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EXAME FÍSICO E EXAMES COMPLEMENTARES EM MASTOLOGIA | Rafael Queiroga 
1 
 
19.01.2017 – MCOP6 – Aula 01 
Professor: Eduardo Moura 
EXAME FÍSICO E EXAMES COMPLEMENTARES EM MASTOLOGIA 
Anotações: Rafael Queiroga 
 
Introdução 
A mama é uma glândula exócrina, com origem similar à das glândulas sudoríparas (é uma modificada), função de 
lactação. Tem uma série de elementos que estão dispostos de uma maneira a conferir o formato cônico: tecido 
fibroglândular, tecido adiposo e pele. 
É formada por 15 a 20 lobos (ou regiões), possuindo, cada um, um ducto terminal que termina na região mais 
superficial. Na porção mais final tornam-se os alvéolos mamários. O principal tecido que compõe essa arvore ductal é 
epitelial. Na região mais delgada, há apenas uma camada de células. Unidade ducto-lobular terminal é a unidade 
funcional onde o leite é produzido, também outras secreções, também é o sitio das neoplasias. 
Importância da mastologia 
Câncer de mama 
 Câncer mais frequente entre as mulheres (sem contabilizar os cânceres de pele não-melanoma); 
 Incidência crescente; 
 Letalidade decrescente: nos países desenvolvidos vem diminuindo bastante em virtude da detecção precoce 
(fase in situ, não tendo ultrapassado a lâmina própria, só a mamografia é considerada o padrão-ouro para essa 
detecção); 
 53 casos para cada 100 mil mulheres; 
 Sobrevida maior quando encontra lesões menores (até 14 mm) e menor índice de recidiva; 
 Canceres invasivos diagnosticado até 10 mm; 
Tipos histológicos 
 Carcinoma ductal: invasivo ou in situ; 
 Carcinoma lobular: invasivo ou in situ; 
 Medular; 
 Mucinoso; 
 Papilífero; 
 Cribriforme; 
Localização 
Quadrante superior lateral: região da mama com maior quantidade de tecido fibroglandular. Em segundo lugar a 
região do complexo areolo-mamilar, depois o quadrante superior medial, depois o inferior lateral e por fim o inferior 
medial (mais gordura). 
 
Semiologia mamária 
 Diagnóstico; 
 Exame clínico: independente da queixa colhe uma anamnese mais dirigida para as patologias mamárias. Colhe 
os antecedentes, tendo muita importância os antecedentes ginecológicos, bem como os antecedentes de 
câncer. Depois, realiza o exame físico; 
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 Mamografia; 
 USG de mamas; 
 Ressonância magnética. 
Observação: exames recomendados de acordo com a indicação. 
Autoexame: é um procedimento que assume uma importância grande na prevenção do câncer. O próprio paciente 
executa o exame para detectar alguma alteração mamária após a menstruação (estímulo hormonal diminui, bem 
como a dor e o inchaço). A orientação dada é que a paciente, de preferência no banho, coloque uma mão na nuca e 
faça movimentos circulares na superfície da mama procurando alguma lesão. A importância real em termos de 
sobrevida de câncer de mama do autoexame é nula. O carcinoma in situ é impalpável, nódulos, em geral, são invasivos. 
O autoexame ainda é realizado pois a grande maioria das mulheres não tem acesso a mamografia. 
Exame clínico: paciente sentada 
 Inspeção estática: número, volume, formato, alterações da pele; 
 Inspeção dinâmica (pede para a paciente fazer movimentos com os braços para contrair a musculatura 
peitoral): procura-se detectar abaulamentos ou retrações nas mamas. Caso seja detectado algo, há tendência 
a lesão maligna invasiva; 
 Palpação dos linfonodos: com os dedos palpa os cervicais, fossa supraclavicular, infraclavicular e axila. Técnica: 
com o braço direito sustenta o braço ipsilateral do paciente e com o braço esquerdo palpa até chegar no oco 
axilar e busca identificar os linfonodos. 
Depois dessa fase, pede para o paciente deitar e faz a palpação da mama: 
 Palpação mais superficial: com a mão espalmada (Vealpeau); 
 Palpação mais profunda: com as pontas dos dedos (Bloodgood). 
Observação: tanto faz ser no sentido horário ou anti-horário, porém deve palpar toda a mama. 
Ao final, faz o exame do CAM, para identificar alguma secreção patológica: 
 Expressão: delicada do mamilo em busca de alguma secreção láctea ou descargas sanguinolentas de um ou 
de múltiplos ductos. 
Quando tem lesões presentes é mais fácil de chegar a um diagnóstico. 
Dois tipos de secreções que precisam ser investigadas: em água de rocha (transparente) ou sanguinolenta. Lesão no 
ducto mamário que leva a produzir essas secreções. Também deve investigar a frequência de saída dessas secreções, 
uniductais, unilaterais e espontâneas. 
Durante o exame físico, também deve investigar se tem ponto de gatilho, preensão digital na aréola e saída de 
secreção. 
 
Rastreamento 
Métodos diagnósticos: mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. Mamografia é o mais importante pois 
tem uma sensibilidade maior que os demais. Microcalcificação agrupada é o achado. Esses exames podem ser 
classificados em rastreamento (feito na população assintomática) ou de diagnóstico. 
Para ser considerado um exame de rastreamento, deve ter as seguintes características: 
 Doença prevalente (e letal); 
 Teste eficaz; 
 Terapêutica efetiva; 
 Alta acessibilidade; 
 Baixo custo; 
 Pouco efeito deletério ao paciente
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Baseado na taxa de crescimento tumoral e no tempo estimado entre seu desenvolvimento e o diagnóstico clínico. 
Nas mulheres mais novas, o câncer tem uma velocidade mais rápida do que o câncer que aparece nas pessoas mais 
idosas. 
O Ministério da Saúde recomenda mamografia bianual para mulheres acima de 50 anos. Já as sociedades de 
mastologia, radiologia e ginecologia acredita que o exame deve ser realizado anualmente para mulheres acima de 40 
anos, idade de maior incidência. 
Microcalcificação pleomórfica agrupada (carcinoma ductal in situ) se vê melhor na mamografia. 
Mamografia – imagens em sala de aula 
Mamografia incidências: branco (fibroglandular) e preto (gordura). 
Médio-lateral obliqua (aparelho girado em 45 graus, incide diagonalmente. 
Crânio caudal 
Grupos de risco: população mais beneficiada com o rastreamento anual 
 Câncer de mama e/ou vários pregressos; 
 Radioterapia mediastinal; 
 Lesões pré-malignas anteriores: hiperplasia ductal atípica ou neoplasia lobular; 
 Mutações BRCA 1 e BRCA 2; 
 História familiar: mãe, irmã e filha; 
 Mamas densas (após a menopausa): por poder esconder lesão e também por ter maior quantidade de tecido 
que pode sofrer mutação. 
Padrões de densidade mamográfica: 
Padrão relativo: mamas mais liposubstituídas ou densas. 
 
Mamografia analógica x digital 
A primeira mamografia era a analógica, porém hoje, temos uma mamografia digital (em que se pode mudar as cores, 
dar zoom). Além disso, na técnica analógica demorava cerca de 4 minutos para obter um filme, diferente dos três 
segundos de obtenção de imagem da técnica digital. 
 Maior facilidade no armazenamento; 
 Menor índice de reconvocações; 
 Menor dose média de radiação; 
 Permite o pós-processamento. 
Ultrassonografia 
 Papel complementar; 
 Pacientes com mamas densas à mamografia; 
 Diagnóstico das lesões invasivas: acurácia de 98,1% quando associado a mamografia. 
Sonda linear, alta frequência, estruturas mais superficiais. Transdutor convexo: cavidade abdominal, ultrassonografia 
obstétrico. Transdutor intracavitário: frequência intermediária. 
 
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Importante para estadiamento locorregional: 
 Melhor avaliação da extensão da lesão local; 
 Detecção de lesões satélites; 
 Análise de linfonodos: sensibilidade alta. 
Empecilhos: 
 Operador dependente; Aparelho dependente; 
 Longo tempo de exame. 
Ressonância magnética 
Tem indicações precisas, como para pacientes de alto risco; nódulos suspeitos; paciente quadrantectomizada. Sempre 
utiliza contraste. Lesões malignas têm de captação elevada. 
 
BI-RADS® 
Independente do exame complementar utilizado, precisa nortear o paciente o profissional que solicitou o exame. 
Antigamente, cada profissional descrevia a lesão da forma que lhe era peculiar. Então, houve uma padronização de 
laudo pelo ACR (Colégio Americano de Radiologia), acompanhado de sugestão de conduta. São categorias que vão de 
0 a 6. 
0. Inconclusivo, precisa de informações adicionais; 
1. Exame normal; 
2. Lesões benignas: calcificações benignas, por exemplo; 
3. Lesão provavelmente benigna (< 2% de malignidade): microcistos agrupados, por exemplo; 
4. Lesões suspeitas (2-95% de malignidade). Subclassificado: 
a. Suspeita baixa para malignidade 
b. Suspeita intermediária para malignidade 
c. suspeita moderada para malignidade 
5. 
6. Altamente suspeito (> 95%); 
7. Câncer confirmado por biópsia. 
4 e 5: biópsia. 
Lesões benignas crescem no sentido do ducto e nunca verticalmente (como os cânceres).

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