Buscar

1. Controle de Constitucionalidade

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Professora Lisla Vassoler
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
O aparato de controle de constitucionalidade está ligado
intrinsecamente com a Supremacia da Constituição, de modo a ser um
sistema que garanta e assegure a superioridade e força de suas normas
no ordenamento jurídico, com caráter hierárquico, numa pirâmide
jurídica idealizada por Hans Kelsen, onde as normas inferiores se
submetem aos dizeres constitucionais, em sua doutrina como “teoria
da construção escalonada”, sendo “a ideia de um princípio supremo,
que determina a ordem estatal em sua totalidade e a essência da
comunidade constituída por essa ordem
Nesse sentido são os claros ensinamentos apontados por
José Afonso da Silva apud Pedro Lenza:
[...] significa que a Constituição se coloca no vértice do
sistema jurídico do país, a que confere validade, e que todos
os poderes estatais são legítimos na medida em que ela os
reconheça e na proporção por ela distribuídos. É, enfim, a
lei suprema do Estado, pois é nela que se encontram a
própria estruturação deste e a organização de seus órgãos; é
nela que se acham as normas fundamentais de Estado, e só
nisso se notará sua superioridade em relação às demais
normas jurídicas.
Em breve síntese, cumpre destacar inicialmente o período conturbado vivido
pelo Brasil na época de Império, que essencialmente corroborou no
desenvolvimento do modelo de controle de constitucionalidade vigente
desde a CF/88.
O Brasil teve sua primeira Carta Magna intitulada “Constituição Imperial” em
1.824 que, por influência francesa, segundo Gilmar Mendes, outorgava ao
Poder Legislativo as atribuições totais de “fazer as leis, interpretá-las,
suspendê-las e revoga-las”, consagrando-se a dogma da soberania do
Parlamento.
Nesse sentido, os anseios pessoais do Imperador eram transpostos as Leis,
por sua convicção íntima, sem observância das formalidades processuais ou
materiais legislativas.
Ao final do império, em virtude de grande instabilidade vivida no cenário
econômico e político, na Assembleia Nacional Constituinte formam-se dois
grupos políticos: O Partido dos Brasileiros que, defendiam uma autonomia
política, e o Partido dos Portugueses que, apoiavam diretamente Dom Pedro
I. Esse Partido dos Brasileiros elaborou um anteprojeto de Constituição que
ficou conhecida como Constituição da Mandioca.
Assim, Dom Pedro I dissolve a Assembleia Nacional Constituinte,
outorgando a Constituição de 1.824, que, apesar de outorgada, possuía
nítido cunho autoritarista, inspirada na Constituição Francesa, e única
inspirada na Teoria do Poder Moderador ou quarto poder de Benjamin
Constant.
Desse Poder Moderador extrai-se os conceitos iniciais de que o Imperador o
exercia em sua plenitude, auxiliado por um conselho de ministros, onde o
Judiciário era formado por juízes também escolhidos pelo Imperador.
Demais atos ocorridos posteriormente, como à volta de Dom Pedro I a
Portugal e a alteração constitucional pelo Ato Adicional de 1.834, com
descentralização política no Brasil, passando os Estados a ter Legislativo
próprio.
Por fim, com a Proclamação da República em 1.889 revoga-se a Constituição
de 1.824, convocando-se nova Assembleia Nacional Constituinte, para
elaboração de texto constitucional que assim se seguiu ao de 1.891.
Constituição de 1.891
Rui Barbosa influenciado pelo Direito Norte-Americano elaborou projeto de
Constituição com ideais de imperatividade reforçada na Carta Magna,
introduzindo no âmbito jurídico brasileiro o controle de constitucionalidade
das normas.
Por esse controle, consagra-se no direito brasileiro o Controle difuso de
constitucionalidade, “[...] repressivo, posterior, ou aberto, pela via de exceção
ou defesa, pelo qual a declaração de inconstitucionalidade se implementa de
modo incidental (incidenter tantum), prejudicialmente ao mérito.”
Tal Constituição incorporou tais características ao controle de
constitucionalidade, competindo ao Supremo Tribunal Federal à revisão de
sentenças em ultima instância, “[...] quando se questionasse a validade ou a
aplicação de tratados e lei federais e a decisão do Tribunal fosse contra ela
[...]”.
Constituição de 1.934
Foi uma Constituição promulgada, com forte inspiração da Constituição Alemã de
1.919 chamada de “Constituição de Weimar”, passando-se de um Estado liberal para
um Estado social.
Manteve-se o sistema de controle difuso da Constituição anterior. Além disso
estabeleceu-se a ação direta de inconstitucionalidade interventiva, bem como a
chamada cláusula de reserva de plenário (atual art. 97, CF/88), que obrigava decisão
de maioria absoluta de membros de Tribunal para declaração de
inconstitucionalidade.
Caberia ao Senado Federal com novas atribuições, e assim comunicados pelo
Procurador-Geral da República, a suspensão da execução, no todo ou em parte, de
leis ou atos normativos declarados inconstitucionais em decisão definitiva.
Como indicado por Gilmar Mendes, eis que se mostra a inovação mais profunda
nessa Constituição, inserindo a representação interventiva confiada ao Procurador-
Geral da República que passar a ser legitimado na propositura da ação.
Constituição de 1.937
Volta a ser uma Constituição outorgada, redigida por Francisco Luís da Silva
Campos, apelidado à época de “Chico Ciência”, com inspiração na Constituição
ditatorial Polonesa de 1935, daí o apelido “A Polaca”.
É uma Constituição conhecida pelo chamado “Hiato autoritário”, no qual houve
um espaço de tempo com ausência de democracia, em que imperava o
autoritarismo do governo. Embora não introduzido qualquer modificação no
modelo de controle difuso, centralizava todo o poder a juízo Presidente da
República.
Havia total desrespeito a constituição escrita, chamada por Ferdinand Lassale
de “Constituição folha de papel”, o que denotava esse chamado Hiato
autoritário, visto essa concentração de poder do Executivo da união, que
destituíra o Congresso Nacional, fazendo às vezes do Legislativo, bem como o
juízo final em sede de controle de constitucionalidade.
Constituição de 1.946
Foi o fim do Hiato autoritário, convocando-se eleições e novamente a Assembleia
Nacional Constituinte. Promulgou-se nova Constituição com diversas correntes
ideológicas, com restauração do controle judicial e consequentemente o controle
de constitucionalidade.
Retirou a atribuição do Presidente da República do controle de constitucionalidade,
e criou-se no Brasil uma nova modalidade de ação direta de inconstitucionalidade,
de competência originária do STF, para processar e julgar originariamente a
representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, federal ou
estadual, a ser proposta, exclusivamente, pelo Procurador-Geral da República.
Estabeleceu-se, ainda, a possibilidade de controle concentrado em âmbito
estadual.
Além disso, reconstitucionalizou o Ministério Público independente, o mandado de
segurança e a ação popular, retirados pela Constituição de 1.937, evidente ato de
redemocratização do Estado, visando assegurando os direitos pré-estabelecidos.
Constituição de 1.967
Em período antecedente a Constituição de 1964, dá-se início a novo Hiato
autoritário com o golpe militar. Estabeleceu-se o Ato Institucional de número 1
(AI-01) que, inseriu um estado de sítio no país, suspendendo todos os direitos
civis, com possibilidade de prisões sem mandado, censura aos meios de
comunicação, sendo estabelecidos também, outros Atos Institucionais em
conseguinte, com restrições a direitos e liberdades dos diversos meios.
Com o AI-04, é convocada uma Assembleia Nacional Constituinte para aprovar
novo projeto de Constituição, sem possibilidade de Emendas, originando a
Constituição de 1.967. Mesmo com a proibição de apresentar Emendas, essa
Assembleia conseguiu introduzi-las, de modo que, versavam sobre a proibição do
Chefe do Executivo fecharo Congresso Nacional, e criando as imunidades
parlamentares.
Formalmente, essa Constituição foi promulgada, mas com nítida imposição
presidencial, inserindo os Atos Institucionais elencados, bem como o controle de
Constitucionalidade difuso e concentrado.
Constituição de 1.988
As consideráveis sínteses históricas das mais importantes Constituições brasileiras
apresentadas nos tópicos anteriores elucidam o desenvolvido que corroborou no
sistema jurídico brasileiro atual de garantias constitucionais, principalmente no que
concerne ao controle de Constitucionalidade.
É notório que moldou-se com base no direito comparado e no desenvolvimento
ideológico dos anos perpetrados, de modo a criar mecanismos de proteção judicial,
com formas mais amplas de conter os abusos de direito.
Dentre as novidades trazidas por essa Carta Magna, especificamente no que diga
respeito ao controle de Constitucionalidade, foi ampliado o rol de legitimados para
propositura das ações que versem esse controle, o que anteriormente era apenas
fomentada pelo Procurador-Geral da República; Também possibilitou o controle das
omissões legislativas, por Ações Diretas de Inconstitucionalidade por Omissão
(ADO), ou mesmo por Mandado de Injunção (MI); Inseriu-se a novel Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), e também, a Ação declaratória
de Constitucionalidade (ADC).
E na competência para julgar as ações acima elencadas, atribuiu ao Supremo
Tribunal Federal fazer o juízo das causas que tratem de matéria Constitucional,
porém não de modo exclusivo; Sendo que, conforme a doutrina de Lenza, nos
ensinamentos de José Afonso da Silva:
“Primeiro porque não é o único órgão jurisdicional competente para o exercício da
jurisdição constitucional, já que o sistema perdura fundado no critério difuso, que
autoriza qualquer tribunal e juiz a conhecer da prejudicial de
inconstitucionalidade, por via de exceção. Segundo, porque a forma de
recrutamento de seus membros denuncia que continuará a ser um Tribunal que
examinará a questão constitucional com critério puramente técnico--jurídico,
mormente porque, como Tribunal, que ainda será, do recurso extraordinário, o
modo de levar a seu conhecimento e julgamento as questões constitucionais nos
casos concretos, sua preocupação, como é regra no sistema difuso, será dar
primazia à solução do caso e, se possível, sem declarar inconstitucionalidades.”
Da análise de todo o contexto que originou os atuais meios da sistemática, os
seguintes tópicos descreverão em suas minúcias as espécies, sistemas e ações
específicas utilizáveis no controle de constitucionalidade.

Outros materiais