Aula 4 Ciências do Ambiente

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CIÊNCIAS DO AMBIENTE 
Elementos de Climatologia 
Profº Fernando Periard Gurgel do Amaral 
ELEMENTOS DE CLIMATOLOGIA 
CIÊNCIAS DO AMBIENTE 
Conteúdo Programático 
 Principais elementos e fatores do clima 
(temperatura e umidade do ar, pressão 
atmosférica, ventos, radiação solar, 
nebulosidade e precipitação, relevo, latitude, 
entre outros), e a sinergia entre eles. 
 
 A diversidade climática do Brasil e as 
características da classificação de Köppen para 
os tipos climáticos brasileiros. 
 
 Informações a respeito do aquecimento global, 
sua influência sob as mudanças climáticas e a 
possível contribuição humana a esse processo. 
ELEMENTOS DE CLIMATOLOGIA 
CIÊNCIAS DO AMBIENTE 
INTRODUÇÃO 
 
 A grande riqueza que o planeta apresenta em 
relação aos seres vivos e os diversos ambientes que 
ocupam se deve a um conjunto de agentes físicos que 
estão relacionados e atuam de forma sinérgica, ou 
seja, influenciam e são influenciados entre eles o 
tempo todo, agem simultaneamente. 
 
 Tais agentes físicos são igualmente importantes 
na distribuição desses seres vivos e são representados 
pelo relevo, clima, solo, distribuição da água e a 
estrutura geológica, que foi abordada nas aulas 
anteriores. 
ELEMENTOS DE CLIMATOLOGIA 
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 O assunto do qual essa aula irá tratar é o clima. 
Portanto, vamos analisar um dos agentes que mais 
influenciam na ocupação dos ambientes pelos seres 
vivos, inclusive o humano. 
 Diversas atividades humanas dependem do clima 
para que sejam mais ou menos eficientes, como por 
exemplo, a produção de alimentos a partir da 
agricultura, onde todas as etapas da cadeia de produção 
são influenciadas pelo clima. 
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 Existem duas ciências que se ocupam 
especificamente das análises que envolvem o clima, a 
Meteorologia e a Climatologia. 
 
 São complementares entre si e possuem como 
objeto principal de estudo o mesmo compartimento 
ambiental, a atmosfera. 
 
 Os fenômenos que ocorrem na atmosfera, como por 
exemplo, movimentações de massas de ar, variações de 
precipitação e de temperatura, são fundamentais para 
determinar as características dos demais compartimentos 
ambientais, ou seja, a biosfera, a hidrosfera e a litosfera. 
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BIOSFERA – Região do planeta que 
inclui todos os organismos e seus 
ambientes sobre a crosta da Terra. 
Constitui apenas cerca de uma parte 
em 10 milhões da massa da Terra; está 
distribuída na sua maioria 
esparsamente numa camada de 1 km 
de espessura de terra, água e ar que se 
estende por uma superfície de meio 
bilhão de km2 do planeta. 
HIDROSFERA – Meio líquido do planeta, constituído pelas águas oceânicas e 
continentais da Terra. As superfícies líquidas correspondem a 71% da 
superfície terrestre, enquanto as terras emersas 29%. 
 
LITOSFERA – Parte sólida da crosta terrestre, cuja espessura máxima é 
avaliada em 60 a 120 km. É formada principalmente de silício e alumínio, e 
por isso recebe também o nome de SIAL. 
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 As duas ciências, embora tenham praticamente os 
mesmos objetos de análise, são diferentes e, portanto, 
são ferramentas científicas utilizadas em diferentes 
situações. 
 
 
 A diferença entre as duas está principalmente na 
escala de tempo em que os profissionais de cada uma 
trabalham. Enquanto o meteorologista analisa as 
condições específicas do tempo a cada instante, o 
climatologista analisa as condições do tempo médias 
durante um longo período. 
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 A aplicação dessas duas áreas científicas como 
ferramentas para as Ciências Ambientais podem ser 
exemplificadas, vejamos: 
 
 A vegetação (e demais seres vivos) de uma área é 
determinada pela sequência de condições climáticas de 
longo prazo que ocorrem nessa região, portanto uma 
análise típica da Climatologia. 
 
 O estudo do estado físico da atmosfera nessa 
mesma região, que também influencia essa vegetação, 
para fazer previsões do tempo atmosférico em curto prazo 
(horas ou dias), é uma análise típica da Meteorologia. 
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FATORES 
CLIMÁTICOS 
ELEMENTOS 
ATMOSFÉRICOS 
LATITUDE 
ALTITUDE 
SOLOS 
VEGETAÇÃO 
CORRENTES MARÍTMAS 
RELEVO 
CONTINENTALIDADE 
MARITIMIDADE 
INTERVENÇÕES HUMANAS 
TEMPERATURA DO AR UMIDADE DO AR 
PRESSÃO ATMOSFÉRICA VENTOS 
NEBULOSIDADE INSOLAÇÃO 
RADIAÇÃO PRECIPITAÇÃO 
ALTERAM 
 
A 
 
DINÂMICA 
 Diversos fatores atuam para a formação das 
condições do tempo de um local e, consequentemente, 
para a formação de seu clima. Esses fatores são agentes 
causais que condicionam os elementos. 
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 Alguns elementos meteorológicos podem atuar 
também como fatores, o que é o caso da radiação solar, 
que pode ser tomada tanto como elemento, por ser uma 
variável que quantifica a disponibilidade de energia solar 
na superfície terrestre, como também pode ser 
considerada um fator, por condicionar a temperatura, a 
pressão e indiretamente outros elementos 
meteorológicos/climáticos. 
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PRINCIPAIS ELEMENTOS E FATORES DO CLIMA 
 (1) TEMPERATURA DO AR: 
 A temperatura do ar indica a energia contida no 
meio. No decorrer de um dia a energia à disposição do 
ambiente oscila entre dois valores extremos, ou seja, 
entre as temperaturas mínimas e máximas. Como essa 
energia vai de um extremo ao outro, ela atua em processo 
de contínuo estímulo aos processos fisiológicos vitais nos 
seres vivos. 
 Alguns fatores climáticos podem influenciar muito 
esse elemento, como por exemplo, a latitude, a altitude, a 
maritimidade e a continentalidade. Além disso, outros 
elementos meteorológicos/climáticos atuam em sinergia 
com a temperatura do ar e com os fatores climáticos 
citados, como no caso das radiações solares. 
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 Podemos considerar, de forma geral, que a 
temperatura tende a diminuir conforme a latitude 
aumenta, ou seja, quanto mais afastado do equador, 
menor será a temperatura. 
 
 Isso também se deve a forma com que a energia 
incide nas diferentes áreas do planeta, mais obliqua ou 
mais perpendicular. 
 
 Quanto mais perpendicular, menor será a 
distância percorrida pela energia na atmosfera e 
consequentemente maior a temperatura na superfície. 
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QUANTO MAIS VERTICAIS FOREM OS RAIOS SOLARES, MENOR SERÁ A CAMADA 
DE ATMOSFERA QUE TERÃO DE ATRAVESSAR 
A = B = C 
1 ≠ 2 ≠ 3 
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 Como comentado anteriormente, a altitude (fator altimétrico) 
também exerce forte influência na temperatura do ar. Quanto maior a 
altitude a temperatura tende a diminuir, a cada 180 metros a 
temperatura cai em média 1ºC. Mesmo se considerarmos cidades de 
latitudes muito próximas, mas com altitudes bem extremas, teremos 
uma grande variação das temperaturas médias anuais, como 
demonstrados na tabela a seguir. 
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 Outro fator climático que incide de forma 
significativa na temperatura do ar é a 
continentalidade e a maritimidade. A principal 
influência nesses casos se dá pela maior ou menor 
oscilação da temperatura (amplitude térmica), em 
decorrência da propriedade da água em manter o 
calor absorvido por maistempo. 
 
 Dessa forma, quanto maior o efeito da 
continentalidade, tanto maior a amplitude térmica e 
as variações de temperatura no local; e, ao contrário, 
quanto maior o efeito da maritimidade, menores as 
oscilações de temperatura do ar. 
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 (2) UMIDADE DO AR: 
 
 A umidade do ar é resultante da quantidade de 
vapor d’água presente na atmosfera e decorrente de 
uma das fases do ciclo hidrológico, a evaporação e a 
evapotranspiração. 
 
 Em função da evaporação ser o principal 
mecanismo para formação de umidade no ar, a 
temperatura e a presença de água na área passa a ser 
determinante para que as variações de umidade do ar 
sejam compreendidas. 
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 A forma mais frequente de 
expressar a quantidade de 
vapor d’água na atmosfera, a 
Umidade Relativa (UR), não 
representa exatamente essa 
condição, mas sim a relação 
percentual entre a 
concentração de vapor 
existente no ar e sua 
concentração máxima 
(saturação), ou seja, a UR 
informa o quanto próximo o ar 
está da saturação. 
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 Como dito anteriormente, a temperatura do ar 
influencia a quantidade de vapor d’água na atmosfera, 
que por sua vez influência a saturação desse mesmo 
vapor d’água no ar. Portanto, a saturação (UR) varia 
de acordo com a temperatura do ar, quanto maior a 
temperatura (expansão do ar e maior capacidade de 
reter vapor) menor tende a ser a UR e, quanto menor 
for a temperatura, menor deverá ser a UR. O gráfico a 
seguir apresenta a relação entre temperatura e UR na 
região de São Paulo, comprovando a tendência 
mencionada anteriormente. 
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 Em determinadas florestas tropicais, especialmente a 
Amazônia, existem condições que favorecem níveis muito 
grandes de evaporação e evapotranspiração. Essa condição, 
por sua vez, possibilita a formação de massas de vapor 
d’água gigantescas que se deslocam pela atmosfera, 
formando os chamados “rios voadores”. 
 Estudos recentes estão comprovando que essas massas 
de ar estão relacionadas ao controle dos regimes de chuvas 
em diversas partes do país e do continente sul americano. 
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 (3) PRESSÃO ATMOSFÉRICA: 
 
 A pressão atmosférica representa um 
importante elemento climático, que atua 
sinergicamente com as variações da latitude e da 
altitude, acabando por atuar também sob as variações 
da temperatura do ar. 
 
 Pode ser conceituada como o peso da coluna de 
ar (peso exercido) com seção reta unitária que se 
encontra acima de um ponto da superfície do planeta, 
em um dado instante. Do ponto de vista da Física, 
representa o peso que a atmosfera exerce por unidade 
de área. 
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 Veja na figura o que 
poderia ter sido o 
barômetro de Torricelli 
(1643), que já tinha notado 
que a pressão atmosférica 
varia. Medindo a altura da 
coluna de mercúrio em seu 
barômetro, ele descobriu 
que a pressão dá indicações 
sobre o clima. 
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 A temperatura é determinante para a formação 
das chamadas zonas de baixa pressão (BP), com 
temperaturas mais elevadas e as chamadas zonas de 
alta pressão (AP), com temperaturas mais baixas. 
Portanto, como a tendência em relação a latitude é da 
temperatura baixar conforme a mesma aumenta, a 
pressão atmosférica tende a ser menor na faixa 
Equatorial, aumentando conforme a latitude também 
aumenta em direção as regiões polares. 
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 Outro elemento climático que influência de 
forma importante a pressão atmosférica é a altitude do 
local em análise. O princípio é bastante simples, pois 
quanto mais elevado for o local, menor será a camada 
de ar a pesar sobre, portanto, quanto mais alto menor a 
pressão atmosférica, como podemos constatar na figura 
e no gráfico a seguir. 
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 O ar é um componente fluido, que sob a influência 
da pressão atmosférica, tende a movimentar-se de forma 
conhecida a partir dos mecanismos de Convergência e 
Divergência. 
 A tendência é de o ar movimentar-se sempre da 
região de maior pressão (AP) para uma região com pressão 
relativamente mais baixa (BP). Portanto, o movimento da 
atmosfera esta relacionado diretamente com a 
distribuição da pressão atmosférica. 
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 Nas zonas de BP o movimento do ar parte da superfície 
para cima (ascensional), também chamadas de áreas 
ciclonais ou ciclones. Já nas zonas de AP o movimento do ar 
é contrário, de cima para superfície (subsidência), também 
chamadas de áreas anticiclonais ou anticilones. 
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 (4) VENTOS: 
 
 Os ventos são resultantes de processos já 
abordados e relacionados principalmente a variação da 
pressão atmosférica. Tem origem a partir do 
deslocamento natural do ar das áreas de AP para as 
áreas de BP. 
 Se considerarmos a superfície terrestre como 
referência, vamos observar esse movimento do ar tanto 
no sentido horizontal, quanto vertical. 
 As diferenças das zonas anticiclonal e ciclonal 
determinam a velocidade do vento. 
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 Além dos ventos representarem um importante 
elemento meteorológico/climático, também possui um 
papel fundamental na manutenção dos seres vivos. 
Onde atende a função de renovação constante do ar, 
promovendo a disponibilidade dos gases vitais para os 
seres vivos. 
 
 Devido as características diferentes que cada 
movimentação de ar promove na atmosfera, vamos 
observar uma grande diversidade de tipos de ventos, 
podendo ser constantes, regulares, periódicos, 
variáveis, irregulares ou locais. 
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 Entre esses diversos tipos temos sistemas 
específicos importantes, que muitas vezes servem como 
indicadores da constância climática. 
 
 (a) Brisas: se dividem entre terrestres e 
marítimas, sendo mais comuns nas costas tropicais. A 
diferença de temperatura entre as superfícies terrestre 
e hídrica, em função do calor específico, acaba por 
determinar diferenças de pressões, que por sua vez 
causam o deslocamento do ar. Como essa temperatura 
varia de acordo com a radiação solar recebida, temos 
mecanismos opostos em relação ao dia e a noite. A figura 
a seguir demonstra claramente essa expectativa. 
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 (b) Monções: são considerados ventos periódicos, 
estando relacionados a uma inversão sazonal na 
direção dos ventos entre o continente e o oceano. 
Variam de acordo com as estações do ano, 
principalmente entre verão e inverno, em função do 
aquecimento e pressão diferentes, nessas épocas, de 
extensas áreas continentais e oceânicas. 
 Ocorrem em diversas partes do planeta, 
contudo, as regiões sul e sudeste da Ásia são as mais 
influenciadas por esses tipos de ventos. Durante o 
verão, sopram do Índico para a Ásia Meridional e 
durante o inverno, sopram da Ásia Meridional para o 
oceano Índico. 
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ELEMENTOS DECLIMATOLOGIA 
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 (c) Alísios: estão na categoria dos ventos 
constantes, que sopram constantemente dos trópicos 
(área mais temperada, de AP e dispersora de ventos) 
para o Equador (área quente, de BP e receptora de 
ventos) e que por serem muitos úmidos, provocam 
chuvas nesses arredores onde ocorre o encontro desses 
ventos. 
 Por isso, a zona equatorial é a região das 
calmarias equatoriais chuvosas. Os chamados ventos 
Contra-Alísios são secos, sendo responsáveis pelas 
calmarias tropicais secas. Sopram do Equador para os 
trópicos, em altitudes mais elevadas da Troposfera. 
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Zona de 
Convergência 
Inter Tropical 
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 (5) RADIAÇÃO SOLAR E INSOLAÇÃO: 
 
 A radiação solar é a maior fonte de energia 
eletromagnética para o planeta, um dos principais 
elementos meteorológicos e um dos fatores 
determinantes do tempo e do clima. Além disso, afeta 
diversos processos físicos (aquecimento/evaporação), 
biofísicos (transpiração) e biológicos (fotossíntese). 
 
 O conceito de insolação possui um significado 
diferente, estando relacionado ao período de 
iluminação do planeta pelo Sol, ou seja, na 
determinação do fotoperíodo (duração do dia desde o 
nascer até o pôr do Sol). 
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 A distribuição da radiação solar na superfície 
terrestre é diferente dependendo da latitude e de 
fatores locais, como a quantidade de nuvens, ou 
regionais, como na ausência ou saturação de algum 
gás atmosférico. Outros processos também são 
determinantes para a análise da radiação solar que 
atinge a superfície da Terra, como a difusão, a 
absorção e a reflexão. 
DIFUSÃO – OCORRE PELO ESPALHAMENTO PROVOCADO PELAS PARTÍCULAS 
PRESENTES NA ATMOSFERA, COMO POR EXEMPLO, CRISTAIS, GASES OU IMPUREZAS. 
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ABSORÇÃO – ESTÁ RELACIONADO A UM MECANISMO DE PROTEÇÃO CONTRA OS 
RAIOS ULTRAVIOLETA FUNDAMENTAL PARA OS SERES VIVOS, EVITANDO EFEITOS NA 
SAÚDE PROVOCADOS PELA RADIAÇÃO. SÃO MOLÉCULAS GASOSAS DE OZÔNIO (O3) 
E OXIGÊNIO (O2) QUE ATUAM DIRETAMENTE NESSE PROCESSO, CONTUDO, OUTROS 
COMPONENTES GASOSOS CONTRIBUEM PARA A ABSORÇÃO DOS RAIOS SOLARES, 
COMO O DIÓXIDO DE CARBONO (CO2) E O VAPOR D’ÁGUA (H2O). 
REFLEXÃO – O PROCESSO OCORRE NAS NUVENS OU NA SUPERFÍCIE TERRESTRE. 
QUANDO INCIDEM NAS NUVENS (40% DA RADIAÇÃO TOTAL), MAIS DA METADE (25%) 
É REFLETIDA DE VOLTA. PORTANTO, QUANTO MAIOR A QUANTIDADE DE NUVENS, 
MENORES AS TAXAS DE RADIAÇÃO DETECTADAS NA SUPERFÍCIE TERRESTRE. 
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 (6) NEBULOSIDADE: 
 
 Está relacionado a formação de nuvens, que na 
maioria das vezes se observa na Troposfera variando 
sua altitude em relação a latitude, de maneira que 
quanto maior a latitude, menor a altura das nuvens. 
Podendo variar de uma altura de 8km nas regiões 
polares, até 18km nas regiões tropicais. 
 São formadas por água no estado líquido e/ou 
cristais de gelo. Dependendo da região, também é 
possível se observar outros componentes, 
principalmente nas proximidades de áreas urbanas ou 
industriais, onde partículas procedentes dessas 
atividades podem produzir vapores, fumaças e poeiras. 
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 As nuvens são classificadas principalmente de 
acordo com características relacionadas a altitude e a sua 
forma, sendo separadas por gêneros e espécies. 
 
 Os principais gêneros são: 
 Cirro (Ci), 
 Cirro-cúmulo (Cc), 
 Cirro-estrato (Cs), 
 Alto-cúmulo (Ac), 
 Cúmulo (Cu), 
 Nimbo-estrato (Ns), 
 Estrato-cúmulo (Sc), 
 Estrato (St), 
 Alto-estrato (As) e 
 Cúmulo-nimbo (Cb). 
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 (7) PRECIPITAÇÃO: 
 
 Processo pelo qual a água, pela força da 
gravidade, atinge a superfície da Terra. O vapor 
d’água contido nas nuvens sob a forma de gotículas 
cresce e tende a cair pelo peso acumulado. 
 
 Dependendo de fatores locais e regionais 
ligados a altitude e temperatura do ar, a água pode 
precipitar no estado líquido (forma pluvial), como 
chuva ou chuvisco, ou no estado sólido, como neve, 
granizo ou saraiva. 
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 Só é possível medir a quantidade de água 
precipitada quando está no estado líquido, ou seja, 
sob a forma pluvial, sendo a unidade de medida o 
mm, que corresponde a altura da chuva em mm/m2. 
 
 Além da possibilidade de medirmos a 
quantidade de chuva, também é possível classificar 
tipos diferentes de chuvas de acordo com o seu 
processo de formação. Apesar de muitas variáveis 
atuarem nesse processo de formação, é possível 
destacar três tipos básicos de chuvas. 
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 (a) Chuvas convectivas: tipicamente observadas 
nas regiões tropicais do planeta. Ocorre pelo 
aquecimento desigual da superfície terrestre, que 
provoca o aparecimento de camadas de ar com 
densidades diferentes, o que resulta em uma 
estratificação instável da temperatura da atmosfera. Se 
essa instabilidade for motivada, por exemplo, por vento 
ou superaquecimento, pode provocar uma ascensão 
brusca e violenta do ar menos denso, capaz de atingir 
grandes altitudes. As chuvas convectivas são de grande 
intensidade e curta duração, normalmente concentradas 
em pequenas áreas, sendo também conhecidas como 
chuvas de verão. 
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 (b) Chuvas frontais: é o tipo mais comum de 
chuva, resultante da ascensão do ar quente sobre o ar 
frio na zona de contato entre duas massas de ar de 
características diferentes, massa de ar quente e fria. 
Se a massa de ar se move de tal forma que o ar frio é 
substituído por ar mais quente, a frente é conhecida 
como frente quente, e se por outro lado, o ar quente 
é substituído por ar frio, a frente é fria. 
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 (c) Chuvas orográficas: são resultantes da 
ascensão mecânica de correntes de ar muito úmidas 
de forma horizontal sobre barreiras naturais, como 
por exemplo, as montanhas. Essa ascensão provoca a 
queda da temperatura do ar, podendo chegar a 
saturação e consequente precipitação. As chuvas na 
região da Serra do Mar são exemplos típicos desse 
tipo de precipitação. 
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 BRASIL: CARACTERIZAÇÃO CLIMÁTICA 
 
 A classificação climática tem como objetivo a 
caracterização de uma grande área ou região, zonas com 
características climáticas e biogeográficas relativamente 
homogêneas. Em geral são utilizadas séries históricas de 
no mínimo 30 anos de informações a respeito dos fatores 
climáticos, a fim de se evitar a influência de fenômenos 
sazonais sobre o conjunto de dados. 
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 No Brasil, principalmente em razão de sua 
localização geográfica, a percepção geral é que se 
trata de um país com um clima 
predominantemente chuvoso e quente. Essa 
descrição não é falsa, contudo, existe uma grande 
diversidade climática em função da enorme 
extensão do território brasileiro e da significativa 
influência dos fatores climáticos (latitude, 
altitude, relevo, vegetação, deslocamento demassas de ar, maritimidade e continentalidade). 
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 Diversas são as metodologias propostas para a classificação 
climática, entretanto, uma das mais reconhecidas mundialmente é a 
proposta por Wilhelm Köppen. Como regra geral, essa classificação 
segue os seguintes princípios: 
(1ª letra) - maiúscula, representa a característica geral do clima: 
A - clima quente e úmido; 
B - clima árido ou semi-árido; 
C - clima mesotérmico (subtropical e temperado); 
(2ª letra) - minúscula, representa as particularidades do regime de precipitação: 
f - sempre úmido (sem estação seca definida); 
m - monçônico e predominantemente úmido; 
s - chuvas de inverno; 
s' - chuvas de outono e inverno; 
w - chuvas de verão; 
w' - chuvas de verão e outono; 
(3ª letra) - minúscula, representa a temperatura média característica da região: 
h - quente; 
a - verões quentes (mês mais quente superior a 22°C); 
b - verões amenos (mês mais quente inferior a 22°C). 
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 Ao adaptarmos essa metodologia de 
classificação climática ao Brasil, teremos uma 
quantidade significativa de tipos climáticos, 
reforçando o fato da grande diversidade climática e 
consequentemente, grande diversidade de sistemas 
naturais. Analise a figura a seguir e depois relacione 
com o quadro que indica cada um dos tipos 
climáticos. 
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MUDANÇAS CLIMÁTICAS 
 O aquecimento global representa o fator de maior 
influência para as mudanças climáticas, sejam naturais 
ou induzidas pelas atividades humanas. Os processos 
físicos do aquecimento global (efeito estufa) começaram 
a ser desvendados no século XIX. Nessa época 
descobriu-se que existia o efeito estufa na Terra e que 
os principais gases causadores desse efeito são o vapor 
de água (H2O) e o gás carbônico (CO2). A ausência desses 
gases na atmosfera traria como consequência a 
superfície de nosso planeta pelo menos 30ºC mais fria. 
Portanto, as mudanças climáticas estão relacionadas 
com um processo natural do planeta, o efeito estufa, 
que por sua vez está sob a possível influência das 
atividades humanas. 
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 A partir da última metade do séc. XX, os esforços 
científicos se intensificaram e os debates a respeito do tema 
também. A hipótese de aquecimento global é irrefutável e o 
problema começa a ser debatido a respeito da influência ou 
não das atividades humanas nesse processo de aquecimento. 
Existem diversas organizações internacionais que se dedicam 
a reunir a maior quantidade possível de dados confiáveis para 
confirmar uma ou outra posição em relação a hipótese 
mencionada. Embora seja um tema controverso e polêmico, a 
maioria dos pesquisadores concorda com a hipótese de 
influência humana no aquecimento global, muitos embasados 
nos resultados apresentados pelo Painel Intergovernamental 
de Mudanças Climáticas (IPCC), instituição amparada pela 
Organização Meteorológica Mundial (OMM) e pelo Programa 
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). 
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 Segundo os últimos relatórios publicados pelo 
IPCC, o aumento da concentração dos gases de 
efeito estufa na atmosfera intensifica o efeito 
estufa natural da Terra e o planeta se aquece com 
mais rapidez e intensidade que o esperado. O termo 
aquecimento global passa a ser atribuído 
exatamente a esse aumento de temperatura 
provocado pela intensificação do efeito estufa. Os 
gases que mais contribuem para o aquecimento 
global e que estão relacionados as atividades 
industriais humanas são o gás carbônico (CO2), o 
metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O). 
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 Mesmo que ainda não se tenha certeza científica 
da participação do homem na intensificação do 
aquecimento global, devemos considerar o princípio da 
precaução e da prevenção na análise desse tema. Dessa 
forma, é primordial conduzir a sociedade a uma 
mudança de atitude, a um novo modelo, que levará a 
uma modificação importante na maneira com que o 
homem explora os recursos naturais do planeta. 
Atualmente, em função dessa nova percepção, as 
mudanças climáticas globais deixaram de ser um 
problema somente técnico e cientifico para tornar-se 
também um problema politico. 
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CENÁRIO CATASTRÓFICO ????????