresentada, é correto afirmar que: 
(A) a localização da prótese aórtica sugere isquemia mesentérica 
(B) a presença de gás predominantemente no cólon sugere válvula íleo-cecal competente 
(C) o velamento na radiografia em ortostase sugere diverticulite perfurada 
(D) a presença de gás no intestino delgado e no cólon sugere neoplasia de cólon obstrutiva 
 
75. Paciente do sexo feminino de 19 anos de idade queixa de sudorese intensa em palmas das mãos desde a infância. Fez tratamento 
com anticolinérgicos por mais de seis meses sem melhora significante. 
Realizado simpatectomia torácica bilateral como tratamento definitivo. 
Qual a complicação mais frequente dessa operação? 
 
(A) Hiperidrose compensatória 
(B) Síndrome de Horner 
(C) Pneumotórax 
(D) Infecção das feridas operatórias 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 31 
76. Mulher de 63 anos de idade, refere aumento do volume abdominal e leve empachamento pós-prandial. Nega perda de peso, febre, 
alteração de hábito intestinal. Paciente sem comorbidades, sem restrições às atividades de vida diária ou laborais. 
 Ao exame clínico, bom estado geral. Massa palpável de cerca de 16 cm ocupando flanco direito, profunda, fixa, menos evidente 
à manobra de Valsalva, imóvel à inspiração profunda, exame clinico sem outras alterações. 
 Tomografia de tórax sem alterações. Tomografia de abdome demonstrando lesão sólida retroperitoneal, em íntimo contato com 
rim direito, veia cava, coluna, fígado e cólon direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Considerando que a hipótese diagnóstica é de Sarcoma de Retroperitônio, qual a conduta indicada? 
 
(A) Laparoscopia diagnóstica, inventário cuidadoso da cavidade abdominal e biópsia da lesão. 
(B) Biópsia da lesão por agulha grossa (tru-cut), guiada por tomografia. 
(C) Laparotomia exploradora com ressecção completa marginal da lesão. 
(D) Seguimento com realização de nova tomografia em três meses para observação do comportamento da lesão. 
 
77. Homem de 54 anos de idade, refere abaulamento em região inguinal direita há dois anos, tornando-se irredutível há um mês. Há um 
dia apresenta dor intensa e hiperemia no local do abaulamento. 
Refere ainda ter sido submetido a cirurgia para correção de hernia inguinal bilateral aos 15 anos de idade. 
Em relação ao tratamento cirúrgico, deve-se realizar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(A) Laparotomia mediana devido ao encarceramento da hérnia 
(B) Inguinotomia apesar da possibilidade de necrose da alça intestinal herniada 
(C) Laparotomia mediana devido ao risco de necrose da alça intestinal herniada. 
(D) Inguinotomia apesar do antecedente de correção cirúrgica na infância por via inguinal 
 
32 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
78. Homem de 27 anos de idade, vítima de queda de moto após choque em alta velocidade com um carro, é trazido ao Pronto Socorro . 
Apresenta-se com vias aéreas pérvias, murmúrios vesiculares presentes e simétricos, frequência respiratória de 30 incursões por minuto, 
frequência cardíaca de 125 batimentos por minutos, pressão arterial de 90 x 50 mmHg . 
Apresenta ainda sinais de fratura em face, antebraço direito e perna direita. Dor à palpação da bacia e distensão abdominal, sem outras 
alterações. 
Foram realizados os seguintes exames de imagem: 
 
 
 
 
 
Em relação a classificação do choque e a localização mais provável de sangramento podemos afirmar que: 
(A) Choque Classe III, bacia 
(B) Choque Classe IV, perna 
(C) Choque Classe IV, abdome 
(D)Choque Classe III, abdome 
 
79. Homem de 50 anos de idade procura atendimento médico com queixa de melena há três horas. Refere que teve episódio 
semelhante há um ano quando foi diagnosticado sangramento de varizes de esôfago e cirrose hepática por vírus B. Desde então usa 
propranolol e faz sessões de escleroterapia. Recentemente utilizou anti-inflamatórios devido a lombalgia. 
Na sala de emergência apresenta-se orientado, frequência cardíaca de 90 batimentos por minuto, pressão arterial de 80 x 50 mmHg e 
tempo de enchimento capilar maior que 3 segundos. 
Submetido a endoscopia com achado de varizes de fundo gástrico com sangramento ativo. Qual a melhor conduta indicada neste caso? 
(A) Obliteração com cianoacrilato 
(B) Passagem de balão de Sangstaken-Blakemore 
(C) Ligadura elástica das varizes e octreotide 
(D) Cirurgia de emergência (desconexão azigos-portal) 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 33 
80. Mulher de 23 anos de idade tem como queixa principal, dor abdominal localizada em quadrante inferior direito há 24 horas e 
urgência miccional. Refere ainda falta de apetite e náuseas desde o início da dor. 
Ultrassonografia de abdome não visualizou o apêndice cecal e descreveu útero e anexos sem alterações. 
Urina tipo I com 40.000 leucócitos 
A seguir foi submetida a laparoscopia diagnóstica conforme imagens abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(foto com artefato de brilho: áreas brancas) 
Podemos afirmar que: 
(A) O diagnóstico é apendicite aguda edematosa, deve-se realizar apendicectomia e manter antibióticos por no mínimo 48 horas. 
(B) O diagnóstico é apendicite úlcero-flegmonosa, deve-se realizar apendicectomia e manter o antibiótico por até 24 horas. 
(C) O apêndice está normal mas deve ser ressecado, já que havia suspeita de apendicite aguda. 
(D) O diagnóstico é pielonefrite e o tratamento é antibióticoterapia por 7 a 10 dias. 
 
81. Homem de 54 anos de idade, procedente do Piauí, relata febre intermitente de 38ºC há oito meses. Está associada à perda 
ponderal, astenia, anorexia, desconforto e aumento progressivo do volume abdominal. Ao exame clínico apresenta-se descorado 3+/4+ e 
com baço palpável a 5 cm do rebordo costal esquerdo. O restante do exame clínico está sem alterações. O hemograma apresenta: Hb: 
8,5g/dL; VCM: 87fL; Leucócitos: 2.800/mm³ e Plaquetas: 70.000/mm³. Foi realizado mielograma que evidenciou a presença de formas 
amastigotas livres e intramacrofágicas. A principal hipótese diagnóstica é: 
 
(A) Leishmaniose Visceral 
(B) Linfoma não-hodgkin 
(C) Malária quartã 
(D) Mieloma múltiplo 
 
82. Mulher de 24 anos de idade, natural e procedente de São Paulo, refere quadro gripal há dois dias acompanhado de febre medida de 
38,3
°
C. Há 12 horas, cefaleia holocraniana e há duas horas náuseas e vômitos. Nega antecedentes mórbidos relevantes. Chegou ao 
Pronto Socorro em regular estado geral, consciente, orientada, temperatura=38,4°C, pulso=108bpm, pressão arterial=120x72mmHg e 
rigidez de nuca. Restante do exame clínico sem alterações. Foi submetida a punção liquórica e o exame do líquor, cujos resultados estão 
a seguir: 
 
Citologia geral = 210 células/mm³, 2 hemácias/mm³ 
Citologia específica: Linfócitos 70%, Monócitos 8%, Neutrófilos 19%, Macrófagos 3%; 
Proteína = 50 mg/dL; Glicose: 64 mg/dL; Lactato: 12 mg/dL 
Glicemia capilar = 92 mg/dL 
 
Considerando a prevalência, o agente etiológico da principal hipótese diagnóstica para a paciente é: 
 
(A) Pneumococo 
(B) Micobactéria 
(C) Enterovírus 
(D) Herpes simples 
 
34 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
83. Mulher de 32 anos de idade apresenta há 3 meses as lesões a seguir. 
 
 
 
 
Queixa-se também de fraqueza muscular e disfagia. No exame clínico apresenta força muscular grau IV proximal em membros superiores 
e inferiores, além das lesões apresentadas. O restante do exame clínico está sem alterações. A principal hipótese diagnóstica é: 
 
(A) Esclerodermia 
(B) Lupus eritematoso sistêmico 
(C) Dermatomiosite 
(D) Granulomatose de Wegener 
 
84. Homem de 22 anos de idade é trazido por conhecidos ao pronto socorro, por alteração do comportamento. Apresenta agressividade 
importante. Chegou a iniciar brigas com amigos, inclusive com violência física. Apresenta também aceleração psicomotora e de 
linguagem, pensamento com associações frouxas e conteúdo persecutório e niilista ("me mata logo, é para isso que você está aqui"). 
Segundo o pai, ele nunca teve alteração comportamental antes, ou qualquer antecedente pessoal ou familiar relevante. Tinha sido visto 
há 7 horas por amigos, quando apresentava comportamento normal. No exame clínico, pupilas midriáticas, pressão arterial = 154 x 96 
mmHg, FC = 116 bpm, temperatura = 36,7°C, FR= 24 ipm, sem outras alterações. 
A conduta medicamentosa imediata deve ser: 
 
(A) Propranolol e ácido valproico 
(B) Haloperidol e propranolol 
(C) Ácido valproico e prometazina 
(D) Haloperidol e prometazina 
 
FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 35 
Atenção: Leia o caso a seguir para responder as questões 85 e 86. 
Mulher de 68 anos de idade é hipertensa em uso de losartana 50mg ao dia e diabética em uso de metformina 1000 mg ao dia. 
Apresentou subitamente, há 5 horas, cefaleia holocraniana de moderada intensidade, latejante, além de dificuldade para mover o membro 
superior e inferior direitos e desvio de rima labial para a esquerda. No exame clínico: bom estado geral, consciente, orientada temporal e 
espacialmente, afebril, acianótica e anictérica. Pressão arterial = 150 x 102 mmHg, pulso = 72 bpm, irregular. Ausculta cardíaca com 
bulhas arritmicas e normofonéticas em dois tempos, sem sopros. Apresenta hemiparesia completa e proporcionada grau 3 à direita, 
disartria, anomia e hemi-hipoestesia completa à direita. O restante do exame clínico está sem alterações. Foram realizados os exames a 
seguir: 
Tomografia de crânio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eletrocardiograma (12 derivações) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
85. Considerando a principal hipótese diagnóstica, o tratamento da fase aguda deverá ser feito com: 
(A) Aspirina e alteplase 
(B) Aspirina e heparina 
(C) Alteplase e tirofiban 
(D) Heparina e tirofiban 
 
86. A profilaxia secundária em nível ambulatorial deve ser realizada preferencialmente com: 
(A) Aspirina 
(B) Clopidogrel 
(C) Varfarina 
(D) Heparina 
 
36 FMUSP - Faculdade de Medicina da USP - Acesso Direto - novembro/2016 - Prova Branca 
87. Mulher de 49 anos de idade, natural e procedente de SP, foi internada por dispneia com piora progressiva há dois meses, febre 
intermitente de 38˚ C e perda de peso de 10 kg no mesmo período. Refere ser diabética em uso de metformina. Nega tabagismo e 
alcoolismo. Ao exame clínico: frequência respiratória: 28 ipm, FC: 93 bpm. PA: 112x68 mmHg. Murmúrio Vesicular presente 
bilateralmente e diminuído em terço inferior à esquerda. Signorelli positivo e presença de egofonia em terço médio. Saturação de 
oxigênio: 94%. O restante do exame clínico está sem alterações. Exames laboratoriais e radiografia de tórax a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Líquido pleural Sangue 
pH 7,28 7,37 
Albumina 3 g/dL 4g/dL 
Proteínas 5g/dL 7g/dL 
DHL 800 U/L 300 U/L 
Glicose 60mg/dL 92mg/dL 
 
Líquido pleural 
Celularidade 3000 células/mm
3
 
 Polimorfonucleares 6% 
 Linfócitos

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