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antropoceno e crise ambiental

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Antropoceno e a crise ambiental
	A Terra vivencia períodos de transformações climáticas naturais; as forças da Natureza atuam e transformam o Planeta, que já passou por esse estágio várias vezes em 4 milhões e meio de anos de sua permanência no Universo. Isso ocorreu pela última vez antes do desenvolvimento da Humanidade e de seu predomínio sobre o mundo. Ou seja, há 67 milhões de anos.
	Nesta ocasião um meteoro se chocou contra a Terra e em consequência o clima se alterou radicalmente, sem contar que um forte terremoto atingiu todo o Planeta, provocando um tsunami de altas proporções. O resultado foi a eliminação total dos dinossauros e de outros animais. A soberania dos répteis foi substituída pela dos mamíferos na era Cenozóica. Só assim a Humanidade pode nascer e se aprimorar.
	Agora nosso mundo está prestes a ingressar em outra era geológica. Alguns cientistas, porém, acreditam que a interferência do Homem no meio ambiente está antecipando este processo. A ação devastadora do ser humano, semelhante à do próprio motor que move a Natureza, está comprimindo e sufocando o Planeta. Estes estudiosos batizaram a nova Era como Antropoceno. O cientista holandês Paul J. Crutzen, Nobel de Química de 1995, criou este conceito. 
Vortex do Pacífico: lixão em alto mar 
	Esta prática vem se generalizando nos últimos 300 anos. O ser humano vem se atirando com ímpeto contra a Natureza (Francis Bacon: é preciso “domar a natureza”), beneficiando-se dos frutos de sua pilhagem e direcionando a maior parte dos produtos extraídos do meio-ambiente para seu consumo predador. Isso vem se acelerando desde a eclosão da Revolução Industrial.
	Desta forma a era Cenozóica vai chegando ao fim. Segundo o biólogo E. Wilson, o Homem é o primeiro ser na trajetória do Planeta a se transformar em uma arma geofísica destrutiva. Graças ao ser humano a proporção de eliminação das espécies é 50 vezes maior que a provocada antes de sua interferência na Terra. E este valor tende a crescer à medida que se incrementa o consumo humano.
	Depois de 66 milhões de anos da era Cenozóica, o fim se aproxima e o que virá depois ainda é um enigma. É certo, porém, que a confusão climática e o aquecimento da Terra são efeitos praticamente irreversíveis, sem falar no crescente desmatamento, se não houver uma mudança de atitude urgente. (Fonte: http://www.infoescola.com/geologia/antropoceno-2/ )
	Para Renatos Nunes Bittencourt (UFRJ), o progresso científico não foi acompanhado de um progresso ético capaz de transformar a “barbárie” em ação social promotora de uma efetiva cidadania que estimule a justiça e o respeito tanto pela dignidade humana como pela dignidade da natureza.
	Segundo Horkheimer (1895-1973), “o avanço nas possibilidades técnicas inerentes ao Iluminismo faz-se acompanhar de um processo de desumanização. Deste modo, o progresso ameaça reduzir a nada o próprio objetivo que presuntivamente deveria realizar – a ideia de homem”
	Para Bittencourt, não há um efetivo projeto de mudança no modo como os recursos naturais são explorados em proveitos individuais ou corporativos, apesar dos apelos ecológicos;
	De acordo com Fátima Portilho, isso ocorre porque “o atual sistema econômico, ao atuar em função das necessidades de mercado, produz consequências para a organização da sociedade (na medida em que reduz a solidariedade, o comunitarismo e o cooperativismo) e para o funcionamento desses sistemas ecológicos (na medida em que submete a natureza ao ritmo da exploração dos sistemas produtivos).
	Paralelamente, o cidadão é reduzido à esfera do consumo, já que consumir tornou-se sinônimo, sobretudo nos últimos 150 anos, de participar da esfera pública. Bittencourt diz que “em lugar do cidadão forma-se um consumidor, que aceita ser chamado de cliente e usuário... E aceita ser cobrado por uma espécie de obrigação moral e cívica de consumir”.
	O grande problema do homem (e da humanidade) atual é que o sucesso econômico e a ideia de progresso constante é inversamente proporcional ao uso desenfreado dos recursos naturais (que são limitados).
	Além disso, mesmo o desenvolvimento sustentável “pressupõe manipulação e/ou violação da natureza”.
	Para Bittencourt, ainda não se encontrou a fórmula de ouro onde se possa estabelecer o equilíbrio entre exploração e preservação da natureza.
	A consciência ecológica consegue estimular em pessoas e em ações corporativas a paulatina mudança na gestão de recursos naturais, contudo ainda falta muito caminho pela frente.
	O uso irrefreado dos recursos naturais – e a falta de consciência ambiental - é hegemônico tanto mediante ações individuais como de corporações, com a devida anuência dos países que não pretendem perder suas receitas no esforço pela produção nacional.
	Há, portanto, um paradoxo: como preservar o meio ambiente sem prejudicar o crescimento econômico dos países? A questão aponta, em princípio, para uma mudança na matriz energética do planeta. 
	Bittencourt diz que talvez a forte ênfase humana apenas nos aspectos “de desenvolvimento contínuo” é o que, no fundo, move a investigação de condições de vida noutros planetas, “pois a lógica predatória em relação aos recursos da Terra se perpetua como a tônica das ações exploratórias do homem sobre a natureza”.
	Sobre este assunto, Jonathan Crary aponta que “há uma ilusão difundida de que, quanto mais a biosfera terrestre é irreparavelmente danificada, os seres humanos podem magicamente se dissociar dela e transferir suas interdependências à mecanosfera. Quanto mais nos identificamos com os substitutivos eletrônicos virtuais do eu físico, mais parecemos simular nossa desobrigação do biocídio em curso”.
MUDANÇA CULTURAL
Bittencourt diz que a saída definitiva se dá pelo desenvolvimento de uma consciência coletiva (cultural), onde o homem deve perceber que ao modificar a natureza, ele simultaneamente modifica a si mesmo, estabelecendo as bases fundamentais do metabolismo entre homem e meio ambiente.
VÍDEOS
	4 grandes grupos
	Mudanças na matriz energética alemã
	Cidade sustentável na Alemanha
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11/01/18
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