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LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL Lorena Zanellato Marques Desenvolvimento anormal de um ou mais elementos que fazem parte da articulação do quadril: cabeça do fêmur, acetábulo ou tecidos moles inclusive a cápsula articular LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL Termo genérico que descreve ampla gama de anormalidades anatômicas do quadril, congênitas ou desenvolvidas durante a infância. Displasia de desenvolvimento de Quadril (DDQ) 1 – Luxação do quadril: cabeça do fêmur completamente fora do acetábulo 2 – Sub luxação do quadril: cabeça do fêmur parcialmente abaixo do teto acetabular 3 – Quadril deslocável: cabeça do fêmur é capaz de sair do acetábulo voltando ao normal 4 – Quadril Displásico: não há luxação ou subluxação; a cabeça do fêmur está contida dentro do acetábulo. Este possui alterações morfológicas que favorecem a lux. ou sublux., caso não haja tratamento. Quando se mantém luxado há um encurtamento dos músculos psoas, adutor e face posterior da coxa A cabeça do fêmur se modifica e torna-se achatada Mais freqüente no sexo feminino Lesão unilateral é mais freqüente Posição do feto intra útero Diagnóstico precoce aumenta eficácia do tratamento (manobra de Ortolani, teste de Barlow) LUXAÇÃO CONGÊNITA DO QUADRIL Para quadril instável. A perna é tracionada para cima e forçada para baixo em adução. O teste é positivo quando a cabeça femoral que não estava luxada é deslocada pra fora do acetábulo, produzindo um “clique” perceptível. MANOBRA DE BARLOW MANOBRA DE ORTOLANI Auxilia na detecção de quadril deslocado, que pode ser reposicionado no acetábulo. A pressão para baixo desloca ainda mais o quadril. A abdução do quadril e a pressão sobre o trocanter maior irão forçar a cabeça femoral sobre a borda acetabular, levando a um “clique” perceptível de redução. SINAIS DE LUXAÇÃO UNILATERAL: 1 – Limitação da abdução de um dos quadris 2 – Assimetria de dobras cutâneas 3 – Comprimento aparentemente menor de uma das pernas 4 – Palpação revela que um dos trocânteres ocupa um lugar mais alto que o oposto 5 – Marcha claudicante SINAIS DE LUXAÇÃO BILATERAL: 1 – Largura anormal do períneo 2 – Pelve muito larga 3 – Aumento da lordose lombar 4 – Marcha anserina Via de regra é conservador e o cirúrgico sem o conservador fracassa. Objetivo de redução da luxação e de mantê-la Diminuir os traumatismos possíveis da cabeça do fêmur e aos tecidos moles adjacentes. Almofada de Frejka, Aparelho de Von Roser, Aparelho de Denis Browne, Aparelho de Pavlik, gesso pelve podálico.(fl+ab) Tratamento Almofada de Frejka Suspensório de Pavlek Necessário devido à diminuição de amplitude articular bilateral após imobilização. Poderá aparecer contratura de tecidos moles e diminuição da força muscular em decorrência da falta de uso. Ex. focalizando a sustentação sobre os pés. Ex. em piscina aquecida. Tratamento Fisioterápico É um grupo heterogêneo de malformações congênitas de caráter estacionário. Recém nascido com múltiplas deformidades, rigidez nas articulações, contratura dos tecidos moles (músculos, cápsulas e outros), perda da silhueta normal dos membros. ARTROGRIPOSE MÚLTIPLA CONGÊNITA A AMC é um grupo de doenças que têm como característica comum a contratura muscular e a limitação do arco do movimento, as quais não são progressivas e estão presentes ao nascimento. 2 ou + articulações devem estar comprometidas em graus variáveis, podendo ir desde uma dificuldade funcional mínima até a dependência completa nas AVDs. Na sua forma clínica mais comum, compromete os 4 membros e é conhecida como amioplasia ou artrogripose clássica. Não causa comprometimento da capacidade cognitiva. Há redução da massa muscular . Há contratura e limitação da mobilidade articular também da coluna vertebral, além dos 4 membros Os quatro membros afetados Pés eqüino varo Joelhos em flexão ou extensão Luxação dos quadris Coxa em abdução ou adução Mãos em garra ou cerradas Cotovelos em flexão ou extensão Ombros em adução ARTROGRIPOSE MÚLTIPLA CONGÊNITA Afecção rara de etiologia desconhecida. Tem a acinesia fetal como principal teoria etiológica. Método diagnóstico é a biópsia muscular. Avaliação anatomopatológica da estrutura muscular mostra a substituição do músculo estriado por tecido fibroso. Etiologia Atrofia de fibras musculares, com fibrose e degeneração gordurosa Deformidades são atribuídas à falta de desenvolvimento dos músculos, à substituição deles por tecido fibroso e ao desequilíbrio muscular intra-uterino. Tecidos Apresentam: Complicado em função dos múltiplos problemas: motor, deformidades, respiratório, psicológico, outras mal formações que podem se fazer acompanhar, implicações genéticas. Exige equipe multidisciplinar. Deformidades aparecem de forma irremediável, mas vale investir. Essas crianças são capazes de realizações muito além do que parecia possível durante o primeiro ano de vida. Tratamento Equipe multidisciplinar deve ter como objetivos a melhora funcional do paciente em relação às suas AVDs, a mobilização doméstica e a inclusão social e escolar como um todo. Oferecer recursos tecnológicos disponíveis e acessíveis, mas que estejam de acordo com as possibilidades econômicas da família. Alongar tecidos moles rígidos e mobilização articular delicadamente. Incentivar movimentos ativos e ajudá-los a adquirir habilidades para atos funcionais. Esquema de tratamento diário sobretudo durante o primeiro ano de vida. Avaliação e melhora da força muscular. Pais devem ser ensinados a aplicar técnicas de mobilização e alongamentos várias vezes ao dia. Pode ser necessário o uso de órteses para manutenção e melhora do arco de movimento. Reabilitação após intervenções cirúrgicas para correções de deformidades.
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