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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS-UFPEL FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA TURMA ESPECIAL DE MEDICINA VETERINÁRIA-TEMV III DISCIPLINA DE AGROSTOLOGIA PROFESSOR: FABIO SOUZA MENDONÇA ESPÉCIES DE FORRAGEIRAS (ARUANA E MILHETO) Alunos: Ana Letícia, Alan Bruno, Evandro Bezerro, Elias Rodrigues, Natã Kalebe e Patrícia Inglês. Pelotas - RS, 23 de outubro de 2017. SUMÁRIO 1. ARUANA ........................................................................................................ 3 1.1 CARACTERISTICAS AGRONÔMICAS E MORFOLOGICAS ................... 3 1.2 RESISTÊNCIAS ........................................................................................ 3 1.3 PROFUNDIDADE DE PLANTIO ............................................................... 4 1.4 MANEJO ................................................................................................... 4 1.5 PRODUÇÃO ............................................................................................. 4 2. MILHETO ....................................................................................................... 4 2.1 Características agronômicas e morfológicas ............................................ 5 2.2 ADUBAÇÃO .............................................................................................. 5 2.3 SEMEADURA ........................................................................................... 5 2.4 MANEJO ................................................................................................... 5 2.4.1 Produção de forragem para pastejo: ................................................... 6 2.4.2 Implantação e recuperação de pastagens: ......................................... 6 3. Referencias bibliográficas: ............................................................................. 7 ESPÉCIES DE FORRAGEIRAS PARA PASTAGEM 1. ARUANA A aruana (panicum maximum cv aruana) é uma gramínea perene de verão adaptada a região sul do Brasil, sendo utilizada com ovinos, bovinos de corte e de leite e criação de cavalos. É um cultivar introduzido no Instituto de Zootecnia de Odessa, SP em 1974, através de sementes provenientes da África, sendo selecionado pelos técnicos da seção de agronomia de plantas forrageiras, tendo sido lançado comercialmente em 1995. É uma gramínea que vem sendo bastante utilizada como pastagem para pequenos ruminantes e equinos. Possui grande capacidade e rapidez de perfilhamento com um bom número de gemas basais rebrotando após cada ciclo de pastejo e boa capacidade de ocupação de área de pasto, não deixando áreas de solo descoberto, evitando praguejamento e auxiliando no controle da erosão. 1.1 Características agronômicas e morfológicas A Aruana é uma gramínea de porte médio (0,8 a 1,0 m de altura), apresenta grande número de colmos finos, folhas verde-escuras, pequenas, com densa pilosidade na lâmina foliar, bainha e nós. Seus colmos são eretos, mas tornam-se decumbentes e, quando em contato com o solo emitem raízes nos nós, apresentando como característica a emissão de estolões. A Arquitetura folhar ereta e aberta, típica das forragens cespitosas, propicia uma maior incidência de radiação solar e maior ventilação dentro do perfil da pastagem. Isso força a migração das larvas para a base do capim logo as primeiras horas de manha, após a secagem do orvalho, favorecendo o controle da verminose. Possui uma alta produtividade de forragem, com 35 a 40% da produção anual ocorrendo no inverno. Apresenta excelente aceitabilidade pelos animais, sendo esses, bovinos equinos e ovinos. 1.2 Resistências Possui boa resistência à seca, ao frio, a cigarrinhas da pastagem, pastoreio rente ao solo e pisoteio e media resistência ao sombreamento. Porém, não tolera solos muito úmidos. 1.3 Profundidade de plantio Os melhores resultados são obtidos com uso de rolo compactador que incorpora essas sementes em torno de 1.0 a 2,0 cm de profundidade e aumenta o contato das mesmas com o solo, favorecendo a germinação. Não e recomendado o uso de grade niveladora. Pode-se adaptar um sistema de correntes atrás das semeadoras capaz de jogar um volume pequeno de terra nas sementes. 1.4 Manejo Após 90 dias de germinação faz-se o primeiro pastejo, promovendo um corte de 30 a 40 cm de altura, para favorecer o perfilhamento e fortalecer o sistema radicular. Para um, melhor aproveitamento no verão, recomenda-se que cada piquete seja subdividido com auxilio de cerca elétrica móvel, sendo movimentada em faixas liberando parte da pastagem por período ate o rebaixamento ideal. O manejo da aruana deve ser cuidadoso, pois como características emitem inflorescência durante todo o período do verão, ou seja, expõem frequentemente seus meristemas apicais aos animais. Geralmente devem-se colocar os animais quando esta atingir 0.80 m e retira-lo quando o resíduo estiver a cerca de 0.30m de altura. O intervalo de corte deve ser de 35 dias, onde se encontra melhor valor nutritivo. 1.5 Produção Produz de 15 a 26 toneladas de matéria seca por hectare por ano, 50 toneladas de massa verde por hectare por ano, com teor de proteína na matéria seca de 8 a 12%, com produção de forragem de 35 a 40%. 2. MILHETO O milheto (Pennisetum glaucum) surgiu entre 4.000 e 5.000 anos atrás ao sul do deserto do Saara, de onde foi levada para a Índia a partir do ano 2.000 a.C. tendo gerado genótipos distintos dos originais Africanos, atualmente e uma das culturas mais cultivadas nos países da África, Saheliana e Sudaniana. O primeiro relato da presença da planta de milheto no Brasil vem do Rio grande do sul, datados do ano de 1929. O milheto tem sido utilizado no país de diversas formas, como plantas forrageiras, pastoreio para gado, especialmente na região sul, produção de sementes para fabricação de ração e como plantas de cobertura do solo para o sistema de plantio direto. 2.1 Características agronômicas e morfológicas É uma gramínea anual de verão, cespitosa, de crescimento ereto e que apresenta excelente produção de perfilho, vigorosa rebrota após corte ou pastejo. A estatura do colmo é capaz de superar 3 metros, podendo atingir 1,5 metros entre e 50 á 55 dias. Apresenta folhas com laminas paralelinérveas e inflorescência na forma de panícula longa e contraída. 2.2 Adubação Milheto é uma planta adaptada a baixa fertilidade de solos, sendo capaz de produzir razoavelmente mesmo em solos relativamente pobres. Entretanto, apresenta alta resposta de produção para solos mais férteis ou adubados. 2.3 Semeadura Para uma eficiente germinação das sementes, é necessário que a temperatura média do solo seja superior a 20°c, além de haver umidade suficiente para a emergência das plântulas. Por isso, o milheto pode ser semeado no inicio da primavera, por ocasião das primeiras chuvas até o inicio do outono. A semeadura poderá ser efetuada a lanço ou em linha, sendo que a preferência deve se utilizar a semeadura em linha. Utiliza-se 10 kg a 20 kg de sementes/ha com espaçamento de 20 a 30 cm entre linhas para utilização em pastejo ou 12 a 15 kg/ ha com espaçamento entre linhas de 40 a 60 cm para a produção de grãos, sementes ou silagem e profundidade de 2 a 4 centímetros. 2.4 Manejo O inicio da utilização do milheto para pastejo pode se dar entre 30 a 40 dias após a emergência. O primeiro pastejo deve ocorrer sempre antes do início do emborrachamento, visando estimular o perfilhamento. O milheto pode ser utilizado em pastejo continuo ou rotacionado.É recomendável que os animais iniciem o pastejo quando o milheto atingir uma altura entre 50 a 70 cm do solo devendo sair quando houver rebaixamento para 20 cm. Deixar a área de pastejo em repouso entre 20 a 25 dias. 2.4.1 Produção de forragem para pastejo O milheto é cultivado após a colheita da cultura principal, de fevereiro a abril para ser utilizado em um pastejo por um Período de 50 a 70 dias, do outono até o inicio do inverno. Neste período pode atingir uma produtividade de 2 a 5 arrobas de carne/ ha. 2.4.2 Implantação e recuperação de pastagens: O milheto pode também ser utilizado para implantação e recuperação de pastagens, antecipando o inicio de pastejo, principalmente para forrageiras do gênero Brachiaria, tais como B. brizantha. Semeia- se a brachiaria consorciada com milheto na primavera ou inicio do período das águas, que proporcionará um período de pastejo que poderá variar de 80 a 120 dias. 3. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS EMBRAPA, empresas brasileira de pesquisa e Agropecuária. Centro Nacional de pesquisas de solos. Sistemas brasileiros de classificação de solos. 2ed. Brasilia,EMBRAPA/DPL 2006 306P. PEREIRA FILHO,I.A.; Manejo da cultura do milheto. Dsete Lagoas: Enbrapa- CNPMS, 2003.17 p.(Embrapa-CNPMS. Circular técnica 29). http://www.pasoita.com.br/conteúdo/panicum-maximum-cv-aruana.html acessado as 23:34 hrs do dia 22/10/17. https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.c aprilvirtual.com.br/Artigos/IZ_capim_aruana. acessado as 21:01 hrs do dia 22/10/17. SANTOS L.E. CUNHA E.A. BUENO M.S, Sistema de produção intensiva de ovinos em pastagem de capim aruana.
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