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Assistência social

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Assistência social (art. 203 e 204 da Constituição Federal e lei 8472/93)
O direito social de assistência será prestado a quem dela necessitar independente de contribuição à seguridade social.
Utilização de recursos previstos no 195 (cofins)
Necessidade de “ações afirmativas” (positive action) do Estado, que devem ser amparadas pelo poder jurisdicional. A aplicação do presente dispositivo deverá ser contemplada pelo Estado em todas as esferas (executivo, legislativo e judiciário), no entanto, o presente trabalho dará ênfase maior às políticas publicas e ações afirmativas no âmbito do pode judiciário, seja como o judiciário decide sobre ações afirmativas de outros poderes, seja como o judiciário implementa as próprias ações afirmativas. 
PEC 513/2010 e 19/2010 – direito a busca pela felicidade objetiva
Analise jurisprudencial dos incisos do art. 203: 
1. Imunidade tributaria para entidades prestadoras de assistência social na forma do 195, §7º. O STF entende que deverá estra comprovada a generalidade e universalidade das prestações e conceder benefícios a toda coletividade.
RE 202700 / DF - DISTRITO FEDERAL 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a):  Min. MAURÍCIO CORRÊA
Julgamento:  08/11/2001           Órgão Julgador:  Tribunal Pleno
EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. PREVIDÊNCIA PRIVADA. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. INEXISTÊNCIA. 1. Entidade fechada de previdência privada. Concessão de benefícios aos filiados mediante recolhimento das contribuições pactuadas. Imunidade tributária. Inexistência, dada a ausência das características de universalidade e generalidade da prestação, próprias dos órgãos de assistência social. 2. As instituições de assistência social, que trazem ínsito em suas finalidades a observância ao princípio da universalidade, da generalidade e concede benefícios a toda coletividade, independentemente de contraprestação, não se confundem e não podem ser comparadas com as entidades fechadas de previdência privada que, em decorrência da relação contratual firmada, apenas contempla uma categoria específica, ficando o gozo dos benefícios previstos em seu estatuto social dependente do recolhimento das contribuições avençadas, conditio sine qua non para a respectiva integração no sistema. Recurso extraordinário conhecido e provido.
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
Inciso I:
	1. Proteção a família: o STJ usa como argumento a proteção a família para mitigar um direito real sobre um imóvel, autorizando com isso a viúva morar na casa do falecido em detrimento dos coproprietários: 
REsp 1184492 / SE
RECURSO ESPECIAL
2010/0037528-2
CIVIL. DIREITO REAL DE HABITAÇÃO. INOPONIBILIDADE A TERCEIROS
COPROPRIETÁRIOS DO IMÓVEL. CONDOMÍNIO PREEXISTENTE À ABERTURA DA
SUCESSÃO. ART. ANALISADO: 1.611, § 2º, do CC/16.
1. Ação reivindicatória distribuída em 07/02/2008, da qual foi
extraído o presente recurso especial, concluso ao Gabinete em
19/03/2010.
2. Discute-se a oponibilidade do direito real de habitação da viúva
aos coproprietários do imóvel em que ela residia com o falecido.
3. A intromissão do Estado-legislador na liberdade das pessoas
disporem dos respectivos bens só se justifica pela igualmente
relevante proteção constitucional outorgada à família (art. 203, I,
da CF/88), que permite, em exercício de ponderação de valores, a
mitigação dos poderes inerentes à propriedade do patrimônio herdado,
para assegurar a máxima efetividade do interesse prevalente, a
saber, o direito à moradia do cônjuge supérstite.
4. No particular, toda a matriz sociológica e constitucional que
justifica a concessão do direito real de habitação ao cônjuge
supérstite deixa de ter razoabilidade, em especial porque o
condomínio formado pelos irmãos do falecido preexiste à abertura da
sucessão, pois a copropriedade foi adquirida muito antes do óbito do
marido da recorrida, e não em decorrência deste evento.
5. Recurso especial conhecido e provido.
	2. Proteção à maternidade:
	3. Proteção à Infância e adolescência: lei 8069/90 ECA : “Art. 3º A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade.”
	4. Proteção à velhice: lei 10741/03 Estatuto do Idoso. 
Inciso II: amparo as crianças e adolescentes carentes.
	ADI julgou constitucional o a medida provisória que institui o PROUNI. Vale a pena ser lida a decisão do relator Ayres Britto. “A educação, notadamente a escolar ou formal, é direito social que a todos deve alcançar. Por isso mesmo, dever do Estado e uma de suas políticas públicas de primeiríssima prioridade” “A desigualação em favor dos estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas e os egressos de escolas privadas que hajam sido contemplados com bolsa integral não ofende a Constituição pátria, porquanto se trata de um descrímen que acompanha a toada da compensação de uma anterior e factual inferioridade (“ciclos cumulativos de desvantagens competitivas”)”:
ADI 3330 / DF - DISTRITO FEDERAL 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a):  Min. AYRES BRITTO
Julgamento:  03/05/2012           Órgão Julgador:  Tribunal Pleno
EMENTA: AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 213/2004, CONVERTIDA NA LEI Nº 11.096/2005. PROGRAMA UNIVERSIDADE PARA TODOS – PROUNI. AÇÕES AFIRMATIVAS DO ESTADO. CUMPRIMENTO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA ISONOMIA. 1. A FENAFISP não detém legitimidade para deflagrar o processo de fiscalização abstrata de constitucionalidade. Isto porque, embora o inciso IX do art. 103 da Constituição Federal haja atribuído legitimidade ativa ad causam às entidades sindicais, restringiu essa prerrogativa processual às confederações sindicais. Precedentes. Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.379 não conhecida. Participação da entidade no processo, na qualidade de amicus curiae. 2. A conversão de medida provisória em lei não prejudica o debate jurisdicional sobre o atendimento dos pressupostos de admissibilidade desse espécime de ato da ordem legislativa. Presentes, no caso, a urgência e relevância dos temas versados na Medida Provisória nº 213/2004. 3. A educação, notadamente a escolar ou formal, é direito social que a todos deve alcançar. Por isso mesmo, dever do Estado e uma de suas políticas públicas de primeiríssima prioridade. 4. A Lei nº 11.096/2005 não laborou no campo material reservado à lei complementar. Tratou, tão-somente, de erigir um critério objetivo de contabilidade compensatória da aplicação financeira em gratuidade por parte das instituições educacionais. Critério que, se atendido, possibilita o gozo integral da isenção quanto aos impostos e contribuições mencionados no art. 8º do texto impugnado. 5. Não há outro modo de concretizar o valor constitucional da igualdade senão pelo decidido combate aos fatores reais de desigualdade. O desvalor da desigualdade a proceder e justificar a imposição do valor da igualdade. A imperiosa luta contra as relações desigualitárias muito raro se dá pela via do descenso ou do rebaixamento puro e simples dos sujeitos favorecidos. Geralmente se verifica é pela ascensão das pessoas até então sob a hegemonia de outras. Que para tal viagem de verticalidade são compensadas com esse ou aquele fator de supremacia formal. Não é toda superioridade juridicamente conferida que implica negação ao princípio da igualdade. 6. O típico da lei é fazer distinções. Diferenciações. Desigualações. E fazer desigualações para contrabater renitentes desigualações. A lei existe para, diante dessa ou daquela desigualação que se revele densamente perturbadora da harmonia ou do equilíbrio social, impor uma outra desigualação compensatória. A lei como instrumento de reequilíbrio social.7. Toda a axiologia constitucional é tutelar de segmentos sociais brasileiros historicamente desfavorecidos, culturalmente sacrificados e até perseguidos, como, verbi gratia, o segmento dos negros e dos índios. Não por coincidência os que mais se alocam nos patamares patrimonialmente inferiores da pirâmide social. A desigualação em favor dos estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas e os egressos de escolas privadas que hajam sido contemplados com bolsa integral não ofende a Constituição pátria, porquanto se trata de um descrímen que acompanha a toada da compensação de uma anterior e factual inferioridade (“ciclos cumulativos de desvantagens competitivas”). Com o que se homenageia a insuperável máxima aristotélica de que a verdadeira igualdade consiste em tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, máxima que Ruy Barbosa interpretou como o ideal de tratar igualmente os iguais, porém na medida em que se igualem; e tratar desigualmente os desiguais, também na medida em que se desigualem. 8. O PROUNI é um programa de ações afirmativas, que se operacionaliza mediante concessão de bolsas a alunos de baixa renda e diminuto grau de patrimonilização. Mas um programa concebido para operar por ato de adesão ou participação absolutamente voluntária, incompatível, portanto, com qualquer ideia de vinculação forçada. Inexistência de violação aos princípios constitucionais da autonomia universitária (art. 207) e da livre iniciativa (art. 170). 9. O art. 9º da Lei nº 11.096/2005 não desrespeita o inciso XXXIX do art. 5º da Constituição Federal, porque a matéria nele (no art. 9º) versada não é de natureza penal, mas, sim, administrativa. Trata-se das únicas sanções aplicáveis aos casos de descumprimento das obrigações, assumidas pelos estabelecimentos de ensino superior, após a assinatura do termo de adesão ao programa. Sancionamento a cargo do Ministério da Educação, condicionado à abertura de processo administrativo, com total observância das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa. 10. Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 3.379 não conhecida. ADI’s 3.314 e 3.330 julgadas improcedentes.
Inciso III: a promoção da integração no mercado de trabalho: 
Também pode-se observar a aplicação desse inciso no caso do PROUNI e as políticas de cotas em concursos públicos já declarada constitucional.
Inciso IV: habilitação e reabilitação de portadores de deficiência a integração a vida cotidiana:
	Sobre esse caso, vejamos uma decisão do STJ que determina a aplicação da lei que garante isenção tributaria para compra de veiculo por portadores de deficiência para que seja dirigido por outra pessoa. “Deveras, negar à pessoa portadora de deficiência física a
política fiscal que consubstancia verdadeira positive action
significa legitimar violenta afronta aos princípios da isonomia e
da defesa da dignidade da pessoa humana”:
REsp 567873 / MG
RECURSO ESPECIAL
2003/0151040-1
	Ementa 
	CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IPI. ISENÇÃO NA COMPRA DE AUTOMÓVEIS.
DEFICIENTE FÍSICO IMPOSSIBILITADO DE DIRIGIR. AÇÃO AFIRMATIVA. LEI
8.989/95 ALTERADA PELA LEI Nº 10.754/2003. PRINCÍPIO DA
RETROATIVIDADE DA LEX MITIOR.
1. A ratio legis do benefício fiscal conferido aos deficientes
físicos indicia que indeferir requerimento formulado com o fim de
adquirir um veículo para que outrem o dirija, à míngua de condições
de adaptá-lo, afronta ao fim colimado pelo legislador ao aprovar a
norma visando facilitar a locomoção de pessoa portadora de
deficiência física, possibilitando-lhe a aquisição de veículo para
seu uso, independentemente do pagamento do IPI. Consectariamente,
revela-se inaceitável privar a Recorrente de um benefício legal que
coadjuva às suas razões finais a motivos humanitários, posto de
sabença que os deficientes físicos enfrentam inúmeras dificuldades,
tais como o preconceito, a discriminação, a comiseração exagerada,
acesso ao mercado de trabalho, os obstáculos físicos, constatações
que conduziram à consagração das denominadas ações afirmativas, como
esta que se pretende empreender.
2. Consectário de um país que ostenta uma Carta Constitucional cujo
preâmbulo promete a disseminação das desigualdades e a proteção à
dignidade humana, promessas alçadas ao mesmo patamar da defesa da
Federação e da República, é o de que não se pode admitir sejam os
direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de
deficiência, relegados a um plano diverso daquele que o coloca na
eminência das mais belas garantias constitucionais.
3. Essa investida legislativa no âmbito das desigualdades físicas
corporifica uma das mais expressivas técnicas consubstanciadoras das
denominadas " ações afirmativas".
4. Como de sabença, as ações afirmativas, fundadas em princípios
legitimadores dos interesses humanos reabre o diálogo
pós-positivista entre o direito e a ética, tornando efetivos os
princípios constitucionais da isonomia e da proteção da dignidade da
pessoa humana, cânones que remontam às mais antigas declarações
Universais dos Direitos do Homem. Enfim, é a proteção da própria
humanidade, centro que hoje ilumina o universo jurídico, após a tão
decantada e aplaudida mudança de paradigmas do sistema jurídico, que
abandonando a igualização dos direitos optou, axiologicamente, pela
busca da justiça e pela pessoalização das situações consagradas na
ordem jurídica.
5. Deveras, negar à pessoa portadora de deficiência física a
política fiscal que consubstancia verdadeira positive action
significa legitimar violenta afronta aos princípios da isonomia e
da defesa da dignidade da pessoa humana.
6. O Estado soberano assegura por si ou por seus delegatários
cumprir o postulado do acesso adequado às pessoas portadoras de
deficiência.
7. Incumbe à legislação ordinária propiciar meios que atenuem a
natural carência de oportunidades dos deficientes físicos.
8. In casu, prepondera o princípio da proteção aos deficientes, ante
os desfavores sociais de que tais pessoas são vítimas. A fortiori, a
problemática da integração social dos deficientes deve ser examinada
prioritariamente, maxime porque os interesses sociais mais
relevantes devem prevalecer sobre os interesses econômicos menos
significantes.
9. Imperioso destacar que a Lei nº 8.989/95, com a nova redação dada
pela Lei nº 10.754/2003, é mais abrangente e beneficia aquelas
pessoas portadoras de deficiência física, visual, mental severa ou
profunda, ou autistas, diretamente ou por intermédio de seu
representante legala pela Lei nº 10.690, de 16.6.2003), vedando-se,
conferir-lhes na solução de seus pleitos, interpretação deveras
literal que conflite com as normas gerais, obstando a salutar
retroatividade da lei mais benéfica. (Lex Mitior).
10. O CTN, por ter status de Lei Complementar, não distingue os
casos de aplicabilidade da lei mais benéfica ao contribuinte, o que
afasta a interpretação literal do art. 1º, § 1º, da Lei 8.989/95,
incidindo a isenção de IPI com as alterações introduzidas pela novel
Lei 10.754, de 31.10.2003, aos fatos futuros e pretéritos por força
do princípio da retroatividade da lex mitior consagrado no art. 106
do CTN.
11. Deveras, o ordenamento jurídico, principalmente na era do
pós-positivismo, assenta como técnica de aplicação do direito à luz
do contexto social que: "Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos
fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum".
(Art. 5º LICC)
12. Recurso especial provido para conceder à recorrente a isenção do
IPI nos termos do art. 1º, § 1º, da Lei nº 8.989/95, com a novel
redação dada pela Lei 10.754, de 31.10.2003, na aquisição de
automóvel a ser dirigido, em seu prol, por outrem.
Inciso V: garantia de um salario mínimo a idosos e deficientes:
Jurisprudência relativa prescrição da pretensão de amparo social ao idoso. É interessante notar nela os fundamentos para a não prescrição do amparo em si, mas somente das parcelas vencidas. O amparo compõe os direitos fundamentais (direito a vida), fundamentosdo estado (erradicação da pobreza), 
REsp 1349296 / CE
RECURSO ESPECIAL
2012/0194342-6
PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL. LEI
8.742/1993 E LEI 10.741/2003. PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO. NÃO
OCORRÊNCIA. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO E NÃO PROVIDO.
1. A questão central do recurso especial gira em torno da ocorrência
ou não da prescrição da pretensão ao reconhecimento do benefício de
amparo social.
2. O benefício de prestação continuada é uma garantia
constitucional, de caráter assistencial, previsto no art. 203, V, da
Constituição Federal, regulamentado pelo art. 20 da Lei nº
8.742/1993 e também pela Lei 10.741/2003, o Estatuto do Idoso.
Consiste no pagamento de um salário mínimo mensal às pessoas com
deficiência ou idosas, desde que comprovem não possuir meios de
prover a própria manutenção e nem de tê-la provida por sua família.
3. O benefício em exame está consubstanciado nos fundamentos do
Estado democrático de direito, tais como o da erradicação da pobreza
e da construção de uma sociedade livre, justa e solidária,
garantindo-se ao cidadão brasileiro o mínimo existencial.
4. Relativamente à ocorrência ou não da prescrição do fundo de
direito, parte-se da definição de que os benefícios previdenciários
estão ligados ao próprio direito à vida e são direitos sociais que
compõem o quadro dos direitos fundamentais.
5. A pretensão ao benefício previdenciário em si não prescreve, mas
tão somente as prestações não reclamadas em certo tempo, que vão
prescrevendo uma a uma, em virtude da inércia do beneficiário.
Inteligência do parágrafo único do art. 103 da Lei 8.213/1991.
6. Recurso especial conhecido mas não provido.
Caso de controle incidental extremamente elucidativo que explica a parte do inciso que diz “que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família”. A lei 8742 estabeleceu critérios objetivos para definir o que a constituição quis dizer no art. 20, §3º: definindo como incapaz de prover a manutenção de pessoa com deficiência ou idosa a família que tem renda per capita menor que ¼ de salario mínimo. O dispositivo foi declarado constitucional (ADI 1232-1 DF). Entretanto, a controvérsia não teve fim e surgiram, daí, outras maneiras para contornar esse critério (criação do bolsa família, bolsa escola, programa nacional de acesso a alimentação). O próprio STF em decisões monocráticas passou a rever posicionamento anterior (“processo de inconstitucionalização”). A lei, portanto, que fora declarada constitucional em sede de ADI foi declarada constitucional em sede de controle difuso pelo mesmo STF:
RE 567985 / MT - MATO GROSSO 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Relator(a):  Min. MARCO AURÉLIO
Relator(a) p/ Acórdão:  Min. GILMAR MENDES
Julgamento:  18/04/2013           Órgão Julgador:  Tribunal Pleno
Ementa 
Benefício assistencial de prestação continuada ao idoso e ao deficiente. Art. 203, V, da Constituição. A Lei de Organização da Assistência Social (LOAS), ao regulamentar o art. 203, V, da Constituição da República, estabeleceu os critérios para que o benefício mensal de um salário mínimo seja concedido aos portadores de deficiência e aos idosos que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. 2. Art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993 e a declaração de constitucionalidade da norma pelo Supremo Tribunal Federal na ADI 1.232. Dispõe o art. 20, § 3º, da Lei 8.742/93 que “considera-se incapaz de prover a manutenção da pessoa portadora de deficiência ou idosa a família cuja renda mensal per capita seja inferior a 1/4 (um quarto) do salário mínimo”. O requisito financeiro estabelecido pela lei teve sua constitucionalidade contestada, ao fundamento de que permitiria que situações de patente miserabilidade social fossem consideradas fora do alcance do benefício assistencial previsto constitucionalmente. Ao apreciar a Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.232-1/DF, o Supremo Tribunal Federal declarou a constitucionalidade do art. 20, § 3º, da LOAS. 3. Decisões judiciais contrárias aos critérios objetivos preestabelecidos e Processo de inconstitucionalização dos critérios definidos pela Lei 8.742/1993. A decisão do Supremo Tribunal Federal, entretanto, não pôs termo à controvérsia quanto à aplicação em concreto do critério da renda familiar per capita estabelecido pela LOAS. Como a lei permaneceu inalterada, elaboraram-se maneiras de se contornar o critério objetivo e único estipulado pela LOAS e de se avaliar o real estado de miserabilidade social das famílias com entes idosos ou deficientes. Paralelamente, foram editadas leis que estabeleceram critérios mais elásticos para a concessão de outros benefícios assistenciais, tais como: a Lei 10.836/2004, que criou o Bolsa Família; a Lei 10.689/2003, que instituiu o Programa Nacional de Acesso à Alimentação; a Lei 10.219/01, que criou o Bolsa Escola; a Lei 9.533/97, que autoriza o Poder Executivo a conceder apoio financeiro a Municípios que instituírem programas de garantia de renda mínima associados a ações socioeducativas. O Supremo Tribunal Federal, em decisões monocráticas, passou a rever anteriores posicionamentos acerca da intransponibilidade do critérios objetivos. Verificou-se a ocorrência do processo de inconstitucionalização decorrente de notórias mudanças fáticas (políticas, econômicas e sociais) e jurídicas (sucessivas modificações legislativas dos patamares econômicos utilizados como critérios de concessão de outros benefícios assistenciais por parte do Estado brasileiro). 4. Declaração de inconstitucionalidade parcial, sem pronúncia de nulidade, do art. 20, § 3º, da Lei 8.742/1993. 5. Recurso extraordinário a que se nega provimento.

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