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DA PROVA Documental, Busca e apreensão e indicios

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1. Prova documental. 
Conceito: documento é o elemento que, representando um fato, se destina a conservá-lo de maneira permanente e idôneo, reproduzindo-o em juízo. O documento representa e reproduz um fato ou uma manifestação do pensamento, se perfaz o mais antigo dos meios de convencimento utilizado pela justiça (art. 231-238). 
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Documento, em sentido amplo, como orienta Carnelutti, se manifesta em qualquer elemento que represente um fato, ou ainda, é um fragmento da realidade.
Terminologia: advém do termo “documentum” do verbo latino “doceo” significa ensinar, mostrar, vale dizer, intuir.
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Classificação dos documentos:
1) Quanto à origem
 a) públicos:
 judiciais - escrivão nos autos.
	notariais - tabeliães e oficial de registro público.
	administrativo - outras repartições cravadas de interesse público.
		b) particulares
2) Quanto à forma
	a) autêntico – documento na sua forma originária.
	b) autenticados – reproduzidos a partir do documento originário e reconhecidos
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Documento indispensável à propositura da ação:
Existe documento que deve ser apresentado com a peça inicial acusatória, pois é intrínseco na própria exordial e que sem ele não nasceria a acusação e a relação jurídica da qual decorre o litígio. Ex. cheque – estelionato, procuração.
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Fazem as mesmas prova que os originais:
	- certidões de peças dos autos ou livros, pelo escrivão.
	- traslados e certidões de oficial público.
	- reproduções (fotocópia) autenticada ou conferida em cartório.
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Indícios ou Prova Circunstancial (art. 239) – 
A prova indiciária na verdade é constituída de fragmentos e de circunstâncias(que vão se juntando umas as outras para formar a figura do criminoso).
Na maioria dos casos os tribunais brasileiros não aceitam a prova indiciária como fator único de condenação.
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A prova indireta, ou indiciária, refere-se a fatos diversos do tema da prova, mas que permitem, com o auxílio de regras da experiência, uma ilação quanto ao tema da prova (v. g., uma coisa é ver o homicídio e outra encontrar o suspeito com a arma do crime). Na prova indiciária, mais do que em qualquer outra, intervêm a inteligência e a lógica do juiz. 
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A prova indiciária pressupõe um fato, demonstrado através de uma prova direta, ao qual se associa uma regra da ciência, uma máxima da experiência ou uma regra de sentido comum. Este fato indiciante permite a elaboração de um fato-consequência em virtude de uma ligação racional e lógica
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O art. 408, que trata dos processos do júri estabelece que a prova indiciária é válida apenas para que o Juiz mande o réu para ser julgado pelo Tribunal Popular.
Admite a condenação por meio de prova indireta. Com base numa circunstância aprovada, se induz a existência de outra, desde que relativa ao fato pretendido.
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Segundo a maioria dos julgados não deve servir, se apresentados isoladamente, como fundamento de sentença penal condenatória.
(v. g., a prova direta — impressão digital — colocada no objeto furtado permite presumir que o seu autor está relacionado com o furto; da mesma forma, o sémen do suspeito na vítima de violação
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Busca e apreensão.
Conceito:
 medida cautelar asseguradora de uma prova que se deseja perpetuar (art. 240-250). A busca tem idéia de procura, enquanto que a apreensão se firma com a captura de algo ou da pessoa. São requisitos sucessivos que se completam.
Momento:
antes ou durante a fase inquisitorial.
durante a ação penal.
na execução.
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Tipos e requisitos:
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Horário da busca domiciliar:
a) Dia – por determinação judicial no horário legal, ou seja, das 6 as 20 horas. 
b) Dia e Noite – casos autorizados pela Carta Federal: com consentimento do morador, desastre, flagrante delito ou socorro (art. 5, XI da CF).
Comentários: 
a autoridade policial depende de ordem judicial para realizar a busca domiciliar.
busca pessoal não é inspeção física ou busca íntima.
pode ocorrer apreensão sem busca, lavrando-se o termo de exibição de apreensão.
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A busca e apreensão é providência que pode ser tomada em qualquer fase do inquérito, na fase judicial e até antes do inquérito policial.
	A busca e apreensão pode ser feita pessoalmente pela autoridade ou pelos seus agentes(ou determinar que o oficial de justiça o faça).
	A partir do advento da Constituição Federal de 1988, a busca domiciliar só pode ser feita com mandado judicial(art. 5º, VIII, CF, inviolabilidade de domicílio).
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O conceito de domicílio no Processo Penal é diferente do Código de Processo Civil. No Processo Penal esse conceito é mais amplo, se confunde com residência, é o lugar onde a pessoa se encontra habitualmente, pode ser sua casa, seu local de trabalho, etc.
O art. 240, relaciona o que pode ser objeto de busca e apreensão. Alguns autores dizem que essa enumeração é taxativa, que só podem ser objeto de busca e apreensão aquilo que está disposto nesse artigo. 
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