Buscar

SEMINÁRIO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

SEMINÁRIO 
DIREITO DO TRABALHO 
TEMA: ADICIONAL NOTURNO :
O Trabalho noturno, de acordo com o artigo 73 da CLT, é aquele realizado entre as 22h e às 5h. As regras para quem trabalha à noite são um pouco diferentes. “O trabalho no período noturno é mais penoso ao trabalhador, por isso há o entendimento de que as horas devem ser tratadas de forma diferenciada”, ADICIONAL NOTURNO:
Adicional Noturno é a importância que se acresce à remuneração do empregado que realiza trabalho noturno. A razão deste adicional é compensar o natural desgaste físico maior do trabalhador, em horário normalmente destinado ao repouso. 
O que é considerado horário noturno?
De maneira geral, o período das 22h às 5h, mas existem algumas exceções. No caso de trabalhadores rurais que trabalham na agricultura, o horário noturno é considerado das 21h às 5h. Já para aqueles que trabalham na pecuária, o trabalho noturno é das 20h às 4h. 
Quanto dura uma hora de trabalho noturno?
Diferente da hora de trabalho diurna, a hora noturna, para efeitos trabalhistas, não tem 60 minutos, mas 52 minutos e 30 segundos. Isso significa que a cada 52 minutos e 30 segundos, o trabalhador deve receber por uma hora de trabalho. Se o profissional fizer toda a sua jornada de trabalho em horário noturno, ele vai trabalhar sete horas, mas receberá por oito horas.
E se parte da jornada não for feita em horário noturno?
As horas anteriores às 22h são computadas como diurnas. Em relação às horas trabalhadas após as 5h, há alguma divergência. A CLT não é clara, mas a súmula 60 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que “cumprida integralmente à jornada no período noturno e prorrogada esta também é devido o adicional quanto às horas prorrogadas”. Ou seja, se o horário de trabalho vai até às 6h, essa última hora também deve ser remunerada como uma hora noturna. “Como a lei deixa dúvidas sobre a extensão das horas, a Justiça veio e determinou que as horas prorrogadas fossem tratadas como período noturno”, afirma Martinez. “O entendimento dos juízes trabalhistas hoje é de que a penosidade do trabalho noturno — que é comprovada até cientificamente — continua”. Não é porque o relógio chegou às 5h da manhã que o tra- balhador deixa de sofrer a penosidade de estar trabalhando à noite .
E ainda a OJ 388 – SDI-1:
OJ-SDI1-388. JORNADA 12X36. JORNADA MISTA QUE COMPREENDA A TOTALIDADE DO PERÍODO NOTURNO. ADICIONAL NOTURNO. DEVIDO. (DEJT divulgado em 09, 10 e 11.06.2010)
O empregado submetido à jornada de 12 horas de trabalho por 36 de descanso, que compreenda a totalidade do período noturno, tem direito ao adicional noturno, relativo às horas trabalhadas após as 5 horas da manhã.
Como se calcula o adicional noturno?
O adicional noturno é de, no mínimo, 20% sobre o valor da hora diurna, mas esse porcentual pode ser aumentado por convenções ou acordos coletivos. “A cada 52 minutos e 30 segundos, o trabalhador tem direito a receber a hora normal do salário dele mais 20%”. 
O primeiro passo é calcular o valor de uma hora normal. Considerando uma jornada de trabalho de 8 horas de segunda a sexta-feira, deve-se dividir o salário por 220. O resultado é o valor recebido por hora. Agora, é preciso avaliar quantas horas da jornada de trabalho são consideradas horas noturnas. Se o horário de trabalho for das 18h às 2h, por exemplo, as quatro primeiras horas são con Exemplo:
Horário de trabalho: 22h às 6h de segunda a sexta-feira e das 22h às 1h30 aos sábados (44 horas semanais)*
Salário mensal: R$ 2.200
Salário por hora trabalhada em período diurno: R$ 2.200 ÷ 220 = R$ 10
Salário por hora noturna: R$ 10 x 1,2 (adicional de 20%) = R$ 12 (Adicional de R$ 2)
Número de horas noturnas de segunda a sexta-feira: 8 horas
Número de horas noturnas aos sábados: 4 horas
Total a receber no mês:
Considerando que todas as horas trabalhadas são noturnas, o adicional incide sobre o salário integral do trabalhador, então: R$ 2.200 x 1,2 = R$ 2.640.
Se um trabalhador noturno passa para horário diurno, ele ainda tem direito ao adicional?
Não. “Mesmo se o trabalhador recebesse habitualmente o adicional noturno, se seu horário for alterado para diurno, a empresa não é obrigada a continuar pagando o adicional noturno e não há mais obrigatoriedade de considerar hora reduzida”, diz Martinez.
A empresa pode “embutir” em um salário fixo o adicional noturno?
Não. “Isso acontece muito na prática, e muitas empresas que praticam isso acham que estão fazendo o certo, mas é muito perigoso”, afirma Senne. A súmula 91 do TST diz que “Nula é a cláusula contratual que fixa determinada importância ou percentagem para atender englobada mente vários direitos legais ou contratuais do trabalhador.” O consultor afirma que todos os adicionais devem discriminados; 
Processo
RO 00104740420135010040 RJ
Órgão Julgador
Sétima Turma
Publicação
07/05/2015
Julgamento
8 de Abril de 2015
Relator
SAYONARA GRILLO COUTINHO LEONARDO DA SILVA
Ementa
ADICIONAL NOTURNO. NATUREZA PENOSA.
CONVENÇÃO 171 DA OIT (Decreto 5.005, de 08 de março de 2004). ARTIGO 73 DA CLT. COMPATIBILIDADE COM A CONSTITUIÇÃO DE 1988. O trabalho noturno é potencialmente penoso, pois traz consequências nocivas para a saúde e para a integração social e familiar do empregado. O reconhecimento de que tal labor ocasiona maior fadiga é o fundamento para que o Direito se volte à limitar a sua duração. A Convenção 171 da OIT determina que, em matéria de duração de jornada, devem ser protegidos os trabalhadores que laboram em atividades noturnas.

Outros materiais