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Medicalização no cotidiano escolar O estigma: o preconceito visto pelo outro lado. Pesquisa feita de Collares em 1988 Entrevista de 559 crianças, que os professores previam fracasso escolar, no começo do ano. Fracasso atribuído a fatores intrínsecos e orgânicos. Não citara problemas pedagógicos, ou mal alfabetização. Proença (2004) relata que em 1993, em Unidade Básica de Saúde 56% de crianças entre 7 a 12 anos eram encaminhadas com queixas escolares. Atualidade - Dados levantados por estagiárias da saúde verificam quem em 2008, em uma Unidade de Saúde de Palmas, 12,7% das queixas recebidas são sobre ansiedade ( maior número) e 12,6% são de problemas de aprendizagem ( segundo lugar das queixas). Assim como em 2009. - “É com grande surpresa e preocupação que constatamos, a partir do ano 2000, o retorno das explicações organicistas centradas em distúrbios e transtornos no campo da educação para explicar dificuldades de crianças na escolarização” (CFP,2013) Foram selecionadas75 crianças para avaliação clínica no centro de saúde. Todas compareceram aos atendimentos Duração das consultas 2 horas, sendo necessários marcar mais alguma consulta Repertório pesquisado: anamnese ( desenvolvimento neuromotor e cognitivo), Desenhos, o que sabe brincar e fazer manualmente, leitura e contas. “Em vez da criança ter feito o que o avaliador sabe avaliar, é o avaliador que tem que enfrentar o desafio de transformar em avaliação o que a criança sabe e gosta de fazer” O uso do teste reflete o referencial teórico do pesquisador Quando se saiu do todo, dos rótulos e estigmatizações, quando se analisou vida por vida é que as crianças concretas tiveram voz. Cada criança estigmatizada representa uma totalidade, que é socialmente construída. “A criança incorpora/ resiste ao estigma em toda sua vida, e não em fragmentos, somente na escola”p224 71 crianças não apresentaram uma doença orgânica ou emocional que pudesse comprometer a aprendizagem. 4 precisam de acompanhamento especializado. 1 delas é indicado tratamento para viver com menos sofrimento. Problema: as agendas da Unidade de Saúde estava com filas enormes para diagnósticos A história de escolarização de todas a 71 crianças é cercada de estigmatização logo no início. A história das crianças repete a de seus pais e irmão. Não se encontrou nas 71 crianças um problema que justificasse seu mau desempenho. A MEDICALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO: o retorno das explicações organicistas para justificar problemas de comportamento e de aprendizagem. Brasil é o segundo pais do mundo em consumo de metilfenidato Diante desse caso quais seriam seus encaminhamentos? Reunião com equipe pedagógica, professores? Visita domiciliar? Algum programa a ser desenvolvido em específico? Pontos Lei de Diretrizes e Bases (LDB)
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