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TRANSCRIÇÕES TGP - PROF UBIRATAN MAURICIO

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NOVINHOS DO DIREITO
Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
E-mail: direitonoite2015.1@gmail.com 
 
AULA 2 -TGP - DATA 05/10/16 
STJ 
 
Vimos na aula pretérita a competência do Supremo Tribunal Federal. 
Na ordem constitucional do tratamento da matéria, o STJ. Mas a gente só 
compreende o STJ se recorrer a alguns subsídios históricos porque o STJ é um 
tribunal muito recente, foi criado com a Constituição que hoje está 
aniversariando (05 de outubro). 
Então vamos ver aqui as duas situações, após a Constituição e antes, para a 
gente compreender bem isso. 
Hoje nós temos em termos de justiça comum, vamos abstrair por enquanto as 
chamadas jurisdições especializadas, em termos de justiça comum que são 
ordinárias a gente tem no ápice o STF, como instância imediatamente anterior 
o STJ, que é o segundo grau de jurisdição em matéria não constitucional dos 
TRFs, e dos TJs tanto dos Estados Membros como do Distrito Federal. 
E os TRFs, por sua vez, é o segundo grau de jurisdição dos Juízos Federais. 
Os TJs são duplo grau de jurisdição dos Juízos de Direito, essa é a situação 
que temos hoje. 
Na ordem constitucional pretérita (antes da Constituição) não era assim, nós 
tínhamos o STF e tínhamos um único Tribunal de Justiça Federal, tínhamos o 
antigo Tribunal Federal de Recursos e os Juízes Federais. Na Justiça do 
Estado não houve modificação – TJ dos Estados e TJ do Distrito Federal e 
Territórios, e em primeiro grau de jurisdição os juízes de Direito. 
Não tinha o STJ, as atribuições do STJ, que nós vamos começar a estudar, 
eram do STF também. Então o STF tinha a competência que nós estudamos e 
mais a que vamos estudar do STJ. 
Após a Constituição de 1988: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVINHOS DO DIREITO
NOVINHOS DO DIREITO
Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
E-mail: direitonoite2015.1@gmail.com 
 
Antes da Constituição de 1988: 
 
 
 
 
 
 
 
 
O STJ é o tribunal de cúpula para rever as decisões em matéria não 
constitucional da justiça comum a exemplo do que existe na justiça 
especializada, (Ex.: no TST, no TRTs e Juízos do Trabalho). Então esta 
instância (STJ) era tudo assumido pelo STF, é claro que não se demandava 
tanto como se demanda hoje, mas o Supremo já vinha assoberbado há muito 
tempo. Essa explicação histórica é extremamente importante para valorizar 
mais o trabalho do Supremo e o trabalho do STJ. 
O STJ como o STF ou como qualquer tribunal tem competência originária e 
competência recursal, então vamos começar a ver a competência originária do 
STJ, não é pouca coisa, o art. 105. 
 É importante lembrar, não é de nossa matéria, é só pra gente se situar, o STF 
todos sabem que é formado por 11 ministros, o STJ é bem maior, é três vezes 
o STF em número de ministros, são 33 ministros. 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: (Isto é, em 1º GRAU de jurisdição). 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito 
Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores dos 
Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos 
Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais 
Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os 
membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios e os do 
Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; 
Se vocês entrarem no site do STJ e souberem o nome de um desembargador 
do TJ, que tem vários, que estão sendo acusados de crimes, a competência é 
do STJ, nos crimes comuns. 
Não sei se foi na semana passada ou na retrasada em que a ministra do STJ 
expediu ordem não sei se foi de prisão provisória ou de condução coercitiva de 
desembargadores do Ceará para depor em juízo ou na polícia federal por 
crimes que eles já foram acusados, já tem denúncia ou tem só o inquérito 
NOVINHOS DO DIREITO
NOVINHOS DO DIREITO
Apostila feita pelos novinhos do Direito com base nas aulas dos professores da UNICAP 
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policial, não sei, mas é da competência do STJ de crime comum, a história é 
que eles estariam vendendo sentenças. 
A competência aqui é por PRERROGATIVA DE FUNÇÃO, fulano se aposentou 
dessas atribuições, o processo sai do STJ e vai ou para a Justiça Estadual 
(Juiz de Direito) ou Juízo Federal, enquanto está na função a competência é 
originária do STJ. 
b) os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de 
Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou 
do próprio Tribunal; 
Quando essas ações, só essas, questionarem atos administrativos praticados 
por estas autoridades, a competência originária (quer dizer, o processo já 
começa no STJ) é do STJ, no 1º grau de jurisdição. 
E a decisão do STJ cabe recurso? Cabe para o STF, naquelas hipóteses de 
recurso ordinário, quando for mandado de segurança denegada a ordem, e se 
não for essa hipótese, se a ordem for concessiva só cabe recurso para o STF 
se a decisão do STJ ferir a constituição, como nós vimos na aula passada. 
c) os habeas corpus, quando o coator ou paciente for qualquer das 
pessoas mencionadas na alínea "a", ou quando o coator for tribunal 
sujeito à sua jurisdição, Ministro de Estado ou Comandante da Marinha, 
do Exército ou da Aeronáutica, ressalvada a competência da Justiça 
Eleitoral; 
Os HABEAS CORPUS, quando o coator ou paciente for qualquer das pessoas 
mencionadas na alínea "a”. É obvio, se as pessoas da alínea “a” têm 
PRERROGATIVA DE FUNÇÃO, se elas vão manejar um habeas corpus 
naqueles crimes na competência do STJ é obvio que o habeas corpus tem que 
ser no STJ, por simetria é a mesma razão. 
Essa ressalva, exceção, não tem sentido porque essa matéria da justiça 
eleitoral não vai para a justiça comum. Vai para a justiça eleitoral, a questão é 
saber qual o órgão da justiça eleitoral. Principiologicamente já estava excluído, 
mas o excesso de informação não prejudica. 
A previsão da alínea “b” vai ser uma constante em todos os tribunais, já vimos 
no STF e agora vamos ver quando é que o STJ julga conflito de competência a 
depender quais são os órgãos judicantes em conflito. 
d) os conflitos de competência entre quaisquer tribunais, ressalvado o 
disposto no art. 102, I, "o", bem como entre tribunal e juízes a ele não 
vinculados e entre juízes vinculados a tribunais diversos; 
Essa ressalva ai é ressalvando a matéria do STF, nem era preciso ressalvar, 
porque se já é da competência do STF, outro não vai invadir. 
Mas a competência do STF é muito simples da gente compreender. Quando é 
que o STF julga conflito de competência ou conflito de jurisdição? É quando um 
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dos sujeitos em conflito, um dos órgãos em conflito é tribunal superior, havendo 
um tribunal superior e até um tribunal de menor hierarquia, como tem um 
tribunal superior no meio só quem pode julgar o conflito é o STF. 
Aqui não, na alínea “d”, os dois tribunais são de escalão mais abaixo, bem 
como, entre tribunal e juízes a ele não vinculados. 
Vamos imaginar uma situação: conflito entre TRT e o Juiz do Estado, se tem 
juiz não vinculado à tribunal, nem pode julgar o TST, nem pode julgar o TJ, 
então vai logo para o STJ. 
Ou então, entre TRT e TRE, dois tribunais regionais, quem vai julgar o conflito 
é o STJ. E a outra possibilidade, a outra previsão é entre juízes vinculados a 
tribunais diversos, então o conflito entre o Juízo do Trabalho e o Juízo de 
Direito, nem pode julgar o TRT, nem pode julgar o TJ, como são vinculados a 
tribunaisdistintos quem vai julgar é o STJ. Da mesma maneira que o Juiz de 
Direito de Alagoas e o Juiz de Direito de Sergipe são vinculados a tribunais 
distintos, então quem vai julgar é o STJ. 
Não tem novidade na alínea “e” porque aprendemos isso no STF e aqui é a 
matéria que ocorre no STJ. 
e) as revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados; 
Dos processos que tenham terminado no STJ, feito COISA JULGADO no STJ, 
então a REVISÃO CRIMINAL e a AÇÃO RESCISÓRIA são de competência do 
STJ ou então era um processo da própria COMPETÊNCIA ORIGINARIA do 
STJ, dá no mesmo, quem vai julgar a AÇÃO RESCISÓRIA ou a REVISÃO 
CRIMINAL será o STJ. 
Essa alínea “f” tem no STF e aqui no STJ tem o seu equivalente. 
f) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da 
autoridade de suas decisões; 
O Ministro da Justiça achando que é “o tampa” decide matéria que é de 
competência do STJ, quem teve o interesse lesado pela decisão do Ministro da 
Justiça, (podia ser do TCU por exemplo, ou do Senado), vai reclamar perante o 
órgão que teve a competência usurpada, não é perante o usurpador, vai mover 
uma AÇÃO DE RECLAMAÇÃO que é DESCONSTUTIVA para anular aquele 
ato administrativo, para desconstituir aquele ato que prejudicou alguém ou 
prejudicou por invasão da competência do STJ. Tem isso no STF, vimos isso 
na aula passada. 
Alínea “g” é novidade para nós porque até então só sabíamos o que era conflito 
de competência e conflito de jurisdição. Aqui é conflito de ATRIBUIÇÃO 
ADMINISTRATIVA, duas autoridades administrativas aqui mencionadas estão 
dizendo que são competentes para praticar aquele ato ou não são competentes 
para administrar aquele ato administrativo, e essa autoridade administrativa 
pode ser até do judiciário. 
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g) os conflitos de atribuições entre autoridades administrativas e 
judiciárias da União, ou entre autoridades judiciárias de um Estado e 
administrativas de outro ou do Distrito Federal, ou entre as deste e da 
União; 
Plenamente possível, por exemplo, o governador do Distrito Federal praticar 
um ato ou não praticar um ato e dizer que quem é competente é o Presidente 
da República, e o Presidente da República dizer que não é ele competente 
para praticar tal ato. E aí a população vai ficar desassistida? Não, o STJ vai ser 
instado (provocado) por quem tiver interesse para dizer quem é o competente 
para aquela atividade administrativa. 
É conflito de atribuição da instância administrativa. Aqui pode até ser em 
instância judicial, mas no exercício de atividade administrativa. 
Alínea “h” nós vamos ver o mandado de injunção em vários tribunais a 
depender apenas qual é a autoridade ou órgão que está em omissão 
regulamentar. 
h) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma 
regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade federal, 
da administração direta ou indireta, excetuados os casos de competência 
do Supremo Tribunal Federal e dos órgãos da Justiça Militar, da Justiça 
Eleitoral, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal; 
Vejam essas exceções já estão todas diluídas na constituição, o excesso não 
prejudica. 
O último acréscimo de competência ao STJ (alínea “i”) foi feito na emenda 
constitucional nº 45 e essa alínea aí na nova ordem constitucional era da 
competência originária do STF e foi revogado este inciso do STF e foi 
introduzido aqui (no STJ). 
i) a homologação de sentenças estrangeiras e a concessão de exequatur 
às cartas rogatórias; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
A homologação de sentença estrangeira. O que é isso? Alguém tem uma 
sentença condenatória para ser executado no Brasil, mesmo que seja originária 
da justiça portuguesa, que a gente entende tudo, como é um ato de soberania 
estrangeira não se pode pegar e executá-la no Brasil. 
Vamos admitir, algum brasileiro mora na Cidade do Porto e responde a um 
processo civil condenatório, é condenado, transitou em julgado, ele morava lá e 
quando estava próximo de transitar em julgado ele mudou-se para o Brasil, foi 
morar em Goiana e trabalhar na montadora de Goiana. 
O processo transitou em julgado, a execução vai ser no Brasil. Há uma prática, 
um costume do direito internacional que é previsto e disciplinado na nossa 
Constituição, que é preciso passar pelo crivo do STJ, então o STJ deve 
homologar a sentença estrangeira. 
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O STJ não vai REJULGAR a matéria, já está julgada, o STJ vai fazer o 
seguinte exame, se o teor da decisão agride os princípios basilares que 
formam os objetivos da República Federativa do Brasil. 
Se não agredir, se estiver consoante, o STJ homologa. 
Isso no novo código de processo civil chama de AÇÃO DE HOMOLOGAÇÃO. 
Então o credor ajuíza essa ação de homologação no STJ, o STJ manda uma 
CARTA DE ORDEM ao Juiz Federal de Goiana para intimar o brasileiro que 
mora em Goiana para ele comparecer ao STJ e contestar, se quiser, a ação de 
homologação. 
Nessa ação de homologação, ele só vai poder alegar uma matéria que a 
decisão agride os princípios basilares informativos objetivos da República 
Federativa do Brasil. 
Terminou o julgamento que é simples, homologou, homologar significa 
nacionalizar, o STJ abrasileirar, atribui efeitos jurídicos internos a decisão 
oriunda do país soberano. 
Aí homologada a sentença estrangeira, o credor vai promover em Goiana a 
execução do julgado. 
Tudo isso acontece via Itamaraty, o Itamaraty manda para o STJ. 
E a outra hipótese prevista nesta mesma alínea “i” é concessão de exequatur 
as cartas rogatórias. 
 
Quando um juiz de um lugar pede que o juiz de outro lugar pratique um ato 
processual isso vai por carta precatória, mas quando envolve países 
soberanos a tradição, o nome no direito internacional é CARTA ROGATÓRIA. 
 
É assim, Justiça Rogante - Justiça de Moçambique, Justiça Rogada - Justiça 
Brasileira. 
Vamos imaginar, em Moçambique está arrolado um processo civil-penal em 
curso e foi arrolada uma testemunha que inicialmente morava lá e mudou-se 
para o Brasil. Fica muito caro para as partes levarem a testemunha para 
Moçambique, então vem uma carta rogatória solicitando a ouvida daquela 
testemunha para o foro do domicilio da testemunha, mas antes passa pelo STJ. 
O STJ não vai nacionalizar a sentença porque não há julgado ainda. O STJ vai 
examinar (analisar) se o ATO ROGADO, se a ouvida da testemunha está 
coerente ou não, se agride ou não os princípios basilares da República 
Federativa do Brasil em matéria de direito processual. 
Se estiver tudo ok, o STJ dá o EXEQUATUR. Palavra latina extremamente 
utilizada no direito internacional que significa o EXECUTE-SE, CUMPRA-SE, 
ATENDA-SE. 
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Ai o STJ vai dar a CARTA ROGATÓRIA ao interessado para que ele 
encaminhe, leve para Goiana, para que o Juiz Federal de Goiana possa intimar 
o fulano, que mora na zona rural, a comparecer ao fórum e ser ouvido. 
Depois de ouvido, o Juiz de Goiana devolve a carta para o STJ. 
O STJ via Itamaraty devolve a carta ao PAÍS ROGANTE. Isso tudo demora, 
tem tradução juramentada, se vem da Inglaterra, de um país de língua inglesa, 
é feito por um tradutor juramentado e confirmado pelo consulado de lá, o 
cônsul atesta que a tradução está correta, aí vem para cá para o STJ em 
vernáculo, tem um setor no STJ que cuida disso. TUDO ISSO É 
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOSTJ. 
E QUAL É A COMPETÊNCIA RECURSAL DO STJ? 
A exemplo do STF, têm duas espécies recursais que são manejadas para 
provocar o STJ. Uma espécie chamada RECURSO ORDINÁRIO e outra 
espécie chamada RECURSO ESPECIAL. 
O ORDINÁRIO, o STJ funciona como se fosse o Tribunal de Justiça, comum, é 
como se fosse o Tribunal de Justiça de PE revendo a decisão praticada pelo 
Juiz de Direito da comarca de Olinda, sem tirar nem pôr. Mero Tribunal de 
Justiça, 2º GRAU de jurisdição. 
Em que situações? Muito limitadas, em três situações. 
Compete ao STJ, julgar, em RECURSO ORDINÁRIO. É uma espécie recursal, 
a gente já viu outro recurso com este mesmo nome, mas com outro objetivo na 
competência do STJ. 
Agora vem um recurso com mesmo nome, RO, não é Rondônia não!!!, é 
RECURSO ORDINÁRIO. 
Agora é RECURSO ORDINÁRIO para atacar outro tipo de decisão. E quem faz 
estágio na Justiça do Trabalho, sabe que quando o Juiz do Trabalho decide 
uma sentença e se quer impugna-la perante o TRT, não é como no processo 
civil ou no processo penal que se chama apelação. Na Justiça do Trabalho 
também chama-se recurso ordinário trabalhista. Vocês vão aprender isso em 
processo do trabalho, já no próximo semestre. 
Então vamos ver quais são as situações de admissibilidade de RECURSO 
ORDINÁRIO para o STJ. 
Art. 105.Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
II - julgar, em recurso ordinário: 
a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; 
Isso, então só para esta espécie recursal: 
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HC denegado por TRFs ou TJs em única instância. 
Isto é, o HC foi da competência originária de um TRF ou da competência 
originária de um TJ e a decisão foi denegatória, quando cabe recurso ordinário 
para o STJ. Ou então, em única ou última instancia. 
O processo começou, o HABEAS CORPUS do Juízo de Direito de Serra 
Talhada concedido ou negado é relevante foi para o TJ, última instância, última 
imediatamente anterior ao STJ. O TJ denegou, cabe recurso ordinário ao STJ. 
Se a decisão for concessória não cabe recurso ordinário ao STJ. O que pode 
caber, se a decisão concessória violou a Constituição é recurso extraordinário 
para o Supremo Tribunal Federal. Mas concessória não cabe recurso ordinário 
para o STJ, porque a Constituição restringe só para Habeas Corpus que tenha 
sido DENEGADA A ORDEM PRETENDIDA, preventiva ou repressiva, a 
Constituição não faz distinção. 
Da mesma maneira vem a regra abaixo: 
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos 
Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito 
Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; 
Muito parecido, apenas ao invés de ser HC é MS. Denegado em única 
instância, não tem última, é só mandado de segurança da competência 
originárias desses tribunais. 
Por que isso? A razão é muito plausível, como o mandato de segurança é para 
tutelar a liberdade de locomoção, um bem extremamente importante, o 
legislador é mais tolerante, ELE PERMITE MAIS UM GRAU DE JURISDIÇÃO. 
Tudo isso para mostrar o valor que o direito brasileiro atribui a liberdade 
humana. 
E por fim em termos de COMPETÊNCIA RECURSAL ORDINÁRIA. 
c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo 
internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou 
domiciliada no País; 
Vamos imaginar, Olga estudou direito internacional e gostou muito, aí apareceu 
um estágio na ONU em Nova York, para ela passar 6 meses, prorrogável por 
mais 6 meses. Vem embora porque terminou o estágio, quando Olga chega em 
casa e faz as contas dos salários, Ver que a ONU deixou de lhe pagar 20 dias 
de estágio. Estava com tanta saudade de Recife, que nem fez as contas, aqui 
se deu conta que a ONU falta lhe pagar 20 dias de estágio. 
Olga diz: Vou demandar a ONU daqui do Brasil. Vou ajuizar uma AÇÃO DE 
COBRANÇA CONDENATÓRIA contra a ONU. A sentença dessa decisão cabe 
recurso, quem perder, para o STJ. 
NOVINHOS DO DIREITO
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E sabe quem julga essa matéria? Não é difícil de compreender, É a Justiça 
Federal. Então, Olga que mora em Caruaru ou em Serra Talhada vai ajuizar no 
seu domicilio (tem Justiça Federal em Serra Talhada!!!). E o recurso da decisão 
do Juiz de Serra Talhada, RECURSO ORDINÁRIO, cabe ao STJ. 
Vamos ver essa previsão na competência da Justiça Federal no art. 109, em 1º 
GRAU de jurisdição, inciso II: 
Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar: 
II - as causas entre Estado estrangeiro ou organismo internacional e 
Município ou pessoa domiciliada ou residente no País; 
E a REVISÃO vai para o STJ. 
Veja, na aula passada, nós vimos uma situação em que o 1º grau de jurisdição 
é o Juízo Federal e o segundo grau de jurisdição é o Supremo Tribunal 
Federal. Eu até brinquei, disse olha, vocês pensam que o TRF fica enciumado 
se o recurso subir direto para o STF sem passar pelo TRF???. De jeito 
nenhum!!! Tem caso que sobe direto. 
E agora estamos vendo outro caso em que o Juízo Federal em 1º grau de 
jurisdição e o duplo grau dela não é o TRF, é o STJ. A gente não pode 
generalizar, dizer que toda decisão do Juízo Federal será revista pelo TRF, 
essa é a regra geral, mas tem exceções. 
E por que é que nas provas se pergunta mais as exceções? Porque quem sabe 
a exceção sabe a regra geral. Agora quem sabe a regra geral nem sempre 
sabe a exceção. 
Então está aí a competência ORIGINÁRIA E RECURSAL pela via ORDINÁRIA 
do STJ. 
Vamos ver agora o inciso III. Que é esta matéria que está no inciso III que 
justificou a criação do STJ. 
O STJ é ÓRGÃO ÁPICE DA JUSTIÇA COMUM. Tudo que nós estudamos e o 
que nós vamos estudar agora, na ordem constitucional pretérita, quem fazia 
era o STF. Então foi criado o STJ para ele ter uma função parecida com o STF, 
SER O GUARDIÃO, mas NÃO DA CONSTITUIÇÃO, NÃO DA NORMA 
CONSTITUCIONAL, mas da LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL 
ORDINÁRIA EDITADA PELA UNIÃO. 
Isto é, ele (STJ) vai zelar pela unidade de interpretação e aplicação da ordem 
jurídica infraconstitucional em matéria de direito comum editado pela União. 
O que é matéria de Direito Comum? O que não é Direito Eleitoral, o que não é 
Direito do Trabalho e o que não é Direito Penal Militar. 
Então vou fazer uma analogia: Ao STF cabe precipuamente a guarda da CF, e 
o STJ, vai fazer precipuamente, apesar de não usar o adverbio, a guarda da 
legislação, vai ser o GUARDIÃO DE COMO APLICAR CORRETAMENTE A 
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LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL EDITADA PELA UNIÃO em matéria 
não penal militar, não trabalhista e não eleitoral, isto é, Direito Comum. 
Depois dessa explicação, vamos ver o inciso III do art. 105, compete ao STJ, 
Julgar, em recurso especial (esta é a espécie recursal, não é apelação, nem 
recurso extraordinário, chama-se recurso especial, no jargão forense a sigla é 
REsp.) 
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última 
instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida: 
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; 
Alinea “a” não fala em constitucional. Contrariar quer dizer agredir tratado 
internacional incorporado a legislação brasileira ou contrariarlei federal ou 
negar vigência a um e a outro. 
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal; 
Quando a decisão recorrida destes tribunais julgar válido ato de governo local, 
Estadual, Municipal ou do Distrito Federal contestado em face de lei federal. 
Alinea “c” quando a decisão recorrida der a lei federal interpretação divergente 
da que lhe aja atribuído outro tribunal. 
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro 
tribunal. 
Essa matéria do inciso III, é responsável por mais de 90% de labor do STJ, e 
dentro destes 90%, o da alínea “c” é maioria esmagadora. 
Que é muito provável que o tribunal a respeito de aplicar o artigo tal do código 
penal não dê a mesma interpretação que outro tribunal, não é preciso a 
interpretação ser oposta contrária, basta que seja divergente. Direito não é uma 
ciência exata, então um tribunal pode interpretar diferentemente do outro. 
Então vejam estas alíneas revelam esta função do STJ de zelar pela unidade 
de interpretação e aplicação da legislação infraconstitucional de direito comum 
editada pela União. Então esta é que é a função do STJ, através do recurso 
especial. 
ALGUÉM NÃO ENTENDEU OU TEM ALGUMA DÚVIDA??? 
Aluno: Professor eu gostaria apenas que o Senhor desse um exemplo no caso 
da alínea “c”, do inciso III. 
É o mais frequente, vamos imaginar: 
Há uma cidade aqui no limite entre PE e PB, perto de Goiana. Fisicamente a 
cidade é a mesma, urbanamente falando, mas integra dois Estados. 
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Do lado de PE, tenho o Juízo de Direito da Comarca de Itambé. Do lado da PB, 
tenho o Juízo de Direito da Comarca de Pedra de Fogo. 
A cidade é a mesma, mas têm dois Juízos de Direito (PE e PB), 
Não é como Petrolina e Juazeiro que o rio divide. Petrolina e Juazeiro são duas 
cidades completamente distintas, com costumes diferente, a culinária é 
totalmente diferente. 
Mas aqui não, é uma mesma cidade só que num determinado momento o 
sentido do paralelepípedo muda, um está horizontal e o outro vertical. Têm dois 
fóruns, dois Ministérios Públicos, duas paróquias, duas igrejas matriz, uma 
pertencente à diocese de Nazaré da Mata outra a arquidiocese da PB, etc, 
etc... 
Advogado que mora na cidade advoga lá e cá, aí ele obtém uma demanda lá 
que ele ajuizou, teve sucesso, houve recurso para o TJPE, o TJPE decidiu no 
sentido “X”, ai a notícia se espalha, Dr. Fulano ganhou uma ação que vai 
receber uma bolada do Estado, ai pessoas em situações idênticas procuram o 
mesmo advogado. E o advogado usa do mesmo precedente (decisão “X”) para 
persuadir o juiz de direito de Pedra de Fogo a decidir do mesmo jeito. Ai o juiz 
de Pedra de Fogo decide em sentido divergente de “X”. Recorre para o TJPB, e 
confirma a decisão diferente de “X”. 
Então quem perdeu o processo aqui vai usar esta decisão “X” como paradigma. 
Vai dizer, olhe STJ, o senhor não é responsável, não tem como zelar pela 
unidade de interpretação? O caso é o mesmo, aqui foi dada esta interpretação, 
ai eu quero esta mesma interpretação, esta é que está correta, ai você vai 
engrossar esse caldo, vai citar doutrina, jurisprudência, direito comparado, 
apresentar através de um REsp (recurso especial) ao STJ. 
Se o STJ reformar esta decisão, muito bem, fica tudo igual. Agora o STJ pode 
dizer não, vamos confirmar a decisão, essa aqui é a que está correta e não 
interfere nesta daqui. Não há contradição jurídica entre esta decisão e aquela, 
versam sobre pessoas diferentes, o fato é o mesmo. Aqui já transitou em 
julgado, o que pode acontecer é ela ainda estar no prazo da rescisória (ação 
rescisória), se o STJ consagrou esta decisão aqui, vamos tentar uma rescisória 
para modificar a decisão “X”. Isso fica mais difícil, se esse for o motivo para o 
cabimento da ação rescisória. Se não, sobrevivem as duas decisões 
distintamente. 
Nestes casos aqui fica fácil perceber porque o advogado está nesta 
expectativa, mas, às vezes, você não sabe dessa situação. Você perdeu aqui, 
em outro caso diferente do anterior, aí você vai procurar na jurisprudência uma 
decisão diferente desta daí para apresentar ao STJ como paradigma. 
Aluno: Mas o fato tem que ser o mesmo!!! 
Professor: Sim, o fato tem que ser o mesmo, mas as vezes o fato é o mesmo e 
se dá uma interpretação diferente. 
NOVINHOS DO DIREITO
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Sabe onde isso é muito comum? Em júri popular. Um determinado julgamento 
absorve e um outro condena. 
Agora, hoje com a internet para você encontrar uma decisão, todos os tribunais 
com as decisões indexadas, você sabendo procurar, usar os conceitos 
corretos, você acha. 
Agora, quando eu me formei não tinha STJ nem internet para achar uma 
decisão, você se internava numa biblioteca e pegava as revistas da 
jurisprudência pelo índice com uma lupa ou uma régua procurava uma por 
uma. 
Essa é a situação mais recorrente dessas alíneas todinhas, é a mais factível, 
dar uma interpretação divergente, aí tem os requisitos: você tem que 
apresentar a decisão. 
Então, estão aí as competências originária e recursal do STJ. 
 
Vamos começar a ver a competência dos TRFs que na ordem constitucional de 
tratamento da matéria é a seguinte: começa pelo art. 106. 
 
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: 
I - os Tribunais Regionais Federais; 
A constituição não previu quantos TRFs deveriam existir, ela previu os 
tribunais, mas a criação foi mais ou menos um ano depois, em 1989, os 
tribunais foram criados (cinco tribunais) e uma decisão do STJ decidiu onde 
estes tribunais iriam ficar, um deles ficou aqui na nossa cidade. 
II - os Juízes Federais. 
Quando se fala em Justiça Federal não se quer dizer justiças mantidas pela 
União somente, porque tem outros órgãos que são mantidos pela União que 
não estão aí, como a Justiça Eleitoral, a Justiça do Trabalho, o STJ, o STF. 
Quando ele quer dizer Órgão da Justiça Federal é neste contexto, neste 
significado aqui da Justiça Federal comum, não justiça mantida pela União. 
Porque eu tenho aqui o TJDF e Território que é mantido pela União, mas não é 
Justiça Federal. 
E outra coisa que precisa ser dita é que o legislador no art. 106 - são órgãos da 
Justiça Federal os TRFs e os Juízes Federais. Os JUÍZES NÃO SÃO 
ÓRGÃOS, JUIZ É A PESSOA QUE TITULARIZA O ÓRGÃO, se isso estivesse 
certo, só quem poderia ser juiz seria pessoa do sexo masculino. É uma 
impropriedade de linguagem, que a gente não pode exigir do legislador 
constituinte que use um vernáculo castiço. 
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Então como a gente supera isso? Com teoria. O órgão a rigor seria Juízo 
Federal que pode ser titularizado por juiz ou por juíza. 
Pois bem, então sobreveio em 1989 uma lei que criou 5 tribunais (TRFs), mais 
adiante podem ser criados outros, mas permanecem os 5. 
O nosso tribunal sediado no Cais do Apolo tem uma jurisdição na seguinte 
base territorial CE, RN, PB, PE, AL e SE. Agora, o nome é horroroso! Não se 
submete ao exame de estética da linguagem – Tribunal Regional Federal da 5ª 
Região, Regional da Região, horroroso isso!!! É um estupro para os ouvidos!!! 
Essas coisas são difíceis de mudar. Como poderia ser? Tribunal Federal da 5ª 
Região, disse tudo! ou então, Tribunal de Justiça da 5ª Região. 
Quem fez a revisão da Constituição foi um grande professor de português, já 
falecido, Celso Luft, ele anotou tudo isso, mas ninguém quis mudar. 
Só maisum exemplo, o TRF da 4ª Região engloba os 03 estados do Sul: PR, 
SC e RS, sediado em Porto Alegre. Daí porque as decisões da Lava Jata, o 
segundo grau de jurisdição é o TRF da 4ª Região, sediado em Porto Alegre. 
Então, os TRFs, eles como qualquer tribunal têm COMPETÊNCIA 
ORIGINÁRIA e COMPETÊNCIA RECURSAL, não poderia deixar de ser, a 
razão de ser dele por excelência é ser INSTÂNCIA REVISORA, mas por 
razões de PRERROGATIVA DE FUNÇÃO, algumas matérias de maior 
repercussão já começam na COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA do TRF. 
O TRF, este que a gente está estudando fica no Cais do Apolo, aquele prédio 
horroroso, hoje acho que a prefeitura não daria autorização para sua 
construção, um prédio daquele, numa área histórica, um prédio com linhas 
pretensamente modernas, um horror!!! E depois é o seguinte, nas duas 
extremidades tem duas salas que não tem nada, tem colunas, chamadas de 
salas das colunas, não tem nada, a gente pensa logo que o engenheiro e o 
arquiteto passaram filando, a gente pensa logo mal. 
Pois bem, qual a competência originária do TRF? Está dito ai no art. 108. 
A composição deste tribunal varia, o nosso é o menor, 15 juízes. O TRF de São 
Paulo tem mais de 50 juízes. O TRF do Rio de Janeiro, mais de 30 juízes. O 
nosso é o menor. Devido ao movimento forense vai se criando cargos, 
aumentando o tribunal. 
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