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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE

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DIREITO CONSTITUCIONAL
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
Controle de Constitucionalidade e suas características
O controle de constitucionalidade busca fazer valer a supremacia da Constituição Federal. Para entende-lo melhor, existem três perguntas que precisam ser respondidas:
Quem pode fazê-lo?
Quanto ao agente, o controle de constitucionalidade pode ser classificado em I) Político; II) Jurisdicional; e III) Misto.
O controle político é feito pelo executivo, através do veto, ou pelo legislativo, através das CCJs e da não aprovação de leis inconstitucionais. Há países, como a Rússia, que adotam apenas o controle político. Em outras palavras, o controle político é aquele feito em órgãos não jurisdicionais.
O controle jurisdicional é feito pelos órgãos do poder judiciário.
O Brasil adota um sistema misto, já que seu controle é feito pelo executivo, legislativo e pelo judiciário.
Quando se pode fazer?
Quanto ao momento do controle de constitucionalidade, existem duas classificações possíveis: o controle preventivo e o controle repressivo.
O controle preventivo está intimamente ligado ao controle político e busca evitar que uma norma inconstitucional adentre o ordenamento jurídico. Algumas normas, como a medida provisória, não são passiveis de controle preventivo.
O controle repressivo, em regra, é feito pelo poder judiciário, entretanto, existem casos aceitos pela jurisprudência no qual esses papeis se invertem.
Controle preventivo feito pelo poder judiciário
O judiciário não pode agir de oficio, ou seja, precisara ser provocado por mais que a inconstitucionalidade seja absurda. Os legitimados para provoca-lo são, exclusivamente, os parlamentares munidos de certidão da casa legislativa certificando seu posto.
O parlamentar apenas poderá ingressar com ação contra sua própria casa legislativa.
Para preencher o requisito adequação, nesse caso, a ação correta a ser proposta é o mandado de segurança. Porém, como durante a tramitação da ação a lei pode ser aprovada, é necessário requerer também uma liminar para barrar temporariamente o processo legislativo.[1: Ingressar com a ação correta para o determinado caso, bem jurídico.]
Caso o presidente da casa legislativa seja o impetrante da ação, esta será direcionada à meda da casa em questão.[2: Impetrante é aquele que propõe o mandado de segurança, o autor. Impetrado é o réu da ação.]
Para propor a ação, é necessário observar o órgão competente para julgá-la, senda assim, basta observar a tabela abaixo:
	Casa onde tramita o projeto de lei:
	Órgão competente:
	Câmara dos deputados ou senado
	Um dos ministros do STF
	Assembleia legislativa do estado
	Um dos desembargadores do TJ do estado
	Câmara dos vereadores
	Juiz de direito da comarca em questão
Além disso, o ministério público deverá se manifestar e emitir parecer sobre a ação.
Após o devido processo legal, então, o juiz poderá ordenar o arquivamento definitivo do projeto de lei, bem como liberar sua tramitação.
A ordem de arquivamento só ocorrerá excepcionalmente quando a inconstitucionalidade for muito aparente.
Controle repressivo feito pelo poder legislativo
Isso ocorrerá com as medidas provisórias, pois elas adentram no ordenamento jurídico com eficácia e aplicabilidade antes mesmo de passar pelo congresso, mas este poderá ainda votar contra ela retirando sua eficácia e aplicabilidade.
 Além disso, o artigo 49, V da Constituição Federal traz mais uma exceção à regra de que o controle repressivo é judiciário apenas.
O congresso por exemplo poderá sustar um decreto legislativo que acredita extrapolar as funções presidenciais mesmo depois de ele adentrar o ordenamento jurídico.
Controle difuso
Surgimento do controle difuso
O controle constitucional difuso nasceu nos Estados Unidos com o caso Madison vs. Marbury. Tratava-se de nomeações de juízes nos EUA. Tendo Marbury sido nomeado juiz, mas não sido empossado por Madison, secretário de Estado do novo presidente Thomas Jefferson. 
A nomeação de Marbury fazia parte da última cartada do ex-presidente John Adams, na qual dobrou o número de juízes nomeado vários, dentre ele Marbury. Além disso, John Adams nomeou para chefe da suprema corte o seu então secretário de Estado, John Marshall.
James Madison, constatando que restavam nomeações pendentes, decidiu não realizar o ato que empossaria aqueles juízes, dentre os quais, William Marbury, que assumiria o posto de juiz de paz no distrito de Colúmbia.
Marbury, então, requereu a Suprema Corte Americana que ordenasse a sua posse, com fulcro na seção 13 do Judiciary Act, que conferia àquela Corte competência originária em mandados contra autoridades federais. Foi este conflito de interesses que gerou o famoso caso Marbury versus Madison.
A tarefa de John Marshall, o então presidente da suprema corte, não era nada simples. Para solucionar o caso ele devia se fazer três grandes questionamentos:
Marbury tem o direito de tomar posse?
O ordenamento jurídico lhe dá segurança para a reparação desse direito violado (se este realmente existisse)?
A suprema corte é legitima para julgar o caso?
Para a primeira pergunta, Marshall teve uma resposta positiva, pois a nomeação não seria revogável, e, negá-la, seria uma violação de um direito legal consolidado. Para o segundo questionamento, Marshall teve novamente uma resposta positiva, pois essência da liberdade civil reside, justamente, na possibilidade do cidadão, quando lesado ou ameaçado em seu direito, reclamar pela proteção das leis.
Porém, para a terceira questão, e a que mais nos interessa, a resposta foi negativa. Marshall negou que a suprema corte seria competente para julgar a lide. Dessa forma, ele construiu a interpretação que consolidou o poder do judiciário de revisar os atos do executivo e legislativo. 
Marshall afirmou o próprio poder do judiciário de controlar e nulificar os atos do executivo e legislativo que fosse contrários a Constituição em casos em concreto, que, reafirma-se, eram interpretados em última instancia pela própria suprema corte.
Controle difuso, norte americano ou via de exceção
O controle é norte americano pois nasceu nos Estados Unidos. Difuso pois pode ser feito por qualquer magistrado, desde o juiz substituto até o ministro da suprema corte.
O Supremo Tribunal Federal poderá tanto julgar o caso por via recursal (o caso começa em um juízo comum e, por meio de recursos, sobe até o STF), ou por competência originaria, nos casos que começam no STF (Ex.: processo contra o presidente no qual é alegado uma inconstitucionalidade).
Nesse tipo de controle existe um caso concreto. Sendo assim, a matéria sobre a qual deve ser feita o controle pode ser tanto a principal como a secundária.
Será secundaria quando for trazida ao processo como um assunto que prejudica o andamento do processo, travando-o. Essas matérias que travam o processo e devem ser analisadas antes para que o assunto principal possa ser decidido são chamadas de questão incidental, questão secundaria ou questão prejudicial.[3: São questões prejudiciais aquelas que travam o curso do processo e poderiam até mesmo serem discutidas em um processo autônomo. Como por exemplo uma criança representada pela mãe entra com ação de alimentos e então o réu alega não ser o pai da criança. A paternidade, nesse caso, poderia ser discutida em uma ação autônoma, mas deverá agora ser discutida antes da decisão sobre os alimentos.]
Trazendo para o controle difuso, a questão prejudicial deverá ser de matéria constitucional. Nesse caso a matéria constitucional a ser discutida nãos será a questão principal (Ex.: réu alega não pagar um determinado tributo, pois este é inconstitucional).
Como começaram a chegar várias ações no controle difuso por via recursal sobre o mesmo assunto, o STF buscou uma forma de mecanizar os casos e dar efeito erga omnes a casos julgados no controle difuso. A primeira vez que isso foi feito foi no HC nº 82.959/SP, no qual o supremo constou força vinculante para a decisão daquele caso em concreto, dessaforma, isso vinculou a decisão dos demais juízes.
Da objetivação do controle concentrado no controle difuso
O efeito vinculante dado pelo STF aos casos do controle difuso agradou a doutrina e muitos outros ramos, exceto alguns magistrados. Esse tema tanto agradou que foi positivado na forma de sumula vinculante no artigo 103-A da Constituição Federal.
“Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei
§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.
§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.
§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. ” 
A competência exclusiva da produção de sumulas vinculantes é do STF. Qualquer um dos ministros do supremo pode levantar o assunto, provocar dos demais ministros e propor que o assunto, ora decidido, seja sumulado.
Além disso, os mesmos legitimados para promover uma ADIN – Ação Direta de Inconstitucionalidade - também são legitimados para provocar o STF para a aprovação, revisão ou cancelamento de sumula vinculante. Esses legitimados estão elencados no artigo 103 da Constituição Federal e são ampliados pelo artigo 3º da Lei nº 11.417.
“Art. 3o  São legitimados a propor a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – o Procurador-Geral da República;
V - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VI - o Defensor Público-Geral da União;
VII – partido político com representação no Congresso Nacional;
VIII – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional;
IX – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
X - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
XI - os Tribunais Superiores, os Tribunais de Justiça de Estados ou do Distrito Federal e Territórios, os Tribunais Regionais Federais, os Tribunais Regionais do Trabalho, os Tribunais Regionais Eleitorais e os Tribunais Militares.
§ 1o  O Município poderá propor, incidentalmente ao curso de processo em que seja parte, a edição, a revisão ou o cancelamento de enunciado de súmula vinculante, o que não autoriza a suspensão do processo.
§ 2o  No procedimento de edição, revisão ou cancelamento de enunciado da súmula vinculante, o relator poderá admitir, por decisão irrecorrível, a manifestação de terceiros na questão, nos termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
Art. 4o  A súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata, mas o Supremo Tribunal Federal, por decisão de 2/3 (dois terços) dos seus membros, poderá restringir os efeitos vinculantes ou decidir que só tenha eficácia a partir de outro momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse público.
Art. 5o  Revogada ou modificada a lei em que se fundou a edição de enunciado de súmula vinculante, o Supremo Tribunal Federal, de ofício ou por provocação, procederá à sua revisão ou cancelamento, conforme o caso.
Art. 6o  A proposta de edição, revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante não autoriza a suspensão dos processos em que se discuta a mesma questão.
Art. 7o  Da decisão judicial ou do ato administrativo que contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios admissíveis de impugnação.
§ 1o  Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da reclamação só será admitido após esgotamento das vias administrativas.
§ 2o  Ao julgar procedente a reclamação, o Supremo Tribunal Federal anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com ou sem aplicação da súmula, conforme o caso.”
O STF precisa de reiteradas decisões sobre aquela determinada matéria constitucional para que possa então editar sumula vinculante. Dessa forma deixa-se claro o caráter difuso desse controle.
Quando julgado apenas um caso sobre aquela matéria constitucional no STF, a essa decisão poderá ser dado efeito vinculante e erga omnes, mas não através de sumula vinculante. A esse artificio é dado o nome de objetivação.
O quórum para julgamento e a decisão de um caso é de maioria absoluta dos ministros do supremo, assim como, para a objetivação, faz-se necessária a maioria absoluta dos votos.
A sumula vinculante só gera efeitos após publicada no diário oficial, logo, a reclamação contra o magistrado que desobedecer a sumula só pode ser proposta após essa data. Além disso, até a data da publicação, qualquer ministro pode alterar seu voto.
A sumula vinculante vinculará os demais órgãos do poder judiciário (artigo 92 da Constituição Federal). Dessa forma, o STF não está vinculado a sumula vinculante podendo edita-la ou cancela-la por maioria de 2/3, ou seja, 8 ministros.
Os ministros, individualmente, estão vinculados a súmula vinculante podendo no máximo provocar seus colegas para revisão ou cancelamento da sumula em questão.
A sumula vincula também os órgãos da administração publica direta ou indireta, municipal, estadual ou federal. Dessa forma, ela busca sanar divergências entre o poder judiciário e a administração pública.
A vinculação do legislativo seria indireta e dependeria da função a ser exercida. Se a função que o legislativo estiver exercendo for atípica, funcionando como administrador público, esse ato estará vinculado. Se a função exercida for típica, é necessário que não haja uma clara afronta ao judiciário e não desrespeite valores morais.
Qualquer órgão do poder judiciário, da administração pública ou entre do poder legislativo que desrespeitar sumula vinculante, estará passível de reclamação. No caso de órgão do poder judiciário, caberá cassação da decisão e formulação de uma nova. Já para os órgãos da administração pública haverá apenas a anulação do ato.
	Objetivação
	Sumula vinculante
	Criada por jurisprudência do STF
	Criada por emenda
	Basta 1 caso 
	A partir de 3 casos
	Quórum: maioria absoluta
	Quórum: 2/3 do STF
	Efeito vinculante apenas para órgãos do poder judiciário
	Vincula órgãos do poder judiciário, órgãos da administração pública e até mesmo certas ações do poder legislativo
	Legitimados: qualquer pessoa inserida no processo
	Legitimados: qualquer legitimado para a ADIN
Ambos têm efeito erga omnes, geram reclamação, são de competência do STF e só tem efeito após a publicação no Diário Oficial.
Da repercussão geral na matéria constitucional no Recurso Extraordinário
A matéria a ser discutida pelo Supremo Tribunal Federal deve ser de relevante valor social, jurídico, econômico ou político para a coletividade. Se o recurso extraordinário não trouxer uma matéria com essas características, este não será aceito. É o que dispões o artigo 1035 do Novo Código de Processo Civil.
“Art. 1.035 (resumido).  O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível,não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
§ 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.
§ 2o O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que:
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal;
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal.
§ 5o Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a questão e tramitem no território nacional.
§  7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos caberá agravo interno.
§ 8o Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica.
§ 11.  A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será publicada no diário oficial e valerá como acórdão. ”
O ministro relator de um recurso extraordinário aceito, deverá notificar aos tribunais que não deixem subir recursos extraordinários que versem sobre a mesma matéria, paralisando-os até o julgamento do mérito.
Nesse artigo também pudemos adicionar mais um tipo de sumula e a última a ser aprendida. Logo, temos no ordenamento jurídico três tipos de sumulas: as sumulas comum, as sumulas vinculantes e as sumulas de repercussão geral. Apenas a sumula comum não tem efeito vinculante.
Cláusula de reserva de plenário
A decisão em primeiro grau é, em regra, monocrática, proferida e sentenciada por um só juiz. A decisão nos tribunais, por outro lado é, em regra, colegiada, pois é proferida por uma turma ou uma câmara de colegiado.
Entretanto, as turmas dos tribunais não podem decidir sobre a constitucionalidade ou não de uma norma. Estas devem suspender o processo ao se deparar com uma matéria como essa e comunicar ao tribunal ou à órgão especial para que este decida.
O órgão fracionado só poderá tratar sobre matéria constitucional se o pleno ou o órgão especial já tiver decidido tal matéria, logo, vinculando o entendimento de todas as turmas do tribunal.
O órgão fracionado também poderá tratar de matéria constitucional se o STF outrora já tiver julgado a matéria e dado ao julgamento efeito vinculante (objetivação ou sumula vinculante).
Controle concertado
Controle Europeu, concentrado e por via de ação
É um controle constitucional surgido na Áustria tendo como idealizador Hans Kelsen, grande crítico do controle difuso. Para o jurista era inaceitável tratar a matéria constitucional como matéria secundaria.
Para ele, a matéria constitucional é tão importante que não devia ser apenas a principal, mas sim a única matéria a ser tratada no processo. Essa ideia surge então no fim de 1919 e começo do ano de 1920.
A primeira constituição a positivar esse controle concentrado foi a Constituição da Tchecoslováquia seguida pela Constituição Austríaca.
O controle é concentrado, pois apenas o órgão máximo é capaz de fazê-lo e sua decisão vincula todo o judiciário, o legislativo e o executivo.
Esse controle adentrou o ordenamento jurídico brasileiro em 1965 através de uma emenda constitucional, sendo nomeado de ação de constitucionalidade.
No controle concentrado não existe caso em concreto. Nele analisa-se um caso hipotético, abstrato.
Formas de controle concentrado
Controle concentrado via corte constitucional
Dentro de um Estado existe o poder executivo, legislativo e judiciário. No sistema idealizado por Kelsen existiria um quarto poder autônomo que seria a corte constitucional. 
O judiciário julga os casos em concreto. A corte constitucional julga os casos em abstrato gerando efeito vinculante para com o judiciário, executivo e legislativo.
Os magistrados da corte constitucional devem ser diversificados e advir de vários segmentos da sociedade, não podendo ter cargos vitalícios.
Dentre os vários países que adotam essa forma de controle concentrado estão: Alemanha, Espanha, Portugal, Itália, República Tcheca, etc.
Controle concentrado via suprema corte
Nessa forma, o próprio judiciário faz o controle concentrado através de seu órgão cúpula. A decisão desse órgão vincula os demais órgãos do poder judiciário, além do poder executivo e legislativo.
O grande problema dessa forma está no fato de que o mesmo órgão que julga casos em abstrato também julgara casos em concreto.
Dentre os países que adotam esse sistema está o Brasil.
Controle concentrado via sala constitucional
Nessa forma, o controle concentrado é entregue a uma parte, sala, do órgão cúpula do poder judiciário. A decisão dessa sala vinculará o órgão cúpula, os demais órgãos do poder judiciário, além do poder executivo e legislativo.
Dentre os países que adotam esse sistema está a Venezuela.
Controle concentrado no Brasil
O Brasil é um pais com grande extensão territorial com mais de 5000 municípios, sendo dividido em esfera federal, estadual e municipal. Todas as esferas sendo capazes de promulgar lei ou ato normativo. Dessa forma, é impossível que todo o controle concentrado de leis e atos normativos seja feito pelo Supremo Tribunal Federal.
Dessa forma, o controle concentrado no país se divide entre o STF e o SFT. 
Para entender melhor, é necessário entender a hierarquia das leis e atos normativos. As leis ou atos normativos federais devem respeito, ou são diretamente subordinadas, a Constituição Federal. As leis e atos normativos municipais devem respeito primeiramente a constituição do estado a que pertencem. A dificuldade surge quando a lei ou ato normativo é estadual, pois são subordinados diretamente tanto a Constituição Federal como a estadual, o que diferenciará a análise de constitucionalidade apenas pela matéria da qual trata.
O STF analisará a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal em relação a Constituição Federal ou lei ou ato normativo estadual também em relação a Constituição Federal.
Os Tribunais de Justiça de cada estado analisarão a constitucionalidade ou não de lei ou ato normativo estadual em relação a constituição estadual e de leio ou ato normativo estadual também em relação a constituição estadual.
Ação direta de inconstitucionalidade (ADI)
Como em todo o controle concentrado, o réu nesse caso será a lei ou ato normativo. Eles se encontrarão no polo passivo da ação, ao contrário do que acontece no controle difuso, no qual qualquer pessoa pode ser ré.
Os legitimados para estar no polo ativo da ação são aqueles presentes no rol do artigo 103 da Constituição Federal transcrito abaixo:
“Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:       
     I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. ”
Pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o presidente não precisará de representante para propor Ação Direta de Constitucionalidade, pois a ele a Constituição incumbe uma legitimidade especial nesse caso. Entretanto, o presidente geralmente está acompanhado do advogado geral da união.
A mesa do senado, da câmara edas assembleias legislativas serão representadas pelos seus respectivos presidentes auxiliados pela procuradoria de cada casa.
O governador do estado gozará da mesma legitimidade especial constitucional do presidente para propor ADI, mas geralmente é assessorado pelo procurador geral do estado.
O procurador geral da república é o único legitimado que participará de todas as Ações Diretas de Inconstitucionalidade e de três formas possíveis. A primeira forma de participação do procurador geral da república é promovendo a ação como autor legitimado. A segunda forma será representando o Ministério Público Federal emitindo parecer. Mesmo nas ações propostas pelo procurador, o MPF emitirá parecer, caso o mandato do procurador que propôs a ação tenha se encerrado. E a terceira e última forma é no caso de abandono da ação por outro legitimado, pois quem a assumirá será o procurador.
No caso da OAB, a ação será proposta pelo presidente do conselho federal, que, neste caso, tem capacidade postulatória plena.
O partido político só precisara ter representante em apenas uma das casas legislativas anexando junto aos autos uma certidão emitida pela respectiva casa. O representante na casa legislativa deverá existir no momento da protocolação da ação, não importando o momento posterior. É o presidente do diretório nacional do partido que autoriza a ação mediante procuração entregue ao advogado do partido.
Legitimados específicos e genéricos
O STF, jurisprudencialmente, classifica os legitimados do rol do artigo 103 em duas categorias: legitimados específicos ou especiais e legitimados genéricos ou universais. Para os legitimados específicos não basta estar presente no artigo 103 da Constituição. É necessário demonstrar que a lei em questão os afeta sob pena de extinção da ação sem julgamento de mérito.
São legitimados especiais os governadores dos estados, as assembleias legislativas dos estados e as confederações sindicais ou entidades de classe de âmbito nacional.
Já os legitimados genéricos podem propor ação independentemente de estrem sendo ou não afetados diretamente pela lei ou ato normativo objeto da ADI proposta. São eles: o presidente, o procurador geral da república, a mesa do senado federal, a mesa da câmara, partido político com representação no congresso e o conselho federal da OAB.
Apesar de a Ordem dos Advogados do Brasil ser uma entidade de classe em âmbito nacional, é um legitimado genérico.
Efeitos da decisão na ADI
A ADI produzirá efeito quanto as pessoas, pois a decisão é erga omnes, ou seja, vinculante para todos os demais órgãos do poder judiciário e todos os órgãos da administração pública federal, estadual e municipal.
A medida cabível em caso de desrespeito a decisão do STF é a reclamação. No caso dos órgãos da administração pública o Supremo só anulará o ato contrário e no caso do próprio poder judiciário o Supremo além de anular pode ordenar que se prolate nova sentença.
O acordão prolatado pelo STF é composto pelo relatório, pela fundamentação e pela conclusão/disposição. Segundo a corrente doutrinaria majoritária, todo o acordão (relatório, fundamentação e conclusão) é vinculante para o poder judiciário, devendo o juiz acolher até mesmo a fundamentação dada pelo STF.
O efeito da decisão da ADI quanto ao tempo será, em regra, ex tunc, ou seja, a declaração de inconstitucionalidade retroagira até a data de entrada em vigor da lei ou ato normativo fazendo com que as coisas recobrem seu status quo ante.
Entretanto, o artigo 27 da lei nº 9868/99 traz exceção a essa regra, pois, tendo em vista a segurança jurídica ou o excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria de 2/3 de seus membros, restringir os efeitos da decisão ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu transito em julgado. Isso é chamado modulação de efeitos da decisão no controle concentrado.
“Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. ”
Conclusões gerais
A decisão sobre a ADI deve ser feita por maioria absoluta dos 11 ministros que compõe o STF. Entretanto, devem estar presentes pelo menos 8 ministros na sessão na qual se vai julgar uma ADI, segundo o artigo 22 da Lei nº 9868/99.
“Art. 22. A decisão sobre a constitucionalidade ou a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo somente será tomada se presentes na sessão pelo menos oito Ministros. ”
Como a lei é réu na ADI, é necessário que se faça sua defesa. O ente responsável pela defesa da lei, mesmo em caso de lei ou ato normativo estadual, é a advocacia geral da união.
O ministro-relator da ação pode emitir liminar, chamada ADI-cautela, e suspender a aplicabilidade da lei ou ato normativo. Entretanto, tal liminar depende de referendo, ou seja, posterior consulta e ratificação ou retificação pelo plenário.
Proposta a ação, não é admitida desistência.
O procurador geral da republica sempre deverá emitir parecer a menos que ele mesmo seja o autor da ação.
Ação declaratória de constitucionalidade - ADECON
Adentrou o ordenamento jurídico por meio da emenda constitucional nº 3 e gerou enorme polemica no indicio. Foi alvo de uma ADI com os argumentos de que toda lei, ao adentrar o ornamento jurídico, é constitucional e que esta ação não possuía o direito de defesa, já que não havia acusação.
O STF argumentou contrariamente que a ADECON busca transformar/declarar algo que era presumivelmente constitucional em algo absolutamente constitucional, impedindo que a lei ou ato normativo seja futuramente atacada por uma ADI.
Além disso, assim como na ADI, o procurador geral deverá emitir parecer. Caso o parecer seja desfavorável a lei ou ato normativo, havendo assim um ataque, nascerá o direito de defesa da lei ou ato normativo em questão.
Legitimados
Figuram no polo passivo da ADECON leis e atos normativos federais, assim sendo, seu objeto são leis ou ato normativos federais, não cabendo esta ação para leis ou atos normativos estaduais.
Além disso, os mesmos legitimados ativos da ADI podem promover a ADECON, consequentemente, tudo que outrora foi estudado sobre esses legitimados, aplica-se aqui.
Efeitos da decisão da ADECON
O efeito da ADECON quanto as pessoas é erga omnes e vinculante para todos os demais órgãos do poder judiciário e para os órgãos da administração pública direto ou indiretos federais, estaduais e municipais.
O efeito quanto a extensão, ou no tempo, será também ex tunc podendo também ser aplicado o efeito modulador da decisão.
Caso a ADECON seja julgada improcedente, esta gerará os efeitos da procedência da ADI, ou seja, a lei ou ato normativo em questão é declarado inconstitucional. Assim como a ADI julgada improcedente gera os efeitos de uma ADECON procedente, ou seja, a lei ou ato normativo é declarado constitucional. Isso é conhecido como efeito ambivalente da decisão no controle concentrado.
	ADI procedente
	Lei ou ato normativo declarado inconstitucional
	ADI improcedente
	Lei ou ato normativo declarado constitucional
	ADECON procedente
	Lei ou ato normativo declarado constitucional
	ADECON improcedente
	Lei ou ato normativo declarado inconstitucional
Competência
A competência exclusiva para o julgamento de ADECON é do STF, diferentemente da ADI que para leis ou atos normativos estaduais e municipais que desrespeitem a constituição estadual pode ser proposta no TJ do estado em questão.
Controvérsia judicial relevante
Esse requisito surgiu com a ADECON e está disposto no artigo 14, III da Lei nº 9868/99:
“Art. 14. A petição inicial indicará:
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido;
II - o pedido, com suas especificações;
III - a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicaçãoda disposição objeto da ação declaratória. ”
O autor da ação devera provar que existem diversas decisões conflitantes no controle difuso prolatada por diferentes juízes sobre a lei ou ato normativo em questão. O requisito deve ser provado na protocolação da ação.
	ADI
	ADECON
	Declarar a inconstitucionalidade
	Declarar a constitucionalidade
	Lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal
	Lei ou ato normativo federal
	Pode ser proposta no STF ou nos TJS
	Competência exclusiva do STF
	Não exige controvérsia judicial relevante
	Exige controvérsia judicial relevante
	É possível aplicar efeito modulador da decisão se julgada procedente
	É possível aplicar efeito modulador da decisão se julgada improcedente
	Mesma legitimidade ativa (rol do artigo 103 da CF)
	Efeito erga omnes e vinculante
	Reclamação ao STF em caso de descumprimento da decisão
	Efeito, em regra, ex tunc
	Não admite desistência
	Parecer do Procurador Geral da Republica 
	Em caso de abandono, o PGR assume
	Não são passiveis de recurso, mas são cabíveis de embargo de declaração
	Ambas admitem amicus curiae
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental – ADPF
Nessa ação existem diversas semelhanças com a ADECON e a ADI. São elas:
Os legitimados ativos (rol do artigo 103 da Constituição Federal);
Efeito vinculante e erga omnes da decisão;
Cabe reclamação contra o descumprimento da decisão;
Em regra, os efeitos da decisão são ex tunc cabendo também o efeito modulador da decisão;
Existência do efeito ambivalente da decisão caso a ação seja julgada improcedente.
A ADPF, diferentemente da ADI é de competência exclusiva do STF e está disposta no artigo 102, §1º da Constituição Federal e normatizada infra constitucionalmente na Lei nº 9882/99.
Espécies da ADPF
Já no artigo primeiro da Lei nº 9882/99 conhecemos as duas espécies de ADPF: a ADPF repressiva e a preventiva.
“Art. 1o A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. ”
A figura repressiva da ADPF não traz mistérios, pois, ela simplesmente busca tirar dispositivo que fira preceito fundamental do ordenamento jurídico.
Na ADPF preventiva, o indivíduo busca impedir que algo que fere preceito fundamental adentre o ordenamento jurídico brasileiro.
Legitimidade passiva
Figurará no polo passivo da ADPF lei ou projeto de lei, ato normativo e ato do poder público federal, estadual e municipal sejam eles posteriores ou anteriores a Constituição Federal. 
Assim sendo, essa ação inovou enormemente no seu objeto, incluindo pela primeira vez qualquer ato do poder público e a esfera municipal, além disso, qualquer um desses elementos pode ser também anterior a Constituição.
Conclusões gerais sobre a ADPF
O artigo 1º da Lei da ADPF já diz muito sobre a ação, além disso, traz uma figura que conhecemos na ADECON: a controvérsia judicial relevante.
“ (artigo 1º) I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; ”
Entretanto, não será preciso e nem mesmo possível provar controvérsia judicial relevante na ADPF preventiva, pois, como o dispositivo não adentrou definitivamente o ordenamento jurídico, não houveram decisões sobre ele, logo, não há decisões conflitantes.
A jurisprudência do STF também determinou que não cabe ADPF no caso de sumula vinculante.
Conceitos gerais do controle concentrado
Decisões manipulativas de caráter aditivo
Surgiu com a ADPF nº54, cujo Ministro Rel. era Carlos Aires de Brito. Está intimamente ligada com a ideia do ativismo positivismo judiciário.
O judiciário, ao prolatar uma sentença, uma decisão, inova no sistema jurídico. Entretanto, essa inovação, ou manipulação, deveria ter sido previamente feita pelo poder legislativo, entretanto, este foi omisso. 
No Brasil, temos como exemplo de decisão manipulativa de caráter aditivo, a aceitação da união estável entre pessoas do mesmo sexo e a autorização do procedimento para retirada do feto em caso de anencefalia.
É originaria do direito italiano, que conta com um judiciário extremamente ativo e que faz valer direitos do cidadão que estavam sendo tolhidos pela omissão do legislativo.
Inconstitucionalidade consequencial ou por arrastamento
Surgiu uma questão no STF sobre se caso seria possível declarar a inconstitucionalidade de uma norma idêntica à que era o objeto da ação na mesma ação sem que o autor tivesse pedido.
O Supremo, em resposta, afirmou que só se pode julgar o que está sendo peido pela parte. Logo, a declaração de inconstitucionalidade consequencial ou por arrastamento não é possível, pois, caso os ministros o fizessem estaria ocorrendo um julgamento ultra petitum.
Vamos pegar como exemplo a declaração de inconstitucionalidade da norma da Constituição Estadual do Distrito Federal que dizia que o governador do DF só poderia ser preso com sentença transitada em julgada, assim como a Constituição Federal prevê no caso do presidente. A Constituição estadual do estado de São Paulo tinha a mesma norma, mas o Supremo não podia declara-la inconstitucional na ação que foi proposta contra a norma do DF, pois se não ocorreria uma declaração de inconstitucionalidade consequencial ou por arrastamento.
Normas constitucionais em transito para a inconstitucionalidade 
São normas inconstitucionais que não são reconhecidas como tal pelo STF em um primeiro momento no controle difuso por conta do aparente risco a segurança jurídica. No primeiro caso a subir para o Supremo, a inconstitucionalidade não é declarada, apesar de haver.
O STF irá avisar ao judiciário que a norma é inconstitucional e, caso mais casos que tratam do mesmo assunto, cheguem ao supremo, será declarada a inconstitucionalidade.
Coisa de estado constitucional
Ocorre quando a administração pública ou o Estado exerce sua função de forma inconstitucional. Isso pode ocorrer tanto com ação quanto com omissão.
(In) constitucionalidade superveniente
O STF já pacificou o fato de que a emenda não pode ser utilizada como base para o controle constitucional, logo a inconstitucionalidade superveniente não é possível. 
Caso uma lei anterior contrarie uma emenda, ela será revogada e não declarada inconstitucional. Entretanto, caso uma lei posterior a emenda contrarie a mesma, ela será declarada inconstitucional.
A constitucionalidade superveniente também é impossível. Uma vez inconstitucional, a lei será sempre inconstitucional. 
Caso exista uma lei inconstitucional e, posterior a ela, surja uma emenda que afirme positivamente seu conteúdo, nada mudará. A lei não deixará de ser inconstitucional.
A pergunta a ser respondida é: no momento em que a lei nasceu, ela era inconstitucional? Se a resposta for sim, então ela sempre será inconstitucional.
Inconstitucionalidade sem redução de texto com interpretação segundo a constituição
Isso ocorrerá quando o STF determina que uma certa interpretação da lei é constitucional, entretanto, se a lei for interpretada e aplicada segundo a Constituição Federal é constitucional.
Na Interpretação conforme a constituição, o juiz ou Tribunal, no caso de haver duas interpretações possíveis de uma lei, deverá optar por aquela que se mostre compatível com a constituição. Portanto, o Tribunal declarará a legitimidade do ato questionado desde que interpretado em conformidade com o texto constitucional.
Essa técnica da declaração de inconstitucionalidade sem redução de texto foi aplicada no julgamento da ADI 1.946, na qual o STF declarou a inconstitucionalidade parcial sem redução de texto do art. 14 da EC 20/98 (que instituiu o teto para os benefícios previdenciários do RGPS), para excluir sua aplicação ao benefício do salário maternidade (licença gestante), que deve ser pago sem sujeição a teto e sem prejuízo do emprego e do salário, conforme o art. 7º, XVIII, da CF.Aluna: Ana laura perozo bortoloto
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