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RESENHA do Filme Sob a Névoa da Guerra

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Faculdade América Latina – Bacharelado em Relações Internacionais
Disciplina: Introdução ao Estudo das Relações Internacionais
Professora: Larlecianne Piccolli
Aluna: Jaqueline Rodrigues
Resenha: “Sob a Névoa da Guerra” 
	O documentário de Errol Morris nos mostra uma parte da vida de Robert Strange McNamara. Fala brevemente sobre seu papel nas forças armadas durante a Segunda Guerra Mundial, da sua evolução até presidente da Ford Motors, até o período de sete anos em que foi Secretário de Defesa dos Estados Unidos entre 1961 e 1969, sob o comando do presidente John F. Kennedy, seguido por Lyndon B. Johnson. O filme é dividido pelas 11 lições da vida de McNamara, e fora fatos de sua vida pessoal, três casos possuem maior destaque: os ataques ao Japão no fim da Segunda Guerra Mundial; a Crise dos Mísseis em Cuba; e por fim, a Guerra do Vietnã. 
	O primeiro caso não é muito comentado no filme, mas tem certa importância, mostrando que para ganhar uma guerra, algumas decisões devem ser tomadas, mesmo que acabem causando a morte de pessoas inocentes. Sobre isso, Robert fala de sua participação no planejamento dos ataques aéreos ao Japão, onde centenas de milhares de civis morreram, e dezenas de cidades japonesas foram destruídas por bombas incendiárias. Robert admite ter errado algumas vezes, e admite também que se os EUA tivessem perdido a guerra, teria sido julgado como criminoso por suas decisões.
	A primeira lição de McNamara no documentário é “Sinta empatia por seu inimigo”, ou seja, coloque-se no lugar de seu inimigo, e tente ver-se dessa posição. Foi assim que ele diz ter lidado com a Crise dos Mísseis em Cuba em 1962, já como Secretário de Defesa dos Estados Unidos. Suas decisões, juntamente com as decisões dos líderes dos Estados Unidos, URSS e Cuba evitaram que uma guerra nuclear acontecesse. Mesmo assim, McNamara ressalta que o que realmente evitou essa guerra foi a sorte. 
	Na Guerra do Vietnã, porém, não seguiram a primeira lição. McNamara era contrário à permanência das tropas americanas no país – apesar de ser conhecido como “arquiteto da Guerra do Vietnã” – e admite que o povo americano julgou mal os vietnamitas. O ex-secretário afirma também, que se Kennedy estivesse no comando, a Guerra teria terminado de forma diferente.
	O que se pode analisar pelo documentário é que nunca há só uma pessoa no comando, e o indivíduo sozinho jamais causará alguma mudança. Sempre haverá opiniões contrárias dentro de um governo, e a decisão que prevalecer será a da maioria. O Estado é o principal ator nas relações internacionais, e é a partir das decisões que o conjunto de indivíduos no poder tomarem, e a partir da sua influência sobre outros Estados que se dará a polaridade no Sistema Internacional.
	Na Guerra Fria – que como cita McNamara era na realidade quente - fica clara a bipolaridade do SI, sendo que os Estados mais poderosos eram os Estados Unidos e a URSS. Era uma batalha entre o socialismo e o capitalismo, e acabou com o fim da URSS. Assim, o mundo tornou-se unipolar, com os Estados Unidos como Estado mais rico e poderoso, imbatível e insuperável. Esse cenário mudou com o Atentado de 11 de Setembro, dando abertura a outros países para crescerem no cenário internacional, tornando o mundo multipolar.

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