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PROCESSO PENAL I

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PROCESSO PENAL I
Professor Daniel Menegaz
SISTEMAS PROCESSUAIS
Sistema acusatório que vai até o século XII. Grécia = publicidade dos julgamentos. Tem-se o acusador, o defensor e o juiz, esses dois não se confundem, são pessoas diferentes(art. 129, I, CF). O acusatório tem amor pelo contraditório. A gestão da prova = não existe, o juiz deve ficar inerte, a gestão da prova aqui é entre as partes, o juiz não é parte = a gestão da prova esta totalmente nas mãos das partes. Nesse caso temos um juiz imparcial.
Sistema Inquisitivo: do século XIII até o século XVIII. No sistema inquisitivo a figura do acusador e do juiz se confundem na mesma pessoa. A policia, o MP, e o juiz tudo na mesma pessoa. Os julgamentos eram secretos. O inquisitivo tem desamor. Verdade real = princípio da verdade real = legitima o inquisidor a ir em busca de prova = surge a gestão da prova esta na mão do juiz(de oficio), nosso CPP admite o juiz ir atrás da prova, e o que fundamenta ele é o principio da verdade real, o juiz fica contaminado psicologicamente, ele fica “tentado” a condenar o réu no final = fere o contraditório. Neste caso temos um juiz parcial. o juiz deve ser pautado pelo principio da inercia, jamais devera ir em busca da prova de oficio, se não ele se confunde com a figura do acusador. O brasil adota essencialmente o sistema inquisitivo. Ele é também minimamente acusatório, porem maximamente inquisitivo. 
LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO 
- A lei processual penal não admite extraterritorialidade, ela somente se aplica no território brasileiro(territorialidade(Art. 1º, CPP) – soberania);
Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, ressalvados:
        I - os tratados(poucos países), as convenções(muitos países) e regras de direito internacional;
        II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);
        III - os processos da competência da Justiça Militar; os crimes militares impróprios poderão vir a ser julgado na justiça comum, como por exemplo o estupro; porem jamais serão aplicadas as regras do CPP Militar no processo comum;
        IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); NÃO EXISTE MAIS; NÃO TEM MAIS APLICAÇÃO; 
        V - os processos por crimes de imprensa.         (Vide ADPF nº 130) O STF considerou a lei inconstitucional, ou seja, são aplicados os artigos do CPP e não da lei de crime de imprensa;
        Parágrafo único.  Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. NÃO TEM APLICAÇÃO PORQUE SE REFERE AOS INCISOS IV E V;
- Lugar do crime = Art. 6º do CP = a teoria adotada no Brasil é a ubiquidade, ou seja, se a execução iniciar no brasil e o resultado acabar em outro pais ou vice-versa, pode-se processar o sujeito no Brasil. = Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
LEI PROCESSUAL PENAL NO TEMPO
O tempo rege o ato.
Regras do direito penal(material) = sempre retroage para beneficiar o réu;
Regras do direito processual penal(formal) = não retroage nem para beneficiar o réu;
*Regra material-formal(híbrida) = nessas regra ela obedece o direito material, ou seja, ela retroage; O juiz aplica a pena mais benéfica = ultra-atividade. Ius libertatis = afeta a liberdade da pessoa;
Art. 2o  A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
       O que não estiver descrito na lei processual penal, pode ser trazido de outro regramento que não esta dentro do código penal = Art. 3o  A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.
PRINCIPIOS DO PROCESSO PENAL
- Dignidade da pessoa humana(Art. 1º, III, CF) = garantia de um mínimo existencial; sentimento de respeitabilidade autonomia e autoestima; bens jurídicos-penais protegem de algum modo, a dignidade humana; ser réu não significa ser criminoso e ser vitima não confere a ninguém atestado de idoneidade; da dignidade humana extrai-se regras básicas de como o processo penal deve ser construído de atuado;
- Devido processo legal(Art. LIV, CF) = é composto por outros dois princípios que são o princípio do contraditório e o princípio da ampla defesa. O juiz precisa seguir a ordem do processo para se ter um processo legal e justo, ele não pode ser nulo, irregular e inválido. No aspecto material deve-se observar as garantias processuais, a aplicação de uma atuação adequada correta e razoável. No aspecto processual assegura-se o devido procedimento.
- Presunção de inocência(Art. 5º LVII, CF) = é o estado de inocência, você nasce inocente... A regra é a liberdade, o encarceramento antes de transitar em julgado a sentença condenatória, deve ser a exceção. “O Brasil prende muito, mas prende mal, prende errado”. O ônus da prova é do MP que deve produzir uma prova de que o réu praticou aquele crime para que ele seja condenado, porém a defesa não deve ficar inerte, e também tem o direito a prova. Se o acusador não provar o juiz vai absolver por falta de provas. 
- Ampla defesa(Art. 5º LV, CF) = é o direito que todos nós temos de nos defender. É direito inerente a pessoa humana, no contexto das relações sociais, como garantia do acusado. A autodefesa é positiva(quando a pessoa conta a própria versão dos fatos) ou negativa(quando a pessoa fica calada = “nemo tenetur se detegere” = direito de não produzir prova contra si mesmo). A defesa não pode concordar com a defesa em todos os termos, tem que contrariar para se ter a defesa, se não ela vai ser incompetente. *Princípio da plenitude da defesa(art. 5º, XXXVIII, CF) é um princípio aplicado somente no tribunal do júri, a plenitude é a defesa completa e plena, na plenitude da defesa o contraditório não é negado, mas um prepondera sobre o outro.
- Contraditório(Art. 5º LV, CF) = não se confunde com o princípio da ampla defesa. Ele é traduzido num binômio: direito de informação(dar ciência) e direito de reação(participação) e a vedação da surpresa. É o direito de ser informado e o direito de reagir, de exercer o contraditório(ou não), mas SÓ quando se exerce o contraditório se está praticando a ampla defesa. O contraditório(é a possibilidade de agir) NÃO é a mesma coisa que a ampla defesa(é a ação). Impõe que as partes deve ser dada a possibilidade de influir no convencimento do magistrado, oportunizando-se a participação sobre os atos que constituem a evolução processual. 
- Juiz natural e imparcial(Art. 5º XXXVII + LIII, CF) + promotor natural e imparcial = juiz natural é aquele destinado a analisar a causa concreta mediante critérios legais antecipados e lógicos. A abrangência do juiz natural envolve o juiz imparcial, podendo decorrer impedimento/suspeição. Ver art. 252, 253 e 254 do CPP.
- Publicidade(Art. 93 IX + 5º LX da CF + Art. 792 §1º, CPP) = é a garantia de todo e qualquer cidadão aos atos praticados no curso do processo; O sigilo é admissível quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem. *Publicidade interna(advogado, promotor e juiz): restringe as partes do processo = não existe processo sem publicidade interna e sim uma redução na publicidade externa; *Publicidade externa(qualquer pessoa): é a regra, dá conhecimento ao público geral; 
- Vedação das provas ilícitas(Art. 5º LIV, CF + Art. 157, CPP) = a inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos, no processo criminal fundamenta-se em fatores de ordem ética e mantenedoras da lisura e da imparcialidade do estado na condução do devido processo penal. Significa a proibição de se valer de provas maculadas pelo vício de origem, vezque obtidas por mecanismos ilícitos. Teoria da prova ilícita por derivação(árvore envenenada). A prova ilícita pode ser admitida pró réu = pra absolver o réu; A prova ilícita contra o réu não é admitida, porém já se tem jurisprudências em que se admite provas ilícitas para prender crimes violentos(Ex: crime organizado). 
- Duração razoável do processo(Art. 5º LXXVIII, CF) = a justiça não pode ser tardia. A celeridade pertence as partes. Objetiva evitar a procrastinação. O processo não deve ser nem tão lento que gere impunidade, nem tão célere que viole as garantias. Abrange a duração razoável da prisão cautelar. Não há prazo predefinido – critério da proporcionalidade. Ex: goleiro Bruno esperou 4 anos pelo julgamento da apelação.
- Duplo grau de jurisdição(implícito na CF, Art. 5º, §3º, CF) = o inconformismo humano diante da contrariedade e a falibilidade humana(erro). A estrutura do judiciário prevê o sistema recursal, sendo uma segunda chance, reavaliação do caso por órgão superior colegiado. A sua inserção constitucional implícita deve-se a expressa previsão no Art. 8 item 2, “h”, CADH. Aquilo que não foi analisado pela 1ª instancia não pode ser julgada pela 2ª, precisa voltar a primeira para ser analisado e depois ir para a segunda, isso se chama de supressão de instancia.
- Vedação da autoacusação(implícito na CF) = “Nemo tenetur se detegere” = ninguém pode ser obrigado a produzir prova contra si mesmo. É o direito ao silencio(Art. 5º LXIII, CF + Art. 186 CPP). Qualquer tipo de prova do réu que dependa ativamente dele só vale se o ato for realizado de forma voluntária e consciente. Art. 8º, 2, “g” da CADH.
- Prevalência do interesse do réu(implícito na CF) = in dubio pro reo: em caso de duvida decide-se sempre a favor do réu. Também chamado de favor rei.
- Igualdade processual(Art. 5º, caput, CF) = consagra o tratamento isonômico das partes no transcorrer processual(contraditório). Também chamado como principio da paridade de armas, mas não é sinônimo, apresentando um plus, indicando o direito da defesa desempenhar um papel proativo na produção da prova que possibilite a plena igualdade.
- Motivação das decisões(Art. 93, IX, CF + Art. 155, caput, CPP + Art. 489 §1º, CPP) = o juiz é livre para decidir, desde que o faça de forma fundamentada, sob pena de nulidade insanável. A fundamentação das decisões judiciais é o alicerce necessário para a segurança. Admissão pelos tribunais da fundamentação Per Relationen.
- Proporcionalidade(implícito) = proporcionalidade: necessidade, adequação e proporcionalidade em sentido estrito. Proibição do excesso(limita arbítrios) e proibição do retrocesso – proteção deficiente(a proteção estatal não pode ser deficitária, ex: redução de garantias). Orienta o interprete a não aceitar como válidas soluções jurídicas que conduzam a absurdos.
INQUÉRITO POLICIAL – ART. 4º, CPP + ART. 144, CF
O inquérito policial serve para evitar eventuais abusos e apurar a possibilidade de um crime(fumus commissi delicti) autoria e materialidade(existência do crime). Busca probabilidade da existência ou não de um fato(principal objeto do inquérito policial) delituoso com base em circunstancias. O inquérito não é um processo que não faz parte do poder judiciário, mas sim um procedimento administrativo que faz parte do poder executivo. O inquérito é um procedimento sumário(menos amplo) a investigação deve ser feita rapidamente e não exceder os prazos para não violar a duração razoável do processo. Quem preside o inquérito policial é a autoridade policial(delegado de polícia), o destinatário do inquérito é o MP(ele não pode(em regra, ex: MP investigando a polícia) assumir as investigações). O inquérito é dispensável o MP não precisa dele para o oferecimento da denúncia. O juiz faz a tutela dos direitos fundamentais do investigado, a participação do juiz no inquérito é somente essa, ele não pode mais decretar prisão de oficio no decorrer do inquérito. O delegado não pode entrar na casa de uma pessoa numa busca e apreensão sem mandato(a menos que seja para prestar socorro, flagrante...) pois violaria o domicilio, como também não pode prender uma pessoa, quem prende é o juiz com requerimento do delegado. O inquérito não busca a certeza de nada, mas sim a probabilidade de um fato delituoso, onde nem MP e nem juiz estão ligados a opinião do delegado que realizou o inquérito. Art. 144, CF = A polícia judiciaria na esfera federal é a polícia federal e na esfera estadual é a polícia civil que realiza o inquérito. A polícia privativa/ostensiva é a brigada militar. Quando se instaura as CPI’s e se verifica ilícito penal, o MP pode oferecer a denuncia mesmo sem o inquérito = art. 58, CF. O MP não tem vinculação nenhuma com o inquérito policial. BO(na delegacia) – termo circunstanciado(no JECRIM) – inquérito policial.
Art. 5º Nos crimes de ação penal pública incondicionada 
I = delegado de ofício por meio de uma portaria eles instaura o inquérito; 
II = por meio de requisição do juiz(pro Aury não, o juiz deve remeter ao MP para que se ele quiser que faça a requisição e não ele fazer, se não se torna parcial) ou do MP; *requerimento = §1º a, b, c; § 2º. Delatio criminis = §3º. §5º = querelante;
Art. 8º Auto de prisão em flagrante
*Representação – art. 38 e 39 CPP = é condição de procedibilidade. Se uma ação legal for iniciada sem representação o processo é nulo por falta de procedibilidade. A representação é uma manifestação de vontade da vitima em ver o agente processado – autorizando o MP a denunciar. O prazo é decadencial de 6 meses, conta da data em que veio a saber quem é o autor do crime. Se a vitima for menor de 18 anos(não pode representar por ser menor de idade) e sofre um crime que precisa de representação, quem representa é o representante legal(normalmente pai ou mãe) e assina a representação.*Prova* 1ª corrente = quando os prazos são independentes da vitima e do representante legal(quando o menor conta pra ele começa contar os 6 meses) contam separadamente, para a vitima só começa a contar quando ela completa 18 anos começa contar o prazo dela. 2ª corrente = se o prazo é único, quando a vitima conta para o representante legal e ele não representar passados os 6 meses decai o direito. Na colidência de interesses(entre o representante e a vitima menor de idade) tem-se um curador especial(os 6 meses começam a contar da data da notificação do curador, da ciência deste). 
Art. 6º = trata do procedimento do inquérito, porém quem decide a ordem e como fazer é o delegado. Inciso V = art. 7º, XXI, EOAB(direito do advogado estar presente no interrogatório sob pena de nulidade absoluta). O juiz não pode condenar ninguém com base apenas no inquérito policial, se condenar viola o sistema acusatório, viola a constituição(art. 155 + 156, I = produção antecipada de provas – contraditório e ampla defesa plena). Contraditório: acesso aos autos(cabe reclamação: art. 103-A, §3º, CF ou mandato de segurança) = Art. 14 + Súmula vinculante 14: “É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.” Ampla defesa mitigada: autodefesa(positiva ou negativa). A prova para ser prova precisa ser renovável ou repetível em juízo. Art. 20 = o delegado decide se o inquérito vai ser sigiloso ou não. Inciso VIII = identificação datiloscópica + fotográfica + genética(lei 12037/2009 – art. 3º, IV). Art. 7º = reprodução simulada dos fatos. Art. 9º = o inquérito deve ser escrito. Lei 12830/13 – Indiciamento – Art. 2º, § 6o  O indiciamento, privativo do delegado de polícia, dar-se-á por ato fundamentado, mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.= a qualquer momento o delegado pode o desindiciar. Art. 10 = prazos do inquérito – Policia estadual = solto: 30 dias; preso: 10 dias; Prazo processual(art. 798, §1º, CPP) e prazo material(art. 10 CP).Policia federal(lei 5010/66 – art. 66) preso ou solto = 15 + 15 = 30 dias. Na lei de drogas(lei 13343/06 – art. 51) solto = 90 dias e preso = 30 dias o prazo pode ser duplicado(+ 90 ou + 30). Inquérito policial militar 20 dias preso e 40 dias preso. Lei 1521/51 – art. 10 §1º. Prisão temporária(lei 7960/89) só existe no inquérito, a prisão temporária é de 5 dias prorrogável por mais 5 dias. Lei dos crimes hediondos(8072/90 – art. 2º, §4º) prazo de 30 dias prorrogável por mais 30 dias. O relatório é o encerramento do inquérito = art. 10, §1º. O relatório é enviado ao juiz. Depois de encerrado o inquérito policial , o MP pode *apresentar denuncia; **requerer o arquivamento(art. 18 + súmula 524 do STF – faz coisa julgada formal – é possível desfazer o arquivamento e reabrir as investigações, porém não é fácil, precisa de “novas provas”. Há também a possibilidade do arquivamento fazer coisa julgada material, ou seja, é impossível reabrir o caso. Também tem o arquivamento implícito que somente ocorre na ação penal publica, ocorre quando no inquérito tem-se “A”, “B” e “C” – na denuncia aparecem apenas “A” e “B”, tem-se uma omissão(esquecimento) do órgão acusador em relação a uma parte – esse arquivamento se dá tanto em relação a pessoas, quanto a fatos – o juiz deve aplicar o art. 28, OU havendo a inercia do juiz e ele não fizer nada ocorre o arquivamento implícito e o “C” é arquivado junto com os outros e para reabrir o caso para este precisa-se de novas provas. O STF entende que NÃO se aplica o arquivamento implícito. Também existe a ação penal privada subsidiária da publica(queixa subsidiária – art. 29 + art. 38) onde a inercia é do MP que não apresentou a denuncia dentro do prazo(solto = 15 dias – preso = 5 dias) + art. 5º, LIX, CF. a partir do 16º dia começa contar 6 meses para o exercício da queixa subsidiária, e o advogado pode apresentar a queixa/denuncia.); ***requerer diligencias imprescindíveis; ou ****incompetência do juízo(arquivamento indireto – não é um caso de arquivamento – é um caso de competência do juízo = art. 28, CPP). Lei 8625/93 – art. 26 + art. 129, VIII, CF = requisitar diligencias investigatórias. O MP pode requerer o arquivamento, a policia pode apenas dar a sua opinião no relatório = art. 17. Se o MP quiser o arquivamento e o juiz não aceitar, esse vai mandar para o procurador geral(chefe do MP) e ele decide se arquiva ou não, se ele decidir pelo não arquivamento ele poderá oferecer a denuncia ou designar outro promotor para que este ofereça a denuncia = art. 28. Art. 21(+ art. 136, §3º, IV, CF = é proibida a incomunicabilidade do preso na vigência do estado de defesa) = incomunicabilidade, segundo corrente majoritária é inconstitucional, por ficar até 3 dias incomunicável.
AÇÃO PENAL – ART. 24 A 62 CPP
Pretensão acusatória = significa algo que envolve a imputação, o que está sendo imputado nessa acusação, ela define a ideia em relação ao processo penal. É o objeto do processo penal. As condições da ação são: Possibilidade jurídica do pedido; interesse de agir = critérios de utilidade e necessidade; legitimidade(ativa/passiva); punibilidade concreta; e justa causa(subjetiva). Precisa ter “fumus comissi delicti” = probabilidade verossimilhança – art. 397, precisa apresentar a tipicidade – ilicitude – culpabilidade(teoria tripartite). VER LIVRO DO AURY. 
*PROVA – peso 8 – até o at. 31, CPP
2ª PROVA
Inépcia da inicial = art. 41. 
Art. 44 – Queixa-crime(somente na ação penal PRIVADA) – procuração – poderes especiais(a queixa somente poderá se feita por procuração com poderes especiais). Não é o nome do querelante e sim do QUERELADO. Menção do fato criminoso(tipo penal) – denunciação caluniosa(art. 339, CP). Custas da ação(valor da causa) – preparo de recurso(custas do recurso) também pode pedir AJG. Honorários de sucumbência. 
Renúncia – art. 49: é um ato unilateral do querelante, que se estende a todos os querelados, que pode se dar de maneira tácita(ex: intimidade com a pessoa, ser convidado a ser padrinho/madrinha do filho + § único do art. 104, CP) ou expressa(art. 50 = precisa de declaração). A renuncia só pode acontecer ANTES do inicio do processo penal, e o processo penal ocorre com o recebimento da queixa-crime. 
Perdão – art. 51: o ato é bilateral, ocorre DEPOIS do recebimento da queixa-crime, até o transito em julgado. Existe somente na ação penal privada. O perdão se estende a todos(principio da indivisibilidade), porém eles podem escolher se aceitam ou não o perdão(principio da disponibilidade).
Perempção: art. 60 = não observa a regra de preferencia cônjuge, ascendente...
AÇÃO CIVIL(EX DELITO)
*Reparação de danos – danos materiais(danos emergentes e lucros cessantes) - Alguns juízes + danos morais – estabelece-se valor mínimo. 
Art. 63 – execução(penhora – expropriação)(ex delito) – cumprimento de sentença; - Ação de liquidação; 
Art. 64 – ação civil(ex delito) – fases recursais. *Processo cautelar(sequestro; arresto; e hipoteca legal)
Ato ilícito – art. 186 + 927, CC = obrigação de indenizar. Art. 935, CC = esferas independentes – civil – criminal(Art. 387, CPP = fixação de quantia mínima para reparação de danos na esfera criminal) – administrativa. Art. 515, VI, CPC. Art. 91, CP = torna certa a obrigação de indenizar. Excludente de culpabilidade cabe indenização ao réu se for inocente – inciso VI, art. 66.
JURISDIÇÃO PENAL E COMPETENCIA
Jurisdição é o poder de realizar o direito, a justiça estatal. O poder judiciário é o poder de julgar instituído. Direito fundamental de ser julgado por um juiz natural. Instrumento da tutela do individuo/cidadão. Competência, como limitação ao exercício da jurisdição. A fruição da garantia do juiz natural exteriorizada nas regras de competência, integra o devido processo legal, e não pode ser manipulada em nome de um “interesse público”. 
Competência(art. 69) é o poder de julgar organizado. A competência em razão do lugar deveria ser considerada absoluta, pois jurisdição é uma garantia que dá eficácia ao juiz natural e não permite que se relativize. A competência absoluta(competência – pessoa – absoluta = quem praticou? – Art. 69, VII + Competência – matéria – absoluta = qual foi o crime? – Art. 69, III) pode ser decretada de oficio e não opera convalidação. A competência relativa(competência – lugar – relativa = onde aconteceu? – Art. 69, I), caso não arguida, gera a prorrogação de competência e o juiz acaba por adquiri-la pela preclusão da via impugnativa. Na relativa, há entendimento de que há possibilidade de o juiz declinar de oficio(até a sentença) sua competência, com base no art. 109, do CPP. 
JUSTIÇA ESPECIAL MILITAR FEDERAL: compete o julgamento dos militares das forças armadas(exército, marinha e aeronáutica). Art. 124, CF(julga crime militar e não o militar) – crimes previstos em lei – art. 9º, CPM. ELEMENTOS PARA COMPETENCIA ESPECIAL MILITAR FEDERAL: seja uma conduta tipificada no CPM. Presença de uma das situações do art. 9º, CPM. Jurisprudência: exige-se uma situação de interesse militar. JUSTIÇA ESPECIAL MILITAR ESTADUAL: compete o julgamento dos militares do estado(policia militar, rodoviária ou bombeiro). Art. 125, §4º, CF – crimes previstos em lei – art. 9º, CPM. ASPECTOS DA JUSTIÇA ESTADUAL MILITAR: acidente de transito – lesões corporais culposa e homicídio culposo – apenas quando autor e vitima forem militares(súmula 06 do STJ). Crimes de abuso de autoridade – o militar sempre será julgado na justiça comum(porque é previsto em uma lei especial). Crime doloso contra a vida – o militar será julgado pelo tribunal do júri. Crimes propriamente militares = só podem ser praticados por militares e não são descritos no código penal comum. E os impróprios são os que podem ser julgados pela justiça comum ou pela comum está descrito no art. 9º, II, CPM. 
CRIMES A DISTANCIA: §1º e 2º, art. 70 = ex: carta bomba enviada daqui para Bélgica – o ultimo ato de execução ocorreu aqui, então é julgado aqui. §2º = resultado, quando é julgado o crime no lugar da consumação(onde a bomba explodiu). §3º= quando é incerto o limite territorial, ou jurisdição – ex: joga o corpo da pessoa no rio, e a agua leva por vários municípios. 
CRIME FORA DO TERRITÓRIO NACIONAL(art. 88) = ex: modelo brasileiro que matou empresário em New York – ele será processado na capital do ultimo Estado em que ele morou, se ele morava em Casca, será processado em Porto Alegre – o crime será de justiça Estadual(para ser federal precisa ser contra autarquia, interesses, bens ou serviços da União – art. 109). Se nunca residiu no brasil ele será processado em Brasília. 
ELEIÇÃO DE FORO – Art. 73; 
COMPETENCIA EM RAZÃO DA PESSOA = se uma pessoa comum praticar um crime juntamente com um governador, todos serão julgados no STJ. Porém, se for um crime doloso contra a vida, prevalece a prerrogativa de função, por ser de jurisdição superior(porque é 3ª instancia e o tribunal do júri é 1ª instancia *PROVA*). Ou seja, o governador vai ser julgado em um ação sem júri no STJ e por conexão e continência(não tem previsão legal) a pessoa comum ele iria para o STJ, porém a conexão é lei ordinária(abaixo da CF) e prevalece a competência constitucional, sendo assim ele é julgado pelo júri. Foro privilegiado nunca será julgado em 1ª instancia, será sempre em 2ª ou 3ª. Previsão em CONSTITUIÇÃO ESTADUAL(em SP tem) = súmula, 721, STF = prevalece o tribunal do júri = se o secretario do estado cometer um crime, ele tem foro privilegiado(porém é previsto na CE ele será julgado na 1ª instancia = tribunal do juri). 
CONEXÃO(art. 76, I, II, III, CPP – prática de dois ou mais crimes, havendo uma ou mais pessoas – a conexão intersubjetiva por reciprocidade(briga entre torcidas – gang contra gang – os elementos devem ser identificados e a briga organizada) não se confunde com rixa.) E CONTINENCIA(art. 77, I, II, CPP) – crime único – não pode ter mais de um crime, praticado por duas pessoas ou mais9não pode ter uma só), porém, concurso formal de crimes = um crime vários resultados – crime único). Art. 78(sempre começar lendo do IV) = sempre analisar se é caso de crime continuado. 
*PROVA* EX: CRIMES EM CONEXÃO: 1 furto em Casca + 2 furto em Soledade(Soledade julga o crime porque teve maior número de crimes); 1 roubo em Casca + 1 receptação em Soledade(roubo é mais grave, portanto é julgado em Casca); Prevalece o local do crime/pena mais grave(se tiver pena + multa é mais grave), + prevalece o local do maior número de infrações, se ainda tiver empate, prevalecerá a competência do juiz prevento(juiz que se manifesta primeiro). Por exemplo, se os dois crimes tiverem a mesma penalidade e uma tiver mais multa, aquele que tem multa é mais grave, ou seja, se Casca e Soledade forem julgar e o crime de Soledade tem pena + multa, o juiz de soledade deve avocar e reunir com ele todos os processos(art. 82), porém depois da sentença de 1º grau ele não poderá mais avocar, aplica-se a sumula 235, STJ. 
CISÃO PROCESSUAL FACULTATIVA – Art. 80 – o STJ(juízo prevalente) decidirá se vai separar ou não. 
CISÃO PROCESSUAL OBRIGATÓRIA – Art. 79, I – justiça militar sempre separa; 79, II – sempre separa entre crimes e atos infracionais(ECA); 79, §1º - Corréu com doença mental superveniente, suspende o processo; 79, §2º - Pluralidade de réus no tribunal do júri – recusas imotivadas – aplica art. 469, §1º. 
Perpetuatio jurisdicionis – art. 81, CPP – EX: tem-se um crime de roubo(vara comum) + lesões corporais leves(juizado especial criminal), por meio da conexão os crimes serão julgados na vara comum, se o juiz absolve o roubo, sobra somente as lesões corporais que não é da competência dele, ou seja, teoricamente ele deixaria de ser competente, porém ele não volta para o juizado especial criminal, fica na ara comum e será julgado lá. Nos crimes do júri isso não ocorre.

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