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DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 1 Aula Demonstrativa do curso de Direito Constitucional para Sefaz- RJ: Poder constituinte e Modificação da Constituição. Princípios Constitucionais. Caro amigo, Saiu o tão aguardado edital para Fiscal de Rendas da Secretaria de Estado de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro (SEFAZ-RJ). Aliás, estamos numa época de bonança para os concurseiros da área fiscal... Num curto espaço de tempo tivemos: ICMS-RJ, ISS-RJ, ICMS- DF e agora ICMS-RJ. E ainda teremos pela frente ISS-BH, ISS-SP... (me esqueci de mais algum?). É um ótimo momento para entrar num cargo público excelente! E deixar de dedicar aos estudos para poder se concentrar exclusivamente no trabalho, dispondo de respeito e recebendo uma remuneração condizente com a importância das atividades desempenhadas. Acho que é o que todos querem: poder desempenhar uma função relevante e ainda dispor de uma remuneração digna, boas condições de trabalho e estabilidade que garanta sua autonomia. Assim, meu papel aqui é simplesmente tentar encurtar o caminho que o liga ao alcance desse sonho. Nesse caso, no que se refere ao Direito Constitucional. Provavelmente você ainda não me conhece... Eu me chamo Frederico Dias. Sou natural de Belo Horizonte e ocupo atualmente o cargo de Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União, tendo obtido o 9° lugar no concurso de 2008. Antes disso, tive a grata satisfação de ter alcançado o 1° lugar nacional no concurso de Analista de Finanças e Controle da Controladoria Geral da União - AFC-CGU, também no ano de 2008. Deixe-me falar um pouco deste curso. Nessa reta final, você precisa treinar a resolução de questões como forma de aprofundamento e revisão dos principais aspectos do Direito Constitucional. E observar o que tem sido mais frequentemente cobrado em concursos anteriores. Como todo curso de questões comentadas, este aqui é mais próprio para o candidato que já conhece os conceitos básicos de Direito Constitucional, que já teve um primeiro contato com a matéria. Diante disso, o objetivo deste curso é dar ao aluno a condição de acertar tanto as questões que versam sobre a doutrina, quanto aquelas que tratam da literalidade da Constituição e também da jurisprudência atualizada do Supremo Tribunal Federal. Em suma, prepará-lo para a guerra! DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 2 Feita essa apresentação, vejamos o conteúdo programático do curso (baseado no edital). Aula 0 - Poder constituinte e Modificação da Constituição. Princípios Constitucionais. Aula 1 – Teoria do Direito Constitucional. (Conceitos de teoria do Estado. Princípios do Estado Democrático de Direito. Conceito de Constituição. Regras materialmente constitucionais e formalmente constitucionais. Tipos de Constituição. Hermenêutica constitucional. O Direito Constitucional e os demais ramos do direito.) Aula 2 – Direitos e Garantias Fundamentais. Aula 3 - Organização político-administrativa. (Federalismo no Brasil. Repartição de rendas. Repartição de competências. Competências constitucionais: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Intervenção nos estados e municípios.) Aula 4 – Organização dos Poderes – parte 1. (Separação de poderes. Sistemas de governo. Poder Legislativo, Processo legislativo.) Aula 5 – Organização dos Poderes – parte 2. (Poder Executivo e Poder Judiciário. Ministério Público. Defesa do Estado e as instituições democráticas.) Aula 6 – Controle de constitucionalidade. (Controle judiciário difuso e concentrado. Ação declaratória de constitucionalidade. Ação direta de inconstitucionalidade.) Aula 7 - Princípios gerais da atividade econômica e financeira. Orçamento e Finanças Públicas. Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Visto o conteúdo, vale a pena mencionar três aspectos relevantes sobre este curso. O primeiro é que nosso curso não abordará os temas “Administração Pública” e nem “Sistema Tributário Nacional”, pois esses assuntos são mais propriamente abordados em Direito Administrativo e Direito Tributário. Outro esclarecimento diz respeito à forma das questões. Embora saibamos que a FGV trabalha com questões do tipo múltipla escolha (e não do tipo “certo” ou “errado”), tenho optado por trabalhar frequentemente com comentários a itens (assertiva isolada). Por quê? Questões meramente didáticas... Veja que essa forma de comentar as questões otimiza (e muito!) o seu aprendizado, pois você é forçado a dar importância a todas as assertivas (nas questões de múltipla escolha, muitas vezes o candidato se preocupa apenas em “acertar a questão”, marcando o enunciado certo, sem dar importância aos demais!). Ademais, com a divisão em item (assertiva), o comentário passa a vir logo em seguida do enunciado, e com isso você não perde o raciocínio. Então, algumas questões serão comentadas na forma tradicional (A - B - C - D - E). Entretanto, a maioria das questões será comentada em forma de assertivas. Por fim, um comentário importante se faz necessário. Seu concurso é para a FGV. Então, evidentemente, comentarei diversas questões dessa DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 3 banca. Entretanto, não teremos como fazer todo o curso apenas com questões dessa banca, para que não restem lacunas no aprendizado. Nesse sentido, as aulas também terão questões de outras bancas. Vamos iniciar nosso curso já hoje com dois assuntos muito interessantes: Poder Constituinte (incluindo a modificação da Constituição) e Princípios Constitucionais. Boa aula! 1) (FGV/INSPETOR/POLÍCIA CIVIL/RJ/2008) O Poder Constituinte Originário tem por características ser: (A) incondicionado e irrestrito. (B) permanente e limitado. (C) primário e condicionado. (D) autônomo e restrito. (E) ilimitado e transitório. O Poder Constituinte é o poder de elaborar ou atualizar uma Constituição. Segundo a doutrina é a manifestação soberana da suprema vontade política de um povo social e juridicamente organizado. Como se sabe, o Poder Constituinte segmenta-se em originário e derivado. O poder constituinte originário é o poder de elaborar uma Constituição. Podemos dizer que ele se manifesta em dois momentos distintos: na formação de um novo Estado (quando é elaborada a primeira Constituição), ou, em um Estado já existente, quando ocorre uma ruptura da ordem jurídica, sendo uma Constituição substituída por outra nova. O poder constituinte originário tem por características ser um poder político, inicial, autônomo, incondicionado e permanente. Guarde a distinção entre esses conceitos. É um poder político (e não jurídico), porque antecede o Direito. É um poder inicial porque a sua obra (a Constituição) é a base da ordem jurídica. É um poder autônomo ou ilimitado porque não está limitado pelo direito anterior, isto é, não tem que respeitar os limites estabelecidos pelo direito positivo antecessor, podendo, até mesmo, desrespeitar direito adquirido e cláusulas pétreas existentes no regime anterior. É incondicionado porque não está sujeito a qualquer forma prefixada para manifestar sua vontade. Enfim, o poder constituinte originário não tem que obedecer a qualquer forma ou procedimento pré-determinado para realizar a sua obra de elaboração de uma nova Constituição. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 4 Ademais, o poder constituinte originário é permanente porque não desaparece, não se esgota com a realização de sua obra, isto é, com a elaboração da nova Constituição. Elaboradaa nova Constituição, o poder constituinte permanece latente, podendo manifestar-se posteriormente, mediante uma nova Assembléia Constituinte ou um novo ato revolucionário. Pois bem, vistos esses conceitos podemos observar que o gabarito é letra “a”. Afinal, o Poder Constituinte não está condicionado a nenhuma regra pré-estabelecida, e nem sofre restrição alguma. Gabarito: “a” 2) (FGV/OFICIAL DE CARTÓRIO/SSP/RJ/2008) Norma aprovada pelo poder constituinte derivado está sujeita ao controle judicial de constitucionalidade. Controle de constitucionalidade é assunto para uma de nossas aulas posteriores. Por enquanto, basta você saber que se trata de um procedimento de verificação da conformidade de atos normativos frente à Constituição. Guarde esse conceito enquanto falo um pouco sobre o poder constituinte derivado. O poder constituinte derivado (secundário, instituído, constituído, ou de segundo grau) está previsto no texto da própria Constituição, resultando da vontade do poder constituinte originário. Vale dizer, ele é “derivado” do poder constituinte originário, pois foi criado por este poder, deriva desse poder. O poder constituinte derivado tem por características ser um poder jurídico, derivado, subordinado e condicionado. É um poder jurídico (ao contrário do originário, que é político), pois integra o direito positivo, isto é, está presente no texto da própria Constituição. É derivado porque retira sua força do poder constituinte originário. É subordinado porque se encontra limitado pelas normas expressas e implícitas presentes na Constituição Federal, normas essas que não poderá contrariar, sob pena de inconstitucionalidade de sua conduta. É condicionado porque seu exercício deve obedecer fielmente às regras previamente estabelecidas no texto da Constituição Federal. Em suma, ao contrário do poder constituinte originário, o poder constituinte derivado sofre sim limitações, procedimentais e materiais. Assim, as normas produzidas por ele estarão sujeitas à verificação de conformidade frente a essas limitações. O que acontece se uma norma produzida pelo poder constituinte derivado desrespeita alguma limitação? Ela será declarada inconstitucional. Daí dizermos que há controle de constitucionalidade sobre a obra do poder constituinte derivado (por DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 5 exemplo, as normas constitucionais decorrentes de emenda constitucional). Por isso, a questão está correta. Agora, raciocine comigo utilizado o mesmo pensamento para o poder constituinte originário. Se não há limites para o poder constituinte originário, não há como se verificar sua conformidade (conformidade com o quê?). Assim, podemos dizer que as normas produzidas pelo poder constituinte originário não estão sujeitas a controle de constitucionalidade. Item certo. Observe agora que não foi só a FGV que cobrou esse tipo de questão... 3) (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009) As normas produzidas pelo poder constituinte originário são passíveis de controle concentrado e difuso de constitucionalidade. O poder constituinte originário é autônomo, ilimitado, não deve respeito à ordem jurídica anterior. Como é um poder pré-jurídico, não há normas jurídicas anteriores a serem respeitadas. Nesse sentido, não há que se falar em controle de constitucionalidade de normas originárias. Item errado. 4) (ESAF/ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO/SEFAZ-CE/2006) O titular do poder constituinte é aquele que, em nome do povo, promove a instituição de um novo regime constitucional ou promove a sua alteração. O poder constituinte é o poder de elaborar ou atualizar uma Constituição. Mas de quem é a titularidade do poder constituinte? Bem, antigamente, considerava-se que era Deus (que exercia o poder por meio do monarca). Depois, falou-se que era a nação. Mas, modernamente, é pacífico o entendimento de que o titular do poder constituinte é o povo. Isso é importante, pois bastante cobrado pelas bancas: Titular do Poder Constituinte → POVO Como se vê, a questão está errada, já que o titular do Poder Constituinte é o povo, e não seus representantes. Item errado. 5) (FGV/OFICIAL DE CARTÓRIO/SSP/RJ/2008) O procedimento que deve ser adotado para a reforma do texto constitucional está necessariamente previsto na própria Constituição. É isso mesmo. O poder constituinte derivado é aquele que promove a alteração da Constituição. Mas, quais são as condições e regras segundo as quais isso ocorre? DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 6 Bem, essas regras são estabelecidas pelo poder constituinte originário, que, ao instituir o poder constituinte derivado, insere na Constituição como se dará o exercício deste último. Essas regras podem ser denominadas como limitações formais ao poder de reforma, conceito que será mais bem desenvolvido logo à frente. Item certo. 6) (CESPE/AUFC/TCU/2009) Da mesma forma que o poder constituinte originário, o poder de reforma não está submetido a qualquer limitação de ordem formal ou material, sendo que a CF apenas estabelece que não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação de poderes e os direitos e garantias individuais. Como vimos, o poder constituinte segmenta-se em originário e derivado, sendo que o primeiro é político, inicial, autônomo e incondicionado. Enquanto isso, o poder constituinte derivado está sim sujeito a limitações. Mas o poder constituinte derivado não se restringe exatamente ao que a questão chamou de poder de reforma. Na verdade, você tem de saber que o poder constituinte derivado segmenta-se em: poder constituinte reformador e poder constituinte decorrente. O poder constituinte derivado reformador é o competente para modificar o texto da Constituição Federal, respeitando-se o regramento estabelecido pela própria Constituição. Na Constituição Federal de 1988, ele é exercido pelo Congresso Nacional, na forma do artigo 60 da Constituição (processo de emenda) e do art. 3º do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias – ADCT (processo de revisão constitucional). Alguns autores classificam esta última espécie de poder constituinte derivado revisor. Fique tranquilo, pois esse assunto (a diferença entre esses procedimentos) será mais bem detalhado logo a seguir. O poder constituinte derivado decorrente é a competência que têm os estados-membros, em virtude de sua autonomia político-administrativa, de elaborar suas próprias Constituições. Mesmo nesse caso, o exercício do poder constituinte derivado está sujeito a diversas limitações. Em suma, a questão está errada, na medida em que o poder constituinte derivado reformador se sujeita a diversas limitações, tanto de ordem formal quanto de ordem material. Sintetizando: DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 7 Item errado. 7) (ESAF/ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO/SEFAZ-CE/2006) O poder emanado do constituinte derivado reformador, que é fundado na possibilidade de alteração do texto constitucional, não é passível de controle de constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal. As normas constitucionais inseridas por emenda (atuação do poder constituinte derivado reformador) estão sim sujeitas a controle de constitucionalidade. Por outro lado, não estão sujeitas a controle de constitucionalidade aquelas normas originárias da CF/88. Guarde isso! Item errado. 8) (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009) No tocante ao poder constituinte originário, o Brasil adotou a corrente positivista, demodo que o referido poder se revela ilimitado, apresentando natureza pré- jurídica. Na hora da prova, o concurseiro já começa suar frio só de ver uma questão que fala em “corrente positivista...”. Com essa expressão, a maioria já abandona a questão e pula para a próxima. Não se assuste, pois isso é muito simples! O Brasil adotou a corrente positivista. Para o positivismo, o poder constituinte originário não sofre limitações, uma vez que a ordem jurídica nasce com ele, não antes dele. Ou seja, não há normas jurídicas anteriores a estabelecer limites para sua atuação. Daí o fato de ser DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 8 classificado como um poder ilimitado, e político ou pré-jurídico, ao contrário do poder constituinte derivado, classificado como limitado e jurídico. Numa visão oposta, a corrente jusnaturalista defendia a existência de normas de direito natural limitando a atuação do poder constituinte originário, não foi o que prevaleceu no Brasil. Item certo. 9) (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO / ÁREA ADMINISTRATIVA / STJ / 2008) O poder constituinte derivado decorrente consiste na possibilidade que os estados-membros têm, em virtude de sua autonomia político-administrativa, de se autoorganizarem por meio das respectivas constituições estaduais, sempre respeitando as regras estabelecidas pela CF. De fato, o poder constituinte derivado decorrente é a competência que têm os estados-membros, em virtude de sua autonomia político- administrativa, de elaborar suas próprias Constituições. Mesmo nesse caso, o exercício do poder constituinte derivado está sujeito a diversas limitações estabelecidas pela CF/88. Item certo. Agora compare essa questão do CESPE acima que esta abaixo, da FGV. 10) (FGV/Juiz de Direito Substituto de Carreira/TJ/PA/2008) O Poder Constituinte Estadual é denominado de "derivado decorrente", pois consiste na possibilidade que os Estadosmembros têm de se auto- organizarem por meio de suas respectivas constituições estaduais, sempre respeitando as regras limitativas estabelecidas pela Constituição Federal. Viu como essas questões, apesar de serem de bancas diferentes (CESPE e FGV) e de cargos diferentes (analista e juiz), são bastante similares. Daí a importância de se resolverem questões de concursos antes da prova. Por isso, que entendo pertinente complementar a aula com questões de outras bancas para que a quantidade de exercícios resolvidos seja maior. A assertiva está correta, pois de fato, o poder constituinte derivado decorrente consiste na competência de auto-organização dos estados- membros, por meio da qual eles elaboram suas próprias Constituições. Item certo. 11) (FUNIVERSA/CONSULTOR JURÍDICO/APEX/2006) O poder constituinte derivado tem como características ser condicionado, secundário e autônomo. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 9 O poder constituinte derivado é um poder limitado, condicionado e subordinado e secundário. Ou seja, ele não é autônomo. Item errado. 12) (FUNIVERSA/CONSULTOR JURÍDICO/APEX/2006) Poder constituinte decorrente é um poder constituído pelo poder constituinte originário para o fim de reformar a Constituição, emendando-a. A assertiva mistura os conceitos de poder constituinte derivado reformador e poder constituinte derivado decorrente. A assertiva está errada, pois a reforma da Constituição se dá por meio do exercício do poder constituinte derivado reformador. Item errado. 13) (CESPE/TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR/MDS/2008) O poder constituinte decorrente subordina-se às limitações que o órgão investido de funções constituintes primárias ou originárias estabeleceu no texto da CF. O poder constituinte decorrente é derivado, condicionado e está sujeito às limitações estabelecidas pelo poder constituinte originário. Inclusive, essa necessidade de respeito às normas da Carta Cidadã está expressa no art. 25 da CF/88: “Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição”. Item certo. 14) (CESPE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO/PCRN/2009) O poder constituinte de reforma não é inicial, nem incondicionado nem ilimitado, no entanto, não está subordinado ao poder constituinte originário. O poder constituinte derivado reformador está sim subordinado ao poder constituinte originário, especialmente por meio das regras estabelecidas por esse último e expressas na Constituição. Item errado. 15) (CESPE/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO DO TCU/2007) O poder de reforma inclui tanto o poder de emenda como o poder de revisão do texto constitucional. Como comentado, o poder de reforma inclui tanto o poder de emenda constitucional (CF, art. 60), quanto o poder de revisão (ADCT, art. 3°). Item certo. 16) (ESAF/AFC/CGU/2003) A distinção doutrinária, entre revisão e reforma constitucional, materializou-se na CF/88, uma vez que o atual texto constitucional brasileiro diferencia tais processos, ao DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 10 estabelecer entre eles distinções quanto à forma de reunião do Congresso Nacional e quanto ao quorum de deliberação. Vamos revisar isso aí... A Constituição é alterada por mutação, revisão e emenda constitucional. A mutação constitucional é o fenômeno que se verifica nas Constituições ao serem modificadas de forma silenciosa, contínua, sem alteração textual. É isso mesmo, trata-se de um processo informal e espontâneo de alteração da interpretação constitucional, em que se muda o conteúdo de determinado dispositivo, sem mudança no teor da norma. É o que acontece quando o Supremo Tribunal Federal muda seu entendimento sobre certo dispositivo constitucional, por decorrência da própria evolução de usos e costumes. Pode-se relacionar esse fenômeno ao conceito de poder constituinte difuso. Já a revisão constitucional e o processo de emenda são processos formais de mudança nas Constituições. A revisão constitucional está prevista no art. 3° do ADCT e consistiu em um procedimento simplificado, que ocorreu apenas uma vez: cinco anos após a promulgação da CF/88. As emendas foram aprovadas por maioria absoluta de votos em sessão unicameral do Congresso Nacional. Ademais, o texto foi promulgado pela Mesa do Congresso Nacional. Este procedimento é caracterizado por alguns autores como conseqüência da ação do poder constituinte derivado revisor. Já o procedimento de emenda constitucional (CF, art. 60) tem outras características. As propostas de emenda constitucional são discutidas e votadas em cada Casa (reunião bicameral) do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. As emendas são promulgadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Observe como é um processo bem mais rígido que o de revisão. Há ainda algumas importantes diferenças entre os procedimentos de revisão e emenda: I) enquanto o processo de revisão foi único e não pode ser criado outro, o processo de emenda é permanente (exceto naquelas ocasiões excepcionais que resultam nas limitações circunstanciais (CF, art. 60, § 1°). II) enquanto o processo de revisão não pode ser adotado pelos estados- membros, o de emenda é de observância obrigatória por eles. Sintetizando: DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 11 Assim, a questão está correta, pois, de fato, entre o procedimento de reforma (emenda) e o de revisãohá diferenças na forma de reunião do Congresso (unicameral na revisão e bicameral no processo de emenda) e no que se refere ao quorum de deliberação (maioria absoluta na revisão e três quintos no processo de emenda). Item certo. 17) (FGV/PROCURADOR/TCM/RJ/2008) Mutação constitucional é o processo formal de alteração do texto constitucional. Como vimos, a mutação constitucional consiste na mudança da Constituição de forma silenciosa e sem alteração textual. Nesse sentido, trata-se de processo informal, em que se muda o conteúdo de determinado dispositivo, sem mudança no teor literal da norma. Assim, a assertiva está incorreta, pois a mutação constitucional não consiste em mudança formal no texto constitucional. Item errado. 18) (FGV/JUIZ/TJ/PA/2005) A modificação do texto da Constituição por emendas constitui exercício do Poder Constituinte originário. Uma questão como essa você não pode errar. Como você sabe, a modificação do texto da Constituição por emendas constitui exercício do poder constituinte derivado. Item errado. Revisão Constitucional (ADCT, art. 3º) Emenda Constitucional (CF, art. 60) Procedimento simplificado (maioria absoluta, em sessão unicameral) Procedimento único (cinco anos após a promulgação da CF/88) Procedimento vedado aos estados- membros Não pode ser criado outro por meio de emenda (limitação material implícita) As Emendas Constitucionais de Revisão (ECR) foram promulgadas pela Mesa do Congresso Nacional Procedimento árduo (2 turnos, com aprovação de 3/5 de cada Casa) Procedimento permanente (a CF/88 sempre poderá ser alterada por emenda) Observância obrigatória pelos estados- membros Não pode ser modificado por meio de emenda (limitação material implícita) As Emendas Constitucionais (EC) são promulgadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 12 19) (FGV/FISCAL DE RENDAS/MS/2006) A respeito da "mutação constitucional", é correto afirmar que: (a) é a alteração da Constituição por meio de emendas. (b) é o mesmo que revisão constitucional. (c) são as alterações informais feitas na substância da Constituição, especialmente por meio da interpretação judicial. (d) não tem lugar em nosso sistema jurídico, em razão de a Carta Política ser escrita e rígida. (e) só ocorre por meio do poder constituinte originário. As alternativas “a” e “b” estão erradas, pois a mutação constitucional não se confunde com a alteração da Constituição por meio de emendas ou com o processo de revisão. Estas últimas configuram processos de alteração formal da Constituição, ao contrário da mutação (que é informal). A alternativa “c” está correta. De fato, na mutação constitucional a mudança na interpretação de determinado dispositivo gera alterações informais no conteúdo da norma sem que haja mudança formal no texto constitucional. A alternativa “d” está errada, pois a todo momento a nossa Constituição é alterada por meio de mutação constitucional a partir das interpretações que são dadas aos seus dispositivos. Especialmente por meio de atuação do Supremo Tribunal Federal (STF). É o que ocorre quando, por exemplo, o STF muda seu entendimento sobre determinado assunto de interesse constitucional. A alternativa “e” está errada, uma vez que não é necessária a atuação do poder constituinte originário para a ocorrência do fenômeno da mutação constitucional. Afinal, as manifestações do poder constituinte originário ocorrem na criação de um novo Estado ou na mudança de Constituição em um Estado existente, como ocorreu em 1988 no Brasil. Gabarito: "c" 20) (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE/SE/2010) Previsto pelo constituinte originário, o poder constituinte derivado decorrente encontra limitações apenas nas cláusulas pétreas. As limitações ao poder constituinte derivado são tanto de ordem formal (procedimental), quanto de ordem material. Portanto, o poder constituinte derivado encontra limitações não só nas cláusulas pétreas. Podemos classificar essas limitações em quatro grupos: a) temporais - quando a Constituição estabelece um período durante o qual o seu texto não pode ser modificado. É importante ter em mente que DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 13 não temos limitações desta natureza na Constituição Federal de 1988; b) circunstanciais - quando a Constituição veda a sua modificação durante certas circunstâncias excepcionais, em ocasiões extraordinárias (a CF/88 prevê limitações circunstanciais, ao proibir a aprovação de emendas durante a vigência de estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal – art. 60, § 1º); c) processuais ou formais - quando a Constituição estabelece determinado procedimento para o processo legislativo de sua modificação (CF, art. 60, incisos I, II e III e §§ 2º, 3º e 5º); e d) materiais – quando há certas restrições para o tratamento de determinadas matérias (enumeradas ou não). Na Constituição Federal de 1988, temos limitações materiais expressas ou explícitas e limitações materiais implícitas ou tácitas. As limitações materiais expressas ou explícitas estão previstas no § 4º do art. 60 da Constituição, e são as chamadas “cláusulas pétreas expressas”, comentadas no enunciado da questão. Ou seja, trata-se de temas importantes da nossa República que não podem ser abolidos por emenda. As limitações materiais implícitas ou tácitas são aquelas que impedem a alteração da titularidade do poder constituinte originário, a alteração da titularidade do poder constituinte derivado e alterações ao procedimento estabelecido na Constituição para a modificação do seu texto. Como o nome já enuncia, elas não decorrem de norma expressa da Constituição, mas sim de desenvolvimento doutrinário e jurisprudencial. Sintetizando: Item errado. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 14 21) (FUNIVERSA/CONSULTOR JURÍDICO/APEX/2006) Configura-se uma limitação circunstancial ao poder derivado não ser possível a emenda à Constituição Federal durante o Estado de Sítio. De fato, a vedação de emenda constitucional no período de Estado de Sítio configura limitação circunstancial ao poder constituinte derivado. Item certo. Veja que a questão da FGV abaixo foi no mesmo estilo... 22) (FGV/OFICIAL DE CARTÓRIO/SSP/RJ/2008) As chamadas cláusulas pétreas da Constituição estabelecem limitações materiais ao poder constituinte derivado. Exato. As cláusulas pétreas (previstas no art. 60, § 4° da CF/88) são limitações materiais ao poder constituinte derivado. Nesse sentido, não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. Item certo. 23) (ESAF/AUDITOR FISCAL DO TRABALHO/MTE/2010) De acordo com a doutrina constitucionalista, a Constituição Federal traz duas grandes espécies de limitações ao Poder de reformá-la, as limitações expressas e as implícitas. De fato, a Constituição estabelece não só as limitações expressas ou explícitas (ao longo do art. 60 da CF/88), mas também as limitações implícitas (ou tácitas). Essas limitações implícitas são aquelas que impedem a alteração da titularidade do poder constituinte originário, a alteração da titularidade do poder constituinte derivado e alterações ao procedimento estabelecido na Constituição para a modificação do seu texto. Item certo. 24) (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009) A CF pode ser alterada,a qualquer momento, por intermédio do chamado poder constituinte derivado reformador e também pelo derivado revisor. Como vimos, o poder constituinte derivado reformador é o competente para modificar o texto da Constituição Federal, seja por meio do processo de emenda constitucional ou por meio do processo de revisão constitucional. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 15 Assim, a assertiva está errada ao afirmar que a CF/88 poderá ser alterada em qualquer momento pelo poder reformador e pelo poder revisor. Primeiro, porque há limitações circunstanciais que impedem a alteração da Constituição na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio (CF, art. 60, § 1°). Ademais, a revisão constitucional foi restringida a um processo único, com data pré-fixada (cinco anos contados da promulgação da Constituição Federal, nos termos do art. 3° do ADCT). Item errado. 25) (CESPE/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/MPE/SE/2010) Sendo poder de índole democrática, autônomo e juridicamente ilimitado, o poder constituinte originário tem como forma única de expressão a assembleia nacional constituinte. O poder constituinte originário não se expressa apenas de forma democrática. Na realidade, é um poder de índole democrática quando a forma de expressão consiste na assembléia nacional constituinte (ou convenção). Entretanto, o poder constituinte originário também atua na declaração unilateral de um agente golpista ou revolucionário, sem a participação do povo, forma de expressão denominada de outorga. Item errado. 26) (ESAF/AUDITOR FISCAL DO TRABALHO/MTE/2010) Vários doutrinadores publicistas salientam ser implicitamente irreformável a norma constitucional que prevê as limitações expressas. De fato, uma das limitações implícitas desenvolvidas pela doutrina e jurisprudência é exatamente aquela que impede alterações do procedimento estabelecido na Constituição para a modificação do seu texto. E esse procedimento é uma das limitações formais (expressas) ao Poder de reforma. Item certo. 27) (ESAF/ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO/SEFAZ-CE/2006) A revisão constitucional prevista por uma Assembléia Nacional Constituinte, possibilita ao poder constituinte derivado a alteração do texto constitucional, com menor rigor formal e sem as limitações expressas e implícitas originalmente definidas no texto constitucional. Há diversas diferenças entre os procedimentos de revisão e o de emenda. Todavia, você não pode esquecer que os dois procedimentos estão sujeito às limitações materiais expressas e implícitas impostas pelo ordenamento constitucional ao poder constituinte derivado. Item errado. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 16 28) (ESAF/ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE/STN/2008) Não existe tratamento jurídico diferenciado entre emenda, reforma e revisão constitucional. Bem, para parte da doutrina, a reforma é gênero (poder constituinte reformador), que se subdivide em duas espécies de procedimentos: revisão constitucional (ADCT, art. 3º) e emenda constitucional (art. 60). Ou, em outras palavras: na Constituição Federal de 1988, o poder constituinte reformador (reforma constitucional) ora se materializa pelo procedimento de revisão (ADCT, art. 3º), ora pelo procedimento de emenda (art. 60). De qualquer forma, nem sempre as bancas fazem essa distinção, utilizando as expressões “reforma” e “emenda” como sinônimas. Item errado. 29) (ESAF/AUDITOR FISCAL DO TRABALHO/MTE/2010) As limitações expressas circunstanciais formam um núcleo intangível da Constituição Federal, denominado tradicionalmente por “cláusulas pétreas”. As limitações circunstanciais não são as cláusulas pétreas. Ocorrem quando a Constituição veda a sua modificação durante certas circunstâncias excepcionais, em ocasiões extraordinárias (a CF/88 prevê limitações circunstanciais, ao proibir a aprovação de emendas durante a vigência de estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal – art. 60, § 1º). As cláusulas pétreas constituem limitações materiais ao poder de reforma. Item errado. 30) (FGV/OFICIAL DE CARTÓRIO/SSP/RJ/2008) A aprovação de uma emenda constitucional depende dos votos favoráveis de 3/5 dos membros de cada Casa do Congresso Nacional, obtidos em dois turnos de votação em cada uma delas. O art. 60 da Constituição apresenta as regras relativas ao processo de reforma da Constituição por meio de emendas constitucionais. Assim, nos termos do art. 60, § 2° da CF/88, a proposta de emenda constitucional será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. Item certo. 31) (FGV/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-AP/2010) Podem propor emenda à Constituição: (i) o Presidente da República; (ii) um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; (iii) o Presidente do Supremo Tribunal Federal; e (iv) mais da metade DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 17 das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. O art. 60 da CF/88 estabelece quem pode propor emenda constitucional. Assim, trata-se de competência: I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; II - do Presidente da República; III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. Assim, pode se observar que o presidente do STF não é competente para propor emenda constitucional. Item errado. 32) (FGV/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-AP/2010) A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. De fato, a Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio (CF, art. 60, § 1°). Trata-se das chamadas limitações circunstanciais ao poder de reforma. Item certo. 33) (FGV/AUDITOR FISCAL/SEFAZ-AP/2010) Determinados temas previstos na própria Constituição não podem ser objeto de proposta de emenda constitucional que os pretenda abolir. De fato, a Constituição estabelece temas que não podem sofrer emendas constitucionais tendentes a aboli-los. Nos termos do § 4º do art. 60 da CF/88, não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. Trata-se das chamadas limitações materiais ao poder de reforma. Item certo. 34) (FGV/AUDITOR/TCM/PA/2008) Acerca do poder constituinte instituído, é correto afirmar que, a partir da vigente Constituição da República, ele poderá ser exercido no âmbito: DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 18 (A) da União, exclusivamente. (B) da União, dos Estados e do Distrito Federal, exclusivamente. (C) da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (D) dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, exclusivamente. (E) dos Municípios, exclusivamente. Muito estranha essa questão... O poder constituinte instituído (ou derivado) pode ser exercido no âmbito da União (por meio do derivado reformador) e dos estados-membros (por meio do derivado decorrente). Segundo Alexandre de Moraes, o poderconstituinte derivado decorrente “consiste na possibilidade que os estados-membros têm, em virtude de sua autonomia político-administrativa, de se auto- organizarem por meio de suas respectivas constituições estaduais, sempre respeitando as regras limitativas estabelecidas pela Constituição Federal”. Assim, para o festejado doutrinador, o poder constituinte derivado decorrente estaria relacionado apenas aos estados-membros. De forma expressa, também o professor Pedro Lenza posiciona-se no mesmo sentido, entendendo que o poder constituinte derivado decorrente “é apenas o poder que os Estados-membros, por meio das Assembléias Legislativas, têm de elaborar suas Constituições Estaduais (...). Essa particularidade, portanto, não se estende aos outros entes que ocupam uma posição peculiar.” Vale comentar ainda que também o prof. Leo Van Holthe e os professores Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino não relacionam o poder constituinte derivado decorrente aos municípios. Apesar disso, a FGV considerou que o poder constituinte derivado poderá ser exercido também pelos municípios. Assim, considerou como correta a letra “c”. Gabarito: “c” A partir de agora comentarei algo sobre os chamados princípios constitucionais. Antes de tudo, devemos saber que os princípios constitucionais dividem- se em: (i) princípios político-constitucionais e (ii) princípios jurídico- constitucionais. Os princípios político-constitucionais relacionam-se às decisões políticas fundamentais (traduzem opções políticas fundamentais DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 19 conformadoras da Constituição). Podemos considerar que são os princípios constitucionais fundamentais, positivados em normas- princípios. É o caso dos princípios fundamentais, que compõem os arts. 1° ao 4° da CF/88 e que veremos logo a seguir. Assim, no caso da Constituição Federal de 1988 (arts. 1° ao 4°), os princípios fundamentais consistem nos valores máximos, diretrizes e os fins mais gerais orientadores de toda a nossa ordem constitucional. Eles é que definirão e caracterizarão o Estado, por isso, serão a matriz da qual decorrem todas as demais normas constitucionais. Daí serem considerados normas-síntese ou normas-matriz, pois todas as demais normas constitucionais consistem no desenvolvimento desses princípios e confluem neles. Já os princípios jurídico-constitucionais são os princípios gerais informadores da ordem jurídica nacional. Podem ser considerados desdobramentos dos princípios fundamentais. Por exemplo: o princípio da legalidade, o princípio da supremacia da Constituição, o princípio do devido processo legal, do contraditório, do juiz natural etc. Esses princípios são vistos especialmente quando estudamos os direitos e garantias fundamentais. Essa classificação não é normalmente abordada pela FGV, que costuma centrar sua análise no conhecimento literal dos princípios fundamentais. Mas veja que a banca abordou esse assunto em prova recente. 35) (ESAF/ANALISTA TECNICO/SUSEP/2010) Não há distinção entre os princípios constitucionais fundamentais e os princípios gerais do direito constitucional. Há sim distinção entre princípios fundamentais (político-constitucionais) e princípios gerais (jurídico-constitucionais). I) Princípios político-constitucionais → São os princípios fundamentais, matriz ou síntese das demais normas constitucionais, que decorrem dele. II) Princípios jurídico-constitucionais → São os denominados princípios gerais do direito constitucional e decorrem dos princípios fundamentais, como princípios derivados. Item errado. 36) (ESAF/ANALISTA TECNICO/SUSEP/2010) Os princípios jurídico- constitucionais não são princípios constitucionais gerais, todavia não se constituem em meros desdobramentos dos princípios fundamentais. Digamos que a questão está duas vezes errada. Como vimos, os princípios jurídicos constitucionais são os chamados princípios gerais. E eles são desdobramentos (decorrem ou derivam) dos princípios fundamentais. Item errado. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 20 (FGV/ANALISTA DE PROCESSOS/MEC/2008) Relativamente aos princípios fundamentais, julgue os seguintes itens. A questão aborda os princípios fundamentais. Antes de entrar na análise de cada um dos itens, vale fazer um breve comentário sobre esses princípios. Esses princípios constituem os valores máximos, diretrizes e os fins mais gerais orientadores da nossa ordem constitucional. Eles estão apresentados logo no início da Constituição Federal de 1988 (arts. 1° ao 4°). Assim, podemos dizer que o Título I da CF/88 apresenta as características mais essenciais do nosso Estado. Vejamos item a item da questão. 37) (FGV/ANALISTA DE PROCESSOS/MEC/2008) A República Federativa do Brasil é formada pela união dissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal. Logo de início, já no caput do art. 1°, a Constituição já estabelece a forma de Estado (Federação) e a forma de Governo (República), além de enunciar nosso regime político como sendo um Estado democrático de Direito. Art. 1º - A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito (...) Ao longo do nosso curso desenvolveremos melhor os conceitos de República e Federação ao estudar a Organização político-administrativa do Estado. De qualquer forma, uma das características da Federação é a ausência de capacidade de secessão dos entes federados. Nesse sentido, a República Federativa do Brasil constitui-se na união indissolúvel, na medida em que essa organização do poder estatal no território não poderá ser dissolvida por meio da separação dos entes formadores da Federação. Logo, a assertiva está incorreta. Item errado. 38) (FGV/ANALISTA DE PROCESSOS/MEC/2008) A República Federativa do Brasil constitui-se em Estado Democrático de Direito. Como visto, no próprio caput do art. 1°, a República Federativa é classificada com um Estado Democrático de Direito. O Estado de Direito, por si só, é um conceito tipicamente liberal e se relaciona com a primazia da lei, divisão de poderes e garantia de direitos fundamentais. Entretanto, o individualismo e a abstenção do Estado geraram injustiças sociais, o que resultou na superação do Estado de Direito. Nesse momento, ganhou força o conceito de Estado Social de Direito, em que o DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 21 “social” refere-se à correção do individualismo clássico liberal pela afirmação de direitos sociais. Entretanto, nem sempre o Estado de Direito (seja liberal seja social) se revela como democrático. Assim, podemos considerar que o Estado Democrático agrega o componente da soberania popular, impondo a participação efetiva e operante do povo na coisa pública (o que não se exaure na simples formação de instâncias representativas). Já o Estado Democrático de Direito pode ser entendido como uma evolução desses conceitos. Segundo o prof. José Afonso da o Estado Democrático de Direito reúne os princípios do Estado Democrático e do Estado de Direito, mas não como simples reunião formal dos respectivos elementos, na medida em que revela um conceito novo que os supera. Nesse sentido, incorpora uma vertente de transformação da realidade, superação das desigualdades e realização da justiça social. Item certo. 39) (FGV/ANALISTA DE PROCESSOS/MEC/2008) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil construir uma sociedade livre, justa e solidária. Entre os princípiosfundamentais, você precisa saber diferenciar: I – os fundamentos (CF, art. 1°); II – os objetivos fundamentais (CF, art. 3°); e III – os princípios que regem as relações internacionais (CF, art. 4°). Fique tranquilo, pois não é difícil distingui-los. Treinaremos bastante isso nesta aula. Pois bem, a questão versa especificamente sobre os objetivos fundamentais. Os objetivos fundamentais estão expressos no art. 3° da CF/88 e visam assegurar a igualdade material aos brasileiros, possibilitando iguais oportunidades a fim de concretizar a democracia econômica, social e cultural e tornar efetivo o fundamento da dignidade da pessoa humana. Observe que são quatro os objetivos e todos eles começam com um verbo. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 22 Observe como se trata de programas para o futuro, diretrizes a serem alcançadas de forma a tornar mais justa a sociedade brasileira. Assim, um dos objetivos fundamentais é, de fato, construir uma sociedade livre, justa e solidária (CF, art. 3°, I). Item certo. 40) (FGV/ANALISTA DE PROCESSOS/MEC/2008) São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Trata-se da separação dos poderes, outro importante princípio constitucional (enunciado no art. 2° da Constituição Federal). Art. 2º - São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Ou seja, esse artigo assegura o princípio da separação dos poderes (ou divisão funcional do Poder), que consiste na repartição das funções estatais (executiva, legislativa e judiciária) entre três órgãos distintos. Com isso, evita-se a concentração de todo o poder nas mãos de uma única pessoa. Encontra respaldo naquela ideia antiga de que o poder corrompe-se quando não encontra limites. Podemos dizer que essa teoria representa uma forma de controle recíproco, em que um poder controlaria as atividades do outro, a fim de se evitarem desvios e excessos. Esse sistema de controles recíprocos é denominado pela doutrina como sistema de freios e contrapesos. Prosseguindo, vamos relembrar quais são as funções típicas de cada um dos poderes estatais: a) Poder executivo → Administração b) Poder Legislativo → Elaboração de leis e fiscalização c) Poder Judiciário → Jurisdição Esse assunto será detalhado de forma aprofundada ao estudarmos a organização dos poderes (em aula posterior). No momento, lembre-se apenas que o princípio da separação de poderes não é rígido, de forma Objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 23 que todos os Poderes da República exercem predominantemente funções típicas, mas, também, funções atípicas. Em aula futura, falaremos um pouco mais sobre esse assunto. Item certo. 41) (FGV/ANALISTA DE PROCESSOS/MEC/2008) Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição. A assertiva reproduz o parágrafo único do art. 1° da CF/88, que caracteriza nosso regime político como democrático, em que prevalece a soberania popular. Nesse sentido, a Constituição estabelece que todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição. Um detalhe importante: observe que, na nossa democracia, o poder é exercido não só por meio de representantes (eleitos pelo povo), como também diretamente (como disposto no art. 14 da CF/88, são exemplos o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular). Item certo. 42) (FGV/FISCAL DE RENDAS/SEFAZ/RJ/2008) Não é(são) fundamento(s) da República Federativa do Brasil: (a) pluralismo político. (b) dignidade da pessoa humana. (c) valores sociais da livre iniciativa. (d) divisão dos Poderes do Estado. (e) valores sociais do trabalho. São bem simples as questões sobre os princípios fundamentais, pois, em regra, não cobram mais do que a divisão entre fundamentos, objetivos e princípios que regem o Brasil nas suas relações internacionais. “- Professor, precisa decorar? - Claro que não! Basta você memorizá-los (...rs).” A questão pede os fundamentos, previstos no art. 1° da CF/88. Esses fundamentos podem ser considerados os alicerces, as vigas mestras da nossa república. Observe o esquema que chama sua atenção para as principais informações do art. 1°, incluindo os 5 fundamentos. Sintetizando: DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 24 Pois bem, são cinco os fundamentos. E eles podem ser memorizados por meio do mnemônico: so-ci-di-va-plu. Sabemos bem que é ridículo... mas o importante é marcar a letra correta na hora da prova, não é?...rs Assim, a letra “d” é o gabarito, pois a divisão dos Poderes, apesar de previsto como um dos princípios, não configura um fundamento. Gabarito: “d” 43) (ESAF/ATRFB/2010) A República Federativa do Brasil não adota nas suas relações internacionais o princípio da igualdade entre os Estados. Além dos fundamentos e dos objetivos fundamentais, restam ainda os 10 princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais (CF, art. 4°), que podem ser subdivididos em 3 grupos: 1 – Princípios ligados à independência nacional: - Independência nacional (inc. I) - Autrminação dos povos (inc. III) - Não-Intervenção (inc. IV) - Igualdade entre os Estados (inc. V) - Cooperação dos povos para o progresso da humanidade (inc. IX) 2 – Princípios ligados à pessoa humana: - Prevalência dos direitos humanos (inc. II) - Concessão de asilo político (inc. X) 3 – Princípios ligados à paz: - Defesa da paz (inc. VI) I – soberania II – cidadania IV – valores sociais do trabalho e da livre iniciativa Estado Democrático de Direito Forma de governo e forma de Estado Regime político formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal tem como fundamentos República Federativa do Brasil III – dignidade da pessoa humana III – pluralismo político DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 25 - Solução pacífica dos conflitos (inc. VII) - Repúdio ao terrorismo e ao racismo (inc. VIII) Assim, o princípio da igualdade entre os Estados é princípio que rege o Brasil em suas relações internacionais (CF, art. 4°, V). Item errado. 44) (FGV/CONTADOR/TCE/PI/2002) O princípio da separação de Poderes assegurado pela Constituição brasileira tem como cláusula parâmetro a independência entre os Poderes, que significa, inclusive na sua interpretação e aplicação, que (A) os órgãos do governo atuam de modo inteiramente discricionário. (B) todos os membros do Poder Judiciário são nomeados pelo próprio Poder, em razão de sua autonomia administrativa. (C) os Poderes não sofrem qualquer tipo de controle uns pelo outros. (D) a permanência nos órgãos de um dos Poderes políticos não depende da confiança nem da vontade dos outros. (E) um Poder não pode atuar sem a concordância, autorização ou colaboração do outro. Ótima questão para que você possa verificar se aprendeu o “espírito” do princípio da separação dos poderes.Lembre-se que nossa Constituição não tem uma separação rígida entre os poderes. Afinal, entre eles há uma relação de independência e harmonia, nos termos do art. 2° da CF/88. Nesse sentido, a relação entre os poderes não pode ser pensada sem ter-se em mente aquela ideia de freios e contrapesos, de controle recíproco entre os poderes. Vejamos as assertivas. A letra “a” está errada, pois o princípio da separação dos poderes não tem como pressuposto uma atuação inteiramente discricionária dos poderes. A letra “b” está errada. Você não precisa ter estudado direito constitucional para acertar essa alternativa. Quem indicou o novo ministro do Supremo? A presidente Dilma, certo? Pois é, não nega a separação dos poderes a indicação de membros do Judiciário pelo Poder Executivo, como é o caso dos Ministros do STF (que são nomeados pelo Presidente da República após a aprovação por maioria absoluta do Senado, nos termos do parágrafo único do art. 101 da CF/88). Ou seja, a nomeação de um dos membros do Judiciário, depende dos outros dois poderes. Isso caracteriza bem a harmonia entre os poderes, nos termos do preconizado pela Constituição no art. 2°. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 26 A letra “c” está errada, pois os poderes são mutuamente controlados uns pelos outros. Acho que com exemplos eu posso deixar isso mais claro. Veja o caso do controle de constitucionalidade. Trata-se de controle judiciário da atividade legislativa. Outro exemplo: julgamento do Presidente da República pelo Senado Federal no caso de crimes de responsabilidade (CF, art. 52, I) e pelo STF nas infrações penais comuns (CF, art. 102, I, “b”). São todos exemplos de controles recíprocos entre os poderes. A letra “d” está correta e representa bem o princípio da separação dos poderes. Se a permanência de um parlamentar em seu cargo dependesse do Presidente da República, por exemplo, estaria afetada a independência entre os poderes. A letra “e” está errada, afinal, um poder atua com independência em relação ao outro, sem necessidade de autorização do outro. Gabarito: “d” 45) (FGV/JUIZ/TJ/PA/2005) O poder do povo pode ser exercido pelo plebiscito ou por referendo autorizado pelo Chefe do Executivo da União. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição. Assim, o poder é exercido não só por meio de representantes (eleitos pelo povo), como também diretamente (como disposto no art. 14 da CF/88, são exemplos o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular). A assertiva está incorreta, pois o referendo não precisa ser autorizado pelo Presidente da República. Na realidade, compete ao Congresso Nacional autorizar referendo (CF, art. 49, XV). Item errado. 46) (FGV/AUDITOR/TCM/PA/2008) A Constituição da República, em seu art. 1º, determina que a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados, Municípios e do Distrito Federal, tem como fundamento(s): (A) os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. (B) a garantia do desenvolvimento nacional. (C) a erradicação da pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais e regionais. (D) a prevalência dos direitos humanos. (E) a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo ou qualquer outra forma de discriminação. Para relembrar os fundamentos, você pode ter apoio naquele famoso mnemônico SO – CI – DI – VA – PLU. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 27 Assim, a letra “a” está correta. De fato, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são um dos fundamentos da República Federativa do Brasil (CF, art. 1°, IV). A alternativa “b” está errada, pois garantir o desenvolvimento nacional é um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (CF, art. 3°, II), e não um dos fundamentos. A alternativa “c” está errada, pois erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais são objetivos fundamentais da República Federativa Brasil (CF, art. 3°, III), e não um dos fundamentos. A alternativa “d” está errada, pois a prevalência dos direitos humanos está previsto no art. 4°, II como um dos princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais (e não um dos fundamentos). A alternativa “e” está errada, pois promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação é um objetivo fundamental (CF, art. 3°, IV), e não um dos fundamentos. Gabarito: “a” 47) (FGV/ANALISTA DE PROCESSOS/MEC/2008) Assinale a opção que reune todos os fundamentos da República Federativa do Brasil, tal como previstos no art. 1º da Constituição de 1988. (A) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; a cooperação entre os povos para o progresso da humanidade. (B) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; a autrminação dos povos. (C) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; a concessão de asilo político. (D) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; a solução pacífica dos conflitos. (E) a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; o pluralismo político. O candidato deve marcar a alternativa que apresente exclusivamente os fundamentos da República Federativa do Brasil, nos termos do art. 1° da CF/88. Quem sabia o mnemônico SO – CI – DI – VA – PLU acertou... A alternativa “a” está errada, pois a cooperação dos povos para o progresso da humanidade é um dos princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais (CF, art. 4°, IX). A alternativa “b” está errada, pois a autrminação dos povos é um dos princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais (CF, art. 4°, III). DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 28 A alternativa “c” está errada, pois a concessão de asilo político é um dos princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais (CF, art. 4°, X). A alternativa “d” está errada, pois a solução pacífica dos conflitos é um dos princípios que regem o Brasil em suas relações internacionais (CF, art. 4°, VII). A alternativa “e” está correta, pois apresenta corretamente os fundamentos da República Federativa do Brasil, nos termos do art. 1°. Gabarito: “e” 48) (CESPE/ASSESSOR TÉCNICO DE CONTROLE E ADMINISTRAÇÃO/ TCE/ RN/ 2009) De acordo com a CF, são fundamentos da República Federativa do Brasil a soberania, a dignidade da pessoa humana e a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. A questão está errada, pois a promoção do bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação não é fundamento (CF, art. 1°). Na verdade, trata-se de um dos objetivos fundamentais (CF, art. 3°). Item errado. 49) (CESPE / ANALISTA JUDICIÁRIO / ÁREA ADMINISTRATIVA / STJ / 2008) O princípio democrático é compreendido como um princípio normativo multiforme. De um lado, surge como um processo de democratização, entendido como processo de aprofundamento democrático da ordem política, econômica, social e cultural. De outro, revela a sua total contradição, pois associa conceitos da teoria representativa (com órgãos representativos) e a democracia participativa, a qual se esgota com as eleições diretas. Interessantíssima essa questão! Ao apresentar os fundamentos da nossa República, logo no caput do seu art. 1°, a Constituição já estabelece a forma de Estado (Federação)e a forma de Governo (República), além de enunciar nosso regime político como sendo um Estado democrático de Direito. Assim, veja que nosso regime político é democrático, em que prevalece a soberania popular. Nos termos do parágrafo único do art. 1° da CF/88, todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente. Entretanto, não se pode dizer que a democracia participativa se esgota com as eleições diretas. A soberania popular é exercida não só pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, como também por meio DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 29 de: (i) plebiscito; (ii) referendo; e (iii) iniciativa popular de projetos de lei (CF, art. 14). Item errado. 50) (ESAF/ATA/MINISTÉRIO DA FAZENDA/2009) Construir uma sociedade livre, justa e solidária é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil. Atenção! As questões mais comuns sobre esse assunto tentam confundir fundamentos, objetivos e princípios que regem as relações internacionais da República Federativa do Brasil. Não caia nessa. Apresentei os fundamentos anteriormente (so-ci-di-va- plu) e não se encontram neles construir uma sociedade livre, justa e solidária. Em realidade, esse é um dos objetivos fundamentais da nossa República, expressos no art. 3° da CF/88. Item errado. 51) (ESAF/AFRFB/2009) Constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil, segundo preceitua o artigo 3° da Constituição Federal da República/88, o respeito aos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa constituem fundamento da República Federativa do Brasil e não um objetivo fundamental (CF, art. 1º). Daí o erro da assertiva. Item errado. 52) (ESAF/ATA/MINISTÉRIO DA FAZENDA/2009) A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade constitui objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. A cooperação entre os povos para o progresso da humanidade constitui um dos princípios que regerão a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais (CF, art. 4°, IX). Item errado. 53) (ESAF/ATA/MINISTÉRIO DA FAZENDA/2009) O repúdio ao terrorismo e ao racismo é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. Segundo o art. 4°, VIII, o repúdio ao terrorismo e ao racismo é um dos princípios que regerão a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. Item certo. 54) (FGV/Serviços Notariais e Registros/TJ/2005) Assinale a alternativa que apresente corretamente os fundamentos da República Federativa do Brasil. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 30 (A) soberania, cidadania, direito de resposta, acesso à informação e valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. (B) soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político. (C) soberania, cidadania, prevalência dos direitos humanos, acesso à informação e pluralismo político. (D) soberania, cidadania, bem-estar social, valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e pluralismo político. (E) soberania, cidadania, autonomia, independência e dignidade da pessoa humana. O candidato deve marcar a alternativa que apresente exclusivamente os fundamentos da República Federativa do Brasil, nos termos do art. 1° da CF/88. A alternativa “a” está errada, pois direito de resposta e acesso à informação não são fundamentos. A alternativa “b” está correta, pois apresenta corretamente os fundamentos da República Federativa do Brasil, nos termos do art. 1° da CF/88. A alternativa “c” está errada, pois prevalência dos direitos humanos e acesso à informação não são fundamentos. A alternativa “d” está errada, pois bem-estar social não é um dos fundamentos. A alternativa “e” está errada, pois autonomia e independência não são fundamentos. Gabarito: “b” 55) (ESAF/ATRFB/2010) Todo o poder emana do povo, que o exerce apenas por meio de representantes eleitos, nos termos da Constituição Federal. O povo exerce o poder não só por meio de seus representantes, mas também diretamente, mediante plebiscito, referendo e iniciativa popular (CF, art. 1°, parágrafo único c/c art. 14). Item errado. 56) (ESAF/ATA/MINISTÉRIO DA FAZENDA/2009) Promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação é princípio que rege a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais. A questão traz um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, expressos no art. 3°. Ou seja, mais uma vez, o erro está em tentar confundir o candidato misturando fundamentos, objetivos DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 31 fundamentais e princípios que regem o Brasil nas relações internacionais. Os dez princípios fundamentais orientadores das relações do Brasil na ordem internacional estão expressos no art. 4° da CF/88. Trata-se de princípios que reforçam o reconhecimento da soberania elemento de igualdade dos Estados e o ser humano como cerne da atenção da República brasileira. Item errado. 57) (ESAF/ATA/MINISTÉRIO DA FAZENDA/2009) A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, geográfica, política e educacional dos povos da América Latina. Ao lado dos princípios que regerão a República Federativa do Brasil nas suas relações internacionais, a CF/88 apresenta um objetivo a ser perseguido pelo Brasil no plano internacional. Com efeito, segundo o parágrafo único do art. 4°, a República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações. Ou seja, a questão cobrou a literalidade do parágrafo único do art. 4°. Item errado. 58) (CESPE/ANALISTA DE INFRAESTRUTURA/MPOG/2010) A dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, bem como a construção de sociedade livre, justa e solidária, figuram entre os fundamentos da República Federativa do Brasil. Fundamentos? SO–CI–DI–VA–PLU!!! A construção de sociedade livre, justa e solidária é um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil (não é um fundamento). Item errado. 59) (CESPE/ANALISTA DE INFRAESTRUTURA/MPOG/2010) Em suas relações internacionais, a República Federativa do Brasil rege-se, entre outros princípios, pelo da igualdade entre os estados, da não intervenção e da vedação à concessão de asilo político. Como vimos acima, a concessão de asilo político é um dos princípios que regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais. Os demais princípios estão corretos (art. 4º da CF/88). É interessante observar que a concessão de asilo político não impede a extradição de estrangeiros no Brasil (extradição é o ato de um Estado que entrega a outro Estado um indivíduo acusado de cometimento de crime). Falaremos mais sobre esse assunto em outra aula. DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 32 Item errado. 60) (CESPE/ASSESSOR TÉCNICO DE CONTROLE/TCE RN/2009) Entre os objetivos da República Federativa do Brasil, destaca-se a valorização social do trabalho e da livre iniciativa, pois, por meio do trabalho, o homem garante sua subsistência e o consequente crescimento do país. Nesta questão, valorização social do trabalho e da livre iniciativa é um fundamento(não é um objetivo fundamental). Item errado. 61) (CESPE/TÉCNICO JUDICIÁRIO/ÁREA ADMINISTRATIVA/TRT 17ª REGIÃO/2009) De acordo com a Constituição Federal de 1988 (CF), todo o poder emana do povo, que o exerce exclusivamente por meio de representantes eleitos diretamente. A soberania popular consiste num dos principais valores da nossa República. Você poderia resolver a questão se tivesse memorizado o art. 1°, parágrafo único da CF/88. Ou então, você poderia observar também que o povo exerce seu poder não apenas por meio dos seus representantes, mas também diretamente. Item errado. 62) (CESPE/ASSESSOR TÉCNICO DE CONTROLE/TCE RN/2009) Constituem princípios que regem a República Federativa do Brasil em suas relações internacionais, entre outros, a prevalência dos direitos humanos, da garantia do desenvolvimento nacional e da autrminação dos povos. Garantir o desenvolvimento nacional é objetivo fundamental (e não princípio que rege o Brasil em suas relações internacionais). Item errado. 63) (CESPE/ANALISTA/DIREITO/INCA/2010) A livre iniciativa está entre os fundamentos da República Federativa do Brasil inseridos na CF, o que denota a opção do constituinte originário por uma economia de mercado capitalista. Exato. Ao enunciar a livre iniciativa como um dos fundamentos, a Constituição caracteriza nosso regime econômico necessariamente como capitalista. Veja que esse fundamento aparece ligado ao do trabalho. Assim, assegura-se uma relação harmoniosa entre capital e trabalho, reconhecendo o valor social desse último. Um detalhe interessante é que, no art. 170, ao enunciar os princípios gerais da atividade econômica, o espírito da Constituição é o mesmo. Segundo esse artigo, a ordem econômica será fundada na valorização DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 33 do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social. Item certo. 64) (CESPE/TFCE/TCU/2009) Apesar de a CF estabelecer que todo o poder emana do povo, não há previsão, no texto constitucional, de seu exercício diretamente pelo povo, mas por meio de representantes eleitos. Como comentado, a soberania popular é exercida não só por meio de representantes eleitos, tanto no Poder Executivo, quanto no Parlamento. Em verdade, o poder é exercido pelo povo por meio de sufrágio universal, voto direto e secreto, plebiscito, referendo e iniciativa popular de projetos de lei. Item errado. 65) (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ/RJ/2008) A expressão “Estado Democrático de Direito”, contida no art. 1.º da CF, representa a necessidade de se providenciar mecanismos de apuração e de efetivação da vontade do povo nas decisões políticas fundamentais do Estado, conciliando uma democracia representativa, pluralista e livre, com uma democracia participativa efetiva. Como vimos, a Constituição define a República Federativa do Brasil como um Estado Democrático de Direito. Veja que o conceito de Estado de Direito relaciona-se com limitações ao poder desse Estado, na medida em que se submete às leis. Estado de direito → Submissão às leis (o Estado estabelece limites a si próprio) Quanto à noção de Estado Democrático de Direito traz em si conteúdo democrático para essas leis (há voto e participação popular). Agora, veja que interessante! O restante da questão refere-se à combinação de democracia representativa (poder exercido por meio de representantes) e democracia participativa (direta). E é isso que está consignado logo no parágrafo único do art. 1°. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. Muito bonito tudo isso, não é? Item certo. 66) (CESPE/TFCE/TCU/2007) O pluralismo político que fundamenta a República Federativa do Brasil é conceito relacionado exclusivamente ao pluralismo partidário. O fundamento do pluralismo político relaciona-se não só ao âmbito eleitoral-partidário, mas a todas as manifestações políticas que ocorrem DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 34 na sociedade. Podemos relacionar esse fundamento ao respeito às diversas correntes de pensamento, à liberdade de expressão, à noção de uma sociedade conflitiva, da existência interesses contraditórios e antagônicos, diferentes opiniões e negociações decorrentes de sistema político composto por multiplicidade de grupos. Item errado. É isso aí! Parece-me que esses comentários foram suficientes para você ter uma noção de como serão as aulas deste curso de Direito Constitucional em exercícios para o concurso de Fiscal de Rendas da Secretaria de Estado de Fazenda do Estado do Rio de Janeiro. Bom, como o seu tempo é curto, devo destacar que, na medida do possível, optarei por adotar comentários sucintos. Assim, sem deixar passar o que é mais importante, tentarei ser breve e comentar uma quantidade maior de exercícios. Exceção feita àquelas vezes em que utilizarei uma questão para revisar brevemente determinado ponto da matéria. Um grande abraço e bons estudos! Frederico Dias DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 35 Questões comentadas nesta aula 1) (FGV/INSPETOR/POLÍCIA CIVIL/RJ/2008) O Poder Constituinte Originário tem por características ser: (A) incondicionado e irrestrito. (B) permanente e limitado. (C) primário e condicionado. (D) autônomo e restrito. (E) ilimitado e transitório. 2) (FGV/OFICIAL DE CARTÓRIO/SSP/RJ/2008) Norma aprovada pelo poder constituinte derivado está sujeita ao controle judicial de constitucionalidade. 3) (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009) As normas produzidas pelo poder constituinte originário são passíveis de controle concentrado e difuso de constitucionalidade. 4) (ESAF/ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO/SEFAZ-CE/2006) O titular do poder constituinte é aquele que, em nome do povo, promove a instituição de um novo regime constitucional ou promove a sua alteração. 5) (FGV/OFICIAL DE CARTÓRIO/SSP/RJ/2008) O procedimento que deve ser adotado para a reforma do texto constitucional está necessariamente previsto na própria Constituição. 6) (CESPE/AUFC/TCU/2009) Da mesma forma que o poder constituinte originário, o poder de reforma não está submetido a qualquer limitação de ordem formal ou material, sendo que a CF apenas estabelece que não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir a forma federativa de Estado, o voto direto, secreto, universal e periódico, a separação de poderes e os direitos e garantias individuais. 7) (ESAF/ANALISTA CONTÁBIL-FINANCEIRO/SEFAZ-CE/2006) O poder emanado do constituinte derivado reformador, que é fundado na possibilidade de alteração do texto constitucional, não é passível de controle de constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal. 8) (CESPE/PROCURADOR/TCE-ES/2009) No tocante ao poder constituinte originário, o Brasil adotou a corrente positivista, de modo que o referido poder se revela ilimitado, apresentando natureza pré-jurídica. 9) (CESPE/ANALISTA JUDICIÁRIO / ÁREA ADMINISTRATIVA / STJ / 2008) O poder constituinte derivado decorrente consiste na possibilidade que os estados-membros têm, em virtude de sua autonomia político-administrativa, de se autoorganizarem por meio DIREITO CONSTITUCIONAL EM EXERCÍCIOS P/ FISCAL DE RENDAS ICMS-RJ PROFESSOR: FREDERICO DIAS www.pontodosconcursos.com.br 36 das respectivas constituições estaduais, sempre respeitando as regras estabelecidas pela CF. 10) (FGV/Juiz de Direito Substituto de Carreira/TJ/PA/2008)
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