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Contabilidade Geral e de Custos

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Contabilidade Geral e Contabilidade de Custos 
Teoria e Exercícios Comentados 
Auditor-Fiscal do Trabalho (AFT) 
profs. Moraes Junior e Alexandre Lima 
profs. Moraes Junior e Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 1
 
Sistemas de Custos e Informações Gerenciais 
 
Conteúdo 
 
5 Sistemas de Custos e Informações Gerenciais .......................................................... 2 
5.1 A Contabilidade Geral, a Contabilidade de Custos e a Contabilidade 
Gerencial ....................................................................................................................................... 2 
5.2 Custeio por Absorção ................................................................................................... 5 
5.3 Terminologia Aplicável à Contabilidade de Custos ........................................... 6 
5.3.1 Gasto ............................................................................................................................... 6 
5.3.2 Desembolso ..................................................................................................................... 7 
5.3.3 Tipos de Gastos ............................................................................................................... 7 
5.4 Visão Geral dos Outros Tipos de Custeio ........................................................... 10 
5.4.1 Em Relação à Apropriação aos Produtos Fabricados ................................................... 10 
5.4.2 Em Relação ao Nível da Produção ................................................................................ 12 
5.4.3 Outras Terminologias de Custos e Despesas ................................................................ 16 
5.4.4 Outros Tipos de Custeio ................................................................................................ 18 
5.5 Resumo ............................................................................................................................ 22 
5.6 Exercícios de Fixação ................................................................................................. 25 
5.7 Gabarito .......................................................................................................................... 30 
5.8 Resolução dos Exercícios de Fixação ................................................................... 31 
 
Contabilidade Geral e Contabilidade de Custos 
Teoria e Exercícios Comentados 
Auditor-Fiscal do Trabalho (AFT) 
profs. Moraes Junior e Alexandre Lima 
profs. Moraes Junior e Alexandre Lima www.pontodosconcursos.com.br 2
 
Duas observações antes de iniciarmos a exposição teórica. As notas 
explicativas estão indicadas pelos símbolos (*) ou (**). Optei por não usar 
notas de rodapé para que haja uma melhor fluência da sua leitura. A última 
seção da parte teórica traz um resumo de alguns conceitos e fórmulas 
importantes para a prova de Contabilidade Gerencial e de Custos. 
 
5 Sistemas de Custos e Informações Gerenciais 
 
5.1 A Contabilidade Geral, a Contabilidade de Custos e a 
Contabilidade Gerencial 
 
A Contabilidade Geral (ou Financeira) nasceu há aproximadamente 1.000 anos 
das mãos dos comerciantes, para lhes servir de instrumento de controle e 
gestão. Até a Revolução Industrial do século XVIII, só havia a Contabilidade 
Financeira, que foi desenvolvida na era mercantilista para servir aos propósitos 
das empresas comerciais. 
 
A Contabilidade Geral tem por objetivo controlar o Patrimônio das entidades, 
sejam elas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos. Ela deve prestar 
informações a usuários externos que tenham interesse em acompanhar a 
evolução da empresa, tais como entidades financeiras que poderão lhe 
conceder empréstimos, o governo e quaisquer pessoas que desejem adquirir 
ações da empresa se a mesma for aberta. 
 
A teoria da Contabilidade Geral mostra que a apuração do resultado do período 
(o período em consideração pode ter a duração de 1 ano, por exemplo) de 
uma empresa comercial depende do cálculo de um parâmetro denominado 
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), que nada mais é do que o valor de 
aquisição das mercadorias vendidas no período em consideração. O CMV é 
dado pela fórmula 
 
(1) CMV = EI + C - EF 
 
em que “EI” representa o valor em unidades monetárias do Estoque Inicial, 
“EF” é o valor do Estoque ao Final do período e “C” é o valor das Compras do 
período. Note que a apuração do CMV pela fórmula (1) é extremamente 
simples. 
 
No procedimento de apuração do resultado da empresa comercial, tem-se que 
o Resultado com Mercadorias (RCM) é obtido a partir da confrontação do 
CMV com as vendas líquidas (V) geradas pela venda das mercadorias (*) 
 
(2) RCM = V – CMV. 
 
Contabilidade Geral e Contabilidade de Custos 
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Auditor-Fiscal do Trabalho (AFT) 
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(*) As vendas líquidas (ou receita operacional líquida) correspondem às vendas 
brutas (ou receita operacional bruta) diminuídas das deduções de vendas, ou 
seja, “V = vendas brutas – deduções de vendas”. 
 
Quando positivo, o RCM é denominado Lucro Operacional Bruto ou Lucro 
Bruto (LB) e, quando negativo, Prejuízo Operacional Bruto ou Prejuízo 
Bruto. 
 
Finalmente, o Resultado antes do Imposto de Renda (REXAIR) é dado por 
 
(3) REXAIR = RCM – (DC + DA + DF), 
 
em que “DC” representa as Despesas Comerciais, “DA” as Despesas 
Administrativas e “DF” as Despesas Financeiras. As despesas comerciais 
correspondem às despesas referentes às vendas de bens. As despesas 
administrativas são aquelas relativas à manutenção da empresa. As despesas 
financeiras são aquelas incorridas para o financiamento das atividades da 
entidade. 
 
Com o advento da Revolução Industrial, complicou-se a função do contabilista, 
uma vez que, para o levantamento do balanço e apuração do resultado da 
indústria, não dispunha mais tão facilmente dos dados para poder atribuir 
valores aos estoques: seu valor de “Compras” estava agora diluído em uma 
série de valores pagos pelos fatores de produção (por exemplo, matéria-prima, 
mão de obra e combustíveis) usados. 
 
A solução encontrada pela ciência contábil foi adaptar o procedimento de 
apuração do resultado das empresas comerciais para a realidade da empresa 
industrial, substituindo o item “C” da equação (1) de apuração do CMV pelos 
gastos (com matérias-primas, salários dos trabalhadores da produção, 
energia elétrica, combustíveis, etc.) efetuados na atividade industrial, 
conhecidos como Custo de Produção do Período (CPP) ou Gastos de 
Produção (GP), de tal forma que (1) possa ser reescrita como 
 
(4) CPV = EI + CPP - EF 
 
em que “CPV” é o Custo dos Produtos Vendidos. As equações (1) e (4) 
indicam que a Contabilidade de Custos (ou industrial) é “filha” da Contabilidade 
Financeira. De fato, a Contabilidade de Custos é um dos vários ramos em que 
se subdivide a Contabilidade Geral. Historicamente, a Contabilidade de Custos 
teve como principal função a avaliação de estoques em empresas industriais. 
Exemplos de outros ramos da Contabilidade Geral: bancária, comercial, rural, 
hospitalar etc. 
 
Uma empresa industrial possui dois tipos de estoques: produtos em 
elaboração e produtos acabados. Logo, “EI” e “EF” em (4) referem-se aos 
 
Contabilidade Geral e Contabilidade de Custos 
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a) Estoques Iniciais de Produtos em Elaboração (EIPE) e de Produtos 
Acabados (EIPA) e 
 
b) aos Estoques Finais de Produtos em Elaboração (EFPE) e de Produtos 
Acabados (EFPA), respectivamente. 
 
Como as atividades quecaracterizam a empresa industrial ocorrem na área de 
produção, a Contabilidade de Custos cuida do registro e controle dos fatos que 
se realizam nessa área da empresa. 
 
A Contabilidade de Custos tradicional, desenvolvida para avaliar estoques, era 
(e ainda é) uma importante ferramenta de controle e atribuição de custos aos 
produtos; por outro lado, ela não fornecia informações para o gerenciamento 
da produção e para a comercialização dos produtos. Por exemplo, ela não 
ajudava a administração da empresa a alcançar um dado percentual de 
lucratividade na venda de um produto ou linha de produtos, uma vez que 
desconsiderava os fatores externos relacionados ao mercado. 
 
Os princípios dessa Contabilidade de Custos histórica derivam da finalidade 
inicial de avaliação de estoques em empresas industriais; porém, observe-se 
que eles nem sempre se coadunam completamente às duas funções mais 
recentes da moderna Contabilidade de Custos: auxílio ao controle e ajuda às 
tomadas de decisões. Portanto, a atual Contabilidade de Custos não é somente 
uma metodologia de mensuração de estoques e do resultado; ela é, além 
disso, um instrumento de administração da empresa. É daí que advém a sua 
conexão com a Contabilidade Gerencial, surgida na década de 1950. 
 
A Contabilidade Gerencial tem como funções ou objetivos: 
 
1. fornecer informações extraídas dos dados contábeis, que ajudem os 
administradores no processo de tomada de decisões, tais como: a) Quais 
são os produtos que dão lucro ou prejuízo? e b) Deve-se comprar um 
equipamento novo ou deve-se reformar o antigo? 
 
2. fornecer informações para os administradores da empresa que lhes 
permitam gerenciar o desempenho da mesma, avaliando se foram cumpridas 
as metas previstas no orçamento (função de controle). 
 
Os dados obtidos pela Contabilidade de Custos são usados pela Contabilidade 
Gerencial para auxílio ao controle e tomada de decisões. 
 
Com relação à função de controle, a função da Contabilidade de Custos é 
fornecer informações para o estabelecimento de padrões, orçamentos ou 
previsões e, a seguir acompanhar o efetivamente acontecido (Custeio Padrão). 
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5.2 Custeio por Absorção 
 
A fórmula (4) pode ser reescrita como 
 
(5) (EIPE + EIPA) + CPP = (EFPE + EFPA) + CPV, 
 
se substituirmos EI por (EIPE + EIPA) e EF por (EFPE + EFPA). A equação (5) 
indica que os custos incorridos no passado e incorporados aos estoques iniciais 
de produtos em elaboração e acabados (EIPE + EIPA) e os custos atuais 
(representados pelo CPP) serão absorvidos (ou apropriados) pelos (aos) 
estoques finais de produtos em elaboração e acabados (EFPE + EFPA), que 
ainda não foram vendidos, ou pelo (ao) CPV. A fórmula (5) define o Custeio 
por Absorção (ou Custeio Pleno), pois todos os custos são absorvidos 
pelos bens produzidos; todos os gastos relativos ao esforço de produção são 
distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos. Mas os gastos não 
fabris ou despesas são excluídos. 
 
A equação (5) também pode ser posta nas formas alternativas 
 
(6) (CPP + EIPE - EFPE) + EIPA – EFPA = CPV 
 
(7) CPA + EIPA – EFPA = CPV 
 
em que 
 
(8) CPA = CPP + EIPE – EFPE 
 
é o Custo da Produção Acabada. A figura a seguir ilustra as equações (6), 
(7) e (8). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(+) 
 
(-) 
CPP 
CPA 
CPV 
EIPA EFPA 
EIPE EFPE 
(+) (-) 
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O Custeio por Absorção é normalmente exigido pela Auditoria Externa das 
Companhias Abertas e pela Legislação do Imposto de Renda (IR). Ele está 
baseado nos seguintes princípios contábeis (vistos na Contabilidade Geral): 
 
1. Princípio do Registro pelo Valor Original: os estoques e o resultado 
das indústrias são avaliados pelo custo histórico, não sendo corrigidos quando 
há variação no preço dos fatores de produção entre a aquisição e a elaboração 
do balanço patrimonial. 
 
2. Princípio da Competência: todos os gastos com a produção (fixos e 
variáveis) que não tiverem correspondência com as receitas obtidas pela 
empresa devem ser incorporados ao valor dos estoques (custeio por 
absorção). 
 
5.3 Terminologia Aplicável à Contabilidade de Custos 
 
É necessário definir a terminologia aplicada à Contabilidade de Custos a fim de 
evitar ambiguidades. Por exemplo, devemos falar em 
 
“Despesas com matéria-prima” ou “Custos de matéria-prima”? 
 
“Gastos” ou “Despesas de fabricação”? 
 
Na vida prática, as pessoas costumam utilizar os termos Gastos, Custos e 
Despesas de forma intercambiável. Pergunta-se: essas três palavras são 
sinônimas ou referem-se a conceitos diferentes na ótica da Contabilidade de 
Custos? 
 
Podemos antecipar que a resposta certa é NÃO. Aprenderemos na sequência 
que o termo Gastos tem uma conotação ampla, englobando Custos e 
Despesas, os quais, por sua vez, são nomenclaturas distintas. 
 
5.3.1 Gasto 
 
É a compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício 
financeiro para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado 
por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente 
dinheiro)1. Note que Gasto implica Desembolso, mas este último pode ser 
defasado no tempo em relação ao Gasto. Exemplos de Gastos: 
 
• Gastos com mão de obra (salários e encargos sociais); 
• Gastos com aquisição de mercadorias para revenda; 
• Gastos com aquisição de matérias-primas para industrialização; 
 
1
 MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9
a
 ed. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2008, p. 24. 
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• Gastos com aquisição de máquinas; 
• Gastos com aquisição de equipamentos; 
• Gastos com o consumo de energia elétrica; 
• Gastos com aluguéis de instalações; 
• Gastos com reorganização administrativa; 
• Gastos com desenvolvimento de produtos. 
 
Os Gastos não incluem todos os sacrifícios com que a entidade pode arcar, pois 
o Custo de Oportunidade (ou juros sobre o capital próprio) não é incluído, uma 
vez que não implica a entrega de ativos. O conceito de Custo de Oportunidade 
será detalhado em aula posterior. 
 
5.3.2 Desembolso 
 
Corresponde ao pagamento efetuado devido a aquisição de um bem ou 
serviço, podendo ocorrer concomitantemente com o gasto, quando o 
pagamento é a vista, ou posteriormente ao gasto, quando o pagamento é a 
prazo. 
 
5.3.3 Tipos de Gastos 
 
Os Gastos podem ser divididos em: a) Investimentos, b) Custos, c) 
Despesas e d) Perdas (*). 
 
(*) Neves e Viceconti2, pág. 16, consideram que os Gastos podem ser divididos 
somente em Investimentos, Custos e Despesas. A classificação dada nesta 
aula está de acordo com Velter e Missagia3, pág. 113, e Martins4, págs. 24 a 
26. 
 
Investimento 
 
Um Investimento corresponde ao gasto com um bem ou serviço ativado 
em função de vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. 
Exemplos: 
 
• aquisição de móveis e utensílios; 
• aquisição de imóveis; 
• despesas pré-operacionais; 
• aquisição de marcas e patentes; 
 
2
 NEVES, Silvério das e VICECONTI, Paulo E. V. Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo. 8
a
 ed. SãoPaulo: Ed. Frase Ltda, 2008 
3
 VELTER, Francisco e MISSAGIA, Luiz Roberto. Contabilidade de Custos e Análise das Demonstrações Contábeis. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. 
4
 MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9
a
 ed. São Paulo: Ed. Atlas S.A., 2008 
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• aquisição de matérias-primas (*) 
• aquisição de material de escritório. 
 
(*) O gasto com a aquisição de matérias-primas adquiridas pela empresa e 
que ainda não foram utilizadas no processo de produção de bens ou serviços é 
considerado um investimento. 
 
Os investimentos podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação 
variados: a matéria prima é um gasto contabilizado temporariamente como 
investimento circulante, a máquina é um gasto que se transforma num 
investimento permanente, as ações adquiridas de outras empresas são gastos 
classificados como investimentos circulantes ou permanentes, dependendo da 
intenção que levou a sociedade à aquisição. 
 
Custo 
 
O Custo corresponde ao gasto com bens ou serviços que serão utilizados 
na produção de outros bens ou serviços, ou seja, são gastos relacionados 
à atividade de produção. Exemplos: 
 
• Salários e encargos sociais dos funcionários que trabalham na produção; 
• Matéria-prima utilizada no processo produtivo; 
• Combustíveis e lubrificantes utilizados nas máquinas da fábrica; 
• Aluguéis das instalações da fábrica; 
• Seguro das instalações da fábrica; 
• Seguros do maquinário utilizado na produção; 
• Depreciação dos equipamentos utilizados na produção; e 
• Gastos com manutenção das máquinas utilizadas na produção. 
 
Observações: 
 
1. No momento que as matérias-primas adquiridas pela empresa passam a 
ser utilizadas no processo produtivo de bens ou serviços, deixam de ser 
consideradas Investimentos (classificados no Ativo Circulante - Estoque de 
Matérias-Primas) e passam a ser consideradas Custos de produção. A matéria-
prima foi um Gasto na sua aquisição que imediatamente se tornou 
Investimento, e assim, ficou durante o tempo de sua estocagem, sem que 
aparecesse nenhum Custo associado a ela. No momento de sua utilização na 
fabricação de um bem, surge o Custo da matéria-prima como parte integrante 
do bem elaborado. Este, por sua vez, é de novo um Investimento, já que fica 
ativado (isto é, classificado no Ativo) até sua venda. 
 
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2. A energia elétrica utilizada na fabricação de um bem qualquer é gasto (na 
hora de seu consumo) que passa imediatamente para custo, sem transitar pela 
fase de investimento. 
 
3. A máquina provocou um gasto na sua entrada, tornado investimento e 
parceladamente transformado em custo (depreciação), na medida em que é 
utilizada no processo de produção de utilidades. 
 
Despesa 
 
As Despesas são gastos com bens ou serviços não utilizados nas 
atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de 
receitas. Ou seja, as Despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e 
que possuem a característica de representar sacrifícios no processo de 
obtenção de receitas. 
 
Logo, pode-se concluir que as empresas têm Despesas para gerar 
receitas e têm Custos para produzir seus bens e serviços. 
 
Entretanto, normalmente, nem sempre é fácil distinguir Custos e Despesas. 
Para facilitar a sua compreensão, podemos adotar a seguinte regra: Custos 
são todos os gastos realizados até que o produto fique pronto; a partir 
deste ponto, todos os gastos passam a ser Despesas. 
 
Por exemplo, os gastos com a embalagem de um determinado produto podem 
ser Custos se realizados no âmbito do processo produtivo (o produto é vendido 
embalado); e podem ser Despesas se realizados após a produção (o produto 
pode ser vendido com ou sem embalagem). 
 
A comissão do vendedor, por exemplo, é um Gasto que se torna 
imediatamente uma Despesa. 
 
O computador de um funcionário administrativo de uma fábrica, que fora 
transformado em Investimento, tem uma parcela reconhecida como Despesa 
de depreciação, sem transitar pelo Custo de produção. Por outro lado, a 
máquina usada na linha de produção, que fora Gasto transformado em 
Investimento, tem uma parcela reconhecida como Custo de Depreciação. 
 
Todas as Despesas são ou foram Gastos, porém alguns Gastos muitas vezes 
não se transformam em Despesas (por exemplo, terrenos, que não são 
depreciados) ou somente se tranformam em Despesas quando de sua venda. 
 
Segundo a Contabilidade Geral, as Despesas consideram-se incorridas: 
 
1. quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência 
de sua propriedade para terceiros; 
 
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2. pela diminuição ou extinção do valor econômico de um ativo; 
 
3. pelo surgimento de um passivo sem correspondente ativo. 
 
Todos os Custos incorporados ou apropriados aos produtos acabados da 
indústria são reconhecidos como Despesas (apropriação em conta de 
resultado) no momento da venda desses produtos. 
 
Outros exemplos de Despesas: 
 
• Salários e encargos sociais do pessoal de vendas; 
• Salários e encargos sociais do pessoal da administração da indústria; 
• Energia elétrica consumida nas instalações da administração da 
indústria; 
• Gastos com combustíveis e refeições do pessoal de vendas; 
• Conta telefônica da administração e do pessoal de vendas; e 
• Aluguéis e seguros das instalações da administração da indústria. 
 
Os encargos financeiros incorridos pela empresa, independentemente de sua 
origem (por exemplo: decorrente da aquisição de insumos para a produção), 
são sempre considerados despesas. 
 
Perdas 
 
Define-se Perda como bem ou serviço consumidos de forma anormal e 
involuntária. 
 
Não devemos confundir Perda com Despesa ou Custo, porque a Perda tem uma 
característica de anormalidade e involuntariedade. A Perda não é um sacrifício 
feito com intenção de obtenção de receita. Exemplos: perdas com incêndios, 
obsoletismo de estoques, perdas com alagamentos, etc. 
 
Assim como as Despesas, as Perdas vão diretamente à conta de Resultado. 
 
5.4 Visão Geral dos Outros Tipos de Custeio 
 
5.4.1 Em Relação à Apropriação aos Produtos Fabricados 
 
Custos Diretos 
 
Os Custos Diretos são aqueles que podem ser apropriados diretamente 
aos produtos fabricados, pois podem ser identificados e diretamente 
apropriados a um produto, uma linha de produto, um centro de custo ou um 
departamento, no momento de sua ocorrência, pois há uma medida objetiva e 
precisa de seu consumo. 
 
Exemplos (*): 
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1. Matéria-prima: a empresa sabe exatamente a quantidade de matéria-
prima utilizada na fabricação de uma unidade de determinado produto. Ou 
seja, conhecendo-se o preço da matéria-prima, o custo decorrente está 
associado diretamente ao produto. 
 
2. Mão de Obra Direta (MOD): são os custos com os funcionários que 
trabalham diretamente na produção, ou seja, como são conhecidos o tempo 
que cada um trabalhou e o preço de sua mão de obra, é possível apropriar 
estes custos diretamente ao produto.3. Material de embalagem. 
 
4. Depreciação de equipamento, quando o equipamento é utilizado para 
produzir apenas um tipo de produto. 
 
5. Energia elétrica consumida pelas máquinas da produção, quando for 
possível saber quanto foi consumido na fabricação de cada produto. 
 
(*) O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o Imposto 
de Produtos Industrializados (IPI), o Imposto sobre Serviços (ISS), bem como 
Comissões sobre Vendas, na área comercial, constituem exemplos de despesas 
diretas. 
 
Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 
 
São os custos que dependem de cálculos, rateios ou estimativas para 
serem apropriados a determinado produto; são custos apropriados 
indiretamente ao produto. Necessitam, portanto, de algum critério de 
rateio para a sua alocação. Exemplos: 
 
1. Depreciação de equipamentos que são utilizados na fabricação de mais 
de um produto. 
 
2. Salários dos Supervisores de equipes de produção (mão de obra 
indireta). 
 
3. Salários de operários que cuidam da manutenção de equipamentos (mão 
de obra indireta). 
 
4. Materiais indiretos (como cola e verniz consumidos na fabricação de 
móveis). 
 
5. Gastos com a limpeza da fábrica. 
 
6. Energia elétrica que não pode ser associada a um produto específico. 
 
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7. Demais custos de fabricação (seguros, impostos, aluguel da fábrica). 
 
A mão de obra indireta é representada pelo trabalho nos departamentos 
auxiliares nas indústrias ou prestadores de serviços e que não são mensuráveis 
em nenhum produto ou serviço executado. 
 
Os materiais indiretos são materiais empregados nas atividades auxiliares 
de produção, ou cujo relacionamento com o produto é irrelevante. São eles: 
graxas e lubrificantes, lixas etc. 
 
Outros custos indiretos são aqueles que dizem respeito à existência do setor 
fabril, como por exemplo, a depreciação, seguros contra incêndios da fábrica, 
transporte e refeições da mão de obra etc. 
 
Note que, se uma empresa produz apenas um tipo de produto, então todos os 
seus custos são diretos. 
 
Há determinadas situações em que o custo é direto, mas, é de tão pequeno 
valor que não compensa o trabalho de associá-lo a cada produto. Neste caso, 
estes custos, apesar de serem diretos, são considerados custos indiretos. 
Exemplo: gastos com cola e graxa na fabricação de sapatos. 
 
Segue-se uma tabela com alguns critérios para alocação dos CIF. 
 
 
Custo Indireto de Fabricação Critério 
Depreciação de máquinas Quantidades produzidas ou tempo 
de utilização das máquinas 
Mão de obra indireta Tempo de utilização da mão de 
obra 
Aluguel Área ocupada pelos 
departamentos 
Energia elétrica Consumo efetivo 
Depreciação dos prédios Área ocupada pelos 
departamentos 
 
 
5.4.2 Em Relação ao Nível da Produção 
 
Com relação aos níveis de produção, os custos podem ser divididos em custos 
fixos, custos variáveis, custos semivariáveis e custos semifixos. 
 
Custos Fixos 
 
Os Custos Fixos (CF) são aqueles cujos valores permanecem inalterados, 
independentemente do volume de produção da empresa (*). São os 
custos que permanecem constantes dentro de determinada capacidade 
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instalada, independente do volume de produção, ou seja, uma alteração no 
volume de produção para mais ou para menos não modifica o valor total do 
custo. Exemplo: salários dos chefes, aluguel, seguros etc. 
 
(*) As Despesas Fixas são aquelas que permanecem constantes, 
independentemente do volume de vendas ou de prestação de serviços. 
 
Os custos fixos são fixos em relação ao volume de produção, mas podem 
variar ao longo do tempo. O exemplo característico é o aluguel de imóvel 
ocupado por indústria, cujo valor mensal é o mesmo em cada período, 
independentemente do volume produzido. Mesmo quando o valor do aluguel é 
reajustado, o custo continua fixo porque houve apenas uma atualização do 
valor contratado, em função da desvalorização do poder aquisitivo da moeda. 
 
Outro exemplo é a depreciação calculada pelo método das cotas constantes, 
em que o valor de cada período é sempre o mesmo independentemente do 
volume produzido pelo equipamento que está sofrendo depreciação. 
 
Características dos Custos Fixos: 
 
1. valor total permanece constante dentro de determinada faixa da 
produção; 
 
2. o valor por unidade produzida diminui com o aumento da produção, 
conforme ilustrado; 
 
3. sua alocação para os departamentos ou centros de custos necessita, na 
maioria das vezes, de critérios de rateios determinados pelo contador de 
custos; 
 
4. a variação dos valores totais pode ocorrer em função de desvalorização 
da moeda ou por aumento/redução significativa do volume de produção. 
 
 
Custos Fixos de um 
Período 
Volume de 
Produção 
Custo Fixo 
Unitário 
$ 20.000,00 5.000 unidades $ 4,00 
$ 20.000,00 10.000 unidades $ 2,00 
$ 20.000,00 20.000 unidades $ 1,00 
 
 
Os custos fixos podem ser subdivididos : 
 
1. Custo Fixo de Capacidade - é o custo relativo às instalações da 
empresa e reflete a própria capacidade instalada, como depreciação, 
amortização etc. 
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2. Custo Fixo Operacional - é o relativo as operações das instalações da 
companhia, como seguro, imposto predial etc. 
 
Custos Variáveis 
 
Os Custos Variáveis são aqueles cujos valores são alterados em função do 
volume de produção da empresa, ou seja, quanto maior o volume de 
produção, no período, maior será o custo variável (os custo variáveis variam 
direta e proporcionalmente com o volume da produção) (*). Exemplos: 
 
1. Matéria-prima consumida por unidade de produto (**); 
 
2. Materiais indiretos consumidos por unidade de produto; 
 
3. Depreciação dos equipamentos quando for calculada em função 
das horas/máquina trabalhadas. 
 
4. Gastos com horas-extras na produção. 
 
(*) As Despesas Variáveis são aquelas que variam proporcionalmente às 
variações no volume das receitas. Exemplos: impostos sobre faturamento, 
comissões sobre venda e serviços. 
 
(**) Se não houver matéria-prima consumida, o custo variável relativo a este 
insumo é nulo. 
 
Características dos custos variáveis: 
 
1. seu valor total varia na proporção direta do volume de produção (vide 
a próxima Tabela ); 
 
2. o valor é constante por unidade, independentemente da quantidade 
produzida; 
 
3. a alocação aos produtos ou Centros de Custos (*) é, normalmente, 
feita de forma direta, sem a necessidade de utilização de critérios de 
rateios. 
 
(*) O Centro de Custos é a menor unidade de acumulação de custos, sendo 
representada por homens, máquinas e equipamentos de características 
semelhantes que desenvolvem atividades homogêneas relacionadas com o 
processo produtivo. 
 
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Produção 
 
Consumo no 
período 
Consumo total de 
gasolina 
10.000 unidades 1 litro 10.000 litros 
15.000 unidades 1 litro 15.000 litros 
20.000 unidades 1 litro 20.000 litros 
 
 
Custos Semivariáveis 
 
Os custos semivariáveissão custos que variam com o nível de produção, 
mas possuem uma parcela fixa, mesmo que nada seja produzido, ou seja, são 
os custos variáveis que não acompanham linearmente a produção, mas aos 
saltos, mantendo-se fixos dentro de estreitos limites. 
 
Um exemplo de custo semivariável é a conta de energia elétrica, visto que há 
uma taxa mínima mesmo que não ocorra nenhum consumo, embora o valor 
total da conta dependa do consumo de energia da empresa. 
 
Custos Semifixos ou por Degraus 
 
Os custos semifixos são custos que são fixos em determinada faixa de 
produção, mas que variam quando há uma mudança desta faixa. A Tabela a 
seguir mostra que o custo dos supervisores é fixo (R$ 70.000,00) com uma 
produção de até 50.000 unidades, mas, se a empresa passar a produzir 
70.000 unidades, o custo dos supervisores aumentará para R$ 140.000,00. 
 
 
Produção 
Necessidade de 
Supervisores 
Custos (Salários 
+ Encargos) 
0 – 50.000 unidades 1 70.000,00 
50.001 – 100.000 
unidades 
2 140.000,00 
100.001 – 200.000 
unidades 
3 210.000,00 
 
 
Despesas Fixas e Variáveis 
 
As despesas fixas independem do volume de vendas e as despesas 
variáveis variam proporcionalmente ao volume de vendas. Por exemplo, 
as comissões pagas aos vendedores são consideradas despesas variáveis, pois 
o seu valor é função do volume de vendas, enquanto que o aluguel do 
escritório da administração é uma despesa fixa, que deve ser paga 
independentemente do volume de vendas. 
 
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5.4.3 Outras Terminologias de Custos e Despesas 
 
Custo de Produção do Período 
 
O Custo de Produção do Período (CPP) corresponde aos custos incorridos 
no processo produtivo num determinado período de tempo. O CPP é 
usualmente decomposto de acordo com a seguinte fórmula: 
 
(9) CPP = MD + MOD + CIF 
 
em que “MD” denota os Materiais Diretos (matéria-prima, materiais 
secundários apropriados diretamente ao produto e material de embalagem), 
“MOD” é a Mão de obra Direta (gastos com a mão de obra que são 
diretamente apropriáveis ao produto) e “CIF” representa os demais gastos 
indiretos de fabricação. Os CIF também recebem outros nomes tais como 
Gastos Gerais de Fabricação, Gastos Gerais de Produção e Despesas 
Indiretas de Fabricação. 
 
Custo Primário 
 
O Custo Primário (CPrim) é dado por 
 
(10) CPrim = MD + MOD. 
 
Custo de Conversão ou Transformação 
 
O Custo de Conversão ou de Transformação (CTransf) é definido como 
 
(11) CTransf = MOD + CIF. 
 
Outras Despesas 
 
Além dos custos de produção, a empresa incorre em gastos de períodos, que 
são propriamente despesas complementares de natureza não industrial. Estas 
despesas são absorvidas totalmente na apuração do resultado, à medida que 
vão acontecendo e são classificadas, quanto à função em: 
 
a) DESPESAS COMERCIAIS 
 
- comissões de vendedores 
- salários de vendedores 
- viagens e estadias 
- propaganda e promoção 
- aluguel de escritórios regionais 
- outras 
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b) DESPESAS ADMINISTRATIVAS 
 
- aluguel 
- salários administrativos 
- honorários de diretores 
- telefone, água, luz 
- material de expediente 
- leasing de equipamentos de escritório 
- outros 
 
c) DESPESAS FINANCEIRAS 
 
- juros moratórios 
- juros bancários 
- IOF 
- comissões 
- outros 
 
Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 
 
Corresponde ao valor dos gastos incorridos no processo de produção dos bens 
que foram sacrificados para que a empresa gerasse receita de vendas de 
produtos. 
 
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) 
 
Corresponde ao valor dos gastos incorridos no processo de aquisição dos bens 
que foram sacrificados para que a empresa gerasse receitas de vendas de 
mercadorias. 
 
Custo dos Serviços Prestados (CSP) 
 
Corresponde ao valor dos gastos incorridos no processo de prestação dos 
serviços para que a empresa gerasse receita de prestação de serviços. 
 
Centro de Custos 
 
É a menor unidade de acumulação de custos, sendo representada por 
homens, máquinas e equipamentos de características semelhantes que 
desenvolvem atividades homogêneas relacionadas com o processo produtivo. 
 
Centro de Custos Produtivos 
 
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São os centros de custos por onde os produtos passam durante o 
processo de fabricação e nos quais são transformados ou beneficiados. 
Exemplo: montagem, pintura, acabamento etc. 
 
Centro de Custos Auxiliares 
 
São os centros de custos que fazem parte do processo produtivo, mas não 
atuam diretamente nos produtos. Prestam serviços ou dão apoio aos 
centros de custos produtivos. Exemplo: manutenção, planejamento, refeitório, 
ambulatório etc. 
 
Centro de Despesas 
 
Corresponde à menor unidade de acumulação de despesas sendo 
representada por homens, máquinas e equipamentos de características 
semelhantes que desenvolvem atividades homogêneas relacionadas com as 
atividades administrativas, financeiras e comerciais. Exemplo: contabilidade, 
departamento de pessoal, tesouraria, faturamento etc. 
 
5.4.4 Outros Tipos de Custeio 
 
Nesta Seção, apresentaremos, de forma bastante resumida, os Custeios 
Variável, Padrão e ABC (Activity-Based Costing) ou Custeio Baseado em 
Atividades. 
 
Custo Variável 
 
Neste método de custeio, somente são apropriados à produção os custos 
variáveis. Os custos fixos são contabilizados diretamente à débito de conta de 
resultado (juntamente com as despesas) sob a alegação de que estes 
ocorrerão independentemente do volume de produção da empresa. 
 
O custeio variável viola o Princípio da Competência, porque os custos 
fixos são reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos 
fabricados tenham sido vendidos. 
 
É um método indicado para tomada de decisões na empresa. 
 
Custeio Padrão 
 
Neste método, os custos são apropriados à produção não pelo seu valor 
efetivo (ou real) mas sim por uma estimativa do que deveriam ser (Custo 
Padrão). Este método surge da necessidade de avaliar o desempenho da 
empresa industrial. Para que isso seja possível, é necessário que se tenha um 
padrão de medida para que se possa fazer a comparação e a avaliação do 
desempenho. 
 
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A grande finalidade do custeio padrão é o planejamento e o controle de 
custos. 
 
Custeio ABC 
 
A origem do método de custeio ABC está relacionada ao significativo aumento 
dos custos indiretos na produção industrial nas últimas décadas. 
 
Nos primórdios da atividade industrial no mundo moderno, os elementos mais 
importantes do custo de produção eram os MD e a MOD, cuja apropriação se 
faz diretamente aos produtos. Portanto, as distorções nos custos dos produtos 
provocadas pelo rateio dos CIF baseado em estimativas tinham pequena 
influência na determinação do CPV e, por conseguinte, na apuração da 
margem de lucratividade. 
 
À medida que a atividade industrial tornou-se extremamente complexa e com 
um alto grau de automação, houve um aumento considerável dos CIF e, por 
esse motivo, elespassaram a representar, em muitos casos, a maior parcela 
dos custos de produção de uma empresa. 
 
Assim, caso fossem cometidos erros no rateio dos CIF aos produtos fabricados 
e dado que todo rateio parte de uma base arbitrária, os gerentes poderiam 
cometer erros no processo de tomada de decisões, já que os cálculos de 
margem de lucro poderiam estar “furados”. 
 
Nesse cenário, surgiu o Custeio ABC como um método de alocação mais 
justo dos recursos produtivos da empresa. 
 
No método de Custeio ABC, o objetivo é delinear as atividades para 
determinar os custos, ou seja, as atividades da empresa constituem os 
objetos fundamentais para a determinação dos custos. Na sequência, os 
custos por atividades são apropriados aos produtos. 
 
Uma atividade é uma ação que utiliza recursos humanos, materiais, 
tecnológicos e financeiros para a produção de bens ou serviços. É 
composta por um conjunto de tarefas necessárias ao seu desempenho. As 
atividades são necessárias para a concretização de um processo, que é uma 
cadeia de atividades interdependentes. Exemplos de atividades (por 
departamentos de uma fábrica): 
 
• Departamento de Compras: 
- comprar materiais; e 
- desenvolver fornecedores. 
• Almoxarifado: 
- receber materiais; e 
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- movimentar materiais. 
 
O método ABC pressupõe que os fatores produtivos (recursos) são consumidos 
pelas suas atividades e não pelos produtos fabricados. Os produtos são uma 
mera consequência das atividades efetuadas pela empresa para fabricá-los e 
comercializá-los. 
 
O custo de uma atividade compreende todos os sacrifícios de recursos 
necessários para desempenhá-la. Deve incluir salários com os respectivos 
encargos sociais, materiais, depreciação, energia, uso de instalações etc. 
 
A atribuição de custos às atividades deve ser feita da forma mais criteriosa 
possível, de acordo com a seguinte ordem de prioridade: 
 
1. alocação direta; 
2. rastreamento; e 
3. rateio. 
 
A alocação direta é feita quando há uma identificação clara, direta e 
objetiva de certos itens de custos com certas atividades. Pode ocorrer 
com salários, depreciação, viagens, material de consumo etc. 
 
O rastreamento é uma alocação baseada na identificação da relação de 
causa e efeito entre a ocorrência da atividade e a geração dos custos. 
Essa relação é dada em termos de direcionadores de custos. Um 
direcionador de custos é o fator que determina o custo de uma 
atividade. Como as atividades exigem recursos para serem realizadas, tem-se 
que o direcionador é a causa dos seus custos. Alguns exemplos de 
direcionadores: 
 
• número de empregados; 
• área ocupada; 
• homem-hora (tempo de mão-de-obra); 
• quantidade de kWh; 
• hora-máquina; 
• estimativa do responsável pela área etc. 
 
O direcionador de custos é o parâmetro utilizado para atribuir os custos das 
atividades aos produtos. 
 
O rastreamento deve identificar quais são as atividades que estão consumindo 
de forma mais significativa os recursos da produção. Os custos são então 
direcionados para essas atividades e destas para os bens fabricados. O 
rastreamento de custos é um método muito mais complexo do que o simples 
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rateio dos CIF aos produtos. É necessário elencar as atividades relevantes 
dentro dos departamentos, verificar quais são os recursos que estão sendo 
consumidos por elas, direcionar os custos para essas atividades e delas para 
os produtos. 
 
O rateio é realizado apenas quando não há a possibilidade de utilizar 
nem a alocação direta nem o rastreamento; mas deve-se ter em mente 
que, para fins gerenciais, rateios arbitrários não devem ser feitos. 
 
O principal objetivo do custeio ABC é reduzir as distorções causadas 
em virtude da arbitrariedade da distribuição, via rateio, de custos 
indiretos de fabricação aos produtos. O custeio ABC também pode ser 
aplicado aos custos diretos, como, por exemplo, a mão de obra direta, mas, 
neste caso, não haverá muita diferença em relação ao método de custeio por 
absorção. Resumindo, a diferença fundamental está no tratamento dado 
aos custos indiretos. 
 
Normalmente, os custos obtidos pelo método de custeio ABC incluem despesas 
administrativas e com vendas, razão pela qual não é aceito, para fins 
contábeis, para avaliação dos estoques. Entretanto, este método de custeio é 
de grande utilidade para a tomada de decisão do administrador da empresa. 
 
Nota: não fique preocupado se você não conseguiu entender “tudo” de custeio 
ABC na aula de hoje. Nós voltaremos a esse tópico em uma aula posterior, em 
que serão dados vários exemplos do método ABC, bem como comparações 
com os outros métodos de custeio. O objetivo da aula de hoje é tão somente 
introduzir uma visão geral da Contabilidade de Custos e Gerencial, sem entrar 
muito nos detalhes. 
 
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5.5 Resumo 
 
⇒ CPV = EI + CPP – EF 
 
⇒ EIPE + EIPA + CPP = EFPE + EFPA + CPV 
 
⇒ CPA = EIPE + CPP – EFPE 
 
⇒ CPV = EIPA + CPA – EFPA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
⇒ No Custeio por Absorção, todos os custos (fixos ou variáveis) são absorvidos 
pelos bens produzidos; todos os gastos relativos ao esforço de produção são 
distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos. Mas os gastos não fabris 
ou despesas são excluídos. 
 
⇒ Tipos de Gastos: Investimentos, Custos, Despesas e Perdas. 
 
⇒ Custos e Despesas são conceitos distintos. 
 
⇒ Custo: gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens 
ou serviços, ou seja, é um gasto relacionado à atividade de produção (ex.: 
matéria-prima usada na fabricação de um produto). 
 
⇒ Despesa: bem ou serviço consumido direta ou indiretamente para a 
obtenção de receitas (ex.: comissão do vendedor). 
(+) 
 
(-) 
CPP 
CPA 
CPV 
EIPA EFPA 
EIPE EFPE 
(+) (-) 
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⇒ As empresas têm Despesas para gerar receitas e têm Custos para produzir 
seus bens e serviços. 
 
⇒ Perda: bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária (ex.: 
perda por alagamento da fábrica). 
 
⇒ Custos Diretos: são os custos que podem ser apropriados diretamente aos 
produtos fabricados, pois podem ser identificados e diretamente apropriados a 
um produto, uma linha de produto, um centro de custo ou um departamento, 
no momento de sua ocorrência, pois há uma medida objetiva e precisa de seu 
consumo. Ex.: mão de obra direta. 
 
⇒ Custos Indiretos de Fabricação (CIF): são os custos que dependem de 
cálculos, rateios ou estimativas para serem apropriados a determinado 
produto; são custos apropriados indiretamente ao produto. Necessitam, 
portanto, de algum critério de rateio para a sua alocação. Exs.: mão de obra 
indireta, materiais indiretos. 
 
⇒ Custos Fixos: são aqueles cujos valores permanecem inalterados, 
independentemente do volume de produção da empresa (ex.: aluguel da 
fábrica). 
 
⇒ Custos Variáveis: são aqueles cujos valores são alterados em função do 
volume deprodução da empresa (ex.: matéria-prima consumida por unidade 
de produto). 
 
⇒ Custos de Produção do Período (CPP) = MD + MOD + CIF. 
 
⇒ Custo Primário (CPrim) = MD + MOD. 
 
⇒ Custo de Transformação (CTransf) = MOD + CIF. 
 
⇒ Custo dos Produtos Vendidos (CPV): total dos gastos incorridos no processo 
de produção dos bens que foram sacrificados para que a empresa gerasse 
receita de vendas de produtos. 
 
⇒ Custo das Mercadorias Vendidas (CMV): valor dos gastos incorridos no 
processo de aquisição dos bens que foram sacrificados para que a empresa 
gerasse receitas de vendas de mercadorias. 
 
⇒ Custo dos Serviços Prestados (CSP): valor dos gastos incorridos no processo 
de prestação dos serviços para que a empresa gerasse receita de prestação de 
serviços. 
 
⇒ Custeio Variável: método de custeio em que somente os custos variáveis 
são apropriados aos bens produzidos ou serviços prestados. Os custos fixos 
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são contabilizados diretamente à débito de conta de resultado (juntamente 
com as despesas) sob a alegação de que estes ocorrerão independentemente 
do volume de produção da empresa. 
 
⇒ O Custeio Variável viola o Princípio da Competência porque os custos fixos 
são reconhecidos como despesas, ainda que nem todos os produtos fabricados 
tenham sido vendidos. 
 
⇒ Custeio Padrão: é o método em que os custos são apropriados à produção 
não pelo seu valor efetivo (ou real) mas sim por uma estimativa do que 
deveriam ser. 
 
⇒ A grande finalidade do custeio padrão é o planejamento e o controle de 
custos. 
 
⇒ Para se utilizar o método de custeio ABC é necessária a definição das 
atividades relevantes dentro dos departamentos, bem como dos direcionadores 
de custos que irão alocar os diversos custos incorridos às atividades. 
 
⇒ O principal objetivo do custeio ABC é reduzir as distorções causadas em 
virtude da arbitrariedade da alocação, via rateio, de Custos Indiretos de 
Fabricação aos produtos. 
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5.6 Exercícios de Fixação 
 
(Questões inéditas – estilo Cespe) Julgue os itens a seguir. 
 
1. Os dados obtidos pela Contabilidade Gerencial são usados pela 
Contabilidade de Custos para auxílio ao controle e tomada de decisões. 
 
2. A Contabilidade de Custos tem uma área de atuação menos ampla do que a 
Contabilidade Gerencial. 
 
3. O conhecimento do custo de um produto não é vital para se determinar, 
dado o preço, se o mesmo dá lucro ou não. 
 
4. A Contabilidade Geral tem por objetivo controlar somente o Patrimônio das 
entidades privadas. 
 
5. A principal finalidade da Contabilidade de Custos tradicional é a avaliação de 
estoques na indústria. 
 
6. Custeio por Absorção é um processo de apuração de custos que rateia todos 
os custos, fixos ou variáveis, em cada fase de produção 
 
7. Um custo é considerado absorvido quando for atribuído a um produto ou 
unidade de produção 
 
8. No Custeio por Absorção, cada produto receberá sua parcela no custo até 
que o valor total dos custos seja absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos 
ou pelo Estoque Final de Produtos Acabados e/ou em Elaboração 
 
9. O principal objetivo do custeio ABC é reduzir as distorções causadas em 
virtude da arbitrariedade da distribuição, via rateio, de custos indiretos de 
fabricação aos produtos. 
 
10. O custeio variável não viola o Princípio da Competência, porque os custos 
fixos são reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos 
fabricados tenham sido vendidos. 
 
11. O custeio por absorção refere-se apenas a um processo para determinação 
do valor dos Estoques Finais de Produtos Acabados e em Elaboração, não 
podendo ser, portanto, aplicado à obtenção do valor dos Custos dos Produtos 
Vendidos por contrariar o Princípio Contábil da Competência 
 
12. Os gastos podem ser divididos somente em custos e despesas. 
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(TCE-ES/CESPE-UnB/2012) Com relação à contabilidade de custos, 
importante ferramenta para a apuração de resultados e para a gestão 
empresarial, julgue os itens que se seguem. 
 
13. A mão de obra direta pode ser classificada como custo primário — 
juntamente com a matéria-prima — e como custo de conversão — juntamente 
com os custos gerais de fabricação. 
 
14. Departamento consiste na unidade mínima administrativa — representada, 
em geral, por homens e máquinas — em que são contabilizados os custos e o 
setor em que são desenvolvidas atividades homogêneas. 
 
15. A metodologia de custeio variável, apesar de amplamente utilizada para 
fins gerenciais, não pode ser utilizada no Brasil para fins de publicação 
societária ou de apuração fiscal. 
 
16. Define-se custeio integral como a metodologia de custeio em que tanto os 
custos variáveis como os custos fixos são atribuídos aos objetos de custo. 
 
(ANAC/CESPE-UnB/2012/Adaptada) Em relação à classificação e à 
terminologia de custos, julgue o item a seguir. 
 
17. O gasto com mão de obra durante um período de greve e a sobra de 
material proveniente da produção são considerados perda. 
 
Algumas Boas Questões de Outras Bancas ... 
 
18. (Agente Fiscal de Rendas SP/FCC/2009) A grande finalidade do Custo 
Padrão é. 
 
(A) o planejamento e controle de custos. 
(B) a gestão de preços. 
(C) o atendimento às Normas Contábeis Brasileiras. 
(D) a rentabilidade de produtos. 
(E) o retorno do investimento. 
 
19. (Agente Fiscal de Rendas SP/FCC/2009) A diferença fundamental do 
Custeio Baseado em Atividades − Activity-Based Costing – em relação aos 
sistemas tradicionais − Variável e Absorção está no tratamento dado 
 
(A) aos custos diretos de fabricação. 
(B) ao ponto de equilíbrio financeiro. 
(C) aos custos indiretos de fabricação. 
(D) às despesas variáveis. 
(E) às despesas financeiras. 
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20. (Agente Fiscal de Rendas SP/FCC/2009) Na terminologia de custos, 
são custos de conversão ou transformação: 
 
(A) Mão de obra direta e Mão de obra indireta. 
(B) Mão de obra direta e Materiais diretos. 
(C) Custos primários e Custos de fabricação fixos. 
(D) Matéria-prima, Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação. 
(E) Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação. 
 
(Agente Fiscal de Rendas SP/FCC/2006) Instruções: Considere as 
informações abaixo para responder às questões de números 21 a 23. 
 
No mês de janeiro de 2006, dos relatórios de produção da Cia. Albion foram 
extraídas as seguintes informações: 
 
I. Valor dos inventários de início e final do mês (valores em R$): 
 
Itens Saldo Inicial Saldo Final 
Unidades acabadas 125.000 117.000 
Unidades em processo 235.000 251.000 
Matéria-prima 134.000 124.000 
 
II. Movimentos ocorridos no período (valores em R$): 
 
Itens Saldo Inicial 
Compra de matéria-prima 191.000 
Mão de obra direta utilizada 300.000 
Custos indiretos de fabricação ocorridos 175.000 
 
III. Informações adicionais: 
 
A empresa aplica custos indiretos de fabricação a uma taxa de 60% da mão de 
obra direta. Os excessos ou sub-aplicação dos CIF serão apropriadosno final 
do exercício. 
 
21. Custos primários no mês: 
 
(A) 501.000 
(B) 499.000 
(C) 489.000 
(D) 201.000 
(E) 199.000 
 
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22. Total de custos de produção no mês de janeiro: 
 
(A) 743.000 
(B) 681.000 
(C) 673.000 
(D) 665.000 
(E) 501.000 
 
23. Custos das unidades vendidas em janeiro: 
 
(A) 665.000 
(B) 657.000 
(C) 673.000 
(D) 681.000 
(E) 697.000 
 
24. (ICMS-PR/UEL-COPS/2012) Com relação às funções da contabilidade 
de custos, financeira e gerencial, considere as afirmativas a seguir. 
 
I. A contabilidade de custo tem um escopo mais amplo que a contabilidade 
gerencial. 
II. O uso da contabilidade de custos como instrumento gerencial é 
preocupação permanente dos contadores, auditores e fiscais. 
III. O sistema de custos pode subsidiar a decisão gerencial de administração 
de preço de venda. 
IV. Lucro bruto é o resultado do confronto do custo das mercadorias ou 
produtos vendidos ou dos serviços prestados aos clientes com a respectiva 
receita líquida. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
(A) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
25. (ICMS-PR/UEL-COPS/2012) Quanto às terminologias contábeis básicas 
da contabilidade de custos, relacione a coluna da esquerda com a da direita. 
 
(I) Comissão de vendedores. (A) Custos. 
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(II) Compra de material de escritório (B) Desembolso. 
(III) Depreciação do prédio fabril. (C) Despesas. 
(IV) Mercadoria danificada por enchente. (D) Investimento. 
(V) Pagamento de fornecedores. (E) Perdas. 
 
Assinale a alternativa que contém a associação correta. 
 
(A) I-A, II-B, III-C, IV-D, V-E. 
(B) I-C, II-A, III-E, IV-D, V-B. 
(C) I-C, II-D, III-A, IV-E, V-B. 
(D) I-D, II-C, III-A, IV-B, V-E. 
(E) I-E, II-A, III-D, IV-B, V-C. 
 
26. (ICMS-PR/UEL-COPS/2012) Assinale a alternativa que apresenta, 
corretamente, o método de custeio que procura reduzir sensivelmente as 
distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos. 
 
(A) Absorção. 
(B) Custeio ABC. 
(C) Direto. 
(D) Indireto. 
(E) Variável. 
 
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5.7 Gabarito 
 
1 – E 
2 – C 
3 – E 
4 – E 
5 – C 
6 – C 
7 – C 
8 – C 
9 – C 
10 –E 
11 –E 
12 – E 
13 – C 
14 – C 
15 – C 
16 – E 
17 – E 
18 – A 
19 – C 
20 – E 
21 – A 
22 – B 
23 – C 
24 – C 
25 – C 
26 – B 
 
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5.8 Resolução dos Exercícios de Fixação 
 
(Questões inéditas - estilo Cespe) Julgue os itens a seguir. 
 
1. Os dados obtidos pela Contabilidade Gerencial são usados pela 
Contabilidade de Custos para auxílio ao controle e tomada de decisões. 
 
Resolução 
 
Errado, pois o correto é afirmar-se o contrário, ou seja, que os dados obtidos 
pela Contabilidade de Custos são usados pela Contabilidade Gerencial para 
auxílio ao controle e tomada de decisões. 
 
GABARITO: E 
 
2. A Contabilidade de Custos tem uma área de atuação menos ampla do que a 
Contabilidade Gerencial. 
 
Resolução 
 
Certo. As novas funções da moderna Contabilidade de Custos (auxílio ao 
controle e ajuda às tomadas de decisões) não englobam o todo da 
Contabilidade Gerencial, porque esta última tem um escopo mais amplo. 
 
GABARITO: C 
 
3. O conhecimento do custo de um produto não é vital para se determinar, 
dado o preço, se o mesmo dá lucro ou não. 
 
Resolução 
 
Errado. Pelo contrário, o conhecimento do custo é essencial para se calcular a 
lucratividade, ou não, de um dado produto. 
 
GABARITO: E 
 
4. A Contabilidade Geral tem por objetivo controlar somente o Patrimônio das 
entidades privadas. 
 
Resolução 
 
Errado. A Contabilidade Geral tem por objetivo controlar o Patrimônio das 
entidades, sejam elas públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos. 
 
GABARITO: E 
 
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5. A principal finalidade da Contabilidade de Custos tradicional é a avaliação de 
estoques na indústria. 
 
Resolução 
 
Certo. A Contabilidade de Custos nasceu da Contabilidade Financeira, quando 
da necessidade de avaliar os estoques na indústria, tarefa essa que era trivial 
na empresa comercial. 
 
GABARITO: C 
 
6. Custeio por Absorção é um processo de apuração de custos que rateia todos 
os custos, fixos ou variáveis, em cada fase de produção 
 
Resolução 
 
Certo, conforme a fórmula (5). 
 
GABARITO: C 
 
7. Um custo é considerado absorvido quando for atribuído a um produto ou 
unidade de produção. 
 
Resolução 
 
Certo, conforme a fórmula (5). 
 
GABARITO: C 
 
8. No Custeio por Absorção, cada produto receberá sua parcela no custo até 
que o valor total dos custos seja absorvido pelo Custo dos Produtos Vendidos 
ou pelo Estoque Final de Produtos Acabados e/ou em Elaboração. 
 
Resolução 
 
Certo, conforme a explicação dada na Seção 5.2. 
 
GABARITO: C 
 
9. O principal objetivo do custeio ABC é reduzir as distorções causadas em 
virtude da arbitrariedade da distribuição, via rateio, de custos indiretos de 
fabricação aos produtos. 
 
Resolução 
 
Certo, vide seção 5.4.4. 
 
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GABARITO: C 
 
10. O custeio variável não viola o Princípio da Competência, porque os custos 
fixos são reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os produtos 
fabricados tenham sido vendidos. 
 
Resolução 
 
Errado, pois o custeio variável viola o Princípio da Competência, haja vista que 
os custos fixos são reconhecidos como despesas mesmo que nem todos os 
produtos fabricados tenham sido vendidos. 
 
GABARITO: E 
 
11. o custeio por absorção refere-se apenas a um processo para determinação 
do valor dos Estoques Finais de Produtos Acabados e em Elaboração, não 
podendo ser, portanto, aplicado à obtenção do valor dos Custos dos Produtos 
Vendidos por contrariar o Princípio Contábil da Competência 
 
Resolução 
 
Errado. Custeio por absorção é um processo de apuração de custos que rateia 
todos os custos fixos ou variáveis em cada fase da produção, atribuindo aos 
produtos vendidos ou ao que permanecer nos estoques suas respectivas 
parcelas na apuração do custo total. Além disso, o custeio por absorção 
obedece ao Princípio da Competência. 
 
GABARITO: E 
 
12. Os gastos podem ser divididos somente em custos e despesas. 
 
Resolução 
 
Errado. Os gastos podem ser divididos em investimentos, custos e despesas e 
perdas. 
 
GABARITO: E 
 
(TCE-ES/CESPE-UnB/2012)Com relação à contabilidade de custos, 
importante ferramenta para a apuração de resultados e para a gestão 
empresarial, julgue os itens que se seguem. 
 
13. A mão de obra direta pode ser classificada como custo primário — 
juntamente com a matéria-prima — e como custo de conversão — juntamente 
com os custos gerais de fabricação. 
 
Resolução 
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O Custo Primário (CPrim) pode ser definido como 
 
CPrim = MD + MOD 
 
em que MD denota os Materiais Diretos (matéria-prima, materiais secundários 
cujo valor compense apropriá-los diretamente ao produto e material de 
embalagem) e MOD é a Mão de Obra Direta (*). 
 
O Custo de Conversão ou Transformação (CTransf) é dado por 
 
Ctransf = MOD + CIF 
 
em que CIF denota os Custos Indiretos de Fabricação. Os CIF também 
recebem outros nomes, tais como Gastos Gerais de Fabricação, Custos Gerais 
de Fabricação, Gastos Gerais de Produção e Despesas Indiretas de Fabricação. 
 
Portanto, a mão de obra direta pode ser classificada como custo primário — 
juntamente com a matéria-prima — e como custo de conversão — juntamente 
com os custos gerais de fabricação. Item certo. 
 
(*) Eliseu Martins5 considera que o Custo Primário é dado pela soma da 
matéria-prima com a mão de obra direta, ou seja 
 
CPrim = Matéria-Prima + MOD 
 
GABARITO: C 
 
14. Departamento consiste na unidade mínima administrativa — representada, 
em geral, por homens e máquinas — em que são contabilizados os custos e o 
setor em que são desenvolvidas atividades homogêneas. 
 
Resolução 
 
A afirmação está correta. O Departamento é a unidade mínima administrativa 
para a Contabilidade de Custos, representada em geral por pessoas e 
máquinas, em que se desenvolvem atividades homogêneas. 
 
Diz-se unidade mínima administrativa porque sempre há um responsável para 
cada Departamento. 
 
Os Departamentos podem ser divididos em dois grandes grupos: 
 
• Departamentos de Produção, que são aqueles que atuam sobre os 
produtos; e 
 
5
 Eliseu Martins, “Contabilidade de Custos”, 9ª edição, Ed. Atlas, 2008. 
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• Departamentos de Serviços, que são os que executam serviços auxiliares 
e não têm atuação direta sobre os produtos. 
 
Na maioria das vezes um Departamento é um Centro de Custos, ou seja, nele 
são acumulados os custos indiretos de fabricação para posterior alocação aos 
produtos. 
 
Mas podem existir diversos Centros de Custos dentro de um mesmo 
Departamento. Deste modo, podemos definir Centro de Custo como sendo a 
menor fração de atividade ou área de responsabilidade para a qual é realizada 
a acumulação de custos. 
 
GABARITO: C 
 
15. A metodologia de custeio variável, apesar de amplamente utilizada para 
fins gerenciais, não pode ser utilizada no Brasil para fins de publicação 
societária ou de apuração fiscal. 
 
Resolução 
 
O método de custeio variável é vedado pela legislação do Imposto de Renda. 
Contudo, é considerado mais adequado que o método do custeio por absorção 
para fins gerenciais. É por esta razão que vem sendo amplamente usado no 
Brasil como ferramenta de apoio ao processo de tomada de decisões em uma 
empresa. 
 
Item certo. 
 
GABARITO: C 
 
16. Define-se custeio integral como a metodologia de custeio em que tanto os 
custos variáveis como os custos fixos são atribuídos aos objetos de custo. 
 
Resolução 
 
Foi dada a definição de Custeio por Absorção. O Custeio Integral é uma 
extensão do conceito de Custeio por Absorção. O Custeio Integral consiste em 
ratear, aos produtos, todos os gastos da empresa; não só os custos, mas 
também despesas comerciais, administrativas e até mesmo as despesas 
financeiras. Item errado. 
 
GABARITO: E 
 
(ANAC/CESPE-UnB/2012/Adaptada) Em relação à classificação e à 
terminologia de custos, julgue o item a seguir. 
 
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17. O gasto com mão de obra durante um período de greve e a sobra de 
material proveniente da produção são considerados perda. 
 
Resolução 
 
A perda é um bem ou serviço consumido de forma anormal e involuntária. O 
gasto com a mão de obra durante um período de greve é um exemplo 
de perda. Não é considerado um custo de produção. 
 
A sobra de material proveniente da produção é um custo produtivo, 
pois é inerente ao processo de fabricação. Não se produz sem que haja sobras 
ou “perdas” de material (*). Por essa razão o item é errado. 
 
Assim como as Despesas, as Perdas vão diretamente à conta de Resultado. 
 
(*) Não se confunda! Apesar de ser comum na prática o uso da expressão 
“perdas de material”, essas “perdas” são consideradas custos produtivos! 
 
GABARITO: E 
 
Algumas Boas Questões de Outras Bancas ... 
 
18. (Agente Fiscal de Rendas SP/FCC/2009) A grande finalidade do Custo 
Padrão é. 
 
(A) o planejamento e controle de custos. 
(B) a gestão de preços. 
(C) o atendimento às Normas Contábeis Brasileiras. 
(D) a rentabilidade de produtos. 
(E) o retorno do investimento. 
 
Resolução 
 
A grande finalidade do custo padrão é o planejamento e controle dos custos. O 
custo padrão visa estabelecer uma base de comparação entre o que ocorreu de 
custo e o que deveria ter ocorrido. Logo o custo padrão não é outra forma, 
método ou critério de contabilização de custos (como Absorção e Variável), 
mas sim uma técnica auxiliar. Portanto, todas as alternativas estão incorretas, 
exceto a primeira. 
 
GABARITO: A 
 
19. (Agente Fiscal de Rendas SP/FCC/2009) A diferença fundamental do 
Custeio Baseado em Atividades − Activity-Based Costing – em relação aos 
sistemas tradicionais − Variável e Absorção está no tratamento dado 
 
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(A) aos custos diretos de fabricação. 
(B) ao ponto de equilíbrio financeiro. 
(C) aos custos indiretos de fabricação. 
(D) às despesas variáveis. 
(E) às despesas financeiras. 
 
Resolução 
 
O método de custeio ABC visa minimizar as distorções provocadas pelo rateio 
arbitrário dos custos indiretos, sendo esta a sua principal diferença em relação 
aos sistemas tradicionais (custo por absorção e custo variável). 
 
GABARITO: C 
 
20. (Agente Fiscal de Rendas SP/FCC/2009) Na terminologia de custos, 
são custos de conversão ou transformação: 
 
(A) Mão de obra direta e Mão de obra indireta. 
(B) Mão de obra direta e Materiais diretos. 
(C) Custos primários e Custos de fabricação fixos. 
(D) Matéria-prima, Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação. 
(E) Mão de obra direta e Custos indiretos de fabricação. 
 
Resolução 
 
O Custo de Conversão ou de Transformação (CTransf) é definido como 
 
CTransf = MOD + CIF, 
 
em que MOD denota a mão de obra direta e CIF são os Custos Indiretos de 
Fabricação. 
 
GABARITO: E 
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(Agente Fiscalde Rendas SP/FCC/2006) Instruções: Considere as 
informações abaixo para responder às questões de números 21 a 23. 
 
No mês de janeiro de 2006, dos relatórios de produção da Cia. Albion foram 
extraídas as seguintes informações: 
 
I. Valor dos inventários de início e final do mês (valores em R$): 
 
Itens Saldo Inicial Saldo Final 
Unidades acabadas 125.000 117.000 
Unidades em processo 235.000 251.000 
Matéria-prima 134.000 124.000 
 
II. Movimentos ocorridos no período (valores em R$): 
 
Itens Saldo Inicial 
Compra de matéria-prima 191.000 
Mão de obra direta utilizada 300.000 
Custos indiretos de fabricação ocorridos 175.000 
 
III. Informações adicionais: 
 
A empresa aplica custos indiretos de fabricação a uma taxa de 60% da mão de 
obra direta. Os excessos ou sub-aplicação dos CIF serão apropriados no final 
do exercício. 
 
21. Custos primários no mês: 
 
(A) 501.000 
(B) 499.000 
(C) 489.000 
(D) 201.000 
(E) 199.000 
 
Resolução 
 
Matéria-Prima – Saldo Inicial 134.000 
(+) Compras de Matéria-Prima 191.000 
(-) Matéria-Prima – Saldo Final (124.000) 
Material Direto 201.000 
(+) Mão de obra Direta 300.000 
Custo Primário 501.000 
 
GABARITO: A 
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22. Total de custos de produção no mês de janeiro: 
 
(A) 743.000 
(B) 681.000 
(C) 673.000 
(D) 665.000 
(E) 501.000 
 
Resolução 
 
Custo Primário 501.000 
(+) Custos Indiretos de Fabricação 180.000 (= 60% x300.000) 
Custo de Produção 681.000 
 
Nota: repare que o enunciado diz o seguinte: "Os excessos ou sub-aplicação 
dos CIF serão apropriados ao final do exercício". Neste caso, a banca deu a 
dica para o candidato trabalhar com uma estimativa dos CIF com base na 
aplicação de uma taxa de 60% sobre a MOD. 
 
As razões para se usar os CIF pré-determinados em vez dos efetivos ficarão 
mais claras em uma aula posterior. Por enquanto, fique com esta dica para a 
prova. 
 
GABARITO: B 
 
23. Custos das unidades vendidas em janeiro: 
 
(A) 665.000 
(B) 657.000 
(C) 673.000 
(D) 681.000 
(E) 697.000 
 
Resolução 
 
Unidades em Processo 
Estoque Inicial 235.000 
(+) Custo da Produção no Mês 681.000 
(-) Estoque Final (251.000) 
(=) Produtos Acabados no Mês 665.000 
 
Estoque de Unidades Acabadas 
Estoque Inicial 125.000 
(+) Produção Acabada no Mês 665.000 
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(-) Estoque Final (117.000) 
(=) CMV 673.000 
 
GABARITO: C 
 
24. (ICMS-PR/UEL-COPS/2012) Com relação às funções da contabilidade 
de custos, financeira e gerencial, considere as afirmativas a seguir. 
 
I. A contabilidade de custo tem um escopo mais amplo que a contabilidade 
gerencial. 
II. O uso da contabilidade de custos como instrumento gerencial é 
preocupação permanente dos contadores, auditores e fiscais. 
III. O sistema de custos pode subsidiar a decisão gerencial de administração 
de preço de venda. 
IV. Lucro bruto é o resultado do confronto do custo das mercadorias ou 
produtos vendidos ou dos serviços prestados aos clientes com a respectiva 
receita líquida. 
 
Assinale a alternativa correta. 
 
(A) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
(B) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
(C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
(D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
(E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
Resolução 
 
Análise das afirmativas: 
 
I. Incorreta. A contabilidade de custo tem um escopo menos amplo que a 
contabilidade gerencial 
 
II. Incorreta. O uso da contabilidade de custos como instrumento gerencial é 
preocupação permanente dos contadores de custos, administradores, gerentes 
e diretores da empresa. Contadores, auditores e fiscais usam a Contabilidade 
de Custos como uma forma de resolver seus problemas de mensuração 
monetária dos estoques e do resultado. 
 
III. Correta. O sistema de custos pode subsidiar a decisão gerencial de 
administração de preço de venda. Mas a decisão final sobre o preço de venda 
leva em conta outros fatores como o mercado, estratégias de marketing etc. 
 
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IV. Correta, pois LB = V – CPV, em que LB é o Lucro Bruto, V denota a receita 
líquida e CPV é o Custo do Produto Vendido. 
 
GABARITO: C 
 
25. (ICMS-PR/UEL-COPS/2012) Quanto às terminologias contábeis básicas 
da contabilidade de custos, relacione a coluna da esquerda com a da direita. 
 
(I) Comissão de vendedores. (A) Custos. 
(II) Compra de material de escritório (B) Desembolso. 
(III) Depreciação do prédio fabril. (C) Despesas. 
(IV) Mercadoria danificada por enchente. (D) Investimento. 
(V) Pagamento de fornecedores. (E) Perdas. 
 
Assinale a alternativa que contém a associação correta. 
 
(A) I-A, II-B, III-C, IV-D, V-E. 
(B) I-C, II-A, III-E, IV-D, V-B. 
(C) I-C, II-D, III-A, IV-E, V-B. 
(D) I-D, II-C, III-A, IV-B, V-E. 
(E) I-E, II-A, III-D, IV-B, V-C. 
 
Resolução 
 
O desembolso corresponde ao pagamento efetuado devido a aquisição de um 
bem ou serviço, podendo ocorrer concomitantemente com o gasto, quando o 
pagamento é a vista, ou posteriormente ao gasto, quando o pagamento é a 
prazo. Exemplo de desembolso: pagamento de fornecedores. 
 
Os gastos podem ser divididos em: investimentos, custos, despesas e 
perdas. 
 
Um investimento corresponde ao gasto com um bem ou serviço ativado 
em função de vida útil ou de benefícios atribuíveis a períodos futuros. 
Exemplos: 
 
• aquisição de móveis e utensílios; 
• aquisição de imóveis; 
• despesas pré-operacionais; 
• aquisição de marcas e patentes; 
• aquisição de matérias-primas 
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• aquisição de material de escritório. 
 
O custo corresponde ao gasto com bens ou serviços que serão utilizados 
na produção de outros bens ou serviços, ou seja, são gastos relacionados 
à atividade de produção. Exemplos: 
 
• Salários e encargos sociais dos funcionários que trabalham na produção; 
• Matéria-prima utilizada no processo produtivo; 
• Combustíveis e lubrificantes utilizados nas máquinas da fábrica; 
• Aluguéis das instalações da fábrica; 
• Seguro das instalações da fábrica; 
• Seguros do maquinário utilizado na produção; 
• Depreciação dos equipamentos utilizados na produção; 
• Depreciação do prédio da fábrica; e 
• Gastos com manutenção das máquinas utilizadas na produção. 
 
As despesas são gastos com bens ou serviços não utilizados nas 
atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de 
receitas. Ou seja, as despesas são itens que reduzem o Patrimônio Líquido e 
que possuem a característica de representar sacrifícios no processo de 
obtenção de receitas. 
 
Logo, pode-se concluir que as empresas têm Despesas para gerar 
receitas e têm Custos para produzir seus bens e serviços. 
 
Entretanto, normalmente, nem sempre é fácil distinguir Custos e Despesas. 
Para facilitar a sua compreensão, podemos adotar

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