audiencia

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Nome: Cláudia Perillo Matrícula:153153
Gestão de Práticas Participativas Prof.: Aragon Dasso Júnior
Relatório Audiência Pública
A audiência pública escolhida foi realizada pelas Comissões de Saúde e Meio Ambiente e de Segurança e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALRS). A qual foi realizada em 01/11/2017, na sala João Neves da Fontoura, Plenarinho da (ALRS), ocorrendo das 9h40 ao 12h20, e tendo por objetivo solicitar a retirada do caráter de urgência de cinco projetos de lei que compõem o Projeto de Especialização do IPE, o qual prevê o desmembramento e reestruturação do IPE-Saúde e IPE-Previdência. Sendo proposta pelos deputados Stela Farias e Tarcísio Zimmermann. 
Estavam presentes deputados, representantes de entidades de servidores públicos, das quais pude identificar a AMPERGS (Sindicato dos agentes penitenciários do RS), CPERS (Sindicato dos professores do RS), Sindicato do Detran, SIMERS ( Sindicato dos médicos) entre outras entidades que não pude identificar, além de muitos servidores públicos.
 A audiência pública foi coordenada conjuntamente pelos presidentes da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, Altemir Tortelli, e da Comissão de Segurança e Serviços Públicos, Catarina Paladini, além destes compuseram a mesa Otomar Vivian ( Presidente do IPERGS), Luís Fernando Alves da Silva(O presidente do Conselho de Administração do IPERGS),Stela Farias, Tarcísio Zimmermann, Cláudio Luís Martinewski ( desembargador do Tribunal de Justiça), Gilberto Schüler(coordenador da União Gaúcha em Defesa da Previdência Pública), o deputado Ciro Simon.	
Dada as devidas formalidades, das quais devem ser realizadas conforme regulamento da ALRS, entre elas a apresentação de todos os membros que compõem a mesa, inicia-se a audiência com uma fala de 20m do Otomar Vivian, em que discorre acerca do Projeto de Especialização e demostra uma apresentação de power point em que disponibiliza informações dos motivos que estariam levando o governo do Estado do RS a propor a reestruturação. 
Segundo,informações apresentadas por Otomar Vivian, o custo anual da previdência estadual é de R$ 13,7 bilhões, porém a arrecadação é de R$ 4,7 bilhões, obrigando o Estado a realizar um aporte de R$ 9 bilhões, valor que deverá chegar a R$ 10 bilhões em 2018. A estimativa, no entanto, é que a destinação orçamentária do Estado passe a diminuir a partir de 2022. Na saúde, são um milhão de segurados e 9700 serviços credenciados. Mas não houve esclarecimentos de que forma a proposta de reestruturação do IPE auxiliará na diminuição destes custos. Durante seu pronunciamento ocorrem algumas vaias e a mesa pede ordem, ele foi a única pessoa durante todo o período da audiência a se apresentar favorável ao projeto, até por que faz parte da base aliada ao governo.
Os demais representantes da mesa se colocam contrários as propostas em razão da falta de esclarecimento de alguns pontos dos projetos, bem como pela falta de diálogo com representantes de classe, servidores e sem que ocorra o debate com o Conselho de Administração do IPERGS.
Com relação ao conteúdo desses cinco projetos estão:
1) Reestruturação do Ipergs, a qual modificará a atual estrutura organizacional do Instituto de Previdência do Estado (Ipergs), cedendo parte dos servidores à nova autarquia IPE Saúde e passará a ser chamado de IPE Prev. Se tornando focado exclusivamente na Previdência, centralizando concessão, pagamento e manutenção dos benefícios previdenciários dos assegurados pelo Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). Além de criar a Diretoria de Investimentos dentro da autarquia, focada em gerir os recursos da Previdência.
2) Projeto de lei complementar que consolida o RPPS, do qual reorganizará e atualizará o RPPS, já que existem leis estaduais que tratam do assunto. Além de adequar as normas previdenciárias estaduais à lei federal nº 13.135/2015. O governo estadual afirma que a medida é um requisito para que o RS possa aderir ao regime de recuperação fiscal, também reconhecerá o marido de servidoras para fins de pensão nos mesmos moldes que já há para mulheres de servidores e criará o Fundo Financeiro para organizar o sistema previdenciário.
3) Dispõe sobre o Sistema de Assistência à Saúde, em que definirá o IPE Saúde como gestor do Sistema de Assistência à Saúde, e definirá as tabelas de pagamento de médicos, hospitais e clinicas, com revisão de valores. Assim, como criará dispositivos para prever penalidades em caso de utilização indevida do plano pelo segurado, com objetivo de coibir fraudes e preverá revisão dos atuais planos em um prazo de até 180 dias.
4) Cria o IPE Saúde, que fará gestão exclusiva dos planos da assistência de saúde dos servidores do Estado. Possibilitando desta forma o investimento em ações de prevenção e promoção à saúde, e fortalecendo a relação com prestadores de saúde. Assim como, especializará a gestão, com possibilidade de criação de novos serviços.
5) Reorganiza o quadro de servidores do Ipergs e cria o quadro do IPE Saúde (PL).
As informações descritas acimas estavam disponibilizadas em um folder que estava sendo entregue na porta do plenarinho. 
Após a manifestações de todos da mesa, foi aberto um espaço de tempo para que outras pessoas que estavam ali presentes pudessem se manifestar. Em torno de 15 pessoas se pronunciaram e o tempo estimado de pronunciamento foi de um minuto. Excetuando 2 pessoas que se manifestaram sem efetivamente colaborar para o debate, as demais manifestações foram bem relevantes, pois trouxeram mais explicações acerca do projeto, além de reiterarem o pedido de retirada de urgência para votação do projeto para que pudesse ser melhor discutido.
A audiência finaliza com a palavra dada a Otomar Vivian, o qual rebate algumas acusações que lhe foram feitas durante as manifestações dos participantes, faz um discurso e se compromete em levar as considerações dos deputados e dos representantes de entidades dos servidores à casa Civil. “
Com relação as minhas considerações, pude constatar que é de extrema importância que os interessados participem da audiência pública com o maior preparo possível, tendo conhecimentos dos pontos favoráveis e contrários do tema que será discutido. Para isso, é necessário que os participantes busquem informações, e que já tenham pensado em como vão expor seus pontos de vista ou dúvidas a respeito da questão discutida.
 Acabei escolhendo está audiência não pelo assunto, mas pela minha disponibilidade de tempo e, que me impossibilitou de me inteirar do assunto antes da audiência, pois fiz a verificação na agenda da AL a noite e a audiência ocorria pela parte da manhã do dia seguinte. Então cheguei lá sem ter a mínima ideia do que seria discutido. 
Conforme as pessoas iam expondo seus pontos de vista pude me apropriar do assunto, em um primeiro momento quando Otomar Viviam começou a apresentar o projeto me pareceu interessante, mas quando outras pessoas começaram a levantar outros pontos da proposta que não estavam explícitas no projeto e muito menos no folder distribuído, passei a ter outra percepção sobre o assunto. Por isso é necessário que se tenha um conhecimento prévio do assunto para que não haja dúvidas. As pessoas que estavam ali presentes pelo que pude perceber tinham bastante domínio do assunto, até por que a maioria era representante de entidades sindicais.
No dia 07/11/2017 a AL aprovou os pedidos de retirada de urgência de 3 propostas, da qual uma se referia ao projeto relacionado as alterações do IPE. Agora ao que tudo indica essa proposta passará por uma apreciação dos demais interessados gerando mais debates sobre as propostas. 
A audiência pública é mais do que um mecanismo de participação, pude verificar que neste caso também serviu de um mecanismo de pressão frente a uma contrariedade de interesses de um determinado grupo de pessoas e que neste caso prático teve efeito.