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FISIOLOGIA DA VISÃO

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AULA 8
FISIOLOGIA DA VISÃO
Sensibilidade: consciência de uma situação corpórea que ocorre sempre que um impulso sensorial é transmitido ao encéfalo. Sua interpretação é denominada PERCEPÇÃO;
A sensibilidade depende de um estímulo -> que é transformado em impulso elétrico por uma célula receptora -> e é conduzido através de nervos -> realização da interpretação do estímulo pelo SNC e formação de uma nova informação e resposta motora;
Consciência do estímulo = nível talâmico;
Transdução de sinal = ocorre a nível do SNP, que nada mais é que a detecção e transformação do sinal para que seja conduzido e levado ao SNC;
Espectro que o olho é capaz de detectar é entre 400 e 700 nm;
Esclera se torna transparente sobre a pupila e da origem à córnea;
Corióide, corpo ciliar e íris: estrutura intermediária do globo ocular;
Coroide supre a retina de vascularização;
Alteração do cristalino = provoca alterações na visão, e é regulada pela zônula;
Entre o cristalino e a córnea: humor aquoso, que é secretado pela íris e permanece na câmara anterior do olho. É vascularizado pela base da íris;
Câmara posterior: humor vítreo é encontrado, e contém várias células fagocíticas (responsáveis por retirar o material sem função do meio ocular) e vasos. O material que é retirado, se for mantido pode acarretar problemas de visão. Comum acontecer durante a vida senil -> a retirada dessas células vai diminuindo com a idade;
Retina: onde encontramos células especializadas, que são os neurônios. Encontra-se nessa região também a fóvea;
Córnea e cristalino: estruturas importantes para a refração da luz. A maior refração ocorre na córnea. Cristalino funciona para ajustar o foco visual, caso ele seja retirado, fica em formato esférico. Dentro do olho, é tracionado pelos músculos ciliares. O relaxamento da musculatura ciliar faz com que ocorra o tracionamento da zônula e consequentemente o cristalino se achata e conseguimos visualizar objetos mais distantes. Para objetos próximos, contração do mpusculo ciliar e compressão do cristalino;
Ametropias: emetrópico = com a visão perfeita. Cristalino mais alongado ou córnea com grau maior = faz com que o foco não atinja a retina, atinge porções anteriores da retina = não ocorre a visão de forma ótima = miopia. Olho mais curto = consequentemente o cristalino é mais arredondado = foco ocorre em alguma porção posterior à retina = hipermetropia. Todas essas alterações são corrigidas com lentes. As alterações devem-se à evolução. A exposição à luz promove essas alterações;
O nível de acomodação do cristalino, que serve para focar objetos, diminui com a idade;
Retina
5 tipos de neurônios;
Células receptoras fotossensíveis: cones e bastonetes: camada nuclear externa;
Células bipolares: camada nuclear interna. Unem os cones e os bastonetes às células ganglionares;
Células horizontais: camada nuclear interna;
Células amácrinas;
Células ganglionares: camada nuclear interna;
Epitélio pigmentoso: secreta melanina e protege da luz. Impede a liberação de luminosidade muito alta nas células fotossensíveis. Também tem outro papel importante nas células fotorreceptoras: que possuem discos que possuem a capacidade de fotorecepção. Esses discos são sempre reciclados pelo epitélio pigmentoso. A recepção é tão intensa que a cada 12 dias temos todos os discos renovados;
Dendritos das células ganglionares, bipolares e fotossensíveis estão localizados na camada plexiforme externa;
Dendritos das células bipolares, amácrinas e ganglionares: camada plexiforme interna;
As células anteriores, onde a luz entra, como as ganglionares, tem a capacidade de proteger outras células da intensidade da luz que entra no globo ocular;
A luz passa pelas camadas (células receptoras), chega na camada externa, onde a luz é ativada ou inativada, envia informações para as células bipolares e depois para as ganglionares (caminho mais curto, dado principalmente pelos cones);
Células bipolares que se comunicam com os bastonetes não se comunicam com as ganglionares, mas sim com as amácrinas (modulam a transmissão de sinal). As amácrinas com as ganglionares fazem sinapse química, por isso é um caminho mais longo;
Pouca luminosidade pode ser detectada pela somatória dos sinais dos cones, estimulando células ganglionates. 
Célula bipolar para amácrina: sinapse elétrica. Função da sinapse: leva impulso rápido para outras células, que somam os impulsos e levam para uma função específica;
Célula amácrina para ganglionar: sinapse elétrica;
Cone: função específica para acuidade visual;
Bastonete: não tem função específica para acuidade visual;
Fotorreceptores
Cones são menores que os bastonetes;
Cone: fotopigmento;
Muito mais bastonetes que cones na retina. Apenas na fóvea não são encontrados bastonetes;
Padrões de conexão sináptica diferente para cones e bastonetes;
Discos de receptores: possuem molécula fotossensível, onde é detectado o fóton = alteração na conformação da molécula. São as estruturas mais importantes na recepção da luz;
Cone: baixa sensibilidade (muitos fótons para ativar) e especialização para visão diurna. Alta acuidade visual. Fazem a comunicação mais rápida. Cromático: três tipos de cones com pigmentos diferentes e mais sensíveis a diferentes espectros da luz visível. Visão fotóptica: alta acuidade e visão da cores. Baixa densidade ao longo da retina e alta densidade na fóvea;
Bastonetes: alta sensibilidade (1 fóton ativa) e especialização para visão noturna, porém, menor acuidade visual. Existem as células amácrinas que fazem a divergência dos sinais, levando para outras células que não a ganglionar participando de todo o processo, por isso é mais lento. Acromático: uma cor por bastonete. Visão escotópica: não tem resolução para detalhes e contornos dos objetos ou para determinar uma cor. Alta densidade ao longo da retina e baixa densidade na fóvea;
Visão mesópica: a partir daqui já existe atividade das cores, quando os cones começam a funcionar;
Visão fotópica: somente os cones estão funcionando, os bastonetes, nesse momento, estão saturados e não geram mais estímulos;
O número de bastonetes cai para zero no centro da fóvea (fovéola, que é a região mais central ou deprimida da retina);
Modificando a visão somente em 6º, ocorre perda da acuidade visual em torno de 25%;
Visão de cores
Cones curtos (azuis), médios (verdes) e longos (vermelhos). Os nomes designam as cores em que são mais ativados, porém, todos são ativados por qualquer comprimento de onda da luz visível;
Funcionamento dos fotorreceptores
Células fotossensíveis não tem potencial de ação;
Existe potencial graduado: potencial de membrana máximo de -40mV (hipopolarizada, canais de Ca2+ abertos) e mínimo de -65mV (hiperpolarizada, canais de Ca2+ fechados). NUNCA DESPOLARIZADA!
Escuro = aumento do GMP cíclico (GMPc), que se liga aos canais de sódio, muda a conformação deles e promove a abertura (são canais catiônicos, permitindo tanto a entrada de sódio como de cálcio intracelular) = fica então despolarizada (hipopolarização na verdade) -> então as células estão transmitindo sinais;
Luz = diminuição do GMP cíclico, não age nos canais catiônicos e consequentemente o canal se fecha. A célula hiperpolariza;
Cones e bastonetes funcionam iguais quando ambas estão ativadas, no meio mesotópico;
Transdução
Rodopsina nos bastonetes, possui uma porção receptora do fóton, onde ocorre a ação da vitamina A, que é a 11-cis-retinal. Quando o fóton chega nessa região receptora, sofre alteração molecular para tudo-trans-retinal;
Com a alteração da porção receptora para tudo-trans-retinal, a rodopsina está ligada em uma proteína G (conhecida como transducina), ativa a fosfodiesterase, que hidrolisa o GMPc e diminui sua quantidade = então os canais são fechados;
Arrestina: age na rodopsina, na porção tudo-trans-retinal, deslocando-a da rodopsina para o epitélio pigmentoso (chegando lá, sofre ação de algumas enzimas, transformando-se em 11-cis-retinal). Uma vez que isso ocorre, impede que a transducina seja ativada. Serve para areciclagem do tudo-trans-retinal para 11-cis-retinal, podendo receber novamente um novo fóton.
Processamento na retina
Cada célula ganglionar responde a um campo respectivo na retina;
Algumas são chamadas de centro-on (respondem quando existe um foco de luz localizado no centro do campo receptivo e outras centro-off (não respondem quando existe um foco de luz);
Quando não tem luz, a centro-on está desligada e a centro-off está ligada;
Estimulando a periferia dessas células do campo receptivo, ocorre a ativação de células centro-on e centro-off;
Glutamato: liberado pela célula receptora. Que estimula as células centro-off pela presença de receptores AMPA kainato. As células centro-on possui receptores de glutamato inibitórios;
Com a luz, ocorre hiperpolarização da célula receptora, que não libera glutamato e não inativa a célula bipolar centro-on, fazendo com que a célula centro-on ganglionar fique ativada. Ao mesmo tempo, sem liberar glutamato, não ativa a célula bipolar do centro-off e esse fica desligado, não ativando a célula ganglionar centro-off.
No escuro, ocorre a hipopolarização, liberando glutamato, inibindo as células bipolares centro-on, fazendo com que as mesmas não ativem as células ganglionares centro-on. No caso das bipolares centro-off, são ativadas no escuro, então as mesmas ativam as ganglionares centro-off.

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