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ESTUDO DIRIGIDO – CURSO DE DIREITO (2015-2019)
MATÉRIA 04 – CIÊNCIA POLÍTICA
Opinião (senso comum) é diferente de Ciência.
Conceito de Ciência Política: Sentido amplo: “Qualquer estudo de fenômenos e das estruturas políticas conduzindo sistematicamente com rigor apoiado em um amplo e cuidadoso exame dos fatos expostos com argumentos racionais.” Sentido estrito: “Estudo do fenômeno político fundado em uma metodologia específica cujo objetivo é analisar aquilo que é e não aquilo que deveria ser.” Ciência Política é diferente da Filosofia Política.
Termos Históricos: Surgiu com Maquiavel, em seu livro “O Príncipe”. Analisava as coisas como são e não como deveriam ser. Influência de uma metodologia filosófica. Foi um cientista político no sentido amplo. Não se apoiou tanto na questão científica como conhecemos hoje. A ciência política nasceu em meados do séc. IXX. Busca da separação da Ciência Política do Direito. Autores contratualistas: Hobbes, Locke e Rousseau. 
Objeto de análise no sentido restrito: A base de estudo da Ciência Política passa a ser o comportamento do indivíduo e dos grupos que têm ação política na sociedade. Ex: voto, participação política. Elementos quantificáveis: típicos das ciências exatas originários de pesquisa de campo e entrevistas. Análise comparativa: fenômeno político de um país e de outro.
Objetivo: Classificar, formular generalizações e consequentemente formar conceitos gerais. Padrões de comportamento. Elaboração de teorias científicas. Descrever, explicar e prever acontecimentos. Dados quantitativos e imparciais. 
CONCEITO DE POLÍTICA
Sentido amplo: Vinculada a tudo que se refere à cidade, urbano, civil ou público. Social ou sociável (relações políticas). Arte ou a ciência do governo. Sentido restrito: conjunto de atividades que de alguma maneira tem como termo de referência a Pólis (Estado). Estudo das relações de poder nas quais o Estado está presente. Polo ativo (manda), polo passivo (sofre ações). Exercício de Poder.
Poder: capacidade que A tem de definir o comportamento de B. Pré-requisitos: Meios – posse dos meios. A precisa possuir meios para exercer poder sobre B. 3 meios: ideológico, econômico, coercitivo (político senso estrito): usado em última instância, define e sintetiza a ação do Estado (uso da força física, uso exclusivo). Max Weber: o Estado é instituição reconhecida pela perspectiva legítima de exercer a força física. 
Poder Político: exclusividade (apenas o Estado pode exercer o poder político coercitivo), universalidade (se aplicam a todos os indivíduos) e inclusividade (o Estado pode regular todas as ações da vida em sociedade, definição de limites do Estado na democracia: a própria sociedade).
Objetivo da Política: não tem um fim específico. Serão definidos pelo grupo político no poder atual. Ex: Direita e Esquerda. Fim genérico: manutenção da ordem e defesa do território.
CONCEITO DE PODER
Compreendido como a capacidade de agir e produzir efeitos. Relação entre indivíduos, tentativa de mando e obediência. Exercício do poder e não posse.
Pré-requisitos: Meios: ideológico, econômico ou coercitivo (ao menos parecer possuir meios); Intencionalidade do Poder: alteração do comportamento de B com base nas ações e no interesse de A; A deve atingir os objetivos. Relação de poder só existe se os 3 pré-requisitos estiverem presentes.
Distinção entre poder potencial e poder atual: o primeiro é ameaça, e o segundo é o que está sendo exercido em momento específico (concretização do uso do meio).
Possibilidade plena de exercício de relação recíproca de poder, ex: o assaltante peça os bens do indivíduo a partir do meio coercitivo, e o assaltado negocia o valor que o assaltante irá levar a partir do meio ideológico. Coligações entre partidos políticos. Exige ações, mas faz concessões.
CONCEITO DE AUTORIDADE
Tipo específico de relação de poder. Relação estabilizada ao longo do tempo, e em alguns casos até mesmo institucionalizada. B tem obediência incondicional (reconhecimento de obediência) às ordens de A (significa dizer que ao longo desse período de tempo, na maioria das vezes B irá obedecer sem questionar). 
Autoridade é vinculada a legitimidade (grau de aceitação de B de maneira autônoma).
CONCEITO DE ESTADO MODERNO
Estado: instituição que administra determinado território. A ideia de Estado existe desde sempre. 
Estado Moderno: centralização do Poder Político (anteriormente era descentralizado nas mãos dos senhores feudais, pois eles eram quem detinham os poderes econômicos e político coercitivo. Relação de suserania e vassalagem. Ponto negativo: instabilidade social. Separação entre esferas espirituais (clero) e temporais. Marx diz que a burguesia teve papel fundamental por influenciar a separação do Poder dos senhores feudais a partir do poder econômico, para apoiar o Príncipe (absolutismo). Começa a surgir as Assembleias Representativas da Burguesia e da Nobreza), surgimento do princípio da territorialidade (surge no reconhecimento de territórios subordinados ao Príncipe) e impessoalidade no exercício do poder político (surgimento de movimentos liberais questionando o absolutismo do Rei. Defendem a separação entre pessoa física e poder. Vontade do Estado e não do próprio Rei. Cria limites à atuação do Estado, desvinculando-o da pessoa. Estado de Direito: ideia de Estado desvinculado da pessoa. Instituição criada com base em ordens jurídicas. Princípio da Legalidade.
CONCEITO DE GOVERNO
Conjunto de pessoas que determinam a orientação política de certa sociedade. Poder Executivo: põe em prática políticas públicas. Ex: CF – direito a educação (trazida pelo poder Legislativo), detalhes serão definidas pelo Poder Executivo. Legislação tem perspectiva de estabilidade enquanto o Executivo varia conforme o governo vigente.
ESTADO – permanente.
GOVERNO – temporário.
Presidência da República: instituição vinculada ao Estado brasileiro.
Presidente: corresponde ao Governo.
CONCEITO DE DEMOCRACIA MODERNA
Cidade de Athenas: cidadãos correspondiam a 10% da população. Características do cidadão grego: homens livres e com idade mínima. Excluindo-se mulheres, estrangeiros e escravos. Igualdade dos cidadãos perante a lei. Platão e Aristóteles consideravam a Democracia como um regime ruim, pois essa igualdade existente entre todos traziam prejuízos. Governo dos pobres (distinção econômica), pessoas geralmente incultas (sem conhecimento de leis). 
Idade Média: a ideia de democracia desaparece. Proeminência da Igreja. Baixa idade média: autores repensam essa ideia. Territorialismo. Falta de comunicação atribuído à época. Surgimento da ideia de soberania popular – entender a origem das leis e se esse poder de criar leis deveria ser atribuído ao povo ou se seria derivado do costume. Poder soberano sempre emana do povo, titular do poder político. Titularidade (povo) x exercício do poder (representantes). Criação das leis vem do povo, execução das leis pelos representantes. Poder Legislativo x Executivo. O povo escolhendo os representantes transmite ou cede o poder político? 
Maquiavel: existem duas formas de governo – Monarquia e República. Conceito de República: tipo de governo em que o poder político está distribuído entre vários órgãos colegiais. 
Regime democrático exige a distribuição do poder político. 
Autocrático x Policrático.
Distinções da democracia: 1 – Liberal: a liberdade é o valor a ser defendido pela democracia, que está acima de todos os outros. Corresponde à aplicação da ideologia liberal na democracia. Benjamin Constant compara a liberdade dos antigos com os modernos: na antiguidade a liberdade no sentido de não ser escravo tendo obrigação de participar do regime político (criação de leis diretamente). Na modernidade essa liberdade é frente ao Estado (escolha de participação no mundo político, criação de leis diretamente e na eleição de representantes). Liberalismo: máximo de liberdade individual possível. Estado intervém o mínimo possível na vida do indivíduo. 
2 – Socialista: Ideia da participação docidadão por meio do voto tanto público quanto no setor privado. O problema é a esfera econômica e não a esfera política. Decisões tomadas principalmente pelos grandes conglomerados econômicos. Identificação da desigualdade social (economicamente). O cidadão deve ter direito de voto em gestão de empresas. Justificativa: o poder não está nas mãos do Estado, e sim nos detentores de poderes econômicos. 
3 – Elitista: início do séc. XX. Teoria das Elites. Independente do momento histórico, sempre haverá uma minoria que exerce o poder político. Classe política. Não vinculada necessariamente à economia. Existe um grupo participante da classe política, onde existem subgrupos (partidos políticos) que concorrem entre si para obter o voto do cidadão. Se preocupa com a forma de eleição e com o modo de tomada de decisões da classe política. Deve haver competição entre os subgrupos. 
Norberto Bobbio: Regras necessárias para identificação do regime democrático, aceitas pelas 3 visões de democracia – Poder Legislativo precisam ser eleitos direta ou indiretamente pelos cidadãos; Eleições para o Poder Executivo direta ou indiretamente pelo povo (ou pelos órgãos locais - parlamentarismo); Todos os cidadãos que atingem maior idade devem ser eleitores, sem distinção; Todos os votos devem ser iguais e de igual valor; Eleitores devem votar da maneira mais livre possível (sem censura); Alternativas, direito de escolha de partidos; Critério da maioria (nas eleições e após deve-se seguir o critério da maioria) Maioria simples, absoluta e o sistema proporcional; Maioria não deve tirar ou limitar direitos da minoria; Parlamentarismo ou semi-presidencialismo: chefe de governo deve ter apoio do parlamento. Essas regras devem medir o grau de democraticidade e não se é ou não democrático. Vinculadas ao ordenamento jurídico e a concretização. 
Aspecto substancial da era Militar no Brasil: apesar de formalmente ser considerado democrático, o regime substancialmente não era. 
A Democracia é a presença dessas regras no ordenamento jurídico combinada com a prática dessas regras substancialmente. 
CONCEITO DE DITADURA
Considerações Gerais: Anteriormente a Ditadura era estabelecida em lei (período greco-romano). Em situações de “emergência” era escolhido um Ditador que faria o que bem entendesse de acordo com a lei. Possuía limites temporais. Era uma solução de problemas para o regime político da época.
Hoje em dia: a ideia é de subverter o regime em vigor. Não são previstas em lei. Implantadas por meio de golpe de Estado. Não representam a vontade da população. Não tem prazo de duração. Poder político imposto de cima pra baixo. 
Bobbio: “Totalitária x Autoritária” 
Presença de ideologia: defende ou não a propagação de uma ideologia com base nos meios de comunicação? Terror: se utiliza de mecanismos que se fundamentam na incerteza pra implantar o medo? Partido único: possui um único partido? Polícia secreta: pessoas trabalhando em prol do regime disfarçadas? Personificação do regime em uma única pessoa?
TOTALITARISMO
Ditadura que busca controlar todas as esferas da vida do cidadão. Ideologia: defende e propaga por meio de uso intensivo dos meios de comunicação. Ideia revolucionária. Terror: uso de força física pelo Estado para criar clima de incerteza frente ao cidadão. Partido único de massa: instituição autorizada responsável por criar a ideologia e administrar os mecanismos do terror. Polícia secreta: rede de espionagem contra os cidadãos. Personificação do poder: líder que simboliza o regime totalitário. 
Alta penetração na sociedade.
AUTORITARISMO
Ideologia: não tem uma ideologia específica. De maneira geral o objetivo é manter a ordem, feita por meio do cerceamento de diversos direitos. Terror: não possui aplicação de força física pela incerteza. Define claramente quem é a oposição. Partido único: existem vários partidos, ainda que haja a predominância de um apenas. Ocorrem eleições, para dar a aparência de um regime democrático. Eleições manipuladas ou limitadas. Brasil 1979: existência de outros partidos. Fim do regime militar. Polícia secreta: não possui. Regime Militar Brasileiro: ainda assim não existia, mesmo que a atuação seja igual, mas não havia disseminação dela na sociedade, somente nas pessoas contra o partido. Personificação do chefe: não há símbolo do regime.
Fraca penetração na vida privada, fraca mobilização do Estado. Afastar o cidadão da vida política.
PARLAMENTARISMO x PRESIDENCIALISMO
Formas de governo ou sistema de governo? – Norberto Bobbio chama de formas de governo. Características distintas sobre como o Poder Executivo é formado e a forma como o governo atua. 
Formação do Poder Executivo: chefe de governo (administra o Poder Executivo) x chefe de Estado (estado como um todo); Eleição do chefe de governo; Funções exercidas; Legitimidade do chefe de governo; Sistemas partidários.
Max Weber: Estado é quem detém o monopólio do uso da força física para administrar certo território. Governo são as pessoas que administram o Poder Executivo. Não há hierarquia, pois são funções distintas. 
Exercício
Parlamentarismo: chefe de Estado e chefe de Governo, com duas pessoas exercendo. 
Presidencialismo: chefe de Estado e chefe de Governo, com apenas uma pessoa exercendo.
Eleições
Parlamentarismo: chefe de Governo eleito pelos membros do Poder Legislativo (este último eleito pelo povo).
Presidencialismo: cidadão que escolhe o chefe de governo. A eleição pode ser direta (Brasil), indireta (EUA) – os delegados eleitos pelo povo escolhem o chefe de governo. Esta se diverge do parlamentarismo pelo fato de o cidadão saber que está votando para a função de chefe de governo.
Dissolução
Parlamentarismo: O chefe de governo pode dissolver o parlamento e convocar novas eleições; os parlamentares podem remover o chefe de governo pelo voto de desconfiança. Relação de poder recíproca. A força política está no parlamento. O chefe de governo deve prestar contas. 
Presidencialismo: Poderes independentes entre si em sua origem. Vota-se para o chefe de governo (presidente no Brasil) e outro voto para os membros do parlamento (Congresso Nacional). Impeachment: somente pode ser efetivado se houver crime de responsabilidade do chefe de governo. 
Legitimidade
Parlamentarismo: o chefe de governo possui do ponto de vista institucional legitimidade pois são escolhidas de acordo com a lei. Do ponto de vista popular, essa legitimidade pode não ser tão alta pois não foi escolhido diretamente pelos cidadãos.
Presidencialismo: o chefe de governo possui do ponto de vista institucional legitimidade pois é escolhido de acordo com a lei. Do ponto de vista popular essa legitimidade também é alta pois é eleito pelo povo.
Partido
Parlamentarismo: Geralmente existe um sistema partidário forte – pequeno número de partidos que possuem disciplina partidária e têm um caráter ideológico mais bem estabelecido.
Presidencialismo: Sistemas partidários fracos – muitos partidos, sem disciplina e ideologia dispersa.
EUA – sistema partidário de exceção (partidos meio a meio).
Art. 84 CF – funções do Presidente da República
SEMIPRESIDENCIALISMO
Funções de chefe de Estado (presidente) e governo (primeiro ministro): duas funções e duas pessoas.
Eleições: cidadão escolhe os membros do poder legislativo (deputados federais), mas não do poder executivo. Cidadão também vota para presidente da república (apenas chefe de Estado). Chefe de governo escolhido pelo Parlamento.
Presidente possui algumas prerrogativas: força política – eleito por sufrágio universal; chefe de Governo responde ao Parlamento e ao Presidente da República. Compete ao presidente aceitar o Primeiro Ministro e pode dissolver o Parlamento. Pode vetar leis.
MAQUIAVEL 
Período do Renascimento: fim da Idade Média. 
- Gregos, romanos e medievais: Sócrates, Platão e Aristóteles – a política deve ser desenvolvida para que o governante seja uma pessoa virtuosa (altruísta), consequência da lei natural. 
Maquiavel deixa de pensar no dever-ser e se foca em como realmenteé. Cria a distinção entre política e moral. O governante eventualmente necessita em praticar ações vistas como não virtuosas. Não pode se limitar às leis “divinas”. O elemento que mantém a ordem é o uso da força física (Estado). Centralização do poder político (consequência: soberania). Defende tropas nacionais ao invés de tropas mercenárias. Processo de transição entre o período antigo e o novo. Inicia o processo de despersonalização do Estado.
Características do Príncipe
Virtu e fortuna: a primeira identifica as características próprias do governante (agindo conforme a necessidade) – primária; a segunda se relaciona à sorte (oportunidades surgidas ao governante) – secundária. Ex: conquista de novos territórios – hereditariedade, pelas próprias armas. 
Crueldades bem praticadas – realizada de uma única vez; e mal praticadas: faz aos poucos.
Ser amado, temido ou odiado? 
O ideal é que seja amado pelo povo, não sendo possível, ele deve ser temido, mas nunca pode ser odiado (este, cria no governado uma sensação de não ter nada a perder – rebeldia).
Analogia: agir como homem (respeitar as leis, promessas cumpridas) ou como animal (leão – impulsivo e forte fisicamente; raposa – esperteza)?
O governante deve ter a virtu de parecer ser.
HOBBES, LOCKE E ROUSSEAU
Autores contratualistas: estado de natureza – não existência do Estado. Direitos naturais. Criação do Estado. Contrato Social. Estado de sociedade. 
Hobbes: todos os homens são maus por natureza. Estado de natureza. Conflitos entre os indivíduos. Direito natural – a vida. Busca por si próprio defender e garantir a vida individual. Ação preventiva – direito de propriedade? Não se é proprietário de nada, além do que se consegue manter. A melhor defesa é o ataque prévio. Vida em insegurança. Chega-se o momento em que se racionaliza entre guerra ou bom convívio. Cada ser humano transfere seu direito natural e suas consequências ao Estado. Garantia de segurança. Estado absolutista.
Locke: viveu após Hobbes. Todos os homens são neutros por natureza. O indivíduo tem tendência a ser bom. Estado de natureza – direito a vida, a propriedade e de punição. Existência de leis – aplicado a todos os indivíduos: leis da natureza e as leis de Deus. Sem influência de seres humanos. No que tange à propriedade Locke entende que cada indivíduo reconhece a propriedade alheia. Quem sofre ação depredatória tem direito a punir o ofensor. Resposta proporcional à ação do indivíduo. Por que se cria o Estado? Falta no estado de natureza 3 elementos: leis estabelecias, conhecidas e aprovadas por meio do consentimento do indivíduo para que ele se torne livre; juízes imparciais; poder coercitivo. O Estado surge para garantir a boa vida que o indivíduo já tem no estado de natureza. Cessão dos direitos naturais – o indivíduo retém os direitos, mas o Estado age em seu nome. Separação de poderes – garantia de liberdade individual – o poder do Estado deve ser limitado. Executivo, Legislativo e Federativo (este último responsável pelas Relações Internacionais). Criação da ideia de eleições para limitação dos poderes (exercício dos direitos naturais). 
Rousseau: esfera social – sustenta o aspecto jurídico do Estado. 3 momentos: estado de natureza (o homem é bom por natureza, porém não sociável. Grupos sociais sem contato entre si), estado de sociedade (o homem é bom por natureza, mas a sociedade o corrompe, pois deixa de ir atrás do que precisa e busca o que pode vir a precisar. Surge o conceito de propriedade privada. Ausência de liberdade material. Dependente da disponibilidade. Liberdade e igualdade falsas) e contrato social (saída da situação de alienação. Crítica dos pensamentos de Hobbes e Locke a respeito da liberdade individual. Defende a participação do indivíduo no processo de criação de leis. Implantação de democracia direta. Vontade geral – se os indivíduos são bons por natureza estes sabem o que é certo e o errado. A corrupção chega com o fato concreto. Legislador: indivíduo excepcional, de bom caráter, que mostra aos demais a vontade geral (realização do certo). Exercício da soberania: popular. O povo não transfere e não cede seus direitos naturais. O indivíduo permanece com seus direitos naturais. Na criação da lei, o indivíduo é soberano, e no cumprimento da lei ele é súdito. Execução da lei: Governo (exercício de uma função). Garantia de igualdade econômica – vontade geral (certo) é de que existam pessoas na miséria? Soberania: inalienável, indivisível, infalível, absoluta. “Na pior das hipóteses, deve-se permitir o surgimento de um ditador (semelhantes aos ditadores romanos).” Deu origem à Revolução Francesa.
MONTESQUIEU E FEDERALISTAS
Montesquieu: Criador do princípio da separação de poderes. Livro “O Espírito das Leis: As leis são relações necessárias que derivam da natureza das coisas.” Crítica à legislação da época de Luiz XIV. Legislação com vínculo religioso tem limites e por isso é ruim (imposta sobre o indivíduo). Regimes Políticos definidos: Despotismo (estado absolutista), República (onde todo o povo governa) e Monarquia (Rei governa fundamentado em leis). 2 Elementos: em relação ao clima - quando está frio a tendência do indivíduo é se aproximar do outro, e por isso favorece o surgimento da República. Já no clima quente o Despotismo seria mais propício. Em relação ao território - uma República surge no território pequeno. No território grande a tendência seria o surgimento do Despotismo. 
Teoria dos Regimes Políticos:
1 – Natureza de um Regime Político: estrutura deste. Corresponde a quantas pessoas governam e como elas governam.
- Despotismo: 1 única pessoa governa do jeito que bem entender. (estado de sociedade de Hobbes).
- República: todos governam. Aristocrática: todos tem o direito, mas apenas alguns exercem em nome dos demais. Democrática: todos realmente criam as leis (contrato social de Rousseau).
- Monarquia: 1 única pessoa governa de acordo com leis fixas e pré-estabelecidas. (Locke e seu estado de natureza. Separação de poderes)
Princípio: o que motiva as pessoas.
- Despotismo: medo (dos indivíduos e do próprio déspota). – República: virtude (semelhante a ideia de Rousseau: olhar para o bem comum). – Monarquia: honra, que deve ser vista como algo egoísta. Separação de Poderes só existe na Monarquia. (origem da teoria de separação dos poderes)
1 – Ideia de freios e contrapesos: poder executivo representado pelo rei e o legislativo por um parlamento. Pela honra, o rei irá querer fazer o máximo. Portanto, o parlamento deve limitar o rei por também querer fazer o máximo. Liberdade individual garantida. 
2 – Separação da função judiciária: é função do Estado, mas precisa de um poder separado. Surge o Poder Judiciário. Criador da separação de poderes no sentido horizontal. O Poder Judiciário é inferior. Somente julgaria pessoas. Se não houver conflitos entre os indivíduos o judiciário não existe. Poder Judiciário é temporário. Julgamentos por pessoas de sua mesma classe social. Juízes indicados: uma vez terminado o julgamento a pessoa deixaria de ser juiz. Não possui mecanismo de controle.
FEDERALISTAS
85 Artigos publicados em NY, para convencer o povo americano a respeito da Constituição. EUA: 13 países – confederação americana para lutar contra a Inglaterra. Após, surge a ideia de reformular tal estrutura. Constituição em 1787 – declaração de direitos individuais. A partir daí foi solucionada a fraqueza do poder judiciário (dando a prerrogativa para que este verifique a respeito da constitucionalidade das leis e ações feitas pelos outros dois poderes – controle de constitucionalidade).
Federalismo: art. 1° CF Brasileira. União de unidades autônomas. Existe 1 nível superior: Governo Federal (União), e os Governos Estaduais. Separação de poderes no sentido vertical. Separação Constitucional de competências: art. 2° CF separação horizontal (Poder Executivo, Legislativo e Judiciário). Art. 21 e 32 CF separação vertical (competências da União, Estados e Municípios). Aumento da liberdade individual por meio da descentralizaçãode poderes. 
Funções típicas dos Poderes: Legislativo (legislar), Executivo (executar), Judiciário (julgar).
Funções atípicas: Ex. Legislativo – executar, julgar. Acréscimo de funções em busca do equilíbrio.
Arts. CF sobre controle de constitucionalidade e funções típicas e atípicas: art. 48 e 49 (competências do Congresso Nacional), 51 e 52, 84, 92, 101 e 102 (controle de constitucionalidade). 
KARL MARX
Nasceu no início do sec IXX. 1789 – Revolução Francesa. Processo de independência EUA. Auge do Liberalismo: valor supremo era a defesa da liberdade individual. Garantia do mínimo de atuação frente a sociedade. Garantia de liberdade de voto (cidadãos eram homens com determinada renda) e liberdade individual. Êxodo rural. Garantia de propriedade da indústria e definição de quem trabalharia na indústria. Gera desigualdade entre burguesia e proletariado. Marx busca criar o socialismo científico. Marx se envolve no movimento comunista: “Manifesto Comunista”, “O Capital”, “Ideologia Alemã”.
Materialismo: pensamento baseado em sua realidade prática.
Hegel: idealista – onde o Estado mandava e o indivíduo obedece era natural.
Dialética: metodologia com tese, antítese e síntese. Aplicada às relações de produção.
Tese: burguesia, Antítese: proletariado. Confronto entre classes sociais que geram novas sínteses (Feudalismo, Capitalismo). Relações independentes de suas vontades estabelecidas pela economia.
Comunismo: etapa final porque não existiria essa diferença entre classes sociais.
“Os homens contraem relações determinadas, necessárias e independentes de sua vontade, relações de produção que são correlativas a determinado estágio de desenvolvimento de suas forças produtivas.”
Liberdade individual apenas formal.
Infraestrutura: trata-se das forças de produção, compostas pelo conjunto formado pela matéria-prima, pelos meios de produção e pelos próprios trabalhadores (onde se dá as relações de produção: empregados-empregados, patrões-empregados). Trata-se da base econômica da sociedade, onde se dão, segundo Marx, as relações de trabalho, estas marcadas pela exploração da força de trabalho no interior do processo de acumulação capitalista.
Superestrutura: é fruto de estratégias dos grupos dominantes para a consolidação e perpetuação de seu domínio. Trata-se da estrutura jurídico-política e a estrutura ideológica (Estado, Religião, Artes, meios de comunicação, etc.).
Ideia de dominação – não necessariamente negativo.
Mais-valia: todo e qualquer trabalhador sempre produzirá mais do que ganha.
Alienação: conformidade com a vida atual do indivíduo. 
Proposta revolucionária de Marx: golpe de Estado. Proletário deve perceber a alienação. União do proletariado vem do entendimento de que este é um grupo explorado – consciência de classe. Ditadura do Proletariado. Baseados no uso da força propõe o golpe de Estado. Retirada do poder político das mãos da burguesia. Implantação da ditadura do proletariado (expropriação dos meios de produção) – processo temporário. 
Comunismo: ausência de divisões econômicas em classes sociais.

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