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aulas Direito Processual Penal I slides

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Direito Processual Penal-I
Professor: Adrianno Sandes
Twitter: @aesandes
Email: aesandes@hotmail.com
1 – Noções Preliminares
a) interesse;
b) pretensão;
c) lide (jus puniendi e o status libertatis); 
d) ação; 
e) processo; 
f) procedimento. 
1.1 - Autotutela/Autodefesa
1.2 - Autocomposição
1.3 - A intervenção de terceiro, a mediação e o processo
- ordo judiciorum privatorum
- cognitio extra ordinem e litiscontestatio
1.4 - Jurisdição
 
Uma das funções do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, aplicar o direito ao caso concreto, solucionando pacificamente o litígio.
 
Art. 5a, XXXV, da Magna Carta: “a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. 
 
Exceções: desforço imediato, aparar arvores vizinhas, transações penais, etc.
 
1.5 - Jus Puniendi
- in abstracto e in concreto.
- pretensão punitiva (lide penal.): direito de punir versus direito de liberdade.
- Nulla poena sine judice.
 - Nulla poena sine judicio.
- persecutio criminis (investigar o fato infringente da norma e pedir o julgamento da pretensão punitiva): obrigação funcional do Estado para lograr um dos fins essenciais para os quais o próprio Estado foi constituído (segurança e reintegração da ordem jurídica).
- Direito Processual Civil e Direito Processual Penal: a) finalidade (atuação do Poder Jurisdicional); b) intervenção do Poder Jurisdicional e condicionada ao exercício da ação; e c) inicio, desenvolvimento e conclusão com a participação de três sujeitos (autor, réu e Juiz) .
2 - Direito Processual Penal 
2.1 - Conceito 
 
Fernando Capez: “é o conjunto de princípios e normas que disciplinam a composição das lides penais, por meio da aplicação do Direito Penal objetivo”.
Rogério Lauria Tucci: “a instrumentalização da jurisdição, ou seja, da ação judiciária, em que se insere ação das partes, apresenta-se o processo penal como um conjunto de atos que se realizam sucessivamente, preordenados a solução de um conflito de interesses de alta relevância social. A regulamentação desses atos, integrantes do procedimento em que ele se materializa, encontra-se estabelecida nas leis processuais penais, alias com muita propriedade”. 
José Frederico Marques: “conjunto de princípios e normas que regulam a aplicação jurisdicional do Direito Penal, bem como as atividades persecutórias da Polícia Judiciária, e a estruturação dos órgãos da função jurisdicional e respectivos auxiliares”
Direito Processual Penal: é o corpo de normas jurídicas cuja finalidade é regular a persecução penal do Estado, através de seus órgãos constituídos, para que se possa aplicar a norma penal, realizando-se a pretensão punitiva no caso concreto.
 - Processo Penal Democrático?
> O processo penal que vai se amparar mais na CF, para zelar suas garantias e diretos, do que no próprio CPP.
2.2 – Autonomia
- objeto e princípios próprios.
2.3 – Instrumentalidade
2.4 – Finalidade
- finalidade mediata (paz social) e finalidade imediata (realizabilidade da pretensão punitiva derivada de um delito, através da utilização da garantia jurisdicional)
2.5 – Características: 
a) autonomia (não submissão ao Direito Penal); b)instrumentalidade (trilha a ser seguida para aplicação do direito material); c)normatividade (é normativo, com codificação própria – Código de Processo Penal: Decreto-lei n.º 3.689/41).
2.6 – O Processo Penal Brasileiro
a) Ordenações do Reino de Portugal (do século XVI ao início do século XIX);
b) Constituição Imperial de 1824;
c) Código de Processo Criminal de Primeira Instância (1832);
d) Código de Processo Penal (1941):
- legislação processual penal italiana (fascista); autoritário; presunção de culpabilidade (acusado é tratado como potencial e virtual culpado); segurança pública acima da liberdade individual com uma fase investigatória agressivamente inquisitorial; busca da verdade real com práticas autoritárias e abusivas por parte dos poderes públicos; ampliação ilimitada da liberdade de iniciativa probatória do juiz como necessária e indispensável à busca da verdade real; interrogatório do réu realizado efetivamente em ritmo inquisitivo, sem a intervenção das partes e exclusivamente como meio de prova e não de defesa, estando o juiz autorizado a valorar contra o acusado o seu comportamento no aludido ato, sendo autorizada a sua condução coercitiva.
- Flexibilização do CPP pelas normas 5.349/67, 11.689, 11.690 e 11.719, todas de 2008, e a 12.403/2011.
e) Constituição da República de 1988 e o Processo Constitucional: 
- devido processo penal constitucional;
- igualdade efetiva entre os litigantes; 
- processo justo a ser realizado sob instrução contraditória, perante o Juiz natural da causa, e no qual exigida a participação efetiva da defesa técnica, como única forma de construção válida do convencimento judicial; 
-convencimento deverá sempre ser motivado, como garantia do adequado exercício da função judicante e para que se possa impugná-lo com maior amplitude perante o órgão recursal;
- Estado interessado, na mesma medida, na absolvição do inocente ou na condenação do culpado.
3 – Sistemas Processuais
a) Inquisitivo: origem romana; cabe a um só órgão acusar, defender e julgar; em regra, é escrito e secreto; o réu é verdadeiro objeto do processo, sem nenhuma garantia; o processo se inicia com a notitia criminis.
b) Acusatório: origem grega; há separação entre os órgãos incumbidos de realizar a acusação e o julgamento, o que garante a imparcialidade do julgador e, por conseguinte, assegura plenitude de defesa e o tratamento igualitário das partes; é público e contraditório; há garantias ao réu; adotado pelo nosso país (não ortodoxo); o processo se inicia com o oferecimento da acusação.
-E o inquérito policial?
-E a iniciativa probatória do juiz? 
 
c) Misto: origem francesa em 1908 (Code d´Instruction Criminelle – Código de Processo Penal Francês); há uma fase investigatória e persecutória preliminar conduzida por um juiz e uma segunda fase acusatória em que são assegurados todos os direitos do acusado e a independência entre acusação, defesa e juiz; a característica marcante é a existência do Juizado de Instrução, fase preliminar instrutória presidida por Juiz.
4 – Fontes
4.1 - Fonte de produção ou material: é a que elabora a norma. São as entidades criadoras do direito. No Brasil, a competência para legislar sobre Direito Processual Penal é da União (Art. 22, I, CF), podendo Lei Complementar autorizar os Estado a legislar sobre questões específicas (parágrafo único).
Obs: 
- Direito Penitenciário e Procedimentos: a competência para legislar é concorrente da União, Estados e Distrito Federal (art. 24, I e XI, CF). Normas Gerais da União e suplementares dos Estados.
- Decreto sobre Indulto (art. 84, XII, CF).
- Medida Provisória sobre Processo Penal? art. 62, I, b, CF. E se beneficiar?
4.2 - Fonte formal ou de cognição: é a que revela a norma e dizem respeito aos meios pelos quais o Direito se exterioriza. 
4.2.1 - imediata ou direta: leis (em sentido amplo) e súmulas vinculantes do STF.
4.2.2 - mediatas, indiretas ou supletivas: os costumes (constante, uniforme e com consciência de obrigatoriedade), os princípios gerais do direito (premissas éticas extraídas da legislação ou do ordenamento como um todo) e a analogia (analogia legis e analogia iuris).
- A analogia pode ser utilizada em prejuízo do réu? 
Classificação de Fernando Tourinho: a) Fontes Diretas (fontes processuais penais principais, fontes penais extravagantes, fontes orgânicas principais e fontes orgânicas complementares), b) Fontes Indiretas (costumes, jurisprudências e os princípios gerais do Direito), c) Fontes Secundárias (Direito histórico, estrangeiro, doutrina) e d) Fontes Diretas Mediatas ou Remotas (Ordenações Portuguesas).
5 – Interpretação (Hermenêutica)
5.1 - Quanto à pessoa que interpreta (origem):
- Autêntica ou legislativa: ditada
pela própria norma, que em seus dispositivos já fornece os dados necessárias a sua interpretação (art. 150, §§ 4º e 5º, do CP). Pode ser contextual ou por lei posterior;
- Doutrinária ou científica: revelada pelos estudiosos e professores; Obs: exposição de motivos (não tem força de lei).
- Jurisprudência: que emana dos Tribunais;
5.2 - Quanto ao modo de interpretar:
- Gramatical, literal ou sintática: leva-se em conta o significado literal da norma;
- Sistemática: busca harmonizar o ordenamento jurídico, interpretando a norma em consonância com o arcabouço legal;
- Teleológica: investiga os fins a que se destina a lei;
- Histórica: perquiri o momento histórico da elaboração do mandamento legal;
- Lógica: uso das regras gerais do raciocínio para compreender o espírito da lei e a intenção do legislador;
5.3 - Quanto ao resultado:
- Declarativa: quando se constata que a lei corresponde ao que o legislador tencionava regular, não havendo necessidade de restringir ou ampliar seu alcance;
- Restritiva: quando o sentido da norma deve ser limitado, porque muito ampla;
- Extensiva ou ampliativa: quando a norma merece ampliação, para abranger casos não expressamente por ela previstos;
- Progressiva, adaptativa ou evolutiva: atualização dos diplomas normativos, pois a realidade o impõe, dando-se efetividade à norma não trabalhada ou não modernizada pelo legislador.
5.4 - Analogia X Interpretação analógica: analogia significa colmatar, preencher lacunas. É levada a efeito para suprir um vazio, aplicando-se uma norma a um caso semelhante não regulamentado. Já a interpretação analógica ocorre quando o legislador, dentro do próprio texto legal, após uma seqüência, se utiliza de uma forma genérica que deve ser interpretada de acordo com os casos anteriores, conferindo maior alcance a determinado dispositivo (art. 171 do CP). Ambas são admitidas em processo penal (art. 3º CPP).
6 – A Lei Processual no Tempo
-Atividade X Extratividade (retroatividade e ultratividade).
Obs: art. 1º da Lei de Introdução ao Código Civil.
Retroatividade – publicação – atividade – revogação – ultratividade
- Art. 2º do CPP: tempus regit actum. Princípio do Efeito Imediato ou da Aplicação Imediata da Lei Processual.
 
Problemas Práticos:
1) Prazo de recurso? Art. 3º da LICPP.
2) A aplicação do “tempus regit actum” consubstanciado no art. 2.° do CPP implica violação ao art. 5°, inciso XL, da Constituição Federal, que proíbe a lei de retroagir para prejudicar o acusado?
 
Normas processuais, materiais e hibridas
-Normas processuais: regulamentam aspectos relacionados ao procedimento ou à forma dos atos processuais, sem causar alterações na pretensão punitiva estatal. Ex: citação por hora certa (art. 362 do CPP).
-Normas materiais: asseguraram direitos ou garantias, criando, extinguindo, aumentando ou reduzindo a pretensão punitiva ou executória do Estado. Ex: prescrição (art. 109 do CP).
-Normas hibridas ou mistas: apresentam duplicidade de conteúdo, vale dizer, incorporam tanto um conteúdo processual quanto um conteúdo material. Ex: art. 366 do CPP, decadência, perempção, suspensão condicional do processo, etc.
Problemas práticos:
1) Pode haver cisão da norma híbrida? 
2) Normas sobre liberdade e prisão? 
Normas processuais heterotópicas
Embora o conteúdo confira-lhe uma determinada natureza, encontra-se ela veiculada em diploma de natureza distinta, podendo, a depender de seu conteúdo, sofreram a incidência do tempus regit actum ou da extratividade (ultratividade ou retroatividade). Ex.: direito ao silêncio assegurado ao réu em seu interrogatório (art. 186 do CPP).
Síntese: 
Extratividade (retroatividade ou ultratividade) apenas para normas materiais mais benéficas e as normas processuais, nas seguintes hipóteses a) normas heterotópicas, isto é, aquelas em relação às quais se detectar um conteúdo material mais benéfico, sem embargo de estarem incorporadas a um diploma processual; b) normas híbridas ou de conteúdo misto, limitada a extratividade [retroatividade ou ultratividade], neste caso, à parte material da norma que de qualquer modo favorecer o réu.
Normas relativas à concessão de benefícios em sede de execução penal
- Corrente A (prevalece): são normas de natureza material. A conotação material das normas relativas à execução penal é definida pela própria Lei de Execuções Penais (art. 66, I, da Lei 7.210/1984). 
- Corrente B: são normas de natureza processual. Disciplinam a forma de cumprimento da pena fixada em sentença transitada em julgado. O art. 66, I, da LEP, não alcança os requisitos preestabelecidos em lei para o deferimento de benefícios da execução. 
7 – A Lei Processual no Espaço
- Art. 1º do CPP. Princípio da territorialidade. 
Lugar do crime? art. 6º do CP (teoria da ubiquidade ou mista). 
- Território Brasileiro: – art. 5º, do CP. E as aeronaves e embarcações estrangeiras de natureza pública? 
- Estendem-se além do território brasileiro.
- Exceções:
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);
III - os processos da competência da Justiça Militar;
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
V - os processos por crimes de imprensa. Vide ADPF nº 130
I - Tratados, Convenções e regras de Direito Internacional:
Se firmados pelo Brasil, mediante aprovação por decreto legislativo e promulgação por decreto presidencial, podem afastar a jurisdição brasileira, ainda que o fato tenha ocorrido no território nacional, de modo que o infrator será julgado em seu país de origem. 
Ex: agentes diplomáticos, embaixadores, secretários de embaixada e membros com tal qualidade (Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (aprovada pelo Decreto Legislativo n.º 103/64 e promulgada pelo Decreto n.º 56.435/65); e Convenção de Viena sobre Relações Consulares (aprovada pelo Decreto Legislativo n.º 106/67e promulgado pelo Decreto n.º 61.078/67)).
Aspectos práticos:
- Somente no exercício da função? 
- E os familiares? art. 37, §1º. 
- Se o diplomata morrer, como fica a família? 
- E pessoal técnico, administrativo e doméstico? Fato ocorrer no desempenho das funções e desde que não sejam brasileiros nem tenham residência permanente no Brasil.
- Pode renunciar? art. 32. 
- E funcionários de organizações internacionais, como a ONU? 
- E cônsul? Interesses comerciais, econômicos, culturais e científicos Os funcionários e empregados consulares possuem imunidade de jurisdição, desde que referente a atos criminosos cometidos no exercício das funções consulares (art. 43, tópico 1).
Tribunal Penal Internacional
Adesão pelo Decreto Legislativo n.º 112/2002, promulgado pelo Decreto n.º 4.388/2002. É permanente e tem competência para o processo e o julgamento dos crimes mais graves, que afetem a comunidade internacional no seu conjunto. Ex:crimes de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crime de agressão.
Art. 5º, §4º, CF.
Aspectos práticos: conflito de normas com o art. 5º, LI, da CF. Entrega X Extradição.
II - As prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100):
Crimes de natureza político-administrativa. O julgamento é feito pelo Poder Legislativo e não gera reincidência nem cumprimento de pena na prisão. No Senado Federal, o procedimento é regulado pela Lei n.º 1.079/50.
III - Os processos da competência da Justiça Militar: 
Crimes militares seguem os ditames do Código de Processo Penal Militar (Decreto-lei n.º 1.002/69). 
Obs: Justiça Eleitoral - é competente para apreciar crimes
eleitorais e conexos, possuindo codificação própria (Lei n.º 4ópria (Lei n.º 4.737/1965 – Código Eleitoral).
IV - Os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, n.º 17): 
CF/1937. Delitos políticos ou contra a economia popular por meio do chamado Tribunal de Segurança Nacional (Lei n.º 244/36). Tribunal de exceção - art. 5º, XXXVII, da CF. Crimes políticos são julgados pela Justiça Federal (art. 109, IV, da CF) e os crimes contra a economia popular são julgados pela Justiça Estadual. Crimes contra a segurança nacional esta previsto na Lei n.º 7.170/1983 sendo afetos à Justiça Federal.
V - os processos por crimes de imprensa: ADPF 130-7/DF. Legislação comum e CPP.
Outras exceções:
- leis especiais: drogas (11.343/2006), crimes falimentares (Lei 11.101/2005), as infrações de menor potencial ofensivo (Lei 9099/95).
Extraterritorialidade da lei penal e Territorialidade da lei processual:
- Crime contra a vida ou a liberdade do Presidente da República, contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público, contra a administração pública, por quem está a seu serviço e de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil (art. 7º do CP).
Obs: seria extraterritorialidade da lei processual penal? 
Doutrina: a) aplicação da lei processual brasileira em território nullius; b) em havendo autorização de um determinado país, para que o ato processual a ser praticado em seu território o fosse de acordo com a lei brasileira; e c) nos casos de território ocupado em tempo de guerra.
8 – Princípios do Processo Penal
Notas sobre princípios
 
- princípios, normas, regras e postulados (extraídos do sistema, contexto dos direitos fundamentais na Constituição)
 
Princípio jurídico: são vetores axiológicos postos à disposição do Juiz para o exercício de sua atividade jurisdicional. Fornecem um padrão de interpretação, integração, conhecimento e aplicação do direito positivo, estabelecendo uma meta maior a seguir.
8.1 – Princípio do Devido Processo legal (art. 5º, LIV, da CF):
- Origem no direito anglo-saxão. due process of law.
- Garantia que o processo penal deve seguir as normas legais em vigor, conferindo oportunidade ao acusado de conhecer as regras que conduzirão o feito, que apenas o juiz natural da causa pode conduzir, sendo vedado juízos ou tribunais de exceção. 
- Princípios derivados: Juiz natural, Contraditório, Ampla defesa, Presunção de não-culpabilidade, Inadmissibilidade de provas ilícitas, Publicidade, Motivação das decisões, Promotor natural, Vedação da auto-incriminação forçada (Nemo tenetur se detegere), etc.
- Duplo Aspecto: material (direito penal) e processual (procedimento e a ampla possibilidade de o réu produzir provas, apresentar alegações, demonstrar, enfim, ao juiz a sua inocência, bem como de o órgão acusatório, representando a sociedade, convencer o magistrado, pelos meios legais, da validade da sua pretensão punitiva).
8.2- Princípio do Contraditório (art. 5º, LV da CF):
- Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes. É a ciência bilateral dos atos ou termos do processo e a possibilidade de contrariá-los.
a) Direito à informação 
b) Direito de participação
- Contraditório efetivo ou equilibrado
-“Paridade de armas”. Tratamento isonômico das partes no transcorrer processual (art. 5º, caput, da CF)
Ex. Sumula 707 do STF (processo justo e equitativo). 
- Qual a diferença do contraditório para a prova (contraditório real) e contraditório sobre a prova (contraditório diferido ou postergado)?
8.3 – Princípio da Ampla Defesa (art. 5º, LV, da CF)
- Garantia constitucional. Consiste em dar ao réu todas as possibilidades de defesa (tanto técnica, quanto a autodefesa) no curso do processo. Direito de ser ouvido pelo Juiz da Causa (art. 8º, 1, do Pacto de San José da Costa Rica – Decreto n.º 678/92).
Ex: revisão criminal, defesa eficiente, etc.
 
- Tribunal do Júri: plenitude de defesa. Ex: art. 497, V, CPP, a defesa pode inovar sua tese na tréplica, dilação de prazo caso necessário, etc.
- Aspectos: positivo (efetiva utilização dos instrumentos, meios e modos de produção, certificação, esclarecimento ou confrontação de elementos de prova digam respeito à materialidade da infração criminal e à autoria) e negativo (não produção de elementos probatórios de elevado risco ou potencialidade danosa à defesa do réu).
-Existe diferença entre Contraditório e Ampla Defesa?
-É possível a violação do contraditório sem violar a ampla defesa?
- O princípio da ampla defesa é uma garantia ou um direito?
- Divisão: defesa técnica e autodefesa
Defesa técnica
Art. 261 do CPP
Profissional da advocacia, dotado de capacidade postulatória, seja ele advogado constituído, nomeado, ou defensor público. É defesa necessária, indeclinável, plena e efetiva, não sendo possível que alguém seja processado sem que possua defensor.
Aspectos práticos:
-Autodefesa técnica
- Súmula 705 - STF
- Efeitos da violação: art. 564, inciso III, alínea “c”, do CPP. Súmula 523 – STF.
-JECRIM Federal (art. 10º, da Lei nº 10.259/2001) e JECRIM da Justiça Comum (audiência preliminar (art. 72), analise da proposta da transação penal (art. 76, § 32), no curso do procedimento comum sumaríssimo (art. 81), no momento da proposta de suspensão condicional do processo (art. 89, § Ia)) 
-Direito de escolha do defensor. Ausência de alegações finais pelo defensor constituído? Pode nomear dativo? 
- Ampla defesa e provas obtidas ilicitamente. Defesa técnica, Autodefesa, Defesa efetiva e por qualquer meio de prova hábil a demonstrar a inocência do acusado.
Autodefesa
Exercida pelo próprio acusado. 
Forma: a) direito de audiência; b) direito de presença; c) direito a postular pessoalmente (exs.: interpor recursos – art. 577, CPP; impetrar habeas corpus – art. 654, CPP; ajuizar revisão criminal – art. 623, CPP; e formular pedidos relativos à execução da pena – art. 195, LEP).
- Apresentação de defesa
- A autodefesa é renunciável?
8.4 – Princípio da Presunção ou Estado de Inocência (art. 5º, LVII, da CF):
- Art. 9º da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789).
-Declaração Universal de Direitos Humanos, aprovada pela Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU), em 10 de dezembro de 1948, em seu art. 11.1, dispõe: “Toda pessoa acusada de delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não se prova sua culpabilidade, de acordo com a lei e em processo publico no qual se assegurem todas as garantias necessárias para sua defesa”. 
-Convenção Europeia para a Proteção dos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais (art. 6.2), no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos (art. 14.2) e na Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Dec. n2 678/92 - art. 8a, § 2a - Obs: previsão até a comprovação legal da culpa).
- Constituição Federal de 1988 (inciso LVII do art. 5º): Ninguém será considerado culpado ate o transito em julgado de sentença penal condenatória.
.
- Doutrina. Marco Antonio Marques da Silva: 
1) tem por finalidade estabelecer garantias para o acusado diante do poder do Estado de punir (significado atribuído pelas escolas doutrinarias italianas); 
2) visa proteger o acusado durante o processo penal, pois, se é presumido inocente, não deve sofrer medidas restritivas de direito no decorrer deste (e o significado que tem o principio no art. IX da Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789); 
3) trata-se de regra dirigida diretamente ao juízo de fato da sentença penal, o qual deve analisar se a acusação provou os fatos imputados ao acusado, sendo que, em caso negativo, a absolvição e de rigor (significado da presunção de inocência na Declaração Universal
de Direitos dos Homens e no Pacto Internacional de Direitos Civis e Políticos).
Aspectos práticos:
- Inquéritos Policiais e Ações Penais EM ANDAMENTO NÃO podem SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO NO AGRAVAMENTO DA PENA-BASE.
- Prisão necessária (efetividade do processo e/ou da própria realização da jurisdição penal).
- Indiciamento em Inquérito Policial: justa causa (carga significativa e socialmente onerosa à situação jurídica do inocente). > Declara que o crime existiu e que existe provas, diante o procedimento inquisitivo, de que aquela pessoa foi a que praticou o delito.
- Presunção de inocência ou de não culpabilidade? Convenção Americana de Direitos Humanos (PSJCR), art. 8º, § 2.
-Regra de Julgamento, Regra de Processo e Regra de Tratamento. 
Obs: fundo probatório (Pacelli) - ônus da prova relativa à existência do fato e a sua autoria devem recair exclusivamente sobre a acusação. 
-In dubio pro reo. Exceção: pronúncia (contra: Renato Brasileiro - art. 413, caput, do CPP).
- Revisão Criminal - art. 621 do CPP - in dubio contra reum. 
- Regra de tratamento: interna ao processo (ônus da prova e prisão cautelar) e exterior ao processo (publicidade abusiva e estigmatização). 
Súmula n.º 267 STJ (Não aplicada) > O STF veda a execução provisória da pena. Esperar o SP cond. trans. em julgado
Concessão antecipada dos benefícios da execução penal ao preso cautelar. Mero adiantamento de circunstancias de ressocialização. Súmula 716 STF. Súmula 717 STF.
8.5 – Princípio do Favor Rei (art. 386, VI, do CPP):
Na relação processual, em caso de conflito entre a inocência do réu – e sua liberdade - e o direito-dever do Estado de punir, havendo duvida razoável, deve o juiz decidir em favor do acusado. Ex: art. 386, VII, CPP, a vedação da reformatio in pejus (art. 617, CPP), o empate no julgamento dos recursos e dos habeas corpus favorece o réu/paciente (art. 615, § 1º, e 664, parágrafo único, CPP), a revisão criminal exclusivamente pro reo (art. 621, CPP), etc.
> Nosso sistema é feito para somente para o réu e para lhe beneficiar.
Conteúdo: forma de resolver o conflito entre o jus puniendi e o jus libertatis
8.6 - Princípio da inadmissibilidade das provas obtidas por meios ilícitos (art. 5, LVI, da CF): 
São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. 
Art. 155, parágrafo único, do CPP. Art. 332 do CPC. Art. 5º, LVI, da CF.
 Art. 233 do CPP. O juiz é livre para valorar a prova de acordo com seu convencimento, desde que motivada as razões de suas escolhas.
Provas Ilegais, Ilícitas e Ilegítimas: 
-Ilícito (íllicitus - il + licitus): a) sob o significado restrito, quer dizer o proibido por lei; b) sob o prisma amplo, tem, também, o sentido de ser contrario a moral, aos bons costumes e aos princípios gerais de direito (ACEPÇÃO ADOTADA NO PROCESSO PENAL).
Distinção (Alexandre de Morais): 
- provas ilícitas: obtidas com VIOLAÇÃO ao Direito Material;
- provas ilegitimas: obtidas com DESRESPEITO ao Direito Processual;
- provas ilegais: gênero do qual as espécies são as provas ilícitas e as ilegítimas.
(Não são admitidas).
Vertentes: materialmente ilícito (ex: a escuta telefônica não autorizada) e formalmente ilícito (a prova da morte da vitima através de simples confissão do réu).
Aspectos práticos:
Prova Ilícita Por Derivação (“Fruits of the poisonous tree” ou “frutos da arvore envenenada” ou “efeito à distância”). 
> Se uma prova ilegal ocasionar a produção de outras provas, estas, se derivadas daquela, não devem ser acolhidas. 
Teoria da Proporcionalidade ( “teoria da razoabilidade” ou “teoria do interesse predominante”). 
> Juízo de ponderação a ser feito, no qual o é admitida a prova ilegal, uma vez que vise solapar o erro judiciário.
- Absolvição e Erro Judiciário (Constituição Federal - art. 5.°, LXXV).
DEBATE : A ilegitimidade da utilização da psicografia como prova no processo penal.
8.7 – Princípio da Verdade Real (arts. 155 e 156 do CPP):
Há que se perquirir a verdade real, instruindo o processo com todas as provas indispensáveis ao aclaramento dos fatos. Material ou real é a verdade que mais se aproxima da realidade. 
Aspectos práticos:
- revelia e confissão. 
- busca da verdade (principio da livre investigação da prova no interior do pedido; principio da imparcialidade do juiz na direção e apreciação da prova; principio da investigação; principio inquisitivo; ou principio da investigação judicial da prova).
- Juizados Especiais Criminais e Medidas Despenalizadoras (composição civil , transação penal , representação nos crimes de lesão corporal leve e lesão corporal culposa e suspensão condicional do processo : verdade consensuada.
- Limites: vedação da prova ilícita (art. 5º, LVI, CF), inviolabilidade do domicílio (art. 5º, XI, CF), inviolabilidade da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas (art. 5º, XII, CF), inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem das pessoas (art. 5º, X, CF), pessoas dispensadas de depor (art. 206, CPP), pessoas proibidas de depor (art. 207, CPP), limitações à exceção da verdade (art. 138, § 3º, CP), inadmissibilidade de revisão pro societate (art. 621, CPP), certidão de óbito como único meio admissível de provar a morte do réu para fins de extinção da punibilidade (art. 62, CPP), vedação da juntada de documentos em determinadas fases (art. 406, § 2º, CPP, e art. 475, CPP).
8.8 – Princípio da Publicidade (arts. 5º, XXXIII e LX e 93, IX, da CF):
Os atos processuais, via de regra, devem ser franqueados ao público. 
Limites: art. 52, LX, da Carta Magna e art. 792, § 1º, do CPP. Convenção Americana sobre Direitos Humanos (“o processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça” (Dec. Nº 678/92, art. 8D, §52)).
Objetivo: assegurar a transparência e possibilidade de fiscalização pelas próprias partes (controle interno) e por toda comunidade (controle externo) da atuação do Poder Judiciário. 
Aspectos práticos:
- Inquérito. 
- Segredo de Justiça e CPI.
-Publicidade Geral e Publicidade Especifica.
- Defesa da intimidade, interesse social no sigilo e imprescindibilidade a segurança da sociedade e do Estado (CF, art. 5S, incisos XXXIII e LX, c/c art. 93, IX); escândalo, inconveniente grave ou perigo de perturbação da ordem (CPP, art. 792, § Ia).
- Dos Crimes contra a Dignidade Sexual (Lei nº 12.015/09 - art. 234-B do CP).
- Art. 155 do CPC.
-Sala Secreta
8.9 – Princípio do Livre Convencimento ou Persuasão Racional do Juiz (art. 93, IX, da CF):
O julgador é livre na apreciação das provas produzidas, mas deverá fundamentar seu raciocínio jurídico de forma a possibilitar às partes conhecer as razões que o levaram a decidir, sob pena de nulidade insanável. 
Art. 155 do CPP
Aspectos práticos:
- Sistema Tarifário.
- Exceções: jurados em Tribunal do Júri; a inimputabilidade do agente depende, necessariamente, de exame pericial; os crimes que deixam vestígios materiais demandam a realização de exame pericial; prova-se a morte do agente, para fim de extinção da punibilidade, com a apresentação da certidão de óbito.
8.10 – Princípio da Vedação do Bis in Idem ou da vedação da dupla punição e do duplo processo pelo mesmo fato ou vedação de revisão pro societate:
É norma de controle das atividades do Poder Público. Não se pode processar alguém duas vezes com base no mesmo fato, impingindo-lhe dupla punição (ne bis in idem). 
Art. 8.°, 4, da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (aprovada pelo Decreto 678/92): “O acusado absolvido por sentença transitada em julgado não poderá ser submetido a novo processo pelos mesmos fatos”. Art. 5.°, § 2.°, da Constituição Federal.
Aspectos práticos: 
- Erro judiciário, incluindo incompetência absoluta (HC 87869/CE – STF e STJ HC 146.208/PB). 
Exceção: não se aplica quando a conduta posterior do acusado, ou em seu favor, tenha sido a única causa do afastamento da pretensão punitiva, quando praticada criminosamente
e quando comprovadamente dela tenha resultado a alteração de situação de fato ou de direito juridicamente relevante , sem que se possa atribuir ao fato qualquer responsabilidade do Estado. Ex: falsa certidão de óbito.
Sequestro e cárcere de testemunha? 
- Arquivamento de inquérito: a) atipicadade (coisa julgada material) – HC 83.346/SP – STF e STJ HC 173.397/RS; b) falta de provas de autoria. 
8.11 – Princípio da Comunhão das Provas:
A prova pertence a todos os sujeitos processuais (partes e juiz). O princípio da comunhão da prova é um consectário lógico dos princípios da verdade real e da igualdade das partes na relação jurídico processual. 
Art. 401, §2º, do CPP.
Obs: desistência da produção da prova e ouvir parte adversa.
8.12 – Princípio do Juiz Natural (art. 5º, III, da CF):
Garantia constitucional de ser submetido a julgamento somente por órgão do Poder Judiciário, dotado de todas as garantias institucionais e pessoais previstas no Texto Constitucional (independência e imparcialidade). 
Art. 5º, inciso LIII, da CF
Aspectos práticos:
-Tribunais de Exceção ( XXXVII do art. 5a da Magna Carta).
- Ordem taxativa de competências exclui discricionariedade.
8.13 – Princípio do Promotor Natural:
Significa que o individuo deve ser acusado por órgão imparcial do Estado, previamente designado por lei, vedada a indicação de acusador para atuar em casos específicos.
Aspectos práticos:
- “promotor de exceção” (STF, HC nº 67.759).
STJ - A designação de promotores de outras comarcas para auxiliar em determinado processo sem a interferência na condução da persecução penal não revela violação do princípio do promotor natural. HC 38.365-GO, Rel. Min. Maria Thereza de Assis Moura, julgado em 21/8/2007.
STF – RE 387974/DF Rel. ministra Ellen Gracie: entendeu pela inexistência do principio do promotor natural, sob o argumento de que tal principio é incompatível com o da indivisibilidade do MP.
8.14 – Princípio do Nemo Tenetur se Detegere (art. 5º, LXIII, da CF, e art. 8º, §2º, g 10, da CADH):
Trata-se do direito de que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. 
Art. 5º, inciso LXIII, da Constituição Federal. Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (art. 14.3, “g”), e na Convenção Americana sobre Direitos Humanos (art. 8, § 2a, “g”).
Aspectos práticos: 
- Réu preso e Réu Solto.
- Testemunha e falso testemunho.
- Autoincriminação involuntária e prévia e formal advertência quanto ao direito ao silêncio.
- Réu pode ocultar as informações de que se valerá em sua defesa e compelir a acusação a dar-lhe acesso a tudo quanto pretenda contra ele usar.
-Réu não pode ser compelido a produzir ou a contribuir com a formação da prova contrária ao seu interesse.
- Direito ao silêncio ou direito de ficar calado. Confissão ficta ou de falta de defesa.
- Direito de não ser constrangido a confessar a prática de uma infração penal.
- Inexigibilidade de dizer a verdade . Perjúrio. Obs: Crime de Denunciação Caluniosa. 
- Crime de falsa identidade. STF.
- Direito de não praticar qualquer comportamento ativo que possa incriminá-lo (ex.: acareação, reconstituição, grafotécnica, bafômetro). Obs: reconhecimento pessoal.
- Direito de não produzir prova incriminadora invasiva (intervenções corporais que pressupõem penetração no organismo humano. Ex: Exame de Sangue, endoscopia, etc).
- Não invasiva: exame de fezes, DNA no fio de cabelo, identificação dactiloscópica das impressões dos pés, unhas e palmar, etc.
Obs: a) saliva (dentro da boca ou em latas, cigarros, etc.); b) radiografia (mulas de tráficos e principio da proporcionalidade e da proteção da vida (CF, art. 52, caput)). 
- Intervenções corporais que ofendam a dignidade da pessoa humana ou que coloquem em risco sua integridade física ou psíquica alem do que é razoavelmente tolerável. Art. 15 do CC. 
- Reconstituição do crime. Art. 7º CPP. Ir e Participar. 
- STJ: direito de mentir, de não se submeter ao bafômetro.
- Direito de fuga. Excludente de ilicitude ou inexigibilidade de conduta diversa (exclusão de culpabilidade).
- Bafômetro:
Na seara administrativa não tem aplicação o princípio da presunção de inocência. Ônus da prova. 
Lei nº 12.760/12: nova redação ao art. 306 da Lei na 9.503/97.
Art. 306. Conduzir veiculo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influencia de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência (Crime de perigo concreto, pois prov. um dano).
Concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou por sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora.
Teste de alcoolemia, exame clinico, pericia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito admitidos, observado o direito a contraprova.
- Prática de outro crime. A prática de nova infração penal, de maneira autônoma e dissociada de qualquer exigência de colaboração por parte de autoridade, com o objetivo de encobrir delito anteriormente praticado. Punibilidade de crimes conexos praticados para encobrir a pratica de outros. 
8.15 – Princípio do Duplo Grau de Jurisdição
Possibilidade de revisão das decisões pelos órgãos jurisdicionais superiores (reexame da causa). 
Pacto de San Jose da Costa Rica (art. 8, item 2, h). Obs: Nestor Távora: lei ordinária, já que o direito ao recurso não pode ser enquadrado como expressão de direito fundamental, encontrando-se, por consequência, fragilizado, dentro das várias exceções existentes no sistema de decisões simplesmente irrecorríveis.
STF e ação originária.
8.16 – Princípio da Proporcionalidade
Procedimento de aplicação/interpretação de norma jurídica tendente a concretizar um direito fundamental em dado caso concreto. Aspecto material do princípio do devido processo legal (substantive due process of law).
Requisitos intrínsecos ou subprincípios da proporcionalidade ou elementos de seu conteúdo: a adequação (ou idoneidade), a necessidade e a proporcionalidade em sentido estrito. 
Campo de atuação: a)superprincipio para composição no aparente conflito principiológico, ou b)proibição de excesso para limitar os arbítrios da atividade estatal, já que os fins da persecução criminal nem sempre justificam os meios, vedando-se a atuação abusiva do Estado ao encampar a bandeira do combate ao crime (súmula 523 do STF).
Garantias e direitos individuais do acusado. STF HC 80949/RJ – em caso extremo de necessidade inadiável e incontornável
8.17 – Princípio da Legalidade ou obrigatoriedade
Dispõe a legalidade que não ha crime sem prévia lei que o defina, nem pena sem prévia lei que a comine, razão pela qual podemos deduzir que, havendo tipicidade incriminadora, é imperiosa a aplicação da sanção penal a quem seja autor da infração penal. A persecução criminal é de ordem pública e não cabe juízo de conveniência ou oportunidade. 
Obs: Ação privada e Ação Pública Condicionada.
- Principio da Obrigatoriedade Mitigada ou da Discricionariedade Regrada (transação penal). 
- Indisponibilidade da ação penal: desistência vedada (art. 42, CPP). 
Obs: suspensão condicional do processo, transação penal (art. 98, I, CF).
- Controle externo da policia e fiscalização do andamento do inquérito pelo Juiz. 
8.18 - Princípio da Oficialidade:
Conteúdo: a persecução penal é uma função primordial e obrigatória do Estado. As tarefas de investigar, processar e punir o agente do crime cabem aos órgãos constituídos do Estado, através da Polícia Judiciária, do Ministério Público e do Poder Judiciário. São órgãos oficiais por excelência.
Obs: particular (ação penal privada) e Execução Penal. 
- OFICIOSIDADE. 
8.19 - Principio da Autoridade:
Consagra que os órgãos incumbidos da persecução penal estatal são autoridades públicas, seus atos tem aptidão de poder prevalecer contra a vontade de seus destinatários.
Exceção: ação penal privada
Obs: toda a condenação
criminal deve ser fruto exclusivo do saber (conhecimento) e não mera manifestação de poder (de autoridade). Saber/poder e conhecimento/autoridade (Pacelli ).
8.20 - Principio da Intranscendência:
A Ação Penal não deve transcender da pessoa a quem foi imputada a conduta criminosa. A Responsabilidade Penal é pessoal e individualizada, não podendo dar-se sem dolo e sem culpa (principio penal da culpabilidade). 
8.21 - Princípio da Duração Razoável da Prisão Cautelar:
Ninguém poderá ficar preso, provisoriamente, por prazo mais extenso do que for absolutamente imprescindível para o escorreito desfecho do processo.
- Prazo exato e fixo para prisão preventiva e critério da razoabilidade.
- Sumulas 21 - STJ, Sumula 52 - STJ, Sumula 64 - STJ
8.22 - Princípio da Indisponibilidade:
Decorrência do Princípio da Obrigatoriedade. Iniciado o inquérito policial ou o processo penal, os órgãos incumbidos da persecução criminal não podem deles dispor. 
- Fases inquisitiva (art. 17), processual (art. 42) e recursal (art. 576).
- Suspensão Condicional do Processo (Lei n.º 9099/95).
- Ação Privada. Perdão e Perempção (art. 60 do CPP). 
8.23 - Princípio da Iniciativa das Partes e Impulso Oficial:
Não pode o juiz agir de oficio para dar inicio a ação penal. Cabe ao titular da ação penal, que é o Ministério Público (art. 129,1, CF), como regra, essa providencia. Não propondo a ação penal, no prazo legal, pode o particular ofendido tomar a iniciativa (art. 5.°, LIX, CF).
Exceção: HC ex officio, Prisão Preventiva ex officio.
- Procedimento Judicialiforme (contravenções penais – art. 531, CPP – e para o homicídio culposo e a lesão corporal culposa – Lei 4.611/65). 
- Execução Penal (art. 195 da Lei 7.210/84).
- Art. 251 do Código de Processo Penal. 
- Ação Penal Privada X Princípio da Oportunidade X Impulso Oficial. Obs: Perempção (art. 60, CPP).
8.24 - Princípio da Colegialidade:
Decorrente do Princípio Constitucional implícito do Duplo Grau de Jurisdição. A parte tem o direito de, recorrendo a uma instância superior ao primeiro grau de jurisdição, obter um julgamento proferido por órgão colegiado.
Antiguidade e Contraposição de Ideias. 
8.25 - Princípio da Correlação entre a Acusação e a Sentença:
A sentença deve guardar plena consonância com o fato descrito na denúncia ou queixa. Por esse princípio, o juiz só pode julgar aquilo que está sendo submetido à sua apreciação, estando, portanto, vedados os julgamentos ultra e extra petita.
-“Emendatio libelli” (art. 383 do CPP).
Obs: Recurso e reformatio in pejus.
- “Mutatio libelli” (art. 384 do CPP).
Obs: Ação Penal Privada; Fase Recursal (Súmula 453 STF); Aditamento e RESE (art. 581, I, CPP).
8.26 - Principio da Economia Processual:
É incumbência do Estado procurar desenvolver todos os atos processuais no menor tempo possível, dando resposta imediata a ação criminosa e poupando tempo e recursos das partes.
Art. 5.°, LXXVIII, da CF. Lei 9.099/95 (art. 62).
Ex: a) possibilita-se o uso da precatória itinerante (art. 355, § 1 CPP); b) quando houver nulidade, por incompetência do juízo, somente os atos decisórios serão refeitos, mantendo-se os instrutores (art. 567, CPP); c) o cabimento da suspensão do processo, quando houver questão prejudicial, somente deve ser deferido em caso de difícil solução, a fim de não procrastinar inutilmente o término da instrução (art. 93, CPP); d) busca-se ao máximo evitar o adiamento de audiências, salvo quando for imprescindível a prova faltante (art. 535, CPP).
Obs: celeridade X qualidade na prestação jurisdicional. 
8.27 - Princípio do Juiz Imparcial:
Não pode haver vínculos subjetivos com o processo de molde a lhe tirar a neutralidade necessária para conduzi-lo com isenção. 
Art. 8.°, item 1, do Pacto de San Jose da Costa Rica (Convenção Americana sobre Direitos Humanos, aprovada pelo Decreto 678/92). 
Obs: imparcialidade X valores subjetivos.
- exceções de suspeição e de impedimento.
8.28 - Principio da Oralidade e Princípios consequenciais da Concentração, da Imediatidade e da Identidade Física do Juiz:
A palavra oral deve prevalecer, em algumas fases do processo, sobre a palavra escrita, buscando enaltecer os princípios da concentração, da imediatidade e da identidade física do juiz.
- Art. 204 do CPP (depoimento da testemunha deve ser oral e não pode apresentar escrito).
- Art. 62 da Lei nº 9.099/95.
- Os princípios que decorrem da oralidade: concentração (toda a colheita da prova e o julgamento devem dar-se em uma única audiência ou no menor número delas - art. 400, §1º, do CPP); imediatidade (o magistrado deve ter contato direto com a prova produzida, formando mais facilmente sua convicção); identidade física do juiz (o magistrado que preside a instrução, colhendo as provas, deve ser o que julgara o feito, vinculando-se a causa - ver art. 399, §2º, do CPP). 
Obs: E no caso de promoção, aposentadoria, falecimento, etc? 
8.29 - Princípio da Duração Razoável do Processo:
Evita a procrastinação indeterminada de uma persecução estigmatizadora e cruel, que simboliza, no mais das vezes, verdadeira antecipação de pena.
8.30 - Princípio da Indivisibilidade da Ação Penal Privada:
Significa que não pode o ofendido, ao valer-se da queixa-crime, eleger contra qual dos seus agressores - se houver mais de um - ingressará com ação penal. Esta é indivisível. Evita barganhas indevidas e vinganças mesquinhas.
Art. 48 do CPP.
8.31 - Princípio da Autoresponsabilidade das Partes:
São de responsabilidade das partes sua própria inatividade e seus erros na produção da prova de seu interesse no processo, de forma que, não sendo produzida a prova no momento processual oportuno, ocorrerá a preclusão processual para produzi-la.
8.32 - Princípio da Audiência Contraditória
Assegura às partes o amplo direito de contraditar as provas produzidas, sendo vedada expressamente a produção de provas no processo sem a anuência da outra parte, sob pena de ferir os princípios do devido processo legal, ampla defesa e contraditório.
8.33 - Princípios no JECRIM
Oralidade, informalidade, celeridade e economia processual.
9 – Inquérito Policial
Lei 2.033, de 20 de setembro de 1871, regulamentada pelo Decreto-lei 4.824, de 28 de novembro de 1871, em seu art. 42 definia: “O inquérito policial consiste em todas as diligências necessárias para o descobrimento dos fatos criminosos, de suas circunstâncias e de seus autores e cúmplices, devendo ser reduzido a instrumento escrito”.
9.1 – Conceito:
Inquérito policial é o procedimento de natureza administrativa, inquisitório e preparatório, presidido pela autoridade policial, consistente em um conjunto de diligências objetivando a identificação das fontes de prova e colheita de elementos de informação quanto à autoria e à materialidade do delito, a fim de que o titular da ação penal possa ingressar em juízo.
Aspectos conceituais:
- natureza jurídica.
- peça processual meramente informativa. 
- destinatários Imediato (MP) e Mediato (Juiz).
- instaurado para apurar infrações penais que tenham pena superior a 2 anos, já que no caso das infrações de menor potencial ofensivo determina o art. 69 da Lei 9099/95 a mera lavratura de TCO. Obs: Art. 41 da Lei 11340/2006 (Maria da Penha); Art. 291 do CTB.
9.2 – Persecução Penal:
Trata-se de expressão que corresponde a soma da atividade investigatória realizada pela polícia judiciária com a ação penal deduzida pelo Ministério Público ou pelo ofendido. 
9.3 – Produção de Provas e Vícios:
- Elementos informativos e Provas. Art. 155 do CPP.
a) Provas cautelares: são aquelas em que há um risco de desaparecimento do objeto da prova, em razão do decurso do tempo, em relação às quais o contraditório será diferido (ou postergado). Em regra, dependem de autorização judicial. Ex.: interceptação telefônica.
b) Provas não repetíveis: são aquelas que não têm como serem novamente coletadas ou produzidas em razão do decurso do tempo, em relação
as quais o contraditório será diferido. Em regra, não dependem de autorização judicial. Ex.: exame de corpo de delito nas infrações cujos vestígios podem desaparecer.
c) Provas antecipadas: são aquelas produzidas perante o juiz com observância do contraditório real em momento processual distinto daquele legalmente previsto ou até mesmo antes do início do processo, em virtude de situação de urgência e relevância. Ex.: art. 225 do CPP (depoimento ad perpetuam rei memorium). 
Aspectos práticos:
- Ouvida da testemunha pelo Delegado junto com o escrivão: elemento de informação e não prova antecipada.
- Contraditório e Ampla Defesa. Contraditório diferido.
- Atuação do Juiz na produção dos elementos informativos. 
- Finalidade dos elementos informativos de fundamentar medidas cautelares e auxiliar na formação da convicção do titular da ação penal (opinio delicti).
- Diligências requeridas pela defesa. STJ - HC 69405-SP/2007. 
- Competência X Atribuição. Art. 5, LIII, da CF. Art. 4º do CPP. Circunscrição – é o território dentro do qual as autoridades policiais e seus agentes desempenham suas atividades. Violação. 
- Suspeição. Art. 107 do CPP.
- Vícios e Provas Ilícitas (art. 5º, inciso LVI, da CF, e art. 157, do CPP).
- Teoria da fonte independente. 
9.4 – Polícia:
É um instrumento da Administração. É uma instituição de direito público, destinada a manter e a recobrar, junta à sociedade e na medida dos recursos de que dispõe, a paz pública ou a segurança individual. 
Art. 144 da CF. Art. 4º do CPP.
Funções: 
a) administrativa (ou de segurança): caráter preventivo, garante a ordem pública e impede a prática de fatos que possam lesar ou pôr em perigo bens individuais ou coletivos;
b) judiciária: caráter repressivo, após a prática de um infração penal recolhe elementos que a elucidem para que possa ser instaurada a competente ação penal contra os autores do fato, propiciando que o titular da ação penal possa dar inicio a persecução penal em juízo. 
Obs: autoridade de carreira.
9.5 – Características do inquérito policial:
9.5.1 - Peça escrita:
Art. 9º do CPP. Gravação audiovisual? art. 405, § 1º, CPP.
9.5.2 - Peça dispensável:
Se o titular da ação penal contar com peças de informação que tragam elementos quanto à autoria e materialidade, poderá dispensar o inquérito policial (Art. 39, § 5º, CPP e art. 46, § 1º, CPP).
9.5.3 – Procedimento sigiloso:
Art. 20 do CPP. A surpresa e o sigilo são indispensáveis para assegurar a eficácia das investigações.
Aspectos práticos: 
- Art. 201, §6º, do CPP.
- É possível dar publicidade ao inquérito policial?
- Sigilo X Ministério Público, Juiz e Advogado (art. 5º, LXIII, da CF; art. 7º, XIV, da Lei nº 8.906/94 – EOAB).
Obs: O advogado precisa de procuração? E na hipótese de informações sigilosas dentro do inquérito policial? O Delegado é obrigado a permitir ao advogado o acesso a qualquer diligência (Súmula Vinculante nº 14)? Tendo negado o acesso ao advogado, o que é possível fazer? art. 103-A, § 3º, CF, mandado de segurança e habeas corpus (risco potencial à liberdade locomoção). 
9.5.4 - Procedimento inquisitorial:
Não é obrigatória a observância do contraditório e da ampla defesa no curso do inquérito policial. 
Aspectos práticos:
-Direito de defesa exógeno e endógeno
Exercício exógeno: é aquele efetivado fora dos autos do inquérito policial, seja por meio de habeas corpus, seja por meio de requerimentos ao Ministério Público e ao Juiz.
Exercício endógeno: é aquele praticado nos autos do inquérito policial, seja por meio da oitiva do investigado seja por meio de requerimentos dirigidos ao Delegado (art. 14, do CPP). por meio da oitiva do imputado ou de diligencias que porventura ele solicite a autoridade policial.
- Inquérito policial objetivando a expulsão de estrangeiro (Decreto 86.715/1981 que regulamentou os dispositivos da Lei 6.815/1980 - Estatuto do Estrangeiro). 
- Fonte única para a condenação. Prova cautelar, não repetível ou antecipada. Contraditório diferido.
9.5.5 – Procedimento discricionário: 
As investigações são conduzidas de maneira discricionária pela autoridade policial, que deve determinar o rumo das investigações de acordo com as peculiaridades do caso concreto (art. 14 do CPP). 
- Discricionariedade X arbitrariedade. 
9.5.6 – Procedimento indisponível:
O Delegado não pode arquivar autos de inquérito policial. Art. 17 do CPP.
9.5.7 – Procedimento de natureza temporária: 
Tem prazo para o término. Réu preso X Réu solto (doutrina - prorrogação do prazo; STJ HC96666 - excesso for abusivo e desproporcional, violando a garantia da razoável duração do processo, é possível o trancamento do inquérito policial). 
9.5.8 – Oficiosidade:
Salvo ação penal pública condicionada e ação privada, o inquérito policial deve ser instaurado ex officio pela autoridade policial sempre que tiver conhecimento da prática de um delito (art. 5º, I, CPP), independentemente de provocação.
9.5.9 - Oficialidade:
Trata-se de investigação que deve ser realizada por autoridades e agentes integrantes dos quadros públicos, sendo vedada a delegação da atividade investigatória a particulares, inclusive por força da própria Constituição Federal (art. 144, § 4º).
 
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9.6 - Formas de instauração do inquérito policial:
9.6.1 - Crime de Ação Penal Privada ou Ação Penal Pública Condicionada à Representação do Ofendido ou Requisição do Ministro da Justiça:
-Manifestação do ofendido (“delatio criminis postulatoria”);
- Manifestação de seu representante legal ou; 
- Manifestação do Ministro da Justiça. 
Aspectos práticos:
- Verificar procedência das informações.
- Auto de Prisão em Flagrante. E se a vítima não puder imediatamente ir à delegacia para se manifestar, por ter sido conduzida ao hospital ou por qualquer motivo relevante? 
9.6.2 - Crime de Ação Penal Pública Incondicionada
- De ofício: por conta do princípio da obrigatoriedade. A peça inicial do inquérito policial será uma portaria;
- Mediante requisição do Juiz ou (sistema acusatório e imparcialidade) do Ministério Público (art. 5º, inciso II, do CPP); 
- Requerimento do ofendido ou de seu representante legal; 
- Notícia oferecida por qualquer do povo (art. 5º, parágrafo 3º);
- Auto de Prisão em Flagrante (APF). 
Aspectos práticos:
- O Delegado é obrigado a atender a requisição do Ministério Público? art. 129, inciso VIII, da CF ou princípio da obrigatoriedade. 
- Exigência manifestamente ilegal. Indeferimento X Explicar os motivos.
- Requisição abusiva do Parquet.
- Recurso contra o indeferimento do pedido de instauração do inquérito policial feito pelo ofendido. Recurso inominado para o Chefe de Polícia (art. 5º, § 2º, CPP).
- Investigações criminais contra autoridades com prerrogativa de foro.
Notitia criminis
É o conhecimento, espontâneo ou provocado, por parte da autoridade policial acerca de um fato delituoso (ex.: terceiro que relata um delito para o Delegado). 
Espécies de notitia criminis:
- Notitia Criminis de cognição imediata (ou de cognição espontâneo): a autoridade policial toma conhecimento do crime por meio de suas atividades rotineiras.
- Notitia Criminis de cognição mediata (ou de cognição provocada): a autoridade policial toma conhecimento do crime por meio de expediente escrito. Exs: requisição do Ministério Público, do Ministro da Justiça, requerimento do ofendido.
- Notitia Criminis de cognição coercitiva: a autoridade policial toma conhecimento do crime por meio da apresentação do indivíduo preso em flagrante (APF). 
Delatio criminis 
É uma espécie de notitia criminis caracterizada pela comunicação da prática de um delito feita por qualquer pessoa do povo (que não seja o ofendido ou seu representante) à autoridade policial.
Obs: facultativa, salvo no caso do art. 66 da contravenção penal (funcionários públicos ou da área de saúde tem obrigação de informar a ocorrência de crimes de ação pública incondicionada de que venham a tomar conhecimento do desempenho das
funções).
- Delatio criminis inqualificada. Providências investigativas preliminares (STF – HC 99.490/SP). Conjunto indiciário mínimo à abertura das investigações ou quando o fato não ostentar contornos de criminalidade.
9.7 – Providências da autoridade policial:
Art. 6º do CPP. Prescindível a concordância prévia do MP.
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
- Art. 169 do CPP.
- Código de Trânsito Brasileiro (art. 176, IV, e 178).
- Fraude processual: a conduta de inovar artificiosamente na pendência de processo civil ou administrativo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com fim de induzir a erro o juiz ou o perito. Da mesma forma art. 312 do CTB.
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; 
- Arts. 11, 91, 124 e 175 do CPP.
- Não podem ser restituídos: arts. 91 II, 118, 119 e 120 do CPP.
- Busca e Apreensão. Arts. 240 a 250 do CPP. Exceção: art. 244 do CPP. STJ : a autoridade policial poderá apreender os objetos relacionados com a infração, mesmo antes da instauração do respectivo inquérito.
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
- Verdade real e elementos em prol da defesa.
- Não há limites para testemunhas.
- Mandados de busca e apreensão de coisas e/ou pessoas, interceptação telefônica e/ou dados, gravações ambientais, e, assim, qualquer invasão das inviolabilidades constitucionais (honra, imagem, privacidade, intimidade, etc) dependem de ordem judicial. CPI e sigilo bancário por outras autoridades.
- Lei 12.683/2012 (art 17-B): autoriza autoridade policial e MP a ter acesso aos dados no cartório eleitoral, telefonia, provedores de internet, instituição financeira e adm de cartões de credito.
- Afastamento do servidor publico que for indiciado pela autoridade policial no curso do inquérito (art. 17-D). Constitucional? art. 319, VI, do CPP.
- Arts. 11 e 12 da Lei n.º 11.340/2006 (Maria da penha). 
IV - ouvir o ofendido;
- Art. 201 do CPP.
- Responsabilidade por Denunciação Caluniosa (art.339 do CP).
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII, do CPP, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
- 185 a 196 do CPP. 
- Presença de advogado. 
- Falta de assinatura de 2 testemunhas que tenham ouvido sua leitura na presença do indiciado. 
- Menor de 21 (art. 15 do CPP). Lei n.º 10.792/2003. Obs: índio não adaptado ao convívio social e inimputavel do art. 26, caput, do Código Penal.
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
- Art. 226 do CPP. 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
- Arts. 158 e 167, ambos do CPP. 
- Reprodução simulada dos fatos. Art. 7º do CPP. Moralidade ou a Ordem Pública. Condução coercitiva (art. 260 do CPP).  Contra : STF RHC 64354.
 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
Outras providências:
- Art. 13 do CPP: I - fornecer às autoridades judiciárias as informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; II -  realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; III -cumprir os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; e IV - representar acerca da prisão preventiva.
- Fiança (art. 322); insanidade mental (art. 149, §1); TCO (art. 69 da 9099/95); prisão temporária (art. Art. 2º da lei 7960/89) ou interceptação telefônica (art. 3º, §1 da Lei 9296/96).
9.8 – Identificação criminal:
É o gênero que abrange a identificação datiloscópica e identificação fotográfica, isto é, colheita de impressões digitais e, simultaneamente, identificação fotográfica.
Constituição Federal de 1988 (art. 5º, LVIII). Súmula 568 STF. 
Histórico legal:
1) ECA, art. 109: dúvida fundada;
2) Lei das Organizações Criminosas, art. 5º: compulsória, independentemente da identificação civil;
3) Lei n.º 10.054/2000: enumerava, de forma incisiva, determinados crimes em que a identificação criminal seria compulsória (homicídio doloso, crimes contra o patrimônio praticados com violência ou grave ameaça, receptação qualificada, crimes contra a liberdade sexual ou crime de falsificação de documento publico); 
4) Lei n.º 12.037/2009: o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nos casos previstos na lei. Não há rol taxativo de delitos. Arquivado o inquérito policial ou absolvido o agente, é possível que o investigado solicite a retirada da identificação fotográfica dos autos, desde que apresente sua identificação civil. As hipóteses de identificação estão listadas no art. 3º. Critério da conveniência da investigação policial, independentemente do delito cometido.
Hipóteses: 
I — o documento apresentar rasura ou tiver indicio de falsificação;
II — o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; 
III - o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre si;
IV — a identificação criminal for essencial as investigações policiais, segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidira de oficio ou mediante representação da autoridade policial, do Ministério Publico ou da defesa;
V - constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações;
VI - o estado de conservação ou a distancia temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais. 
Obs: Lei nº 12.654/12 - possibilidade de coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético; alterou a Lei de Execução Penal, art. 92-A - obrigação da identificação do perfil genético, mediante extração de DNA, por técnica adequada e indolor, para os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1º da Lei nº 8.072/90.
9.9 – Indiciamento: 
- Conceito: é o ato resultante das investigações policiais por meio do qual alguém é apontado como provável autor de um fato delituoso. Cuida-se, pois, de ato privativo da autoridade policial que, para tanto, deverá fundamentar-se em elementos de informação que ministrem certeza quanto à materialidade e indícios razoáveis de autoria.
Art. 2º, §6º, da Lei n.º 12.830/2013: ato fundamentado mediante análise técnico-jurídica do fato, que deverá indicar a autoria, materialidade e suas circunstâncias.
- Espécies: a) indiciamento direto (investigado presente) e indiciamento indireto (investigado ausente).
- “Desindiciamento” - habeas corpus (HC nº 43.599 – STJ)
- Quem pode ser indiciado? 
Membros do Ministério Público e membros da Magistratura (LC 75/93, art. 17, inciso II, alínea “f”). 
Acusados com foro por prerrogativa de função (Inquérito nº 2.411/STF).
- Requisição de indiciamento.
- Afastamento do servidor publico de suas funções como efeito automático do indiciamento em crimes de lavagem de capitais (Lei nº 12.683/12).
Obs: Princípio da Presunção de Inocência, Princípio da Jurisdicionalidade (necessidade, adequação e proporcionalidade) e Princípio da Proporcionalidade e Razoabilidade. Autoridade judiciária (CPP, art. 282,1, c/c art. 319, VI).
- Incomunicabilidade do indiciado preso (art. 21, CPP). Art. 5º, LXIII, e 136, §3º, IV, ambos da CF. 
Obs: e o regime disciplinar diferenciado (RDD), não estaria ele mantendo o preso incomunicável? art. 52 da LEP. (HC 40.300 STJ).
9.10 – Prazos para conclusão do inquérito policial:
Natureza: penal (art. 10 do CP) ou processual penal (798 do CPP). 
- solto: prazo processual penal. 
-preso: 1ª Corrente (GSN) natureza material/penal; 2ª Corrente (Mirabete e Denílson Feitosa) natureza processual penal.
Obs: Lei 12.483/2011 determinou prioridade em IP com indiciado, acusado, vitima ou réus colaboradores e testemunhas que estiverem submetidas à proteção da lei n.º 9.807/99 (lei de proteção à vitima e testemunhas).
Fim do prazo e efeitos.
 
- Prorrogação de Prazos. Réu solto e Réu preso. Habeas Corpus e trancamento por razoabilidade).
- Prazos especiais:
9.11 – Conclusão do inquérito policial:
- Relatório pela autoridade policial. 
Características: descritivo, diligências realizadas na fase investigatória, sem que haja necessidade de qualquer juízo de valor (obs: art. 52, inciso I, da Lei de Drogas).
O relatório é indispensável para o oferecimento da denúncia? Qual o efeito de sua ausência? Pode se requisitar o relatório à autoridade policial?
-Destinatário dos autos do inquérito policial.
Art. 10, § 1º, CPP X Resolução nº 66 do Conselho da Justiça Federal.
Ação Penal Privada.
Ação Penal Pública Condicionada ou Incondicionada:
a) oferecimento de denúncia;
b) arquivamento do inquérito policial;
c) requisição de diligências;
d) Pode suscitar conflito de competência. 
9.12 – Arquivamento do inquérito policial:
- Decisão judicial e ato complexo (Ministério Público e Poder Judiciário).
Obs: Súmula n.º 524 STF; TCO; Foro por prerrogativa de função (STF).
- Fundamentos do arquivamento do inquérito policial:
Obs: 
- Princípio da Insignificância e Autoridade Policial (Princípio da Obrigatoriedade).
- Excludente de Ilicitude e de Culpabilidade. Sentença Absolutória (STF HC 79359/1999). Arts. 396, 396-A e 397, III e IV, todos do CPP. 
- Crimes fiscais: a pendência de procedimento administrativo-fiscal impede a instauração da ação penal, como também do inquérito policial (STF – HC 89.902/2007).
Coisa julgada na decisão de arquivamento:
a) coisa julgada formal (fenômeno endoprocessual); 
b) coisa julgada material. 
Obs: - STF HC nº 95.211 / HC nº 87.395 (Informativo nº 597); - certidão de óbito falsa (HC nº 84.525).
Desarquivamento e oferecimento de denúncia:
- art. 18 CPP.
- coisa julgada formal.
- provas novas (alterar contexto probatório). 
a) prova substancialmente nova (inédita, oculta ou inexistente); 
b) prova formalmente nova (conhecida pelo Estado, nova versão (STJ – RHC nº 18.561). 
 
- Procedimento de arquivamento da Justiça Estadual:
Art. 28 do CPP.
Princípio da Devolução.
Princípio da Obrigatoriedade.
PGJ: oferecer denúncia; pedir arquivamento; requisitar diligências; e designar outro órgão do Ministério Público para oferecer denúncia (independência funcional). 
- Procedimento de arquivamento  na Justiça Federal (MPF), Justiça Militar da União (MPM) e na Justiça Comum do Distrito Federal (MPDFT):
Lei Complementar 75/93 (art. 62, IV). 
Câmara de Coordenação e Revisão do MPF.
Arquivamento militar: Juiz-Auditor remete obrigatoriamente ao Juiz-Auditor Corregedor da Justiça Militar da União.
- Procedimento de arquivamento na Justiça Eleitoral:
Art. 357, § 1º, Lei nº 4.737/65 (Código Eleitoral) X Art. 62, inciso IV, da LC nº 75/93. Enunciado nº 29 da II CCR/MPF. 
- Procedimento de arquivamento nas hipóteses de atribuição originária do PGJ ou PGR:
Poder Judiciário e decisão de arquivamento com coisa julgada material (STF – Inquérito nº 2.341). 
Pedido de revisão ao Colégio de Procuradores (Lei nº 8.625/93, art. 12, inciso XI).
Arquivamento Implícito 
Remessa ao Ministério Público sobre omissão, sob pena de aplicação do art. 28, do CPP.
STF – HC 104356/RJ/2010. 
Arquivamento Indireto
Razões de incompetência como pedido de arquivamento.
Art. 28 do CPP.
Arquivamento de ação penal privada
- renúncia expressa e extinção da punibilidade.
- autoria desconhecida.
Recorribilidade contra a decisão de arquivamento:
a) arquivamento em crimes contra a economia popular ou contra a saúde pública: art. 7º, Lei nº 1.521/51 (recurso de ofício);
b) arquivamento em contravenções do jogo do bicho e corrida de cavalo fora do hipódromo: Lei nº 1.508/51, art. 6º, parágrafo único (recurso em sentido estrito);
c) arquivamento do inquérito de ofício pelo juiz: correição parcial (error in procedendo);
d) arquivamento nos casos de atribuição originária do PGJ: art. 12, inciso XI, Lei nº 8.625/93 (pedido de revisão ao Colégio de Procuradores);
e) arquivamento determinado por juízo absolutamente incompetente. Doutrina e STF (HC nº 94.972). 
 
Retratação
STF (inquérito 2028/BA – 2004).
Requisitar diligências
- imprescindíveis ao oferecimento da denúncia.
- autoridade policial (art. 13 do CPP). Intervenção do Poder Judiciário (ex.: busca domiciliar).
- diligências de ofício pelo Juiz. 
- recurso: correição parcial.
Conflito de Competência ou de Atribuições 
- Art. 114 do CPP.
- Positivo ou Negativo.
- Conflito de atribuições: órgãos do Ministério Público acerca da responsabilidade ativa para persecução penal. 
9.13 – Trancamento do inquérito policial:
Hipóteses:
- Manifesta atipicidade formal ou material da conduta delituosa;
- Quando presente alguma causa extintiva da punibilidade;
- Instauração de inquérito em crimes de ação penal privada ou pública condicionada à representação sem prévio requerimento do ofendido ou de seu representante legal;
- Apuração do tributo pendente na esfera administrativa em crime fiscal.
Instrumento
- Súmula nº 693 STF.
- Autoridade Coatora: quem instaurou o inquérito policial. 
- mandado de segurança.
9.14 – Investigação criminal pelo Ministério Público:
Jurisprudência: STJ - Súmula nº 234 e STF  - HC nº 91.661 e HC 89.837.
9.15 – Controle externo da atividade policial pelo Ministério Público:
Conjunto de normas que regulam a fiscalização exercida pelo Ministério Público em relação à polícia, na prevenção, apuração e investigação de fatos delituosos, na preservação dos direitos e garantias constitucionais dos presos que estejam sob custódia policial e na fiscalização do cumprimento das determinações judiciais. 
Previsão: art. 129, inciso VII, Constituição Federal.
- Freios e Contrapesos (“check and balances”). Hierarquia dos organismos policiais.
- Limites e Autonomia. 
9.16 – Investigação criminal defensiva:
Conjunto de atividades investigatórias desenvolvidas pelo defensor em qualquer fase da persecução penal, inclusive antes do oferecimento da peça acusatória, o qual poderá ser realizado com ou sem a assistência de investigador particular, objetivando a colheita de elementos informativos que poderão ser utilizados para beneficiar o investigado em contraponto às investigações policiais.
- Regulamentação legal desta forma de investigação. Projeto de Lei na 156/09, art. 13. 
- fraude processual (CP, art. 347). 
- investigações por particular e direitos/garantias individuais. Lei n2 3.099, de 24/02/1957, e regulamentada pelo Dec. nº 50.532, de 03/05/1961. 
9.17 – Demais formas de investigação/inquérito:
Prerrogativa de foro:
- requisição do MP (PET 3.825 – inq. 2.411). 
CPI
- reserva de jurisdição (violação ao domicilio durante o dia (CF, art. 5fi, inciso XI); prisão, salvo o flagrante delito (CF, art. 5a, inciso LXI); interceptação telefônica (CF, art. 5fl, inciso XII); afastamento de sigilo de processos judiciais).
- Súmula 397. 
IPM
- policia judiciária militar, composta por integrantes de carreira.
 
Inquérito Civil
- Art 8, §1, da Lei 7347/85. MP e ação civil pública.
 
 
Investigação pelo Conselho de Controle de atividades financeiras (COAF)
- Lei nº 9.613/98. Ministério da Fazenda. Disciplinar, aplicar penas administrativas, receber, examinar e identificar as ocorrências suspeitas de atividades ilícitas relacionadas a lavagem de capitais, sem prejuízo da
atribuição de outros órgãos e entidades.
 
Investigação peia autoridade judiciária
- Inquérito judicial. Lei de Falências (Dec.-Lei nº 7.661/45, arts. 103 e seguintes). Lei nº 11.101/05. 
 
Lei das organizações criminosas
- art. 3º da Lei nº 9.034/95. 
- STF: não há mais a figura do juiz inquisidor no combate ao crime organizado, caindo por terra a disposição do art. 3 da Lei n.º 9034/95 – ADIN 1570-2/2004.

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