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PARTE ESCRITA EDUCAÇÃO

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A educação está positivada na Constituição Federal de 1988 no Capítulo III, DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO, Seção I, Da educação, em artigo 205 e seguintes.
	Este trabalho, inicialmente, confirma a separação entre o tripé da seguridade social composto por saúde (arts. 196-200), previdência social (arts. 201-202) e assistência social (arts. 203-204) do conceito de educação e a forma com que este é exposto na própria Constituição.
Há, evidentemente, a divisão de responsabilidades no quesito educação. Diz-se isso, pois segundo o artigo 205 da Constituição Federal:
“A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. (grifos nossos)
Logo, a educação não é dever exclusivo do Estado e sua promoção deve contar com a colaboração da sociedade.
Observando a certeza da distância entre a educação e os demais elementos, passamos a analisar com atenção, e sob o enfoque da obra de Pedro Lenza, as transformações trazidas pela EC n. 53/2006.
“A EC n. 53, de 19.12.2006, é fruto da conversão da PEC n, 9, de 2006 – SF (n. 536, de 1997, CD), dando nova redação aos arts. 7º, 23, 30, 206, 208, 211, e 212 da Constituição Federal e ao art. 60 da ADCT.”
E ainda sob a égide do autor supracitado:
“Com o fim do FUNDEF, a EC n.53/2006, ao criar o FUNDEB, torna o fundo mais abrangente e com prazo de 14 anos, com início em 2007 e término previsto para 2021. Isso porque, enquanto o FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério) buscava o aperfeiçoamento do ensino fundamental, o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) procura ampliar os mecanismos de financiamento da educação básica, na medida em que, além de cobrir o ensino fundamental, abrange, também a educação infantil (creche e pré-escola) e o ensino médio.”
	Evidencia-se neste ponto, para a percepção ao menos teórica, de que há um engajamento legislativo que tenta a melhoria do ensino público. Porém, é óbvia a necessidade e a ação, tanto do executivo quanto do judiciário, para que este direito social seja efetivo.
	Assim, levando-se em consideração a proposta de trabalho, faz-se necessária a relação do tema educação com a jurisprudência nacional atual. A primeira jurisprudência apresentada em conteúdo escrito é a própria apresentada em sala e resume de forma excepcional o interesse do Poder Judiciário em reafirmar que a educação é direito de todos e dever do Estado e da família.
	Processo:
	ARE 805660 RS
	Relator(a):
	Min. RICARDO LEWANDOWSKI
	Julgamento:
	22/04/2014
	Publicação:
	DJe-078 DIVULG 24/04/2014 PUBLIC 25/04/2014
	Parte(s):
	UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
PROCURADOR-GERAL FEDERAL
CAROLINE CLAUDIANA PINHEIRO
DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
UNIÃO
ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão que possui a seguinte APELAÇÃO CÍVEL. ENSINO SUPERIOR. MATRÍCULA. CONCLUSÃO DO ENSINO MÉDIO. O indeferimento da matrícula no contexto fático em questão não se mostra razoável nem condizente com o direito à educação constitucionalmente garantido (CF, art. 206), fazendo jus a autora à formalização da matrícula e a regular participação no curso para o qual foi aprovada mediante rigoroso processo seletivo” (pág. 70, documento eletrônico 1). Neste RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa ao art. 37, X, da mesma Carta. A pretensão recursal não merece acolhida. Isso porque o acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Lei 9.394/1996). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Com esse raciocínio, destaco os seguintes precedentes desta Corte: RE 632.782/MG, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 26.6.2013; ARE 741.911/MG, Rel. Min.Teori Zavaski, DJe 14.6.2013; ARE 685.726/MG, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 6.3.2014 e AI 439.261, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 15.12.2004. Vale destacar que, em situação muito semelhante à presente, a Ministra Cármen Lúcia assim decidiu, em pronunciamento monocrático que transitou em julgado: “O Agravante alega que o Tribunal a quo teria contrariado os arts. Art. 5º, caput e inc. LIV e LV, 37, 205, 206, inc. I, e 207, da Constituição da República. Argumenta que ‘inexiste qualquer violação legal ou desvio de finalidade, ao contrário, agiu a Universidade em estrita obediência ao princípio da legalidade, fazendo uso de sua autonomia administrativa (CF, art. 207), ao estabelecer os critérios para o processo seletivo por ela organizado, nos termos do art. 44, inciso II, e 53 da Lei 9.394/96, de acordo, ainda, com as orientações do Conselho Nacional de Educação. Alega que a entrega de documentos do Recorrido deveria ter se dado no dia 21/08/2009, conforme previsto pelo Edital do processo vestibular UFSM/2009, porém só foram apresentados os documentos no dia 24/08/2009’. Analisam-se, portanto, os argumentos postos no agravo de instrumento, de cuja decisão se terá, então, na sequência, se for o caso, exame do recurso extraordinário. 5. A decisão que antecipou a tutela foi satisfativa e confirmada pela sentença, ou seja, foi determinada a matrícula do ora Agravado no curso de filosofia, o que torna inócua a discussão objeto deste recurso extraordinário com agravo. Como consignou o Ministro Joaquim Barbosa no julgamento do Agravo de Instrumento n. 439.261, 'a situação fática está consumada, de modo que não se poderá extrair do recurso extraordinário nenhum benefício prático ao recorrente. Por conseguinte,inexiste interesse em recorrer' (DJ 15.12.2004). 6. Pelo exposto, julgo prejudicado este recurso, por perda de objeto, e determino a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (ARE 724.250/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 14.12.2012). Assim, do mesmo modo, entende-se que a decisão que antecipou a tutela foi satisfativa e confirmada pela sentença, ou seja, foi determinada a matrícula da ora agravada na universidade, o que torna inócua a discussão objeto deste recurso extraordinário com agravo. Ressalto, por fim, o fundamento lançado no ARE 760.292, Rel. Min. Roberto Barroso, que serve como paradigma para o presente recurso: “Como consignou o Ministro Joaquim Barbosa no julgamento do Agravo de Instrumento n. 439.261, ‘a situação fática está consumada, de modo que não se poderá extrair do recurso extraordinário nenhum benefício prático ao recorrente. Por conseguinte, inexiste interesse em recorrer’ (DJ 15.12.2004). Pelo exposto, julgo prejudicado este recurso, por perda de objeto, e determino a baixa dos autos à origem (art. 21, inc. IX, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal).' A mesma ratio aplica-se ao caso dos autos. A ora agravada pediu, e obteve, provimento liminar que lhe garantiu a matrícula. Essa ordem foi cumprida, como atesta a declaração de fl. 43, datada de 22.06.2010. Portanto, há mais de três anos ela integra o corpo discente do curso de Farmácia da Universidade Federal de Sergipe. A essa altura, seria claramente irrazoável eliminar da vida da recorrida a frequência às aulas, fazendo-a retomar ao status quo ante. Diante do exposto, com base no art. 544, § 4º, do CPC e no art. 21, § 1º,do RI/STF, conheço do agravo e nego seguimento ao recurso extraordinário” (ARE 760.292/PE, Rel. Min. Roberto Barroso, DJe 6.9.2013). De igual modo, extrai-se dos autos que a recorrida frequenta as aulas do curso de graduação em Letras da Universidade Federal de Santa Catarina desde o primeiro semestre de 2010. Assim, tal como decidido pelo juízo de primeirainstância, entendimento diverso contrariaria os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, “haja vista que a continuidade da graduação não trará qualquer prejuízo a terceiros” (pág. 124 do documento eletrônico 1). Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput). Publique-se. Brasília, 22 de abril de 2014.Ministro RICARDO LEWANDOWSKI- Relator -
(STF - ARE: 805660 RS , Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Data de Julgamento: 22/04/2014, Data de Publicação: DJe-078 DIVULG 24/04/2014 PUBLIC 25/04/2014)
	Processo:
	MS 00042674920138050000 BA 0004267-49.2013.8.05.0000
	Relator(a):
	Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel
	Julgamento:
	20/02/2014
	Órgão Julgador:
	Seção Cível de Direito Público
	Publicação:
	21/02/2014
DIREITO CONSTITUCIONAL. MANDADO DE SEGURANÇA. CERTIFICADO DE CONCLUSÃO DE ENSINO MÉDIO. ALUNA MENOR. APROVAÇÃO EM VESTIBULAR. DIREITO SOCIAL À EDUCAÇÃO. ART. 6º E 205 DA CARTA MAGNA. CIDADANIA E DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. ART. 1º, II E III. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCACAO NACIONAL. EXIGÊNCIA DA MAIORIDADE CIVIL. ACESSO AOS NÍVEIS MAIS ELEVADOS DE ENSINO, SEGUNDO CAPACIDADE DE CADA UM. ART. 208, V DA CF/88. PREVALÊNCIA DO BEM JURÍDICO CONSTITUCIONALMENTE TUTELADO. AMADURECIMENTO INTELECTUAL COMPROVADO. DIREITO LÍQUIDO E CERTO DEMONSTRADO. ILEGALIDADE E ABUSIVIDADE DA NEGATIVA ADMINISTRATIVA. CONCESSÃO DA SEGURANÇA. 1. A Constituição Federal preconiza, como direito social impostergável (art. 6º, caput), a garantia de acesso à educação, cuja universalidade é estatuída nos art. 205 e art. 208, V, a luz do princípio da cidadania e da dignidade da pessoa humana (art. 1º, II e III). 2.Na hipótese dos autos, a pretensão mandamental visa repelir ato ilegal e abusivo atribuído ao Secretário de Educação do Estado da Bahia, que, inobstante sua aprovação em vestibular, negara a emissão do certificado de conclusão do ensino médio, por ser aluna menor de 18 anos. 3. Entretanto, malgrado as disposições da Lei de Diretrizes e Bases da Educacao Nacional, há de prevalecer o entendimento de que não se pode distinguir, por aspecto unicamente etário, alunos que se encontrem em igual grau de aprendizado, sob pena de afronta direta a objetivo fundamental inserto no art. 3º, IV e art. 5º da Carta Magna. 4. Da prova pré-constituída (fls.14 e 25), evidencia-se que os resultados obtidos, pela menor, em processo seletivo e no ENEM, foram suficientes para a sua aprovação em curso de Direito, inobstante a sua tenra idade, não subsistindo motivos para o empecilho em lhe conferir a certidão de término do segundo grau, exigido para a sua matrícula universitária. 5. Prevalente, na espécie, o art. 208, V da Carta Magna, que assegura o "acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um". 6. Evidencia-se, portanto, a ofensa de direito líquido e certo da Impetrante, pelo ato ilegal e abusivo do Impetrado, que, a despeito do seu amadurecimento intelectual e do princípio constitucional da isonomia, negou-lhe certidão de conclusão do ensino médio, em contrariedade ao assegurado no art. 1º, II e III, 3º, IV, 5º, 6º, 205 e 208, V da Constituição Federal. 7. SEGURANÇA CONCEDIDA.
(TJ-BA - MS: 00042674920138050000 BA 0004267-49.2013.8.05.0000, Relator: Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel, Data de Julgamento: 20/02/2014, Seção Cível de Direito Público, Data de Publicação: 21/02/2014)
	Processo:
	REOMS 71609220124014300 TO 0007160-92.2012.4.01.4300
	Relator(a):
	DESEMBARGADOR FEDERAL SOUZA PRUDENTE
	Julgamento:
	07/08/2013
	Órgão Julgador:
	QUINTA TURMA
	Publicação:
	e-DJF1 p.396 de 29/08/2013
ADMINISTRATIVO. MANDADO DE SEGURANÇA. ENSINO SUPERIOR. MATRÍCULA EFETUADA COM CONDIÇÃO SUSPENSIVA. DESCREDENCIAMENTO DE INSTITUIÇÃO DE ENSINO. LEGITIMIDADE DO CERTIFICADO. DIREITO À EDUCAÇÃO (CF, ART. 205). I - Na hipótese dos autos, é manifesta a validade do certificado de ensino médio emitido por instituição de ensino posteriormente descredenciada por ato do Poder Público, mormente tendo em vista a expedição de portaria pelo Conselho Estadual de Educação assegurando a validade dos estudos, até então, realizados pelos alunos da aludida instituição. II - Ademais, há de ver-se, ainda, que a tutela jurisdicional pretendida nestes autos encontra-se em sintonia com o exercício do direito constitucional à educação (CF, art. 205) e com a expectativa de futuro retorno intelectual em proveito da nação, que há de prevalecer sobre formalismos eventualmente inibidores e desestimuladores do potencial científico daí decorrente. III - Remessa oficial desprovida. Sentença confirmada.
(TRF-1 - REOMS: 71609220124014300 TO 0007160-92.2012.4.01.4300, Relator: DESEMBARGADOR FEDERAL SOUZA PRUDENTE, Data de Julgamento: 07/08/2013, QUINTA TURMA, Data de Publicação: e-DJF1 p.396 de 29/08/2013)
Processo:AI 70055102446 RS
Relator(a):Sandra Brisolara Medeiros
Julgamento:23/10/2013
Órgão Julgador:Sétima Câmara Cível
Publicação:Diário da Justiça do dia 28/10/2013
AGRAVO DE INSTRUMENTO. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PRECEITO COMINATÓRIO AJUIZADA CONTRA O ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E MUNICÍPIO DE ESTÂNCIA VELHA. ACESSO À EDUCAÇÃO. DIREITO CONSTITUCIONALMENTE GARANTIDO. INTERDIÇÃO DE ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL PELO PODER PÚBLICO ESTADUAL. CONSTATAÇÃO DE SITUAÇÃO DE RISCO À COMUNIDADE ESCOLAR. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DEFERIDA PARA IMPOR AOS DEMANDADOS O TRANSPORTE ADEQUADO DOS ALUNOS E PROFESSORES, DA ESCOLA INTERDITADA ATÉ OUTRO ESTABELECIMENTO DE ENSINO, BEM COMO PARADA ADEQUADA E MONITORES PARA OS ÔNIBUS ESCOLARES. MANUTENÇÃO. PROVIMENTOS JUDICIAIS QUE VISAM GARANTIR O DIREITO À EDUCAÇÃO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES, OBRIGAÇÃO PREVISTA NOS ARTIGOS 205, 206, I, DA CF E ARTIGOS 4º E 53, INCISOS I E V, DO ECA. NULIDADE DAS DECISÕES PELA AMPLIAÇÃO DO PEDIDO INICIAL APÓS A CITAÇÃO. INOCORRÊNCIA. COMINAÇÃO DE MULTA DIÁRIA. SUBSTITUIÇÃO POR BLOQUEIO DE VALORES. PRELIMINAR REJEITADA. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70055102446, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Julgado em 23/10/2013)
(TJ-RS - AI: 70055102446 RS , Relator: Sandra Brisolara Medeiros, Data de Julgamento: 23/10/2013, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 28/10/2013)
	
Processo:
	APL 03574021220108190001 RJ 0357402-12.2010.8.19.0001
	Relator(a):
	DES. CARLOS SANTOS DE OLIVEIRA
	Julgamento:
	19/02/2013
	Órgão Julgador:
	NONA CAMARA CIVEL
	Publicação:
	04/10/2013 10:40
	Parte(s):
	Autor: ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Proc. do Estado: Flavio de Araujo Willeman
Reu: Bruno de Souza Lima ASSIST/P/S/PAI Paulo Sergio Palermo lima
Advogado: DEFENSORIA PÚBLICA
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. CONCURSO PÚBLICO. ENSINO MÉDIO. RESTRIÇÃO DE VAGAS PARA ALUNOS ORIUNDOS DA REDE PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE. GARANTIA DO DIREITO À EDUCAÇÃO. ARTIGO 205 DA CF/1988. Impossibilidade de reserva da totalidade das vagas oferecidas para o curso de Geração Multimídia/Programação de Jogos Digitais/Programação de Jogos Digitais/Roteiros para Mídias Digitais em favor de alunos que tenham cursado o 9º ano ou fase IX em escolas que integrem a rede pública de ensino. Situação que viola o estabelecido no artigo 205 da Constituição Federal de 1988, que assegura a todos o acesso à educação. - Não se cogita em reserva de vagas para alunos provenientes da rede pública de ensino, com o objetivo de garantir acesso à educação de grupos vulneráveis, mas sim da reserva da totalidade das vagas para tais alunos, o que é inaceitável, na medida em que o estado, a pretexto, de proteger ditos grupos não pode impedir o acesso à educação de outro grupo, que supostamente pertenceria a classes mais privilegiadas da sociedade, sob pena de afronta ao princípio da isonomia. - Conduta do estado não revela igualdade em seu aspecto material, mas sim discriminação em relação aos alunos provenientes da rede particular de ensino, gerandodesigualdade, que não pode ser chancelada pelo Poder Judiciário, diante da ausência de razoabilidade dos termos do edital. DESPROVIMENTO DO RECURSO.
(TJ-RJ - APL: 03574021220108190001 RJ 0357402-12.2010.8.19.0001, Relator: DES. CARLOS SANTOS DE OLIVEIRA, Data de Julgamento: 19/02/2013, NONA CAMARA CIVEL, Data de Publicação: 04/10/2013 10:40)
Manifesta-se aqui o esforço para enxugar as possibilidades de jurisprudência sobre o tema, buscando também a possibilidade de enxugar o conteúdo deste texto, porém sem qualquer prejuízo em qualidade ou capricho de forma a prejudicar ou diminuir a consistência jurisprudencial do exposto, apenas, faz-se isso por razoabilidade. São tantas as afirmações do Poder Judiciário em defesa ao direito e ao acesso à educação, que são suficientes as cinco ementas apresentadas para exemplificar o que este trabalho propõe. Porém, sendo acessíveis diversas outras ementas que também comprovariam a força do art. 205 e de seus seguintes.
	Por último, o grupo é unanime em citar a participação social que existe na cidade de Macaé enquanto o assunto é Educação. Vários discentes das universidades do munícipio, inclusive até integrantes desse grupo de trabalho, promovem um trabalho voluntário em prol da educação. Intitulado como “Pro Dia Nascer Feliz”, o curso não só prepara jovens carentes para vestibulares e outros processos seletivos, como também é um local para discussão e formação da cidadania. Além das matérias básicas de editais, são ministradas oficinas e matérias de formação intelectual e social, como ‘cultura e cidadania’. Todos os envolvidos no curso são voluntários, cidadãos de Macaé e arredores que buscam construir uma sociedade melhor e mais justa. 
	Tem-se, por fim, o exemplo próximo de que a educação pode e deve ser promovida e incentivada pela sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, vide artigo 205 da Constituição Federal.

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