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Tópicos de Direito Penal

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Tópicos de Direito Penal - 
Quando faz o cálculo da pena privativa de liberdade, construída nas três fases que vamos ver a baixo, depois que chegar em uma quantidade legítima de pena nessas três fases. Vai analisar o regime inicial da pena. Depois vai analisar se tem a possibilidade de substituir uma pena privativa de liberdade por uma restritiva de direito.
Na primeira fase, o objetivo aqui é chegar no cálculo da pena base, atendendo aos critérios do art 68 CP.
Art. 68 - A pena-base será fixada atendendo-se ao critério do art. 59 deste Código; em seguida serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes; por último, as causas de diminuição e de aumento. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Parágrafo único - No concurso de causas de aumento ou de diminuição previstas na parte especial, pode o juiz limitar-se a um só aumento ou a uma só diminuição, prevalecendo, todavia, a causa que mais aumente ou diminua. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
Ele calcula a pena base, levando em consideração os instrumentos que são as chamadas circunstâncias judiciais previstas no art 59 CP. Vai analisar as circunstâncias judiciais uma por uma, analisou o crime que o sujeito cometeu. Antes do juiz condenar, ele precisa saber qual foi o crime praticado. Mas se for um estupro por exemplo, se o estupro foi na modalidade simples ou na modalidade qualificada, porque a pena vai variar. Se fosse um homicídio, teria que saber se é um homicídio simples ou um qualificado. Se for um crime de furto, tem que saber se é simples (pena de 1 a 4) ou se a pena é de 3 a 8 .. Então a análise do crime na forma simples, isso é um critério que o juiz faz antes de começar a aplicar a pena base, de qual entidade de pena que ele vai partir, qual a modalidade do crime que foi praticado. O juiz analisa uma circunstância de cada vez do art 58. Ele não primeiro aumentar pra depois diminuir, ele parte de um pressuposto: se é um crime X, terá uma pena de tanto, ele analisar circunstância por circunstância e vai analisar se aquela pena poderá ter um aumento. Ele só vai aumentar se estiver presente as circunstâncias do art 59. O juiz tem que justificar qualquer ato que ele faz. O primeiro elemento do art 59 a ser analisado é a culpabilidade, o juiz analisaria por exemplo se o crime foi premeditado. Na segunda circunstância analisa os antecedentes: é vida pretérita do réu, é tudo que ele faz antes de praticar aquele crime. Tudo de bom ou de ruim. Só que de bom não vai fazer diferença nenhuma pra aumentar ou diminuir a pena. O que influencia é tudo que ele fez de ruim antes da prática desse crime, ex: o cara respondeu a 10 inquéritos policiais, já respondeu alguma infração penal a algum tempo atrás, mas foi absolvido. Porém parte da doutrina entende que só gera mau antecedente com condenação definitiva que não serve mais pra efeito de reincidência. Tudo que é considerado reincidência, são maus antecedentes criminais, depois que perde o conceito de reincidência, vai continuar só com os conceitos de maus antecedentes. Isso nunca vai apagar da vida da pessoa, aquela pessoa que tem mal antecedentes vai carregar aquilo pro resto da vida dele. O 3º elemento diz respeito a conduta social: a conduta que ele tem perante a sociedade que ele vive, quais lugares ele freqüenta, se freqüenta igreja, como se relaciona com a família. O 4º elemento diz respeito à personalidade do agente : caráter da pessoa. 5º elemento: motivos, a razão pela qual o agente praticou aquele crime, qual foi o motivo pra qualificar aquele crime. 6º elemento: circunstâncias que foram praticados aquele crime, ex: um roubo que durou 2 minutos, o cara colocou a arma na cabeça da vítima e roubou e correu logo. E o outro roubo, o assaltante entrou na casa da pessoa, botou a arma na cabeça da pessoa, ficou com a arma apontada durante 5 horas, amarrou todo mundo da família, inclusive crianças e a idoso que estava na casa, a gravidade e a periculosidade da conduta é muito mais grave do que o primeiro exemplo que durou apenas 2 minutos e levaria um aumento de pena. 7º elemento: conseqüências do crime: qual a gravidade desse crime que atingiu um bem jurídico protegido e 8º elemento comportamento da vítima: ex: a vítima pulou na frente do seu carro, é culpa exclusiva da vítima, não teria nenhum tipo de conduta pro agente. Então se a vítima contribuir um pouco para a pratica do crime, o juiz vai deixar de dar um aumento , ex: a vítima deixou a porta do carro aberta e um malote de dinheiro foi roubado do seu carro, ou seja a vítima facilitou a ocorrência do furto, vai existir o crime, porém esse comportamento da vítima vai influenciar na pratica do crime. 
Art. 59 - O juiz, atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às circunstâncias e conseqüências do crime, bem como ao comportamento da vítima, estabelecerá, conforme seja necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime: (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
I - as penas aplicáveis dentre as cominadas; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
II - a quantidade de pena aplicável, dentro dos limites previstos; (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
III - o regime inicial de cumprimento da pena privativa de liberdade; (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)
IV - a substituição da pena privativa da liberdade aplicada, por outra espécie de pena, se cabível. (Incluído pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984)

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