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Aula 03 Filosofia antiga etica grega

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
DISCIPLINA:FILOSOFIA E ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES
Teorias éticas
FILOSOFIA E ÉTICA NAS ORGANIZAÇÕES
As teorias éticas nascem e desenvolvem-se em diferentes sociedades como resposta aos problemas resultantes das relações entre os homens. 
Os contextos históricos são elementos muito importantes para se perceber as condições que estiveram na origem de certas problemáticas morais que ainda hoje permanecem atuais.
ANTIGUIDADE
 Período anterior aos Pré-socráticos e ao surgimento da filosofia
Os mitos narram a história do surgimento do mundo, dos deuses e do homem. Desse modo o mito fornecia aos antigos uma explicação para a realidade.
Principais representantes da tradição mitológica grega:
Homero e Hesíodo
As teorias éticas se relacionam com o desenvolvimento da filosofia
filosofia antiga; 
filosofia medieval; 
filosofia moderna; 
filosofia contemporânea.
ANTIGUIDADE
 Filosofia antiga – ética grega
As teorias éticas gregas, entre o século V e o século IV a.C. são marcadas por dois aspectos fundamentais:
Polis. A organização política em que os cidadãos vivem - as cidades-estados -, favorecem a sua participação ativa na vida política da sociedade. As teorias éticas apontam para um dado ideal de cidadão e de Sociedade.
Cosmos. Algumas destas teorias ético-políticas procuram igualmente fundamentarem-se em concepções cósmicas. 
DIVISÃO DA FILOSOFIA ANTIGA
A filosofia grega é entendida como os períodos que existiram antes e depois de Sócrates, sendo eles:
Período pré-socrático, 
Período socrático, 
Período helenístico. 
PeríodoPréSocrático - Cosmológico
Período de investigaçãodo surgimento do cosmo, através da arché ´principio originário)
Período Socrático - Antropológico
Inaugurada por Protágoras e Sócrates, surge a Filosofia Moral. Inaugura ainvestigação de questões acerca das relações humanas (moral / ética)
Período Pós Socrático– Cosmológico
Período teosófico ou decadente. Marcado pela desvalorização do pensamento grego e a ascensão da era cristã.
Período pré-socrático
A preocupação dos pensadores deste período é encontrar uma explicação racional e sistemática (uma cosmologia) para o mundo (o cosmo), que substituísse a antiga cosmogonia (explicação mítica).
Período pré-socrático
Os filósofos pré-socráticos buscavam nos elementos natureza as respostas sobre a origem do ser e do mundo. Focando principalmente nos aspectos da natureza, eram chamados de “filósofos da physis”. Buscavam a arché.
Principais Filósofos Pré-Socráticos/Teorias éticas
Tales de Mileto (624 a.C.-548 a.C.): nascido na cidade de Mileto, região da Jônia, Tales acreditava que a água era o principal elemento, ou seja, era a essência de todas as coisas.
Anaximandro de Mileto (610 a.C.-547 a.C.): discípulo de Tales nascido em Mileto, para Anaximandro o princípio de tudo estava no elemento denominado “ápeiron”, uma espécie de matéria infinita.
Anaxímenes de Mileto (588 a.C.-524 a.C.): discípulo de Anaximandro nascido em Mileto, para Anaxímenes o princípio de todas as coisas estava no elemento ar.
Principais Filósofos Pré-Socráticos/Teorias éticas
Heráclito de Éfeso (540 a.C.-476 a.C.): considerado o “Pai da Dialética”, Heráclito nasceu em Éfeso e explorou a ideia do devir (fluidez das coisas). Para ele, o princípio de todas as coisas estava contido no elemento fogo.
Pitágoras de Samos (570 a.C.-497 a.C.): filósofo e matemático nascido na cidade de Samos, para ele os números foram seus principais elementos de estudo e reflexão, do qual se destaca o “Teorema de Pitágoras”.
PERÍODO SOCRÁTICO
Período socrático
Com o desenvolvimento das cidades, do comér­cio, do artesanato e das artes militares, Atenas tornou-se o centro da vida social, política e cultural da Grécia, e viveu seu período de esplendor, conhecido como o Século de Péricles.
Período socrático
É a época de maior florescimento da democracia. Surgia, assim, a figura política do cidadão.
Para conseguir que sua opinião fosse aceita nas assembleias, o cidadão precisava saber falar e ser capaz de persuadir os demais. 
Período socrático
Esse também é chamado de período clássico da filosofia. Podemos marcar o início desse período com a atuação dos Sofistas que estavam preocupados mais com a linguagem e a erudição do que com a explicação do mundo. 
Para os sofistas o importante era o bem falar e a arte de convencer o interlocutor.
PRINCIPAIS FILÓSOFOS DO PERÍODO SOCRÁTICO
Sofistas. Defendem o relativismo de todos os valores. Alguns sofistas, como Cálicles ou Trasimaco afirmam que o valor supremo de qualquer cidadão era atingir o prazer supremo. 
O máximo prazer pressupunha o domínio do poder político. Ora este só estava ao alcance dos mais fortes, corajosos e hábeis no uso da palavra. 
A maioria eram fracos ou inábeis, pelo que estavam condenados a serem dominados pelos mais fortes. 
Sócrates (470-399 a.C). Defende o carácter eterno de certos valores como o Bem, Virtude, Justiça, Saber. 
O valor supremo da vida é atingir a perfeição e tudo deve ser feito em função deste ideal, o qual só pode ser obtido através do saber. 
Na vida privada ou na vida pública, todos tinham a obrigação de se aperfeiçoarem fazendo o Bem, sendo justos. O homem sábio só pode fazer o bem, sendo as injustiças próprias dos ignorantes.
(Intelectualismo/Moral).
Platão (427-347 a.C.). Defende o valor supremo do Bem. O ideal que todos os homens livres deveriam tentar atingir. Para isto acontecesse deveriam ser reunidas, pelo menos duas condições:
 
1. Os homens deviam seguir apenas a razão desprezando os instintos ou as paixões; 
2. A sociedade devia de ser reorganizada, sendo o poder confiado aos sábios, de modo a evitar que as almas fossem corrompidas pela maioria, composta por homens ignorantes e dominados pelos instintos ou paixões.
Aristóteles (384-322 a.C.). Defende o valor supremo da felicidade. A finalidade de todo o homem é ser feliz. Para que isto aconteça é necessário que cada um siga a sua própria natureza, evite os excessos, seguindo sempre a via do "meio termo" (Justa Medida). 
 
 
Ninguém consegue todavia ser feliz sozinho.
 
 
Aristóteles, à semelhança de Platão coloca a questão da necessidade de reorganizar a sociedade de modo a proporcionar que cada um do seus membros possa ser feliz na sua respectiva condição. 
Ética e política acabam sempre por estar unidas.
 
PERÍODO HELENÍSTICO
Mundo Helenístico e Romano
Com o domínio da Grécia por Alexandre Magno, e os Impérios que lhe seguiram, altera-se os contextos em que o homem vive.
 
As cidades-Estados são substituídas por vastos Impérios constituídos por uma multiplicidade de povos e de culturas. 
Os cidadãos sentem que vivem numa sociedade na qual as questões políticas  são sentidas como algo muito distantes das suas preocupações. 
Mundo Helenístico e Romano
As teorias éticas são nitidamente individualistas, limitando-se em geral a apresentar um conjunto de recomendações (máximas ) sobre a forma mais agradável de viver a vida. 
A relação do homem com a cidade é substituída pela sua relação privilegiada com o cosmos. Viver em harmonia com ele é a suprema das sabedorias.
Período helenístico
Trata-se de uma época em a sociedade e os valores entraram em decadência e a polis grega desapareceu como centro político, deixando de ser referência principal dos filósofos.
 Essa época da Filosofia é constituída por grandes sistemas ou doutrinas, isto é, explicações totalizantes sobre a Natureza, o homem, as relações entre ambos e deles com a divindade. 
A filosofia desse período
é, ao mesmo tempo, continuação dos ensinamentos de Platão e Aristóteles, mantidos pelos seus discípulos e uma reelaboração desses ensinamentos filosóficos. 
As principais escolas filosóficas do Período Helenístico foram o cinismo, o ceticismo, o epicurismo e o estoicismo. 
Todas procuravam, basicamente, estabelecer um conjunto de preceitos racionais para dirigir a vida de cada um e, através da ausência do sofrimento, chegar à felicidade e ao bem-estar
  
Principais filósofos
Antístenes e Diógenes – (representantes do cinismo). 
O objetivo da vida do sábio é viver de acordo com a natureza. Afastando-se de tudo aquilo provoca ilusões e sofrimentos: convenções sociais, preconceitos, usos e costumes sociais, etc. Cada um deve viver deforma simples e despojada.
  
Principais filósofos
 Zenão de Cítio, Séneca e Marco Aurélio (representantes do Estoicismo). 
Se opõe ao epicurismo por considerar o prazer uma fonte de males. O homem é um simples elemento do Cosmos, cujas leis determinam o nosso destino. O sábio vive em harmonia com a natureza, cultiva o autodomínio, evitando as paixões e os desejos, em suma, tudo aquilo que pode provocar sofrimento. 
 
Principais filósofos
 
Pirro, Sexto Empírio(representantes do Ceticismo).
Defendem que nada sabemos, pelo nada podemos afirmar com certeza. Face a este posição de princípio a felicidade só pode ser obtida través do alheamento do que se passa á nossa volta, cultivando o equilíbrio interior.
Principais filósofos
Epicuro e Lucrécio – Epicuristas/hedonistas
O objetivo da vida do sábio  é atingir máximo de prazer, mas para que isso seja possível ele deve apartar-se do mundo. Atingir a imperturbabilidade do espírito e a tranquilidade do corpo.
  
EPICURISMO 
“O prazer é o início e o fim de uma vida feliz. Com efeito, nós o identificamos com o bem primeiro e inerente ao ser humano, em razão dele praticamos toda a escolha e toda recusa, e a ele chegamos escolhendo todo bem de acordo com a distinção prazer e dor. Embora o prazer seja nosso bem primeiro e inato, nem por isso escolhemos qualquer prazer: há ocasiões em que evitamos muitos prazeres, quando deles nos advêm efeitos o mais das vezes desagradáveis; ao passo que consideramos muitos sofrimentos preferíveis aos prazeres, se um prazer maior advier depois de suportarmos essas dores por muito tempo.” 
Epicuro, em Carta sobre a felicidade.

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