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FICHAMENTO 1 Psicopedagogia em contextos hospitalares e da saúde três décadas de publicações na Revista Psicopedagogia

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Artigo de Fichamento
“Psicopedagogia em Contextos Hospitalares e da Saúde: Três Décadas de Publicações na Revista Psicopedagogia”
I. Referência Bibliográfica
CASTANHO, Maria Irene Siqueira. Psicopedagogia em Contextos Hospitalares e da Saúde: Três Décadas de Publicações na Revista Psicopedagogia. Revista Psicopedagogia, v. 31, p. 63-74. 
II. Resumo
O texto em questão foi produzido sob a proposta de analisar publicações da Revista Psicopedagogia, do período dos trinta anos compreendidos entre 1982 e 2012. O corpus de análise foi constituído por dezenove textos selecionados, que tratavam especificamente da participação da Psicopedagogia e, em especial, do trabalho efetivo do Psicopedagogo, tanto em hospitais quanto em outros contextos cujo trabalho é voltado à saúde.
Os resultados obtidos na pesquisa apontaram um baixo número de artigos publicados referentes a este tema durante o período selecionado. Estes corresponderam apenas a 2,7% de toda a produção realizada entre os trinta anos, sendo que, destes, 0,7% foram publicados entre 1982 e 1991; 5,3% entre 1992 e 2001 e 1,9% entre 2002 e 2012.
A realização da análise fez com que houvesse uma organização e segmentação dos textos de acordo com as categorias de atendimento a que aludiam. Assim, sete textos (que correspondem a 36,8% do total) discutiam as contribuições da Psicopedagogia no contexto das internações hospitalares; cinco textos (que correspondem a 26,3% do total) tratavam da ação efetiva da Psicopedagogia em Ambulatórios de Psiquiatria, Neurologia e Fonoaudiologia, atrelada ao cuidado específico com distúrbios de aprendizagem; quatro textos (21,1 % do total) abordavam, por meio de perspectivas teóricas, a relevância entre uma parceria entre a Psicopedagogia e a Pediatria no que diz respeito à prevenção de problemas atrelados à dificuldade de aprendizagem; dois textos (10,5% do total) empreenderam uma revisão histórica em relação à presença da Psicopedagogia nos contextos supra citados e, um texto (5,3% do total) dizia respeito à aplicação da Psicopedagogia numa comunidade de tratamento específico a dependentes químicos.
Desse modo, a relevância do artigo de Castanho se dá não pela quantidade de trabalhos publicados no período selecionado, mas, sobretudo, por revelar o caráter múltiplo inerente à atuação do Psicopedagogo, figura presente em diversas equipes interdisciplinares responsáveis por avaliar e intervir nos mais variados casos de problemas relativos à aprendizagem, no contexto médico em geral. 
Isso só aponta a necessidade de mais discussões e debates em relação ao tema, justamente com o objetivo de se obter, organizar e estruturar um material mais vasto e profundo no que diz respeito tanto às diferentes formas de aplicação das teorias já existentes, quanto ao possível desenvolvimento de outras novas, nesta área.
III. Citações
“A Psicopedagogia [...] inscreve-se como um campo de conhecimento e da prática por meio de uma construção que não é a priori, mas que se constitui pela ação de seus próprios profissionais, ao responderem às diversas demandas por aprendizagem nos variados espaços e contextos de atuação, fazendo-se, assim, protagonistas de sua história”. (p. 64)
“No âmbito hospitalar e da saúde, no contexto brasileiro, as experiências estão dispersas e ainda há uma insuficiência de teorias e estudos, quando comparados à realidade de outros países, França, Argentina, Estados Unidos, entre outros [...]”. (p. 64)
“O atendimento psicológico e psicopedagógico de crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem e fracasso escolar [...] remonta aos anos 60 na Argentina”. (p. 64)
“A Psicopedagogia no Brasil, fortemente marcada por essa visão crítica e médica do tratamento do fracasso escolar, teve esses serviços ambulatoriais para )atendimento médico-assistencial dos distúrbios de aprendizagem da criança e do adolescente, implantados a partir da década de 70 [...] faltam publicações que auxiliem nas tentativas de traçar um histórico desses serviços, bem como da sistematização dos avanços dessa modalidade de atendimento que conta com o psicopedagogo nas- equipes multiprofissionais”. (p.64)
“A escolha da Revista Psicopedagogia se justifica por sua importância como instrumento de divulgação da Psicopedagogia a partir de 1982, constituindo-se durante anos na única fonte divulgadora de conhecimento na área e pela continuidade ininterrupta ao longo de mais de 30 anos”. (p. 65)
 “A identificação das áreas e níveis de formação dos autores e coautores dos artigos analisados possibilita afirmar que se evidencia nos trabalhos examinados uma perspectiva interdisciplinar com potencial para a busca de ações integradas nas práticas de cuidados na interface entre o biológico, o psicológico, o social, o pedagógico, no atendimento das demandas dos sujeitos, em especial crianças e adolescentes, em contextos de saúde “. (p. 68)
“[...] pode-se afirmar que se encontrou no conjunto das publicações analisadas, o que Matos & Pires afirmam em relação à perspectiva da atuação interdisciplinar como possível solução para a fragmentação dos saberes, que comprometem a visão global daqueles que buscam cuidados de saúde [...] ‘a perspectiva interdisciplinar tem potencial para compreender melhor a multidimensionalidade do objeto de trabalho em saúde e para proporcionar melhores resultados no trabalho’”. (p. 69)
“Algumas reflexões decorrem dos resultados do levantamento realizado. A primeira [...]: há uma tendência em justificar a relevância da atuação do psicopedagogo relacionando-a à humanização da saúde e minimização do sofrimento que decorre das internações. [...] A segunda reflexão decorre do número significativo de artigos que se referem à prática especializada em ambulatórios de Neuropsicologia, Psiquiatria, Fonoaudiologia na avaliação psicopedagógica de distúrbios de aprendizagem. [...] A terceira e última questão refere-se ao número reduzido de artigos na temática pesquisada e que aparecem em uma ordenação crescente da primeira para a segunda década e decrescente da segunda para a terceira. (p. 69-70)
“As lacunas apontadas neste estudo sugerem a necessidade de consolidação e reconhecimento desses espaços para a atuação do psicopedagogo, com definições claras de seu papel, ligadas a objetivos de atenção à saúde e à educação da criança e do adolescente”. (p. 70)
IV. Comentários
Reafirma-se a importância e relevância do Psicopedagogo, em relação ao desenvolvimento sadio de crianças e adolescentes em fase escolar.
Fica clara a necessidade de mais discussões e reflexões acerca desta área, justamente para prover um instrumental maior em relação às práticas de tratamento das dificuldades apresentadas, ou mesmo, com a pesquisa, o desenvolvimento de mais instrumentais teóricos que auxiliem neste processo.
Assim, seja na Revista Psicopedagogia, ou em outros periódicos de circulação específica ou geral, o tema merece maior destaque e relevância. 
V. Ideação
Com todas as tecnologias que tem sido aliadas ao processo de educação das crianças e adolescentes – um público que cada vez mais domina com a maior habilidade toda esta parafernália – como aproximar a figura do Psicopedagogo aos contextos escolares sem causar alardes, mas como uma presença comum em instituições escolares, com um contato maior com todas as crianas, desde cedo?

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