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Bases Constitucionais Matéria 1º Bimestre

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Direito Administrativo
O direito administrativo é o ramo do direito publico que tem por objeto os órgãos, adentes e pessoas jurídicas administrativa que integram a administração pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza.
O Direito administrativo é o ramo de direito publico que disciplina o exercício da função administrativa, bem como pessoas e órgãos que a desempenham (Celso António Bandeira de Mello).
Lei 8429/92
Art. 37 e incisos da CF
Direito é um só 
Na administação Publica temos dois grandes ramos: Administração Direta e Indireta.
Direito – Ramos
Direito Publico e Direito Privado
Ex: Petrobras: Sociedade de economia mista “sem”
Funcionários (indireta)
Agentes Públicos Militares 
Quando for direta é empregado público 
Tombamento de um membro particular (tratado no direito administrativo).
Legalidade
Impessoalidade
Moralidade significa, simplesmente, os cinco princípios que devem, 
Publicidade Nortear a administração pública. 
Eficiência 
O direito administrativo como ramo autônomo nasceu em fins do século 18 e inicio do século 19. Antes existiam órgãos que exerciam funções administrativas mais que se enquadravam no jus civile “que nada mais é do que o Direito Civil (direito privado)”.
No absolutismo o direito público se esgota no único preceito indica que estabelece um direito ilimitado para administrar. É estruturado no seguinte principio: “The king can do no wrong”
 “lei roi me pent mal faíre” .
Responsabilidade objetiva do estado 
Com a revolução Francesa (1789), o apego do principio da separação de poderes e a desconfiança em relação aos juízes do velho regime serviu de fundamento para a criação, na França, na jurisdição administrativa (o contencioso Administrativo) ao lado da jurisdição comum, instituindo-se dessa forma, o sistema de dualidade de jurisdição.
No Brasil, com o inicio do período republicano, o regime jurídico sofre influencia do sistema da “com mon low”, especialmente do direito norte americano, adotando o sistema da unidade de jurisdição.
O sistema de unidade de jurisdição prevalece até os dias atuais, estando estabelecida no art. 5º, inciso 35, a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário, lesão ou ameaça ou direito. 
França -> Dualidade de jurisdição
Brasil -> Unidade de jurisdição (Vai perguntar na prova)
Unidade de jurisdição significa que todas as questões podem ser levada para o poder judiciário
Dualidade de jurisdição significa dois órgãos dizendo o direito no caso concreto de forma definitiva.
Direito Público representado pelas diretrizes e atuações criadas para que o estado (países, estados ou municípios) ou os órgãos públicos possam exercer o seu poder.
Direito Privado representado pelas normas que regulam as relações entre as pessoas ou desses com o estado sem o uso da sua condição de poder.
Ramos do Direito
Direito Público: Direito Constitucional/Direito Administrativo/Direito tributário/Direito Penal/ Direito Militar / Direito Urbanístico / Direito Internacional
Direito Privado: Direito Civil / Direito Empresarial/ Direito Internacional	/ União
Direta Estados Membros 
Administração Publica Distribuição federal municípios 
 Indireta Autarquias Fundação publicas Empresas publicas 
Sociedade de economia mista
Regime jurídico: só se pode falar em direito administrativo, no pressuposto de que existiam princípios que lhe são peculiares e que guardam entre si uma relação lógica de concorrência e unidade compondo, sistema ou regime: o regime jurídico administrativo (Celso Antônio B. de Melo).
Segundo Maria Sylvia o regime administrativo resume-se a duas palavras: prerrogativas e sujeições. 
Regime jurídico tem um código diferenciado 
Supremacia do interesse público 
 A administração publica pode submeter-se a regime jurídico e direito privado ou regime jurídico de direito público. A opção por um regime ou outro é feita, em regra, pela constituição ou pela lei. Ex.: Art. 173, paragrafo 1º da CF (estabelece o estatuto jurídico da empresa pública e da SEM – Sociedade de Economia Mista) e o Art. 175 da CF (permite a concessão ou permissão do serviço público). 
Princípios constitucionais do direito administrativo
Existem dois princípios fundamentais da administração publica o da legalidade e o da supremacia do interesse público sobre o particular, que acabam construindo todos os demais. 
A constituição de 1988 inovou ao fazer a expressa menção a alguns princípios a que se submete a administração publica direta e indireta, os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade administrativa, da publicidade e eficiência.
Principio da Legalidade 
Este princípio constitui uma das principais garantias de respeito aos diretos individuais.
A vontade da administração publica é a que decorre da lei. Segundo o principio da legalidade, a administração publica só pode fazer o que a lei permite.
Principio da Impessoalidade
A administração não pode atuar com vista a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, uma vez que é sempre o interesse publico que tem que nortear o seu comportamento (nesse sentido, Art. 37, paragrafo 1º da CF).
Principio da Moralidade 
Sempre em matéria administrativa se verificar o comportamento da administração ou do administrado que ofenda a moral, as regras de boa administração e a ideia comum de honestidade, estará havendo ofensa ao principio da moralidade administrativa.
Principio da Publicidade 
Exige-se da administração a ampla divulgação dos atos praticados pela administração publica, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas em lei (Art. 5º, XXXIII).
Principio da Eficiência 
O principio presenta, na realidade, dois aspectos: a) modo de atuação do agente público, b) modo de organizar, estruturar e disciplinar a administração publica. EC 19/98.
 
 
Poder de Policia (cai na prova) 
É a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direito individuais em beneficio do interesse público. 
A administração publica, no exercício da parcela que é outorgada do mesmo poder, regulamenta as leis e controla a sua aplicação, preventivamente (por meio de ordens, notificações, licenças ou autorizações) ou repressivamente (mediante imposição de medidas coercitivas). 
Poder de policia é diferente de serviço público 
Poder de regulamentação e repressão 
Administração publica em sentido amplo e estrito
Em sentido amplo, a administração publica compreende o governo, os ter poderes e os órgãos da administração. 
Em sentido estrito, a administração compreende os órgãos, pessoas jurídicas e agentes públicos que exercem a função administração. Poder executivo 
Função administrativa é a função que o Estado exerce na intimidade de uma estrutura ou regime hierárquico 
Organização administrativa brasileira 
O direito positivo brasileiro há uma enumeração legal dos entes que compõem a administração publica prevista no Art. 4º do decreto lei nº 200, de 25/02/1967 com redação dada pela lei 7596/87, o qual determina: “a administração pública compreende: I – a administração direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da presidência da republica e dos ministérios; I – a administração indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: a) autarquias; b) empresas públicas; c) sociedades de economia mista; d) fundações públicas”.
Órgão e competências públicas
O Estado tanto pode desenvolver por si mesmo as atividades administrativas que tem constitucionalmente a encargo. Como pode presta-las através de outros sujeitos.
Órgãos públicos são unidades abstratas que sintetizam os vários ciclos de atribuições do estado. O estado exerce as atividades diretamente por seus órgãos (forças aradas, polícia federal, justiça federal, ministério da saúde, etc...). 
Competência é o poder legal de determinado órgão, limitado por lei, visando à satisfaçãodo interesse público.
Administração indireta
É exercida por autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e consórcios públicos.
Autarquias – seu conceito legal consta no artigo 5º, I, do decreto lei 200: “serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita própria, para executar atividades típicas da administração publica, que requeiram para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada”. 
Características das autarquias: 
Criadas por lei;
Personalidade jurídica publica;
Capacidade de autoadministração;
Especialização dos fins ou atividades 
Sujeição a controle ou tutela. 
Sendo pessoa jurídica, ela é titular de direitos e obrigações próprios, distintos daqueles pertencentes ao ente que a instituiu.
Fundações
Pode-se definir a fundação instituída pelo poder público com o patrimônio total ou parcialmente público, datado de personalidade jurídica, de direito público ou privada, e destinado, por lei, ao desemprenho de atividades do estado na ordem social, com capacidade autoadministração e mediante controle da alimentação publica, nos limites da lei.
Na fundação, o instituidor faz a dotação de determinada universalidade de bens livres, especificando o fim há que se destina e declarando, se quiser a maneira de administração. 
Empresas públicas
São pessoas jurídicas criadas por força de autorização legal como instrumento de ação do estado, dotadas de personalidade e consórcios públicos, empresas públicas. 
Agências
Agencia é o termo introduzido no Direito Administrativo brasileiro em função da globalização e especialmente influenciado pelo direito norte americano.
No Brasil existem duas modalidades de agencias autárquicas bem delineadas: agencias executivas e agencias reguladas. 
Agencias executivas
Destinadas à execução efetiva de certas atividades administrativas típicas do Estado. Ex.: Inmetro – Instituto nacional de metrologia, normatização e qualidade industrial.
Agencias reguladoras
Tem função básica de controle e fiscalização, adequadas para o regime de desestatização .
A lei 9491, de 09 do 09 de 1997, instituiu o plano nacional de desestatização. Assim foram criadas varias agencias reguladoras que fiscalizam as atividades das pessoas da iniciativa privada.
Exemplo: Aneel – agencia nacional de energia elétrica, criada pela lei 9427/96.
Cargo, emprego e função.
Os servidores públicos ocupam cargos ou empregos ou exercem função.
Cargo e denominação dada á meios simples unidade de poderes e deveres estatais a serem expressos por um agente.
Na União, Estados e Municípios os órgãos dispõem sobre o numero de cargos, criados por lei, que lhes confere denominação própria, define suas atribuições e fixa o padrão de vencimento ou remuneração. 
O emprego público ocorre para contratação de servidor sob o regime da legislação trabalhista
O ocupante de emprego público tem um vinculo contratual sob a regência da CLT, enquanto o ocupante do cargo público tem um vinculo estatutário regido pelo estatuto dos funcionários públicos que, na união, esta contido na lei que instituiu o regime jurídico único (Lei 8.1121/90)
Perante a Constituição atual, quando se fala em função, tem-se que ter em vista dois tipos de situação.
A função exercida por servidores contratados temporariamente com base no art. 37, IX, para o qual não se exige, necessariamente, concurso público, porque às vezes, a própria urgência da contratação é incompatível com a demora do procedimento.
As funções de natureza permanente a chefia, direção, assessoramento ou outro tipo de atividade para o qual o legislador não crie o cargo respectivo; em geral, são funções de confia, de livre provimento e exoneração; a elas se referem o art. 37, V, CF.
Concurso Público
Condições de ingresso no cargo ou emprego público – Art. 37, II, da CF
O art. 37, III, fixa o prazo de validade de até dois anos para o concurso, prorrogável uma vez, por igual período, a prorrogação fica a critério da administração publica. 
A sumula 683 do STF, estabelece que “o limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7, XXX, da CF, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido”. 
Estados e municípios que queiram contratar servidores temporários com base no art. 37, IX, tem que estabelecer, por suas próprias leis, as hipóteses em que essa contratação é possível e o regime jurídico que a mesma se dará.
Como a EC 19/98, que dá nova redação ao inciso I, do art. 37, o direito de acesso estende-se também aos estrangeiros, na forma da lei.
Direito e deveres do servidor público
Os direitos do servidor público estão consagrados, em grande parte, na CF (art. 37 a 41); não há impedimento, no entanto, para que outros direitos sejam outorgados pelas Constituições Estaduais, ou mesmo nas leis ordinárias dos estados e municípios.
Dente os direitos, incluem-se os concernentes a férias, licenças, vencimentos ou remuneração e demais vantagens pecuniárias, assistência, direito de petição, estabilidade, disponibilidade e aposentadoria. 
Proibição de acumulação de cargos – art. 37, XVI, CF.
Responsabilidade civil, penal e administrativa dos servidores públicos. 
A responsabilidade civil é de ordem patrimonial e decorre do art. 186 do Código Civil, que consagra a regra segundo a qual todo aquele que causa dano a outrem é obrigado a repara-lo.
Para configura-se o ilícito Civil, exige-se:
Ação ou omissão;
Culpa ou dolo;
Relação de causalidade;
Ocorrência de um dano material ou moral;
Quando o dano é causado por servidor público, é necessário distinguir duas hipóteses: 
Dano causado ao estado;
Dano causado a terceiros.
No primeiro caso, a sua responsabilidade é apurada pela própria administração, por meio de processo administrativo. 
No segundo caso, aplica-se a norma do art. 37,§ 6º, CF, em decorrência da qual o estado responde objetivamente (responsabilidade objetiva do estado).
Responsabilidade administrativa
O servidor responde administrativamente pelos ilícitos administrativos definidos na legislação estatutária e que apresentam os mesmo elementos básicos o ilícito civil: ação ou omissão contraria a lei, culpa ou dolo e dano. 
Os meios de apuração previstos nas leias estatutárias são as sindicâncias e o processo administrativo disciplinar (PAD).
Responsabilidade penal
O servidor responde penalmente quando pratica crime ou contravenção. No ilícito penal a ação ou omissão deve ser antijurídica e típica, ou seja, a ação ou omissão deve corresponder ao tipo, modelo de conduta definido na lei penal.
Comunicabilidade das instancias 
Quando o funcionário for condenado na esfera criminal, o juízo civil e a autoridade administrativa não podem decidir de forma contraria, uma vez que, nessa hipótese, houve decisão definitiva quanto ao fato e a autoria, aplicando-se o art. 935, CC.
Sumula 18 do STF
“pela falta residual, não compreendida na absolvição pelo juízo criminal, é admissível a punição administrativa no servidor público”.
Quando a sentença for pela absolvição, a de se distinguir os seus vários fundamentos, indicados no art. 386 do CPP.
Ato administrativo
Todo ato praticado no exercício da função administrativa é ato de administração 
Dentre os atos de administração incluem-se 
Os atos de direito privado, com doação, permite, compra e venda;
Os atos materiais da administração. Ex: demolição, apreensão de mercadoria
Os chamados atos de conhecimento, opinião, juízo de valor. Ex: atestados, pareceres e votos.
Os atos políticos
Os atos normativos. Ex: decretos, regimentos.
Os contratos 
Os atos administrativo propriamente ditos.

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