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__________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 1 __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 2 Conteúdo 1) Linha do Tempo ...................................................................................................... 3 2) Uso do hífen ........................................................................................................... 6 2 .1 - Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por H.......................... 6 2.2 - O hífen não é usado quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. .................................................................................................... 7 2.3 – O hífen não é usado quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de R ou S. ...................................................................................... 8 2.4 - Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por R ou S; assim, as letras são duplicadas, para que se mantenha o som do segundo elemento. .............................................................................................................................. 8 2.6 - Quando o prefixo termina por consoante, o hífen é usado se o segundo elemento começar pela mesma consoante. .......................................................................................... 9 2.7 - Quando o prefixo termina por consoante R, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. ............................................................................................................. 10 2.8 - Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém e pós, pré, pró (tônicos), o hífen sempre é usado............................................................................................................................... 10 2.9 - O hífen é usado com os sufixos de origem tupi- guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim; quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos. Exs.: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu e Ceará-Mirim. ........................................................ 10 2.10 - O hífen é também usado para ligar duas ou mais palavras que se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. ............................ 10 Exs.: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo, congresso Norte-Nordeste. .................................. 11 2.11 - O hífen não deve ser usado em palavras que perderam a noção de composição. ... 11 2.13 - Se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. .......................................................... 12 2.14 – O hífen é sempre usado com o prefixo “vice”. Exs.: vice-rei, vice-representante, vice- almirante, vice-governador. ................................................................................................. 12 3) Mudanças na acentuação .................................................................................... 12 3.1 – Palavras paroxítonas com os ditongos decrescentes abertos “ei” e “oi” não são mais acentuadas. ........................................................................................................................ 12 3.2 – Em palavras paroxítonas, não se acentua mais o “i” e o “u” tônicos se vierem precedidos de um ditongo. .................................................................................................. 13 3.3 – O acento não é mais usado em palavras terminadas em “eem” e “oo(s)”. ................... 13 3.4 – O acento que diferenciava palavras que têm a mesma pronúncia (homófonas, como para (á) e para; pela(s) (é) e pela(s); pelo(s) (ê) e pelo(s); polo(s) (ó) e polo(s); e pera (ê) e pera) não é mais usado. ..................................................................................................... 14 3.5 – Não se usa mais o acento agudo na letra “u” tônica em expressões como "tu redarguis", "eles arguem" e outras do presente dos verbos arguir e redarguir. ................... 15 3.6 – Verbos terminados em guar, quar e quir ..................................................................... 15 4) Trema ..................................................................................................................... 16 5) E o que não mudou? .............................................................................................. 17 __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 3 Linha do Tempo das Reformas Ortográficas na Língua Portuguesa Antes de darmos início à temática do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, decretado em 2009, vejamos uma pequena cronologia das mudanças que já aconteceram na nossa língua: Séc. XVI até o séc. XX - A escrita praticada em Portugal e no Brasil obteve raízes latinas e gregas. Sendo assim, era uma escrita de caráter pseudoetimológico. 1904 – A escrita começa a ser simplificada com o trabalho do foneticista português Gonçalves Viana, que publicou o livro “Ortografia Nacional”. 1911 - Acontece a primeira Reforma Ortográfica para simplificar e uniformizar a escrita de algumas formas gráficas de Portugal. Não foi extensiva ao Brasil. 1915 - A Academia Brasileira de Letras resolve harmonizar a ortografia com a portuguesa. Decisão revogada em 1919. Em 1924, Portugal e Brasil deram início à busca por uma grafia comum. 1931 – Foi aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o Brasil e Portugal, que visava unificar e simplificar a língua portuguesa, suprimindo as diferenças, porém tal acordo não foi posto em prática. 1943 - Foi redigido o Formulário Ortográfico de 1943, durante a Primeira Convenção Ortográfica entre Brasil e Portugal. __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 4 1945 - O acordo ortográfico tornou-se lei em Portugal, mas no Brasil não foi aprovado pelo Governo. Os brasileiros continuaram a seguir a ortografia aprovada pela Academia Brasileira de Letrasem 1943. 1986 - O presidente brasileiro José Sarney promoveu um encontro da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) no Rio de Janeiro. Foi apresentado o Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. 1990 - A Academia das Ciências de Lisboa convocou novo encontro juntando uma Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entraria em vigor no dia 1º de janeiro de 1994, após a aprovação de todos os Estados junto do Governo português. 2004 - Os ministros da Educação da CPLP reuniram-se em Fortaleza (CE) para propor a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, mesmo sem a confirmação de todos os membros. 2008/2009 - O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi aprovado em decreto assinado pelo então Presidente Lula, em 29/09/08, e entrou em vigor em janeiro de 2009. O acordo para unificação da Língua Portuguesa foi proposto em 1990, mas só entrou em prática no ano de 2009, isso pelo fato da relutância de alguns países, como Portugal, em ratificar o acordo. Até julho de 2004, era preciso que todos os países membros da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) aprovassem as novas normas. 1971 – Só nesse ano, a ortografia vigente no Brasil incorporou algumas das alterações previstas no Acordo de 1945. __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 5 Você sabe quais países falam a Língua Portuguesa? A CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) é composta por: __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 6 O alfabeto passa a conter 26 letras, ao serem reintroduzidos o “K”, o “W” e o “Y”. Confira a ordem: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Podemos usar as letras “K”, “W” e “Y” em diversas situações, por exemplo: a) Quando escrevemos símbolos de unidades de medida, elementos de expressões químicas ou físicas: km (quilômetro), kg (quilograma), K (Kelvin), W (Watt), Kw (produto iônico da água), etc. b) Ao escrever palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playground, windsurf, kung fu, karatê, kani kama, yin, yang, William, kaiser, Kafka, kafkiano, Byron, Yoko, Kyoto, vodka, whiskey, etc. 2) Uso do hífen Algumas regras do uso do hífen foram alteradas. Apresentaremos, a seguir, um resumo das regras, além de exemplos e dicas que orientam o uso do hífen: 2 .1 - Com prefixos, usa-se sempre o hífen diante de palavra iniciada por H. 1) Mudanças no alfabeto __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 7 Exs.: anti-higiênico co-herdeiro macro-história mini-hotel sobre-humano super-homem Exceção: subumano (nesse caso, a palavra “humano” perde o h). Veja mais no item 2.14. Obs.: a Academia Brasileira de Letras (ABL) registra coerdeiro sem o h. 2.2 - O hífen não é usado quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se inicia o segundo elemento. Exs.: aeroespacial agroindustrial anteontem autoescola autoestrada coautor extraescolar semiaberto semianalfabeto Exceção: não se emprega o hífen nas formações com os prefixos co-, re-, pre- e pro-, mesmo nos encontros de vogais iguais ou quando o segundo elemento começa por h, como coocupante, coabitar, coerdeiro; reabilitar, reescrever; preexistência, proativo, predeterminado, preexistente, preaquecer, preestabelecer, prefixação. __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 8 2.3 – O hífen não é usado quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de R ou S. Exs.: anteprojeto antipedagógico autopeça autoproteção coprodução geopolítica microcomputador pseudoprofessor semideus ultramoderno 2.4 - Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por R ou S; assim, as letras são duplicadas, para que se mantenha o som do segundo elemento. Exs.: antirrábico antirracismo antirrugas antissocial biorritmo contrarregra cosseno infrassom minissaia neorrealismo semirreta ultrassom __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 9 2.5 – Quando o prefixo é terminado com vogal, usa- se o hífen caso o segundo elemento começar pela mesma vogal. Exs.: anti-ibérico anti-inflacionário auto-observação contra-almirante contra-atacar micro-ondas micro-ônibus semi-internato semi-interno 2.6 - Quando o prefixo termina por consoante, o hífen é usado se o segundo elemento começar pela mesma consoante. Exs.: hiper-requintado inter-racial inter-regional sub-bibliotecário super-resistente super-romântico Observações: - Nos casos a seguir, não se usa hífen: hipermercado, intermunicipal, superinteressante, superproteção. - Com o prefixo sub, o hífen também é usado diante de palavra iniciada por R: sub-região, sub-raça. - Com os prefixos circum e pan, o hífen é usado diante de palavra iniciada por M, N e vogal: circum-navegação, pan-americano. ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 10 2.7 - Quando o prefixo termina por consoante R, não se usa o hífen se o segundo elemento começar por vogal. Exs.: hiperacidez interestelar interestadual superamigo superinteressante superotimismo 2.8 - Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém e pós, pré, pró (tônicos), o hífen sempre é usado. Exs.: ex-hospedeiro ex-prefeito ex-presidente pós-graduação pré-história pré-show além-mar aquém-mar recém-nascido sem-terra Exceção: os prefixos átonos pos, pre e pro apontados no item 2.2 2.9 - O hífen é usado com os sufixos de origem tupi- guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu e mirim; quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronúncia exige a distinção gráfica dos dois elementos. Exs.: amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu e Ceará-Mirim. 2.10 - O hífen é também usado para ligar duas ou mais palavras que se combinam, formando não propriamente __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 11 vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Exs.: ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo, congresso Norte-Nordeste. 2.11 - O hífen não deve ser usado em palavras que perderam a noção de composição. Exs: girassol madressilva mandachuva paraquedas paraquedista pontapé 2.12 – Nas locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais), não se emprega geralmente o hífen. Exceção: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa. Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição. Exs.: ervilha-de-cheiro, dama-da-noite, bem-te-vi, mico-leão-dourado, papagaio-do-peito-roxo. pé de moleque mão de obra fim de semana pé de cabra cor de vinho ele próprio à parte a fim de ao passo que __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 12 2.13 - Se no final da linha a partição de uma palavra ou combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha seguinte. 2.14 – O hífen é sempre usado com o prefixo “vice”. Exs.: vice-rei, vice-representante, vice-almirante, vice- governador. 3) Mudanças na acentuação 3.1 – Palavras paroxítonas com os ditongos decrescentes abertos “ei” e “oi” não são mais acentuadas. Exs.: 1. andróide – androide 2. asteróide – asteroide 3. bóia – boia 4. celulóide – celuloide 5. Coréia – Coreia 6. idéia – ideia 7. jóia – joia Exceção: nas palavras paroxítonas com ditongo crescente aberto, mantém-se o acento. Exs.: Guaíba, Guaíra. Quando as paroxítonas com os ditongos aberto “ei” e “oi” estiverem incluídas na regra geral das terminadas em “R”, permanece o acento. Exs.: Méier, destróier. Observação: Regra válida apenas para palavras paroxítonas. Palavras oxítonas terminadas em “éis”, “éu”, “éus”, “ói” e “óis” continuam a ser acentuadas as Exs: anéis, anzóis, herói, heróis, papéis, troféu, troféus. __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 13 3.2 – Em palavras paroxítonas, não se acentua mais o “i” e o “u” tônicos se vierem precedidos de um ditongo. Exs.: 1. cauíla– cauila 2. bocaiúva – bocaiuva 3. boiúna – boiuna 4. feiúra – feiura 5. baiúca – baiuca Observação: Se a palavra for oxítona, tendo o “i” ou o “u” em posição final, ou seguidos de “s”, a acentuação permanece. Exs.: Piauí Tatuí tatuís tuiuiú tuiuiús 3.3 – O acento não é mais usado em palavras terminadas em “eem” e “oo(s)”. Exs.: 1. abençôo – adençoo 2. crêem – creem 3. dêem - deem 4. lêem – leem 5. perdôo – perdoo 6. povôo – povoo 7. relêem – releem 8. vêem – veem 9. vôos – voos 10. vôo – voo Exceção: as paroxítonas com o encontro “oo”, quando incluídas na regra geral das terminadas em “N”, permanecem com o acento. Ex.: herôon. __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 14 3.4 – O acento que diferenciava palavras que têm a mesma pronúncia (homófonas, como para (á) e para; pela(s) (é) e pela(s); pelo(s) (ê) e pelo(s); polo(s) (ó) e polo(s); e pera (ê) e pera) não é mais usado. Exs.: 1. Ela pára o carro - Ela para o carro 2. Este trem vai para o Pólo Norte – Este trem vai para o Polo Norte 3. Meu cavalo tem pêlos negros – Meu cavalo tem pelos negros 4. Fiz uma torta de pêra – Fiz uma torta de pera 5. Ele gosta de jogar pólo – Ele gosta de jogar polo Observações: O acento diferencial em pôde/pode continua; pôde, na 3a pessoa do singular, é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo) e pode é a forma do presente do indicativo, na 3a pessoa do singular. Ex: “Ontem, ela não pôde ir ao teatro, mas hoje ela pode”. Continua sendo usado o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo e por é preposição. Ex: Vou pôr o carro na garagem que foi pintada por mim. Os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.), seguem inalterados. Exs.: Ela tem uma escolha. / Elas têm uma escolha. Ele vem do Rio Grande do Sul. / Eles vêm do Rio Grande do Sul. Ele mantém o voto de silêncio. / Eles mantêm o voto de silêncio. Ela intervém em todas as palestras. / Elas intervêm em todas as palestras. __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 15 A informação fornecida não me convém. / As informações fornecidas não me convêm. Policial detém delinquente procurado. / Policiais detêm delinquente procurado. Para diferenciar as palavras forma/fôrma, o acento circunflexo é facultativo. Ex: Qual é a forma da fôrma do pudim? 3.5 – Não se usa mais o acento agudo na letra “u” tônica em expressões como "tu redarguis", "eles arguem" e outras do presente dos verbos arguir e redarguir. Exs.: 1. tu redargúis – tu redarguis 2. eles argúem – eles arguem 3. ele argúi – ele argui 3.6 – Verbos terminados em guar, quar e quir Verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc, possuem uma variação na pronúncia. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja 1. Essas formas devem ser acentuadas quando pronunciadas com a ou i tônicos. Exs.: • Verbos “delinquir” e “enxaguar”: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam, enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 16 2. Essas formas deixam de ser acentuadas quando pronunciadas com u tônico. Exs.: • Verbos “ enxaguar” e “delinquir”: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxágüem, delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. Atenção: No Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, com as letras a e i tônicas. 4) Trema O trema (¨), sinal inserido sobre a letra “u” para indicar que esta deve ser pronunciada nos grupos “gue”, “gui”, “que”, “qui”, não é mais usado. antigüidade - antiguidade bilíngüe - bilíngue conseqüência - consequência cinqüenta - cinquenta ensangüentado - ensanguentado freqüente - frequente lingüiça - lingüiça lingüístico - linguístico seqüência - sequência tranqüilo - tranquilo __________________________________________________________________________________________________________________________________ ____________________________________________________________________________________________________________________ Av. Dantas Barreto, 1186 - São José - 4º Andar, Recife - PE, CEP: 50020-000 Fone: (81) 3183-6798 – E-mail: esafaz@sefaz.pe.gov.br 17 Observação: Palavras estrangeiras, como Bündchen, Müller, mülleriano (isto é, nomes próprios e derivados) continuam apresentando trema. 5) E o que não mudou? SINAL GRÁFICO REGRA COMO FICA Acento Os verbos “vir” e “ter” e seus derivados permanecem com acento circunflexo no plural. Os derivados com mais de uma sílaba permanecem com acento agudo no singular. Elas vêm, eles têm, eles contêm, eles detêm. Ela detém, ele intervém. Hífen O hífen permanece em palavras compostas comuns, sem preposições, quando o primeiro elemento for adjetivo, verbo, substantivo ou numeral. Primeiro-Ministro, sexta-feira, boa-fé, guarda-chuva, criado-mudo. Em nomes de países e locais geográficos compostos por “grã” e “grão”, o hífen permanece. Grão-Pará, Grã-Bretanha Nas palavras compostas que designam espécies de vegetais e animais, o hífen permanece. Tatu-bola, comigo-ninguém- pode, feijão-verde, erva-doce, joão-de-barro, copo-de-leite. Quando o prefixo “mal” é usado, o hífen permanece antes de vogais; também deve ser usado em expressões com “H” ou “L”. Mal-limpo, mal-humorado, mal-acabado, mal-afamado, mal-estar. Nos prefixos: “além”, “aquém”, “recém”, “bem” e “sem”, o hífen continua. Além-mar, recém-casado, bem-estar, aquém-oceano. Encadeamentos vocabulares (expressões com duas palavras) levam hífen. Ponte Rio-Niterói; relação patrão-empregado;
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