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Biblioteca 40015Apostila Direito do trabalho e legislação trabalhista

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1 
 
 
 
 2 
APRESENTAÇÃO 5 
AULA 1: RELAÇÕES DE TRABALHO 7 
INTRODUÇÃO 7 
CONTEÚDO 8 
A RELAÇÃO DE TRABALHO E A EVOLUÇÃO NA SOCIEDADE 8 
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 9 
TRABALHO FORMAL E INFORMAL 11 
CONTRATO FORMAL E INFORMAL 11 
INOVAÇÃO NA RELAÇÃO DE TRABALHO 12 
HIERARQUIA ORGANIZACIONAL E A COMPETIÇÃO NA RELAÇÃO DE TRABALHO 13 
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO – CLT 15 
FATORES IMPORTANTES NA RELAÇÃO DE TRABALHO 16 
PRINCÍPIO PROTETOR DO SALÁRIO 17 
CONTRATO DE TRABALHO 18 
TIPOS DE TRABALHADORES 20 
ADOLESCENTES E A RELAÇÃO DE TRABALHO 23 
EMPREGADO DOMÉSTICO E A REALIDADE BRASILEIRA 24 
ATIVIDADE PROPOSTA 27 
APRENDA MAIS 27 
REFERÊNCIAS 27 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 28 
AULA 2: VÍNCULOS EMPREGATÍCIOS 33 
INTRODUÇÃO 33 
CONTEÚDO 34 
HISTÓRIA 34 
REQUISITOS LEGAIS A CARACTERIZAÇÃO DA RELAÇÃO DE EMPREGO 37 
DIFERENTES TIPOS DE ATIVIDADES E CONTRATOS DENTRO DA SOCIEDADE 40 
OUTRAS RELAÇÕES DE TRABALHO INTERESSANTES 48 
ATIVIDADE PROPOSTA 50 
 
 3 
REFERÊNCIAS 50 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 51 
AULA 3: TERCEIRIZAÇÃO NO BRASIL 57 
INTRODUÇÃO 57 
CONTEÚDO 58 
CONCEITO DE TERCEIRIZAÇÃO 58 
CLASSIFICAÇÃO DA TERCEIRIZAÇÃO 63 
JURISPRUDÊNCIA 64 
LEGISLAÇÃO 64 
FINALIDADES DA TERCEIRIZAÇÃO 66 
FINALIDADES DA TERCEIRIZAÇÃO 68 
ESTÁGIO DE TRABALHO 69 
DIREITOS DOS TRABALHADORES TERCEIRIZADOS 71 
ATIVIDADE PROPOSTA 73 
REFERÊNCIAS 74 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 74 
AULA 4: CRÉDITOS TRABALHISTAS 81 
INTRODUÇÃO 81 
CONTEÚDO 82 
NEGOCIAÇÃO 82 
BASES DE NEGOCIAÇÃO 82 
CONCEITOS DE NEGOCIAÇÃO 84 
HABILIDADES NA NEGOCIAÇÃO 85 
CUSTO DO TRABALHADOR 87 
CONFLITOS NAS RELAÇÕES TRABALHISTAS 89 
ATIVIDADE PROPOSTA 91 
REFERÊNCIAS 91 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 92 
CHAVES DE RESPOSTA 96 
AULA 1 96 
ATIVIDADE PROPOSTA 96 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 96 
 
 4 
AULA 2 98 
ATIVIDADE PROPOSTA 98 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 98 
AULA 3 100 
ATIVIDADE PROPOSTA 100 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 100 
AULA 4 102 
ATIVIDADE PROPOSTA 102 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 102 
CONTEUDISTA 105 
 
 
 
 
 5 
Atualmente, vivemos em um mundo cada vez mais competitivo, no qual o 
consumo é crescente e os clientes são mais exigentes. Não há disponibilidade 
de tempo nem tolerância a erros. 
 
Diante desse contexto, as empresas modernas são obrigadas a formar 
diferenciais em relação à concorrência, a fim de alavancar seus negócios. Por 
isso, produzem em larga escala e reduzem os custos, mas buscam a 
customização para dar destaque a seus produtos. 
 
Uma forma de sustentar esse processo de crescimento está na gestão 
adequada dos negócios empresariais, ou seja, na implementação da Supply 
Chain Management (SCM) ou cadeia de suprimentos. 
 
Essa rede permite a integração das ações entre diversas áreas da 
organização, agregando a esse ambiente dois atores de extrema importância: 
clientes e fornecedores. 
 
Através deste estudo, você conhecerá os conceitos que circundam essa 
cadeia, a fim de que possa entender os principais processos operacionais das 
empresas. 
 
 
 
 6 
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 
1. Analisar a gestão da cadeia de suprimentos; 
2. Praticar o processo de tomada de decisões empresariais e a construção 
de estratégias a partir de conhecimentos logísticos; 
3. Definir os fatores-chave da cadeia de suprimentos; 
4. Apontar a Tecnologia da Informação (TI) como elemento indispensável 
a essa rede de negócios; 
5. Identificar os principais obstáculos dessa cadeia e como podemos 
superá-los, gerenciando-a com sucesso. 
 
 7 
Introdução 
Nesta aula iremos analisar como a influência do comportamento ético, a 
comunicação verbal profissional e as normas jurídicas do Direito do Trabalho 
atuam no processo de gestão de pessoas. 
 
Serão abordadas as diferenças entre os conceitos de emprego formal, 
informal e ilegal, assim como as questões da globalização na economia do 
Estado e no mercado empresarial. 
 
Objetivos 
1. Apresentar a relação de trabalho no Brasil e sua interação com as 
normas jurídicas constitucionais e trabalhistas vigentes; 
2. Analisar criticamente os diferentes tipos de atividades e contratos de 
trabalho formal e informal dentro da sociedade. 
 
 
 
 8 
Conteúdo 
A relação de trabalho e a evolução na sociedade 
A relação de trabalho hoje em dia tem uma influência muito importante no 
meio empresarial, principalmente porque é na formação de uma equipe de 
colaboradores que está o sucesso de uma marca. 
 
Na relação de trabalho devem-se desenvolver habilidades para que se 
possam resolver problemas sem um guia. 
 
O colaborador tem de desenvolver, de forma positiva, as atividades de 
pensar, falar e escrever com clareza para o seu entendimento e compreensão 
nas tarefas que tem de fazer. 
 
Na atual relação de trabalho, o mercado exige o pensar independentemente, 
o julgar com discernimento e o conhecimento de causa e dos diferentes 
modelos de pensamento (quantitativo, histórico, científico e estético). 
 
 Encontrar soluções para questões difíceis que desafiam pressupostos e 
informações irrelevantes. 
 Discutir ideias com foco no pensar indutivo. 
 Ter habilidade de solucionar problemas heuristicamente. 
 
Ao exercer uma atividade é fundamental: 
 
 Ter conhecimento profundo e se reciclar constante quanto ao campo 
específico que atua. 
 Discernir quando a verdade e o engano forem fonte de informação 
para tomadas de decisões. 
 Perceber conexões entre a sua cultura e as ideias e culturas de outras 
sociedades. 
 
 9 
 Ter rapport (empatia), interagir com as pessoas encorajando-as ao 
criar um clima de confiança e respeito, sem perder o profissionalismo 
esperado pelos superiores e demais membros participantes da 
atividade trabalhista que está sendo exercida. 
 Estabelecer, manter e melhorar relacionamentos no meio de trabalho 
tornando esses relacionamentos duradouros e principalmente 
capacidade para transformá-las em hábitos. 
 
Outro ponto importante na relação de trabalho é o planejamento, 
identificando os objetivos a serem atingidos e se preparando para as 
possíveis mudanças durante o curso do processo, ao usar contingências para 
solucionar o mais rápido possível os processos, incluindo causa e efeito, 
restrições e loops de feedback. 
 
Relacionamento interpessoal 
Um bom relacionamento interpessoal é um dos fatores de sucesso para a 
carreira de qualquer pessoa na sociedade atual. Porque não adianta ser um 
profissional competente se não possuir habilidade para criar harmonia no 
ambiente de trabalho. Esses fatores são constantemente analisados, inclusive, 
para promoções ou demissões de um colaborador. 
 
Assim, a competência técnica não é a única habilidade que o colaborador 
deve possuir, mas também deve ter e criar relacionamentos para alcançar as 
chances de sucesso. 
 
Os gestores constantemente analisam as diversas causas para a dificuldade 
de relacionamento entre os colaboradores: 
 Rabugice; 
 Antipatia; 
 Arrogância; 
 Timidez. 
 
 10 
No entanto, um dos fatores que poucos identificam e é extremamente 
importante no comportamento de um colaborador é o despreparo. As pessoas 
que não sabem cuidar das relações na sociabilidade e no comportamento não 
têm competências relacionadas à inteligência emocional, que é muito 
valorizada nas atividades trabalhistas. 
 
 
Atenção 
 É importante: 
 Ter respeito com os colegas, principalmente 
desenvolver a empatia; 
 Manter contato com as demais pessoas do ambiente de 
trabalho e com os parceirosque desenvolvem o mesmo 
projeto no ambiente de trabalho; 
 Aprender a ouvir, mesmo que não concorde com a ideia 
exposta; 
 Ser educado com todos os colaboradores 
independentemente do grau hierárquico existente no 
ambiente de trabalho, mesmo com as pessoas que você 
não conhece, pois elas poderão ser parceiras em 
potencial para o seu projeto de trabalho; 
 Enxergar os pontos positivos das pessoas, mas cuidado 
elogiar não é bajular; 
 Saber mudar de opinião, não ser teimoso, aceitar que 
outras pessoas possam mostrar argumentos concretos e 
críveis; 
 Desenvolver a capacidade de ter paciência e conduzir 
uma conversa, mostrando seus argumentos com 
exemplos práticos e concretos; 
 Estar à disposição para ajudar e evitar se esquivar dos 
problemas, mesmo quando o problema não é de sua 
área de trabalho, já que uma visão de fora pode ajudar 
a solucionar o problema, mas sem interferência 
ostensiva. 
 
 
 11 
Trabalho formal e informal 
No Direito do Trabalho encontramos diferenças na relação de trabalho 
quando tratamos da questão do trabalho formal, em razão dos benefícios 
constantes na CLT e, principalmente, por ter a carteira profissional assinada, 
que é a garantia do cumprimento do contrato de trabalho nos termos em que 
foi acordado. 
 
No trabalho informal não existe vínculo com a empresa ou benefícios 
recebidos, e casos de contratos firmados quase sempre são questionados 
pelas partes. 
 
Um dos fatores que incentiva o trabalho informal é o excesso de tributos 
sobre a relação de emprego. É muito procurado pelos empresários como 
redução de custos na folha de pagamento. 
 
Entre os problemas apresentados no trabalho informal estão a não existência 
de: 
 Férias; 
 13º salário; 
 Hora extra remunerada; 
 FGTS; 
 Licença-maternidade; 
 Licença-paternidade; 
 Seguro-desemprego, entre outros encargos sociais e trabalhistas. 
 
Contrato formal e informal 
O termo trabalho nos leva ao conceito de remuneração, a atividade advém de 
um pagamento pela execução de um serviço, desde que não seja pactuado a 
criatividade. 
 
 
 12 
A compreensão dos contratos atípicos depende antes de tudo da 
compreensão legislativa de cada país, região, setor ou categoria profissional. 
O contrato chamado ilegal, na verdade, é o trabalho escravo, em que não 
existe nenhuma documentação comprobatória da relação de emprego. 
 
Os juristas entendem, e deve ser considerado como justo, que não existem 
contratos formais ou informais, apenas os contratos legais ou ilegais. 
 
No Brasil adota-se o contrato informal não como justo, mas aceitável a menos 
que se trate de crime, quando ocorre venda de produtos ilegais ou a 
utilização da mão de obra fora das normas jurídicas nacionais e internacionais 
que protegem o trabalhador. 
 
A legislação brasileira definiu o que é um bom contrato de trabalho, 
mas não procedeu quando o contrato é inaceitável. 
 
Inovação na relação de trabalho 
Atualmente o profissional tem de ser inovador e definir um novo modus 
operandi na aplicação do conhecimento em relação ao trabalho. As empresas 
e profissionais de instituições, incluindo os técnicos, ainda tem uma formação 
de replicar o conhecimento, que muitas vezes já se encontra desatualizado 
para os padrões vividos, o que torna a relação de trabalho torturante, pois 
cria-se uma alienação. 
 
Os colaboradores devem mostrar o problema e buscar uma solução, caso 
contrário tem-se uma relação desgastada em que a falta de participação 
desestimula a produção e, consequentemente, o investimento do negócio. 
 
 
 13 
Para ser inovador na relação de trabalho é preciso saber lidar com situações 
problemas, e com a utilização do método TAPPS (thinking aloud pair 
1problem solving) consegue-se extrair o máximo de um colaborador. 
 
Hierarquia organizacional e a competição na relação de 
trabalho 
Todo colaborador é competitivo, hoje em dia não existe mais lugar para os 
acomodados que serão nocauteados para os níveis mais baixos da 
organização empresarial e só serão lembrados se não houver outra opção. 
 
Atualmente, na sociedade, não existe mais o notório saber, a evolução está 
tão acelerada que quando se divulga uma descoberta ou produto outros já 
evoluíram ou estão criando e produzindo métodos de aperfeiçoamento e 
melhoria para colocar o mesmo produto na praça a preço competitivo e 
melhor. Assim é o jogo empresarial. 
 
Nos negócios e nas profissões temos de desenhar os fluxos de atividades, nos 
quais iremos treinar, rascunhar, aperfeiçoar e evoluir a relação de trabalho 
para validar e sustentar as atividades dentro das normas legislativas 
trabalhistas. 
 
O filme “Quero matar meu chefe” conta a história de três amigos que sofrem 
nas mãos de seus chefes e resolvem pôr em ação um plano de vingança. 
É possível observar que as pessoas não trabalham com o conhecimento 
pronto, e sim, constroem esse conhecimento por meio da relação do trabalho 
no seu dia a dia. 
 
A estabilidade no emprego e a mobilidade vertical já se encontram reduzidas 
ao mais baixo nível dentro do permitido pela economia. O que torna hoje 
 
1 TAPPS – Thinking aloud pair problem solving 
Consiste na apresentação de questões, na avaliação de suas respostas e nas sugestões ou 
críticas às respostas. 
 
 14 
essencial na relação de trabalho é a criatividade que deve ser aprendida, 
treinada e praticada. 
 
Outro ponto que devemos analisar na relação de trabalho é o processo de 
globalização em que os capitais se internalizaram e a dependência econômica 
que tornou-se frágil, principalmente a brasileira. 
 
Os investimentos em pesquisa tecnológica não acompanham a dos países 
considerados de primeiro mundo, como os Estados Unidos da América e 
alguns da Europa, deixando países como Brasil dependente desse mercado. O 
avanço tecnológico também traz sérias consequências para o homem e, de 
modo especial, para o trabalhador, que muitas vezes perde o emprego para 
as máquinas. 
 
O empregado especializado que só conhece parte do processo produtivo está 
cada vez mais obsoleto, hoje em dia ele tem de interagir com todas as fases 
produtivas. 
 
O sentido natural do homem é trabalhar, foi por meio do trabalho que o 
homem desenvolveu a sociedade nas esferas cultural, sociológica e 
tecnológica. 
 
Por intermédio da busca do homem por alimento e com a sobrevivência de 
sua espécie veio a transformação que temos nos dias atuais. 
 
A relação de trabalho abrange os vínculos jurídicos e a relação de emprego é 
a pactuação da prestação de trabalho, sendo considerada a modalidade de 
trabalho contratado pelo trabalhador. 
 
A relação de trabalho e a relação de emprego são modalidades jurídicas da 
vida social inerentes ao Direito, tanto na área formal como na informalidade. 
 
 
 15 
A relação de emprego tem natureza contratual exatamente porque é 
proveniente do contrato de trabalho e deve ter por base as práticas e leis, 
procurando, quando for o caso, utilizar padrões de trabalho internacional 
relevantes. 
 
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT 
Após termos discutido a relação de trabalho esperado entre colaborador e 
empregador partiremos, agora, para o entendimento da CLT. 
 
Na relação de trabalho, as normas jurídicas serão as da CLT e da legislação 
complementar competente à atividade laboral. 
 
Deve-se considerar que o trabalho contratado será: 
 
 Realizado por pessoa física; 
 Desenvolvido com pessoalidade (sempre a mesma pessoa física); 
 Com não eventualidade (haverá continuidade daprestação do serviço); 
 Com onerosidade (receberá pelo trabalho realizado); 
 Com subordinação (atenderá, dentro do contratado, as expectativas do 
empregador quanto à feitura do serviço contratado). 
 
A legislação brasileira também assinala que na falta de disposição nas leis 
trabalhistas ou na lei especial que rege a relação de trabalho, aplica-se o 
Código Civil – CC, conforme o artigo 593: A prestação de serviços que não 
estiver sujeita às leis trabalhistas ou a lei especial, reger-se-á pelas 
disposições deste Capítulo. 
 
O legislador, dessa forma, protege, entre outros ramos de atividade 
laborativa, os seguintes ramos: 
 
 Do contrato de empreitada (art. 610 a 626 do código civil); 
 
 16 
 Do transporte autônomo (lei 7.290/74); 
 Dos empregados que trabalham em plataformas de petróleo (lei 
5.811/72); 
 De serviços no exterior (lei 7.064/82); 
 Do estágio (lei 11.788/ 2008). 
 
Fica demonstrado que essas atividades têm caráter pessoal, diário, oneroso, 
subordinado e têm fins econômicos e objetivos sociais. 
 
 
Atenção 
 Outro ponto que temos de abordar na relação de trabalho é a 
interpretação da norma trabalhista, que deverá ser sempre 
mais favorável ao trabalhador. 
 
Deve-se analisar e qualificar os pontos mais importantes para 
que não pairem dúvidas quanto à aplicação da lei tanto para o 
empregador quanto para o trabalhador. Os créditos 
trabalhistas estão em primeiro lugar quando ocorre uma 
execução de sentença cível. Todavia, alguns doutrinadores 
sustentam a tese de que as normas devem ser comparadas 
como um todo. 
 
Fatores importantes na relação de trabalho 
Na relação de trabalho os fatores mais importantes são: 
 
 O dissídio coletivo que cria, modifica ou extingue normas e condições 
de trabalho, e que geram direitos e obrigações entre as partes 
envolvidas na atividade laboral (art. 114, § 2º, Constituição Federal – 
CF); 
 
 17 
 A convenção coletiva na qual temos a intervenção do sindicato da 
categoria profissional tanto patronal quanto dos trabalhadores (art. 
611 da CLT). Eles têm profunda influência na economia e no 
orçamento patronal, uma vez que toda e qualquer alteração é 
determinante para as expectativas de crescimento ou redução de 
custos; 
 
 O gestor que tem de ter uma visão qualitativa e quantitativa quanto à 
gerência de contratos de trabalho dos princípios do Direito do 
Trabalho, mas principalmente quanto às garantias constitucionais 
aderentes ao trabalhador. 
 
Deve-se, também observar quando se trata da Lei 7.064/82, 
recepcionada pela Constituição Federal, que trata do trabalhador que é 
transferido para o exterior ao qual se aplica o princípio da lex loci 
2executiones . 
 
Princípio protetor do salário 
O princípio protetor do salário gera uma série de circunstâncias no qual 
muitas vezes são travadas soluções no Poder Judiciário, como a questão da 
irredutibilidade salarial (art. 7º, VI da CF), que é direito adquirido dos 
trabalhadores, sobre o qual não se pode discutir. 
 
No entanto, a legislação prevê que, salvo disposição em contrato, as 
convenções e acordos coletivos podem gerar redução salarial em casos de 
força maior, lembrando que as convenções e acordos coletivos têm força de 
lei. 
 
 
2 Lex loci executiones 
A justiça brasileira tem competência para julgar, usando a lei da execução de serviços e 
não aplicar a lei da nacionalidade ou a lei do contrato. 
 
 18 
A impenhorabilidade do salário que protege contra terceiros (art. 649, IV do 
Código de Processo Civil – CPC), salvo para pensão alimentícia (art. 649, §2º, 
do Código de Processo Civil), que é considerado meio de sobrevivência do ser 
humano. Veja a seguir algumas ressalvas: 
 
O empregado não pode se privar mesmo voluntariamente das vantagens 
concedidas pelo Direito do Trabalho. Exemplo: O empregado não pode 
renunciar ao 13º salário, porque é um direito assegurado por lei. 
 
Contrato de trabalho 
O empregado poderá celebrar acordos, (transigir) direitos em juízo, todavia 
não é possível renunciar após o término do contrato de trabalho. 
 
Na relação de trabalho o gestor deve observar as condições de trabalho 
alcançadas por força de sentença normativa que vigora no prazo assinado, 
não integrando, de forma definitiva, os contratos, tanto que não é permitido 
estipular duração de convenção ou acordo superior a dois anos (art. 614, § 3º 
da CLT). 
 
O vínculo empregatício na relação de trabalho é o contrato, tanto na questão 
formal quanto informal, não podendo o empregado ser substituído sem o 
consentimento do empregador. 
 
Um dos pontos questionáveis nos tribunais brasileiros é a situação dos 
religiosos que solicitam vínculo de emprego com a instituição religiosa. A 
maioria das decisões dos tribunais é pelo indeferimento, por não 
reconhecerem o vínculo, uma vez que a atividade religiosa é caritativa e 
mantida como ajuda de custo, não como salário. 
 
 
 19 
Quanto à subordinação, o gestor tem de atentar para o fato de que o 
empregado deverá conhecer os procedimentos e as normas do local onde 
trabalha. Veja a seguir alguns destes procedimentos: 
 As ordens do empregador têm de estar dentro do combinado em 
contrato e não podem infringir a moral e os bons costumes, 
caracterizando os assédios moral e sexual. 
 O empregador tem o poder de controle porque, tecnicamente, ele 
conhece os meios de produção e os empregados são subordinados. 
 O empregado não é subordinado economicamente, uma vez que ele 
pode ter várias fontes de renda, desde que uma não interfira na 
atividade da outra e mantenha o sigilo profissional. Ele é subordinado 
juridicamente. 
 
Na relação de trabalho, quando se tratar de trabalho formal, é imprescindível 
a Carteira de Trabalho e Previdência Social, CTPS, de acordo com o art. 14 da 
CLT, que é documento obrigatório de identificação do trabalhador, no qual faz 
prova de fato e de direito da relação existente, nas áreas trabalhista e 
previdenciária. No entanto, o empregado não registrado, fazendo prova da 
relação de trabalho, é considerado contratado pelo empregador. 
 
Quanto ao local da prestação de serviços a CLT, em seu art. 6º, expressa que 
é irrelevante o local onde a atividade é exercida, o importante é haver a 
relação de emprego entre as partes. É vedado exigir, no ato da contratação, 
experiência prévia superior a seis meses no mesmo tipo de atividade. 
 
Empregadores e gestores têm de saber: 
 Definir as necessidades dos trabalhadores 
 Desenvolver 
 Remunerar 
 Atrair 
 Contratar 
 Reter 
 
 20 
 Reconhecer o empenho 
 Motivar 
 Avaliar desempenho 
 Como demitir 
 
É importante reconhecer que o trabalhador é: 
 Propulsor que move as empresas ou atividades profissionais; 
 Pessoa responsável pela criação e manutenção da cultura empresarial 
e a representativa que terá perante aos sindicatos e órgãos públicos. 
 
Uma das queixas que encontramos no mercado é a falta de trabalhadores 
líderes. Entretanto, não há como haver trabalhadores líderes sem 
treinamento. 
 
Na relação de trabalho, o mais importante além do conhecimento do contrato 
e das atividades que serão exercidas, é o envolvimento e a atitude que os 
empregadores e empregados deverão ter perante a organização. 
 
Baseado num fato verídico, o filme “Um Sonho Possível” conta a história de 
um jovem que cresceu em lares adotivos e vê sua vida mudar ao conhecer 
uma família que aposta no seu potencial, dando-lhe um lar, escola e a 
oportunidade de jogar no time de futebol. 
 
É possívelobservar neste filme temas como superação, motivação e 
desenvolvimento. Além disso, atenta que existem muitos talentos escondidos 
na empresa, esperando apenas de um chance para fazer a diferença. 
 
Tipos de trabalhadores 
Dentro da realidade do mundo do trabalho temos os trabalhadores formais e 
os informais que atuam de forma decisiva para o desenvolvimento da 
sociedade. Veja a seguir as mais importantes: 
 
 21 
Trabalhador autônomo sem subordinação, com autonomia 
 Pessoa física que trabalha por conta própria; 
 O empregador não pode exigir desse trabalhador cumprimento de 
horário de trabalho, não sendo regido pelo poder disciplinar; 
 Não possui exclusividade; 
 O contrato com esse trabalhador poderá ser escrito ou verbal. 
 
Podemos destacar o perfil desse profissional como de empreitada de lavor, o 
mandato, o contrato de agenciamento e distribuição, o contrato de comissão 
e corretagem e o contrato de transporte. A parceria agrícola e a 
representação comercial são regidas por leis especiais. 
 
Exemplo: Um advogado ou um marceneiro, contratados sem os elementos 
que configuram uma relação de trabalho, serão considerados trabalhadores 
autônomos. 
 
Trabalhador avulso 
Aquele que, por intermédio de uma categoria profissional, presta serviços 
sem vínculo empregatício a diversas empresas ou organizações. 
 
Caracteriza-se esse tipo de trabalhador pela intermediação obrigatória do 
sindicato, no caso do trabalhador portuário o agenciador é o Órgão Gestor de 
Mão de Obra (OGMO). 
 
Chama a atenção que esse trabalhador tem os mesmos direitos do 
trabalhador com vinculo efetivo (art. 7º, XXXIV, CF). 
 
Trabalhador eventual 
Presta serviços de natureza urbana ou rural, ocasionais ou transitórios, a um 
ou mais tomadores de serviços, mesmo que de forma subordinada, mas por 
pequeno período de tempo, sendo sua atividade normalmente não integrante 
 
 22 
das atividades regulares das empresas ou organizações. Assemelha-se ao 
trabalhador avulso em questão de contratação. 
 
Exemplo: Chapa. É comum encontrá-los às margens das principais rodovias 
do país, principalmente nos postos de combustíveis onde os caminhoneiros 
param para abastecimento ou descanso, oferecendo seus serviços que, além 
do descarregamento, inclui levar o caminhoneiro até o destino da carga, uma 
vez que as cidades são imensas e os endereços de difícil localização. 
 
Trabalhador temporário 
Regido pela Lei 6.019/74, tem uma relação de trabalho tripolar: empresa 
cliente (tomadora), empresa de trabalho temporário (tomador) e empregado 
temporário. 
 
A fiscalização do trabalho é rígida quanto à apresentação do contrato firmado 
entre as partes e o empregado, assim como à comprovação do recolhimento 
das contribuições previdenciárias. 
 
Nesse tipo de situação temos dois contratos: 
 Entre a empresa cliente (tomador) e a empresa tomadora; 
 Entre a empresa tomadora e o empregado temporário. 
 
O contrato de trabalho deve ser escrito, sendo uma exceção à regra da 
consensualidade do contrato, que deverá ter o prazo de três meses. É 
permitida uma prorrogação, que somente ocorrerá com a autorização do 
Ministério do Trabalho e Emprego. 
 
Quanto à responsabilidade em caso de falência o art. 16 da Lei 6.019/ 74, diz 
que a empresa tomadora é solidariamente responsável pelo recolhimento das 
contribuições previdenciárias, pela remuneração e indenização previstas em 
Lei, é o que chamamos de responsabilidade subsidiária. 
 
 
 23 
Empregado rural ou prédio rústico 
Regido pela Lei 5.889/73, é aquele que presta serviços não eventuais a 
empregador rural. O empregador rural é a pessoa física ou jurídica que 
explora atividade agroeconômica, ou seja, não transforma as características 
de um produto, mantendo este em estágio natural. 
 
Exemplo: Corte de cana é trabalho rural, transformá-la em etanol configura 
trabalho urbano. 
 
Com a Lei 11.718/2008 o trabalhador rural tem à sua disposição o contrato 
por pequeno prazo. 
 
Essa relação de trabalho somente pode ser contratada com empregador 
pessoa física. Nesse caso, as pessoas jurídicas como empresas, cooperativas 
e associações não serão contempladas. 
 
O contrato tem a duração de dois meses dentro do período de um ano (pode 
ser descontínuo, mas no somatório não poderá ultrapassar dois meses), com 
carteira assinada ou a possibilidade de contrato escrito, desde que autorizado 
pelo sindicato local da categoria profissional. Deve recolher FGTS e INSS e 
tem direito a salários equivalentes aos dos empregados efetivos. 
 
Adolescentes e a relação de trabalho 
No Brasil a pessoa física a partir dos dezesseis anos pode trabalhar. No 
entanto, existem algumas restrições quanto ao tipo de atividade a ser 
exercida. Veja a seguir quais são essas restrições: 
 
 Somente é permitido trabalhar a partir dos 18 anos (art. 404 da CLT) 
quando o ambiente de algumas atividades de trabalho não é 
considerada insalubre, perigoso ou exercida a noite. 
 
 
 24 
 A jornada de trabalho para adolescentes é de oito horas, somente o 
aprendiz 3 é quem tem jornada reduzida. Entretanto o menor não 
pode fazer hora extra, salvo em casos de força maior (art. 413, II da 
CLT). 
 
 Os menores não podem trabalhar em locais como teatro e circos, salvo 
autorização do juiz da infância e juventude. Se autorizado, esse 
trabalho deverá ser sustento do trabalhador e de sua família, e não 
poderá prejudicar a formação do menor. 
 
 Outro ponto a ser mencionado é o trabalho penoso que o Estatuto da 
Criança e Adolescente (ECA) proíbe expressamente, mesmo que a 
Constituição Federal não preveja. 
 
 No caso de compensação só poderá haver duas horas no máximo, não 
podendo extrapolar as 44 horas semanais. 
 
 O trabalhador menor, segundo o art. 414 da CLT, pode trabalhar para 
mais de uma empresa por contratos simultâneos. No entanto, as horas 
somadas nos contratos diferentes não poderão ultrapassar oito horas 
diárias. 
 
Empregado doméstico e a realidade brasileira 
As primeiras leis que definiram o conceito de empregado doméstico vieram 
das Ordenações do Reino. Posteriormente o Código de Postura Municipal de 
São Paulo de 1886, em seu art. 263, autorizava a contratação para os 
serviços domésticos de pessoa de condição livre. 
 
 
3 Aprendiz 
É o maior de 14 anos e menor de 24 anos (art. 428 da CLT). A idade limite não se aplica 
aos trabalhadores especiais (deficientes). 
 
 25 
Contudo, foi o Código Civil Brasileiro de 1916 que incluiu a locação de 
serviços, autorizando a inclusão do trabalho doméstico (art. 1.216 e segs. do 
CC). 
 
A profissão foi regulamentada com o Decreto 16.107/23 e, finalmente, a Lei 
5.859/72 e o Decreto 71.885/73 passaram a regulamentar a atividade e os 
direitos dos domésticos. 
 
A Constituição Federal de 1988 estendeu alguns dos direitos concedidos aos 
rurais e urbanos, que culminaram na Lei 10.208/2001, e incluíram, ainda que 
de forma facultativa, o FGTS e o seguro-desemprego. O trabalhador 
doméstico pode exercer as seguintes funções, entre outras: 
 Faxineira; 
 Cozinheira; 
 Motorista; 
 Piloto de avião; 
 Médico; 
 Professor; 
 Acompanhante; 
 Garçom do iate particular; 
 Segurança particular; 
 Caseiro; 
 Enfermeira. 
 
O importante é que o prestador de serviço trabalhe para uma pessoa física, 
que não explore a mão de obra do empregado com intuito de lucro, mesmo 
que os serviços não ocorram em âmbito residencial. Portanto, podemos 
considerar como: 
 
Domésticos 
 O piloto de aviãoparticular do executivo; 
 O médico que atende todos os dias, durante meses, na casa de um 
paciente, para acompanhar o tratamento; 
 O marinheiro do barco particular. 
 
Não-domésticos 
 Os empregados em atividades assistenciais, beneficentes; 
 
 26 
 A pessoa que tem a carteira de trabalho assinada por pessoa jurídica 
da qual o patrão é sócio. 
 
Diante dos conceitos estudados, os empregados domésticos alcançaram os 
mesmos direitos do trabalhador formal. 
 
Nos dias atuais o mercado de trabalho está em profunda transformação em 
face da forte volatilidade e do aumento da competitividade, por isso devemos 
fazer uma profunda reflexão sobre o processo legislativo e as garantias dos 
direitos fundamentais nas relações de Estado, Direito e Sociedade. 
 
Outro ponto importante é o atual papel dos sindicatos nas negociações 
trabalhistas em razão da mão de obra excedente, o que provoca maior 
flexibilização e compromete o comportamento político do país e a tributação 
gerada. 
 
A sociedade brasileira não dispõe de uma mentalidade cívica e de uma cultura 
política democrática para a aplicação de um novo modelo, com soluções 
rápidas, que encerre o velho modelo do direito individualista e que leve para 
a sociedade a conscientização de seus direitos e deveres, para que esta possa 
exigir a aplicação das regras e princípios constitucionais, conforme previstos 
na Constituição Federal. 
 
A garantia de direitos trabalhistas com o conjunto de valores humanos 
civilizatórios consagra o maior patrimônio da humanidade. 
 
O Direito do Trabalho, assim como a relação de trabalho, deve ser regido sem 
a interferência do Estado, que somente deveria atuar para dirimir conflitos 
quando solicitado pelas partes contratantes e pelos sindicatos. 
 
 
 27 
O princípio constitucional da proteção do trabalhador em seu art. 7º da CF, 
deve ser o limitador da flexibilização, coibindo os abusos e o desvio da 
finalidade da relação de trabalho. 
 
Atividade proposta 
Assista ao vídeo motivacional a seguir sobre a importância do homem na 
sociedade e a sua relação com o trabalho. 
 
Em seguida, analise a importância do homem no ambiente de trabalho, assim 
como a sua função na sociedade de acordo com as suas competências e 
habilidades. 
 
 
Aprenda Mais 
Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, leia os seguintes 
artigos: 
 A vez dos sem-mesa, da Stiefel à Unilever; 
 Hora de pensar fora da caixa para ter sucesso no trabalho. 
 
 
Referências 
DELGADO, M. G. Curso de Direito do Trabalho. 6 ed. São Paulo: LTR, 
2007. 
 
SÜSSEKIND, A. Da Relação de Trabalho. Fonte: LTr 74-03/263-2010. 
 
 
 
 28 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
A relação de trabalho hoje em dia tem uma influência muito importante no 
meio empresarial: 
 
a) Principalmente porque é na formação de uma equipe de colaboradores 
que está o sucesso de uma marca. 
b) A formação de uma equipe de colaboradores não é garantia de 
sucesso da marca. 
c) O sucesso de uma marca não influencia a equipe de colaboradores. 
d) A relação de trabalho de uma equipe não é comprometida com a 
marca. 
e) Hoje em dia não existe mais relação de trabalho com o conceito de 
influência no mercado empresarial. 
 
 
Questão 2 
O colaborador tem de desenvolver, no meio da atividade que exerce, de 
forma positiva: 
 
a) O pensar, falar e escrever com clareza para o seu entendimento e 
compreensão nas tarefas que tem de fazer. 
b) A desigualdade e os conflitos entre os colaboradores como forma de 
competição. 
c) Somente a compreensão nas tarefas que tem de fazer. 
d) Não precisar ter entendimento e compreensão nas tarefas. 
e) Precisa apenas ser crítico. 
 
 
 
 
 
 
 29 
Questão 3 
Ter um bom relacionamento é um dos fatores de sucesso para a carreira 
profissional e a vida social de qualquer pessoa na sociedade atual por que: 
 
a) Porque não adianta ser um profissional competente e não possuir 
habilidade para criar harmonia no ambiente de trabalho. 
b) Não existe harmonia no ambiente de trabalho. 
c) Um profissional competente não precisa ser social nas relações com os 
demais membros da equipe. 
d) Um dos fatores de sucesso é a desarmonia no ambiente de trabalho. 
e) Não se cria harmonia e nem se precisa de habilidade no ambiente de 
trabalho. 
 
 
Questão 4 
Os colaboradores devem mostrar e compartilhar o problema em busca de 
uma solução, caso contrário: 
 
a) Tem-se uma relação desgastada em que a falta de participação 
desestimula a produção e, consequentemente, o investimento do 
negócio. 
b) Tem-se uma relação produtiva em que a falta de participação 
desestimula a produção e, consequentemente, o investimento do 
negócio. 
c) Os colaboradores não precisam mostrar o problema nem compartilhar 
com a equipe, pois isso irá abalar as relações de trabalho. 
d) No mundo empresarial os problemas devem ser compartilhados 
somente com os gestores e diretores. 
e) Em uma relação de trabalho não existe relação desgastada. 
 
 
 
 
 30 
Questão 5 
Para ser inovador na relação de trabalho é preciso: 
 
a) Lidar com situações problemas, a utilização do método TAPPS (thinking 
aloud pair problem solving) consegue-se extrair o máximo de um 
colaborador. 
b) O método TAPPS não é o mais adequado para esse tipo de situação, 
pois compromete a relação de trabalho. 
c) Na relação de trabalho, o trabalhador deve apenas cumprir o que foi 
determinado pelo seu superior sem questionamentos quanto à solução 
do problema apresentado. 
d) No método TAPPS a solução dos problemas está concentrada nas 
decisões do trabalhador que responde pela área. 
e) Para ser inovador na relação de trabalho, o trabalhador deve apenas 
se concentrar nas tarefas para as quais foi contratado, não tendo o 
direito de experimentar novas ideias. 
 
 
Questão 6 
O conceito de informalidade pelas ciências sociais e econômicas brasileiras 
quer dizer: 
 
a) Que o trabalhador possui carteira assinada e garantias constitucionais 
e trabalhistas perante a legislação brasileira. 
b) Que no Brasil não há previsão de atividade informal na legislação. 
c) Que somente se encontra informalidade nas atividades ilegalizadas. 
d) No Brasil, o trabalho informal deve ser entendido como aceitável desde 
que não se trate de contrato ilícito. 
e) Não existe esse conceito. 
 
 
 
 
 31 
Questão 7 
O trabalho informal é um meio de: 
 
a) Gerar um retorno extra para a empresa, mas injusto, pois compromete 
a relação de trabalho. 
b) Considera-se justo o contrato informal, pois existe a garantia 
constitucional e trabalhista em seu cumprimento perante as partes. 
c) Não gera um retorno extra para a empresa, pois impacta na folha de 
pagamento. 
d) De proteção social que visa o não reconhecimento pelo INSS da 
qualificação de segurado para fins de benefícios. 
e) Contrato lícito trabalhista no qual o empregador não está sonegando 
tributos para o estado. 
 
 
Questão 8 
O contrato ilegal é: 
 
a) Permitido pelas leis brasileiras e internacionais. 
b) Deve ser coibido pelas autoridades, pois se trata de trabalho escravo, 
no qual o trabalhador não tem seus direitos assegurados. 
c) Deve ser permitido como forma de redução de custos para o mercado 
empresarial. 
d) É considerado contrato perfeito, em face de que as partes 
concordaram em assumir o risco. 
e) Aceito como existência de relação de emprego. 
 
 
 
 
 32 
Questão 9 
No contrato formal a relação de trabalho existe a partir de que fato: 
 
a)Anotação na carteira de trabalho e Previdência Social – CTPS e 
assinatura de contrato por prazo, de acordo com as legislações 
trabalhista e previdenciária. 
b) Não há necessidade de anotação na carteira de trabalho e Previdência 
Social, assim como a não anotação no livro de empregados. 
c) O trabalhador deve assumir os riscos das atividades ilegais do 
empregador. 
d) Não há necessidade de o trabalhador ser registrado na Previdência 
Social. 
e) O empregador se exime de qualquer risco ou acidente que o 
trabalhador venha a ter no ambiente de trabalho no exercício de sua 
atividade. 
 
 
Questão 10 
A relação de emprego em caso de trabalhador eventual é considerada: 
 
a) Um contrato ilegal já que o trabalhador eventual não possui 
estabilidade na relação de trabalho. 
b) Legal, desde que fique caracterizada a relação de emprego, em que 
haja substituição de um empregado regular e o contrato regulado 
segundo os critérios da legislação brasileira. 
c) Informal, pois se trata de um contrato temporário. 
d) Uma relação informal por ser tratar de prestação de serviço por 
trabalhador individual. 
e) Não existe relação de trabalho nos casos de trabalhador eventual por 
falta dos princípios que rege a legislação trabalhista. 
 
 
 
 33 
Introdução 
Nesta aula analisaremos e relacionaremos os vínculos empregatícios e seus 
elementos configuradores na relação de trabalho. 
 
Serão abordados os custos que comprometem a folha de pagamento, assim 
como a situação dos trabalhadores e suas atividades laborais não previstas na 
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. 
 
Objetivo 
Compreender a atual relação de trabalho e seus vínculos, e como os 
custos trabalhistas comprometem a folha de pagamento do 
empregador. 
 
 
 34 
Conteúdo 
História 
 
 
No século XIX a.C. a Babilônia, era uma cidade Estado acadiana, na antiga 
Mesopotâmia, localizada no atual Estado do Iraque. O povo babilônico, que 
era considerado muito avançado para o seu tempo, teve um rei chamado 
• As Leis de Hamurabi foram as primeiras a versar sobre as condições de 
prestação de serviço livre e o pagamento na forma de salário, além da 
forma de arrendamento do trabalho.
• No Direito Romano nos séculos VII e VI a.C. que surgiu a terminologia 
de arrendamento da coisa (locatio conductio rei), que basearam a 
relação de emprego.
• Criado o Conseils de Prud'hommes com vistas a conciliar conflitos de 
interesse ocorridos do descumprimento de acordos relativos a questões 
de trabalho em geral, originando o Poder Judiciário específico de causas 
trabalhistas.
• No Brasil foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio pelo 
então presidente Getúlio Vargas.
• Criação da Organização Internacional do Trabalho e reconhecimento de 
Direitos sociais e trabalhistas por diversos países integrantes da Liga das 
Nações em 1920, atual ONU.
• Direitos sociais e do trabalhador advindos da Constituição mexicana são 
recepcionados pelo Tratado de Versalhes.
 
 35 
Hamurabi que determinou, pela primeira vez na história, a codificação das 
leis, utilizando a escrita cuneiforme. 
 
A escrita das leis em tábuas de barro cozido proporcionou seu conhecimento 
até os dias atuais e, entre muitas normas legislativas, foi a primeira a 
mencionar as condições de prestação de serviço livre e o pagamento na 
forma de salário, além da forma de arrendamento do trabalho. 
 
Contudo, foi no Direito Romano nos séculos VII e VI a.C. que surgiu a 
terminologia de arrendamento da coisa (locatio conductio rei), que basearam 
a relação de emprego: 
 
 Locatio conductio operis; 
 Locatio conductio operarum. 
 
No decorrer do tempo, foi se aperfeiçoando essa relação, que gerava 
conflitos pelo não cumprimento do acordado e os primeiros registros 
encontramos nos Conseils de Prud'hommes — literalmente, conselhos de 
homens prudentes —, da época napoleônica (1806), que originou o Poder 
Judiciário com a finalidade de apreciar causas trabalhistas, em que as 
partes eram chamadas à conciliação. 
 
As normas legais trabalhistas atualmente consideradas se originaram na 
Constituição mexicana de 1917, que incluía 30 artigos ligados aos direitos 
sociais e ao trabalhador, sendo recepcionada no Tratado de Versalhes, de 
1919, como de grande avanço para os direitos do trabalhador, quando foi 
criada a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A partir daquele 
momento, os países que integravam a Liga das Nações e, posteriormente, a 
ONU, abriram espaços em suas constituições para artigos que criavam 
normas de relação e direitos básicos ao trabalhador. 
 
 
 36 
No Brasil, o termo relação de trabalho, segundo fontes históricas, foi descrito 
em 1830, pela primeira vez, quando se regularizou o contrato sob prestação 
de serviços para brasileiros e estrangeiros. A situação perdurou até o final do 
século XIX, com a entrada em vigor do Decreto nº 1.313, de 1891, que 
regulamentou o trabalho dos menores de 12 a 18 anos. 
 
Em 1917, a entrada em vigor do Código Civil de 1916, veio a regulamentar a 
prestação de serviços de trabalhadores, e o Departamento Nacional do 
Trabalho (DNT), criado em 1917, foi o primeiro órgão de fiscalização e 
normativo relacionado aos trabalhadores. 
Naquela época, os assuntos trabalhistas eram tratados pelo Ministério da 
Agricultura. Somente em 26 de novembro de 1930, sob a chefia do então 
Presidente Getúlio Vargas, foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e 
Comércio, cujo primeiro titular foi o Ministro Lindolfo Collor, que denominava 
o “Ministério da Revolução”. 
 
 
Atenção 
 A denominação Justiça do Trabalho surgiu na Constituição de 
1934, todavia não foi concretizada sua criação, que só ocorreu 
pelo Decreto Lei nº 1.237 de 1 de maio de 1939. A partir 
daquele momento, todas as constituições brasileiras passaram 
a normatizar e determinar a criação de leis, decretos e atos 
normativos relacionados à regular os direitos e deveres dos 
trabalhadores, tendo a Justiça do Trabalho como poder de 
dirimir conflitos trabalhistas. 
 
 
 37 
Requisitos legais a caracterização da relação de emprego 
Hoje a relação de emprego e trabalho é regulamentada pelos artigos 2º e 3º 
da CLT, que estabelecem os requisitos necessários para concretizar essa 
relação laboral que são: 
 
Pessoalidade 
O contrato tem de ser pessoal em relação ao empregado, levando-se em 
consideração que a pessoa foi escolhida por suas qualificações pessoais e 
técnicas, com grau de confiança para exercer aquela atividade e perante o 
empregador. O empregado não pode ser substituído por outra pessoa física a 
seu critério, sendo esse direito facultado ao empregador, que colocará um 
substituto. 
 
A pessoalidade ou caráter intuitu personae significa que o contrato 
de trabalho é intransmissível. 
 
Exemplo: Um advogado é contratado por uma empresa para atuar no 
departamento jurídico. No dia da audiência telefona para um colega não 
contratado pela empresa, para substitui-lo. A audiência é para ser realizada 
com a presença do advogado contratado pela empresa e não um terceiro 
estranho à relação de trabalho. Caso haja a necessidade de substituição, 
quem tem direito de indicar o advogado substituto é a empresa 
(empregador). O caráter pessoal da relação de emprego é a escolha da 
pessoa do empregado, e não do serviço. 
 
A pessoalidade pode ser comprovada pela intenção expressa das partes, ou 
seja, pelo contrato ou pela repetição de mão de obra no tempo por uma 
pessoa. E também não é exclusividade da relação de emprego. Pode ser 
encontrada nas relações da sociedade, principalmente nas de pessoas tais 
como:representação comercial, contrato de mandato etc. 
 
 
 38 
Por isso, se descreve que o contrato é tácito, pois obriga o empregador 
fiscalizar o trabalho do empregado. 
 
Subordinação ou dependência hierárquica 
É critério diferenciador entre o contrato de emprego e os demais contratos de 
trabalho como o de autônomo, representação, mandato, entre outros. 
 
O poder de comando do empregador é fator determinante para caracterizar a 
subordinação em que o empregado tem o dever de obediência, podendo o 
empregador determinar tarefas e fiscalizar a execução do serviço contratado. 
A subordinação está relacionada quanto à questão profissional em que poderá 
ser mais ou menos intensa. Mesmo quando o serviço é feito externamente, 
poderá o empregador fiscalizar por telefone, rádio, internet ou outros meios 
permitidos por lei e que não gerem constrangimento ao empregado (art. 6º § 
único, da CLT). 
 
Onerosidade 
Significa vantagens recíprocas. Não existe contrato gratuito, a onerosidade é 
o pagamento de salário em pecúnia ou em utilidade. 
 
Exemplo: Um empregado que executa um serviço em troca de comida e casa, 
o faz de forma onerosa. Seu salário é pago sob a forma de utilidade. Mesmo 
assim, segundo determinação do art. 82, § único, da CLT, o empregador 
deverá pagar um mínimo em dinheiro. 
 
Questão polêmica quando se trata de religiosos, a doutrina classifica os 
religiosos de qualquer religião como autônomos ou equiparados a estes, com 
base no art. 11 da Lei 8.213/91, Lei da Previdência Social Brasileira, salvo 
condição institucional diferente do intuito caritativo que se irá reger o vínculo 
empregatício. 
 
 
 
 39 
Habitualidade ou não eventalidade 
Chama-se atenção que eventual não é casual, o vocábulo não eventual é 
relacionado àquele empregado que desenvolve o serviço de forma 
permanente para aquele empreendimento. 
 
Risco do negócio do empregador 
Quem corre o risco do negócio é o empregador que do ato do empregado 
desfruta a atividade empresarial. O art. 2º da CLT é claro quanto ao assunto, 
eximindo o empregado dessa responsabilidade, já que alguns empregadores, 
visando alcançar metas em vendas, adotam a prática de forçar as vendas, 
repassando parte do risco do negócio para seus empregados. 
 
Dessa forma, muitos empregados vêm pagando a conta nos casos de 
insucesso, na forma de perda de benefícios e comissões, ficando evidente a 
existência de abuso do poderio econômico e social de quem emprega. 
 
As únicas exceções possíveis estão previsto no art. 462, § 1º, da CLT em que 
o desconto do salário só irá ocorrer no caso de dolo (intenção de praticar o 
ato) do empregado. 
 
Quando as irregularidades nas cláusulas do contrato de trabalho forem culpa 
do empregador, a CLT possibilita a rescisão indireta do contrato de trabalho. 
 
 
Atenção 
 A ausência de um desses requisitos irá descaracterizar o 
trabalhador como empregado. 
 
 
 
 40 
Diferentes tipos de atividades e contratos dentro da sociedade 
Trabalhador eventual 
A teoria do evento se caracteriza quanto ao tipo de serviço para o qual o 
trabalhador é contratado. O evento poderá ser incerto, casual, fortuito ou de 
curta duração para a empresa. 
 
Nesse caso o empregado é contratado apenas para um determinado evento 
transitório, de curta duração em relação à atividade empresarial, para obra 
certa ou serviço certo. 
 
Profissionais Liberais 
Esse trabalhador se caracteriza pelo exercício habitual de sua profissão e esse 
tipo de profissão engloba autônomos ou empregados. Eles têm liberdade para 
exercer sua profissão. 
 
Em geral, são profissionais intelectuais com nível superior ou técnico. Podem 
constituir empresa individual com registro em cartório de registro civil de 
pessoas jurídicas ou ser contratados como prestadores de serviços na 
qualidade de empregados para pessoas jurídicas. 
Exemplo: Médicos, dentistas, jornalistas, arquitetos, advogados etc. 
 
Uma das vantagens em ser profissional liberal é poder atuar no mercado sem 
depender das vagas disponíveis nas empresas. Mesmo tendo de cumprir 
prazos com os clientes, podem estipular seus horários e locais de 
atendimento. 
 
A tributação, porém, é o único ponto de desvantagem, pois como não são 
empregados nem empregadores, os tributos incidem totalmente sobre o 
profissional e os honorários não são quantias fixas de ganho mensal, variam 
de um mês para o outro. 
 
 
 41 
A Lei 7.316/85 não estabelece que os profissionais liberais sejam empregados 
conforme os arts. 2º e 3º da CLT, equiparando apenas na atuação dos 
sindicatos da categoria. 
 
Autônomo 
Esse empregado explora seu ofício ou profissão com habitualidade e conta e 
risco próprio. Tem o conceito temporal, quer dizer, a atividade é exercida com 
repetição. Ele executa seus serviços para diversos tomadores (clientela 
diversa) não gera o contrato de trabalho, pois não há o elemento 
subordinação. Corre o risco do negócio e não tem vínculo de relação de 
emprego. 
 
A diferença entre o autônomo e o empregado é que o autônomo 
assume o risco de sua atividade. 
 
Exemplo: Profissionais liberais, representantes comerciais, empreiteiros, 
meeiros (agricultor que trabalha em terras que pertencem a outra pessoa e 
reparte com o dono da terra o resultado da produção), parceiro etc. 
 
Na locação de serviços há autonomia em sua prestação, não existe 
subordinação, diferente do contrato de trabalho em que a 
subordinação é elemento essencial. 
 
A empreitada distingue-se da locação de serviços pelo fato de se contratar 
um resultado enquanto na locação de serviços existe a prestação. 
Na empreitada, o contrato é regido de forma que uma das partes vem a fazer 
ou manda fazer certa obra, mediante pagamento fixo ou proporcional ao 
acordado. A empreitada é um contrato de resultado, ou seja, a construção de 
uma casa, um muro, pintura de um cômodo ou sala comercial etc. 
 
 
 
 42 
Adventícios 
Serviços de necessidade permanente, de forma intermitente para a empresa, 
em que o empregado executa seus serviços, no dia, na semana, no mês ou 
no ano. 
 
Exemplo: Empregados que trabalham em bilheterias de casas de espetáculos, 
garçons que trabalham somente aos sábados e domingos. O empregado que 
é contratado para trabalhar durante o período de festas do final de ano, 
durante a safra, em substituição a um empregado que se encontra em férias 
ou afastado devido a benefício previsto na Legislação Previdenciária. 
 
Trabalhador temporário 
É o contratado sob a Lei 6.019/74 e pelo Decreto nº 73.841/74, por empresa 
prestadora de mão de obra para executar seus serviços para um tomador, 
sem que isso caracterize vínculo de emprego com a empresa cliente. 
 
Em casos em que a empresa prestadora de serviços decrete falência, a 
empresa cliente ou tomadora responde solidariamente. O contrato deverá 
sempre ser escrito e com duração máxima de três meses, salvo autorização 
do Ministério do Trabalho e Emprego, desde que não exceda seis meses. 
 
Trabalhador doméstico 
Atualmente seus direitos são regidos pela Lei 11.324/2006, tendo esse 
trabalhador os mesmo direitos trabalhistas e previdenciários regidos na CLT. 
 
Exemplos de empregados domésticos, entre outros: empregadas, mordomo, 
motorista, governanta, babá, jardineiro, copeira, arrumador, cuidador de 
idoso e cuidador em saúde. 
 
 
 
 43 
Trabalhador de confiança 
Detêm poderes delegados pelo empregador, executam e comandam as 
atividades perante credores, devedores, clientes, repartições públicas, por 
meio de mandato outorgado ou não pelo empregador.Tem limitações de direitos trabalhistas, podendo ser transferidos de forma 
unilateral para localidade diversa da constante no contrato (art. 469, § 1º da 
CLT). Podem ser rebaixados ao cargo efetivo sem que isto inflija à lei, sendo 
observada apenas a Súmula nº 372, I, do TST. 
 
Quanto aos empregados eleitos por meio de uma assembleia geral ao cargo 
de diretor de uma sociedade anônima, o conselho a posteriori da delegação 
não tem poder de representação da sociedade, pois é exclusivo da diretoria 
delegada. 
 
Trabalhador do peso 
Tem a finalidade de reabilitação e reintegrá-lo à sociedade e ao mercado de 
trabalho, como garantia a dignidade do ser humano. O que impede a relação 
de emprego e a expressa determinação de seu afastamento pela legislação 
trabalhista. 
 
O trabalhador preso não está sujeito ao regime da CLT, não tendo 
direitos constantes naquele dispositivo legislativo. 
 
Para trabalhar fora do estabelecimento prisional é necessário que o 
presidiário tenha cumprido 1/6 da pena, obtenha autorização da direção do 
estabelecimento, aptidão e principalmente bom comportamento. A legislação 
prevê ainda que não serão admitidos mais do que 10% de presos 
empregados em um mesmo estabelecimento. 
 
 
 
 44 
Trabalhador avulso não portuário 
A palavra avulso deriva do latim avulsus, que significa separar, destacar, 
desligar. O trabalhador avulso é aquele sindicalizado ou não, que presta 
serviço de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, com a 
intermediação obrigatória do sindicato da categoria (excluindo da faixa 
portuária) ou do órgão gestor de mão de obra (dentro da faixa portuária). 
Está respaldo pelo art. 9º, VI, do Decreto 3.048/99 e nos termos da Lei 
8.630/93. 
 
O trabalhador avulso não portuário pode trabalhar para diversos tomadores, 
sem vínculo de emprego, o que o diferencia do avulso portuário é a 
intermediação por meio do sindicato. Alguns são regidos pela Lei 
12.023/2009. 
Os não portuários podem executar outras atividades, como o prático de 
barra, a guarda portuária, etc. Todavia neste caso devem ser contratados 
como autônomos ou empregados pela administração portuária. Com relação a 
contratação de vigilante este é regido pela Lei 7.102/83, deve ser efetuada 
através de empresa especializada em vigilância (terceirizados). 
 
Trabalhador avulso portuário 
É regido pela Lei 8.630/93 e tem OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra) 
como seu intermediador. Presta serviço a tomadores e armadores, é 
esporádico e não pessoal, em face do tempo de estadia dos navios nos 
portos. 
 
Existe diferença entre o trabalhador portuário e o marítimo. 
 
O empregado marítimo exerce sua profissão a bordo de uma embarcação, 
com vínculo de emprego com a empresa armadora – Lei de segurança do 
tráfego aquaviário (art. 7º da Lei 9.537/97). 
 
 
 45 
O avulso pode ser registrado ou cadastrado, segundo o Decreto nº 1.596/95. 
Os trabalhadores registrados têm prioridade na distribuição do trabalho, 
enquanto os cadastrados somente são convocados quando o efetivo de 
registrados estiver esgotado e insuficiente para atender à demanda do 
serviço. Os cadastrados são considerados a reserva dos registrados. Mesmo 
presentes no local de trabalho, a remuneração dessa categoria só ocorrerá se 
prestar o serviço de fato (art. 6, § único, da Lei 9.719/98). 
 
A Justiça do Trabalho é competente para julgar e executar a legislação que 
rege esses trabalhadores. Os direitos dos trabalhadores avulsos estão 
previstos na Constituição Federal e na legislação infraconstitucional 
mencionada. 
 
Trabalhador cooperado 
É aquele que adere a uma cooperativa, não é considerado empregado, de 
acordo com o art. 442 da CLT. A Lei 12.690/12. 
 
Divide as cooperativas de trabalho em cooperativas de serviço ou de 
produção. O objetivo da cooperativa é desenvolver a solidariedade e ajuda 
mútua entre os cooperativados e arregimentar projetos e serviços sem intuito 
de lucro. 
 
O cooperado é considerado trabalhador autônomo, sua relação com a 
cooperativa e os tomadores ocorre de forma espontânea, eventual e sem 
subordinação. Os artigos 5º e 18 da Lei 12.690/12 proibiram as cooperativas 
de terceirizarem empregados ou de fraudarem direitos trabalhistas. 
 
Exemplo: 
Taxistas, que se reúnem e criam uma cooperativa para intermediar chamadas 
para transportar passageiros. 
 
 46 
 A renda mensal dos trabalhadores cooperados não poderá ser menor 
que o salário mínimo vigente no país, nem menor se houver piso da 
categoria profissional. 
 A carga horária deverá ser de oito horas diárias, não ultrapassando as 
quarenta e quatro semanais. 
 Os associados, em caso de plantão ou escalas, deverão ser 
compensados, assim como ter repouso semanal remunerado e férias 
anuais. 
 Fica assegurado o seguro para acidente de trabalho e o adicional 
noturno e para as atividades insalubres ou perigosas. 
 
As cooperativas que fraudarem as leis trabalhistas e previdenciárias serão 
consideradas responsáveis, sendo aplicadas sanções penais, cíveis e 
administrativas, com a dissolução do grupo. 
 
A fiscalização das atividades fica a cargo do Ministério do Trabalho e 
Emprego. Por meio da Relação Anual de Informações das Cooperativas de 
Trabalho (RAICT), as cooperativas deverão informar ao governo federal, uma 
vez por ano, dados estatísticos e de informação sobre a atuação e a 
participação dos sócios. 
 
O Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (Pronacoop) 
visa apoiar a produção, o plano de desenvolvimento, o fortalecimento 
financeiro, a qualificação de recursos humanos e comercialização dos projetos 
das cooperativas, que contam com linhas de crédito com recursos do Fundo 
de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do orçamento da União. 
 
Trabalhador estrangeiro 
Qualquer estrangeiro pode exercer relação de trabalho no Brasil, todavia 
deverá ter autorização por meio de visto temporário ou permanente (art. 13 a 
16 da Lei 6.815/90), ou de acordo com a determinação dada pelo Conselho 
Nacional de Imigração. 
 
 47 
Nesse caso, deve ter também autorização do Ministério do Trabalho e 
Emprego, com exceção para os casos de trabalho voluntário ou situações 
emergenciais. 
 
Alguns critérios também devem ser analisados quanto à contratação de 
estrangeiros conforme prevê o art. 352 da CLT: 
 
 Os serviços públicos em concessão ou que exerçam atividades 
industriais ou comerciais só podem contratar até 2/3 de estrangeiros; 
 Devem manter a proporcionalidade entre os salários; 
 O estrangeiro deve comprovar que tem experiência profissional ligada 
ao contrato que terá no Brasil; 
 O empregador deverá solicitar a autorização expressa ao ministério do 
trabalho e do emprego na coordenação geral de imigração; 
 Caso a empresa deseje o cancelamento da autorização no caso de 
extinção do trabalho, deverá proceder da mesma forma que da 
solicitação de autorização; 
 Tem que ter CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), salvo 
quando for atuar em fronteira, portador de visto de cortesia, oficial ou 
diplomático em favor do estado estrangeiro, também no caso de 
serviçal para trabalhar particularmente ao portador de visto de 
cortesia, oficial ou diplomático. Nesses casos não se aplica a lei 
trabalhista brasileira. 
 
Índio Trabalhador 
Os índios só podem ser empregados quando integrados ou em vias de 
integração à sociedade nacional. 
 
Trabalhadores intelectuais 
São aqueles que executam atividades na área cultural, cientifica ou artística. 
Nessa categoria incluímos os advogados, médicos, artistas entre outros, e não 
 
 48descaracteriza o vínculo empregatício ou contratual, pois está no 
desenvolvimento de uma atividade de uma pessoa em favor de outrem. 
 
Outras relações de trabalho interessantes 
Diferenças entre vendedor empregado e representante comercial 
O vendedor empregado não corre o risco do negócio, e sempre tem a 
garantia do mínimo quando as comissões forem inferiores a este. 
 
Já o representante, que não recebe nada, pois é considerado autônomo e 
corre os riscos do negócio. 
 
 
Atenção 
 O vendedor pracista não tem autonomia diante da 
subordinação decorrente de seu contrato de trabalho e o 
representante comercial não tem subordinação, podendo 
desempenhar seu trabalho na escolha e visitação da clientela. 
 
 
Material complementar 
 
Leia os textos: 
 
 Custo do funcionário 
 Riqueza e emprego: o elo desfeito 
 Suíça é o país que melhor desenvolve sua mão de 
obra 
 
Relação de trabalho entre cônjuge ou companheiros 
A relação de trabalho entre marido e mulher ou companheiros está no fato de 
o patrimônio do empregador responder pelas obrigações resultantes do 
 
 49 
contrato de trabalho. Se um deles for sócio da empresa, sendo analisado o 
regime de bens do casal na época, deve ser afastada a relação de emprego, 
quando a subordinação jurídica não está evidenciada. 
 
Relação de emprego entre pai e filho e entre parentes 
Não existe qualquer impedimento na relação empregatícia entre parentes, 
desde que sejam cumpridas as determinações legislativas em vigor na época, 
para se evitar qualquer tipo de interpretação no sentido de colaboração entre 
os parentes (art. 818 da CLT). 
 
Os custos de uma relação de trabalho na folha de pagamento. 
O capital humano é o principal diferencial competitivo das atividades 
empresariais e organizações bem sucedidas. 
 
A área de Gestão de Recursos Humanos funciona como mediadora e 
responsável por este capital humano. O custo de todos os gastos existentes 
no processo de produção de uma atividade começa desde o espaço físico 
onde se estabelece a empresa ou organização até os gastos com o pessoal 
desde a contratação passando pelo treinamento e/ou capacitação até a 
rescisão. A informação obtida pelo relatório da análise dos custos pode 
mostrar as necessidades de crescimento ou redução. O fator humano é 
primordial, mesmo com toda tecnologia para aumentar os ganhos de 
produtividade. 
 
Segundo Drucker (2002, p.160), a produtividade é o resultado composto das 
produtividades de todos os três ‘fatores de produção’: capital, recursos 
naturais e recursos humanos. 
 
Os custos de uma relação de trabalho na folha de pagamento. 
Um empregado chega a ter um custo mensal de 80% a mais do valor do seu 
salário para o empregador. Valor que pode variar de acordo com o sindicato 
de classe, regime de apuração da empresa e ramo de atividade. 
 
 50 
No entanto, o que eleva o custo de se ter um empregado é a alta carga 
tributária, o que leva muitos empregadores a adotar os contratos de 
prestação de serviços com seus empregados. 
 
As vantagens de se ter um empregado são as garantias do cumprimento do 
contrato por ambas as partes e a fiscalização que recai nesse tipo de 
prestação de serviço. 
 
As desvantagens são os aumentos de remuneração dependentes da 
disponibilidade da empresa ou de acordo com sindicatos e governo. 
Descontos que não são utilizados direta ou indiretamente pelo trabalhador 
como o Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF), salário família com valores 
muito baixos. O alto custo operacional. 
 
Atividade proposta 
Assista ao vídeo e discuta a importância de o gestor desenvolver habilidades 
no processo de elaboração. 
 
Em seguida, analise a importância do homem no ambiente de trabalho, assim 
como a sua função na sociedade de acordo com as suas competências e 
habilidades. 
 
Referências 
BARROS, A. M. Curso de direito do trabalho. 6 ed. rev. e atual. São Paulo: 
LTr, 2010. 
 
CHIAVENATO, I. Administração de recursos humanos: fundamentos 
básicos. São Paulo: Atlas, 2003. 
 
DRUCKER, P. Fator humano e desempenho: o melhor de Peter Drucker 
sobre Administração. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 
 
 51 
 
______. Como transformar RH (de um centro de despesa) em um 
centro de lucro. São Paulo: Makron Books, 1996. 
 
______. Gestão de pessoas. 3 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
O contrato tem de ser pessoal em relação ao empregado, levando-se em 
consideração que: 
 
a) A pessoa foi escolhida por suas qualificações pessoais e técnicas e o 
grau de confiança para exercer aquela atividade e perante o 
empregador. 
b) A pessoa foi escolhida simplesmente porque aparentava confiança ao 
empregador. 
c) Somente as qualificações técnicas foram essenciais para exercer a 
atividade. 
d) A pessoalidade significa que o empregado pode escolher qualquer 
pessoa de sua confiança que esteja apta a exercer o seu trabalho. 
e) Hoje em dia não existe mais pessoalidade. 
 
 
 
 
 
 52 
Questão 2 
O poder de comando do empregador é fator determinante para caracterizar: 
 
a) A subordinação em que o empregado tem o dever de obediência, 
podendo o empregador determinar tarefas e fiscalizar a execução do 
serviço contratado. 
b) Que o empregado não deve subordinação ao empregador nem a seus 
prepostos. 
c) Que o empregador não tem poder de comando na relação de trabalho. 
d) A insubordinação do empregado. 
e) O conflito de relação entre empregador e empregado. 
 
 
Questão 3 
A exclusividade na relação de trabalho: 
 
a) Não permite que o empregado trabalhe em outra atividade laboral. 
b) Permite que o empregador exija sigilo no contrato de trabalho, por 
meio de clausula especial. 
c) A exclusividade é apenas quanto à questão tecnológica. 
d) É apenas para os empregados intelectuais. 
e) Permite que o empregado possa trabalhar para os dois empregadores 
ao mesmo tempo. 
 
 
 
 
 53 
Questão 4 
Quando as irregularidades nas cláusulas do contrato de trabalho forem por 
culpa do empregador, segundo a CLT: 
 
a) Possibilita a rescisão indireta por parte do empregado. 
b) Não existe constrangimento moral em casos de ofensas verbais. 
c) A falta de segurança no trabalho não enseja a rescisão indireta. 
d) Não ensejam a rescisão direta. 
e) É motivo para ajuizar ação de indenização por parte do empregador. 
 
 
Questão 5 
O descumprimento de ordens efetuadas pelo gerente para o seu subordinado, 
constitui justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador 
por: 
 
a) Ato de indisciplina. 
b) Ato de improbidade. 
c) Ato de desídia. 
d) Ato de insubordinação. 
e) Ato de conduta disciplinar. 
 
 
 
 
 54 
Questão 6 
O trabalho autônomo: 
 
a) É vedado para os serviços de consultoria e de contabilidade, por 
expressa vedação legal. 
b) Realiza-se, em regra, necessariamente com subordinação, porém, sem 
os demais requisitos da relação de emprego. 
c) Não pode ser pactuado com cláusula rígida de pessoalidade. 
d) Realiza-se, em regra, necessariamente com pessoalidade, porém, sem 
os demais requisitos da relação de emprego. 
e) Pode ser contratado sem infungibilidade quanto ao prestador. 
 
 
Questão 7 
Analise as assertivas a seguir: 
 
I. Na hipótese de o trabalhador portuário avulso ser contratado por prazo 
indeterminado, por operador portuário, seu registro junto ao Órgão 
Gestor de Mão de Obra será cancelado; 
II. Os trabalhadores avulsos poderão se reunir em cooperativa, para atuar 
comooperador portuário e terão cancelados os seus registros; 
III. Compete tanto ao operador portuário quanto ao Órgão Gestor de Mão 
de Obra a fiscalização da presença dos trabalhadores portuários 
avulsos efetivamente escalados, nos locais de trabalho. 
 
Assinale a alternativa CORRETA: 
 
a) Somente as hipóteses I e II estão corretas. 
b) Somente as hipóteses II e III estão corretas. 
c) Somente as hipóteses I e III estão corretas. 
d) Somente a hipótese II está correta. 
e) Somente a hipótese III está correta. 
 
 55 
Questão 8 
O custo de todos os gastos existente no processo de produção de uma 
atividade: 
 
a) Começa desde o espaço físico onde se estabelece a empresa ou 
organização até os gastos com o pessoal desde a contratação 
passando pelo treinamento e/ou capacitação até a rescisão. 
b) Estabelece apenas o processo de produção. 
c) Começa com a contratação de pessoal. 
d) É considerado somente o espaço físico. 
e) Começa com o treinamento sem gasto com pessoal. 
 
 
Questão 9 
Sobre o trabalho rural, analisadas as seguintes proposições, assinale a 
alternativa correta: 
 
a) O empregador rural é toda pessoa física que, em propriedade rural ou 
prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador 
rural, sob a dependência deste e mediante salário. 
b) O enquadramento do empregado rural não depende da caracterização 
do empregador rural. 
c) O trabalhador rural será a pessoa jurídica que presta serviços a 
empresas de agronegócios. 
d) Não há necessidade de o trabalhador rural ser registrado na 
previdência social. 
e) O empregador se exime de qualquer risco ou acidente que o 
trabalhador rural venha a ter no ambiente de trabalho no exercício de 
sua atividade. 
 
 
 
 
 56 
Questão 10 
A relação de emprego em caso de trabalhador estrangeiro é considerada: 
 
a) Um contrato legal já que o trabalhador estrangeiro sem visto 
temporário não possuir estabilidade na relação de trabalho. 
b) Legal desde que fique caracterizada a relação de emprego, em que 
haja o visto temporário ou permanente para trabalhar no Brasil. 
c) Informal, pois se trata de um contrato temporário. 
d) Uma relação informal por ser tratar de prestação de serviço por 
trabalhador individual. 
e) Não existe relação de trabalho nos casos de trabalhador estrangeiro 
por falta dos princípios que rege a legislação trabalhista acerca da 
proporcionalidade de contratação. 
 
 
 57 
Introdução 
Você sabe o que é terceirização ou outsourcing? 
 
É quando uma empresa contrata outra para desenvolver, ampliar, modificar, 
entre outros atributos certa área, para que a empresa contratante possa se 
concentrar em outros projetos ou atividades para aumentar sua 
produtividade. 
 
Nesta aula, iremos debater a questão da aplicação terceirização no país e 
suas consequências nas relações de trabalho. 
 
Objetivo 
Compreender a terceirização de mão de obra, ou outsourcing, no 
Brasil, analisando suas vantagens e desvantagens e a responsabilidade 
das partes contratantes. 
 
 
 
 58 
Conteúdo 
Conceito de terceirização 
A terceirização, ou outsourcing, é considerada, hoje, uma das formas de se 
obter mão de obra, com o objetivo de reduzir os custos de uma empresa, 
mantendo o mesmo padrão ou aumentando o lucro de suas atividades. 
 
As empresas e organizações, com o aumento da competitividade, passaram a 
ver nesses recursos melhores oportunidades de negócios. 
 
A terceirização também é conhecida como: 
 Desverticalização; 
 Exteriorização; 
 Subcontração; 
 Filialização; 
 Reconcentração; 
 Focalização; 
 Colocação de mão de obra; 
 Intermediação de mão de obra; 
 Contratação de mão de obra; 
 Contratação de serviço. 
 
O termo outsourcing significa out – fora e– fonte, ou seja, uma fonte que 
está no exterior. Essa terminologia está relacionada à contratação de serviços 
que oferecem maior visibilidade dos custos e colocam mais recursos humanos 
e tecnológicos à disposição das empresas contratantes. 
 
A terceirização é uma espécie de empreitada, na qual uma empresa tomadora 
celebra com outra pessoa jurídica ou física, um contrato pelo qual a empresa 
terceirizada se encarrega da produção de um serviço, que a própria empresa 
contratante ou tomadora deveria executar para um cliente. 
 
 59 
 
 
O conceito de terceirização é a relação 
trilateral formada entre o trabalhador, o 
intermediador de mão de obra e o 
contratante principal da mão de obra. 
 
 
 
A empresa prestadora de mão de obra disponibiliza trabalhadores qualificados 
em áreas de atividades empresariais necessitadas por seus clientes 
tomadores. 
 
Essa empresa intermediadora entre o tomador e os trabalhadores é o liame 
empregatício que se estabelece como a colocadora de mão de obra no 
mercado. 
 
Ressaltamos que a subcontratação de 
empregados contraria a finalidade do direito, e a 
relação bilateral é a regra de todos os contratos, 
e a terceirização deve ser interpretada de forma 
restrita. 
 
A terceirização foi uma das formas que os 
empresários buscaram para amenizar seus gastos 
na folha de pagamento, e a partir da década de 
1990 a locação de serviços ou terceirização tem 
sido mais utilizada no mundo empresarial. 
 
A legislação brasileira não proíbe nem regula os procedimentos para a 
terceirização, na qual encontramos, muitas vezes, práticas de abuso do 
direito. 
 
 60 
 
O correto seria os governos reduzirem a tributação principalmente sobre os 
salários, aliviando a carga tributária sobre as empresas e organizações. 
 
Diante dos fatos que vêm ocorrendo na sociedade com o alto índice de 
desemprego e subemprego, o Poder Judiciário não teve como impedir essa 
nova tendência de mercado, como pode ser observado com o cancelamento 
da Súmula nº 256 do Tribunal Superior do Trabalho – TST e a edição da 
Súmula nº 331 do TST. 
 
O entendimento da matéria é que os empregados terceirizados ou 
subcontratados são verdadeiramente empregados das empresas contratantes 
da mão de obra (tomadora), e as empresas intermediadoras, por meio de 
contratos simulados, formalizam o vínculo de empregatício (Art. 9º da CLT). 
 
No entanto, esse mesmo processo pode apresentar alguns riscos não 
previstos nos orçamentos das empresas, principalmente na área trabalhista. 
 
 
 61 
Em contratos de 4offshore outsourcing , empresa contratante deverá 
observar o regime de trabalho e a legislação pátria para que não ocorram 
corrupção e trabalho escravo. 
 
Essa intermediação fere vários princípios como: 
 
 Da proteção ao empregado; 
 Do tratamento isonômico; 
 Enquadramento sindical; 
 Um único empregador; 
 Enquadramento legal. 
 
Na situação de terceirizados o trabalhador tem seus direitos diferenciados e 
inferiores aos demais empregados do tomador de serviços. O Ministério do 
Trabalho e do Emprego vem tentando coibir essa prática de abuso e fraude 
nos contratos de trabalho, por meio das Instruções nº 3/97. 
 
 
 
 
4 Offshore outsourcing 
 
 
 62 
A própria Constituição Federal por meio do art. 61 determina que todos os 
cargos e empregos públicos sejam criados por Lei e os servidores admitidos 
por meio de concursos públicos. 
 
Entretanto, as atividades relacionadas à conservação, limpeza, entre outros, 
não podem ser criadas por Lei, então o Estado, suas autarquias e fundações 
têm de se utilizar do Dec. Lei nº. 200/67 para manter essas funções 
essenciais. 
 
A relação de trabalho, influenciada

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