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SAUDE_E_DOENCA_NA_TEORIA_DE_MORENO

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Faculdade de Ciências da Saúde-FACS
Curso de Psicologia
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O CONCEITO DE SAÚDE E DOENÇA NA TEORIA DE MORENO
O conceito de saúde e doença na teoria de Moreno está fundamentado principalmente nos conceitos de Espontaneidade, Tele, Conserva cultural, Convalidação Existencial do Ser, Papel Idealizado e “Acting- out”.
Na pessoa saudável a espontaneidade está bem desenvolvida, propiciando a capacidade para agir de modo adequado diante de situações novas e para criar comportamentos inéditos nas situações que se repetem em seu cotidiano. A pessoa espontânea apresenta maior número de respostas adaptativas e criativas, que possibilitam o melhor desempenho de seus papéis. Cada momento é uma oportunidade para criar novas formas de agir, mais coerentes com as próprias necessidades, favorecendo seu crescimento e a transformação do meio. 
O indivíduo que é espontâneo, embora seja original e criativo no desempenho de seus papéis, ele se comporta de maneira adequada à situação do momento, sem entrar em conflito com as normas e os padrões sócio-culturais. Desse modo, o funcionamento saudável se caracteriza pela eficiência no desempenho dos papéis sociais, promovida por uma coerência entre o Self aparente e o Self oculto, e por um respeito relativo às conservas culturais, de forma que não restrinja a liberdade, a criatividade e a espontaneidade do indivíduo no desenvolvimento de suas funções e atividades do dia a dia.
De acordo com Moreno, a psicopatologia se instala quando o indivíduo, ao longo de seu desenvolvimento, vai perdendo a capacidade para agir de forma criativa e espontânea, devido à internalização demasiada das conservas culturais, favorecendo a estruturação de um padrão rígido de funcionamento, baseado nos conceitos e valores impostos pela sociedade. Nestas circunstâncias, a pessoa perde o contato com seu Self oculto e particular, deixando de agir em consonância com seu verdadeiro ser, para agir de acordo com as normas sociais. 
No funcionamento saudável, a pessoa costuma se preocupar muito mais com as coisas que precisa fazer do que com aquelas que já foram feitas. Neste sentido, ela está mais voltada para o presente e para o futuro do que para o passado. Além disso, ela tem capacidade para perceber a realidade de forma adequada, sem fazer grandes distorções na percepção do outro e do ambiente, promovendo um desempenho mais espontâneo e eficiente de seus papéis. 
A capacidade para perceber o outro de forma não distorcida depende do desenvolvimento do fator Tele. Na pessoa saudável, esse fator permite que ela se coloque no lugar do outro e tenha uma percepção mais fiel deste, favorecendo o verdadeiro encontro entre eles. A “tele sensibilidade”, ou seja, a capacidade para compreender o outro de maneira empática, favorece as relações interpessoais, na medida em que facilita o diálogo e aceitação desse outro em sua singularidade. 	Para Moreno, no funcionamento “patológico” a pessoa não consegue desempenhar seus papéis de forma espontânea, criativa e adequada, atuando no meio através de padrões de comportamento estereotipados, porque, além de permanecer fixada em determinadas conservas culturais internalizadas, ela projeta ou transfere para o outro, com o qual se relaciona no presente, as experiências vividas no passado na relação com outras pessoas em situações similares. É este tipo de transferência, considerado por Moreno como uma patologia da Tele, que promove a percepção distorcida do outro e dificulta a relação com este. em relato o afastamento, que resulta numa perceplidade o passado.fazer do que com as coisas que ���������������������������� 
 Para Moreno também existe a possibilidade de se desenvolver algum tipo de transtorno psíquico, quando a pessoa não aceita a própria maneira de ser, por estar fixada em seus papéis idealizados, como por exemplo: mãe perfeita, professor sabe tudo, etc. Esses papéis são unidades cristalizadas de fantasia que impedem a ação espontânea da pessoa em seu cotidiano, por causa do medo que esta tem de não corresponder à imagem idealizada de si mesma no desempenho de seus papéis. Por serem irrealizáveis os papéis idealizados perturbam a pessoa em suas atividades e relacionamentos, uma vez que produzem ansiedade e frustração.
O “acting-out” (atuar para fora aquilo que está dentro da pessoa) quando acontece no dia a dia da pessoa de forma irracional e incalculável, pode causar conflito e prejudicar as relações com o outro, na medida em que, nesse tipo de comportamento, a pessoa age de forma impulsiva, sem controle, ou consciência de seus atos. Por ser uma ação impensada, suas conseqüências podem ser constrangedoras para a pessoa, uma vez que nesse momento são revelados aspectos ocultos do Self considerados inadequados pelas conservas culturais. Desse modo, o “acting-out” pode gerar desajustamento emocional, quando sua manifestação acontece com uma certa freqüência, dificultando o desempenho de seus papéis. 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
GONÇALVES, C. S. Lições de Psicodrama: Introdução ao Pensamento de J. L. Moreno. São Paulo: Agora, 1988. 
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