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DPOC| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 Professora: Fabricio e Ronaldo Rangel. DPOC MEDcel + Aula do MIV O DPOC vai muito além do que uma radiografia anormal de tórax, ela é mais que apenas a questão da bronquite crônica e do enfisema pulmonar. O DPOC é um diagnóstico sindrômico caracterizado por uma série de sintomas!! De fato o paciente com DPOC ele pode ter uma bronquite e um pouco de enfisema. Bronquite crônica Enfisema pulmonar Tosse produtiva por 3 meses em um período 2 anos Paciente com obesidade centrípeta; Tosse muito Cianótico Azul pletórico Diagnóstico histológico de destruição dos septos alveolar. Emagrecido Tórax hiperinsuflado Pouca tosse e muita dispneia Demora para ficar cianótico Soprador rosado Esses dois cenários não dizem o que é DPOC, no como a gente disse: O mesmo paciente a gente encontra áreas com presença de destruição de septo alveolar e áreas de inflamação crônica. A DPOC é uma síndrome que tem as seguintes características: Sintomas crônicos progressivos e não completamente reversíveis; É diferente da asma que são sintomas episódicos que melhoram com o tratamento. Epidemiologia: Tabagismo 95% fuma ou já fumaram, fogão a lenha, exposição ocupacional. o Inalação de partículas tóxicas Inflamação crônica neutrofílica Desbalanço proteases (liberado pelos neutrófilos) x antiproteases estresse oxidativo (repercussão sistêmica – estresse cardiovascular) Afeta mais os seguimentos superiores do pulmão o Fatores genéticos Deficiência de antiproteases (alfa1-antitripsina) Enfisema iniciado <45 anos Enfisema sem fator de risco Doença hepática inexplicada Vasculite com positividade de ANCA-c Comprometimento de seguimento de base do pulmão. Espirometria com distúrbio obstrutivo 1) Da para observar a perda de função pulmonar com o passar da idade. Quem fuma e tem suscetibilidade perda função pulmonar de forma exponencial, a notícia boa é que na hora que ele parar de fumar ele para de perder função pulmonar, mas também não recupera. 2) O desenvolvimento da DPOC em relação a troca gasosa. A proporção que o tempo passa o indivíduo começa a ter repercussão da troca gasosa; até perder 50% da função pulmonar ele não tem piora na troca gasosa. Quando essa doença piora um pouquinho é que vai haver comprometimento da troca gasosa que começa a se manifestar com queda da oxigenação. A elevação da pressão de CO2 só ocorre no final do comprometimento da troca gasosa. Isso é importante para que você pare de pensar que todo paciente com DPOC ele é um retentor de CO2. DPOC| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 Retenção de CO2 e Vasoconstrição Hipóxica e Cor pulmonale Aqui é uma unidade alvéolo capilar normal que vai fazer troca gasosa, chega sangue pouco oxigênio sai sangue oxigenado. Ai cara fuma, o que não recebe fumaça de cigarro vai funcionar normalmente e o que recebe fumaça de cigarro não vai oxigenar direito, o sangue sai pouco oxigenado ou nada oxigenado. No final a oxigenação desses dois alvéolos está dividida por 2 e logo ele iria desenvolver cianose. Mas não é isso que ocorre, o pulmão pelo mecanismo de vasoconstricção hipóxica percebe que tem um alvéolo ruim e fecha o vaso sanguíneo pela hipóxia naquela região e o sangue é redirecionado para áreas sadias. Até certo ponto esse mecanismo consegue dar conta da oxigenação do sangue, mas ele tem consequências. Com o passar do tempo o excesso de vasoconstrição haverá sobrecarga no coração direito (IC direita) – turgência jungular, hepatomegalia, edema de membros inferiores. É isso que mata os pacientes com DPOC Cor pulmonale. Quadro Clínico Sintomas crônico progressivos: Dispneia progressiva aos esforços; Tosse crônica seca ou produtiva; Chiado no peito episódico; Aumento do diâmetro anteroposterior do tórax; Redução de som vesicular; Sibilos; Edema periférico (Cor pulmonale); Na DPOC não tem habitualmente baqueteamente digital. É importante saber fazer os diagnósticos diferenciais: Asma Bronquiectasias Bronquiolites Insuficiência Cardíaca O que vai ajudar realmente a fechar o diagnóstico são os exames complementares: Radiografia: geralmente a radiografia é normal; O que se pode encontrar são sinais de hiperinsuflação; o Pobreza vascular – “o pulmão fica mais escuro” o Diafragma retificado o Proeminência dos arcos costais anteriores – normal é 7 costela tocar o pulmão, na radiografia a 8ª toca o pulmão o Diminuição da área cardíaca, <11,5cm sugestivo; o Retificação da cúpula o Acumulo de ar no espaço retroesternal, >4,5cm sugere hiperrinsuflação. Tomografia: Pode estar normal ou pode ter enfisema. o Enfisema Parasseptal: bolhas de ar que não querem dizer nada, apenas que o indivíduo tem propensão a ter um pneumotórax; o Enfisema Centrolobular: Comum no paciente da DPOX. Aspecto de ruído de traça, parece que foi bombardeado por bolas de canhão. Pequenas áreas enegrecidas que não dá para ver parede. o Enfisema Panlobular: áreas com grandes bolhas, grandes acúmulos de ar. Costuma-se ver em paciente com deficiência de alfa1-antitripseina. DPOC| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 O exame de imagem em si não tem dados emblemáticos para fechar o diagnóstico de DPOC, o importante mesmo é o próximo exame a ser feito. Espirometria: na espirometria a gente espera encontrar distúrbio obstrutivo que é caracterizado pela diminuição da relação VEF1/CVF (< 0,7). É uma obstrução que não melhora com o uso de broncodilatador (ele pode ter melhora clínica, mas no exame não há mudança significativa). A espirometria é um dado tão importante na DPOC que existe uma classificação de gravidade segundo os parâmetros pirométricos do paciente. Essa classificação define que todo paciente com DPOC ele tem relação VEF1/CVF diminuída, que é obvio porque todos eles tem distúrbio ventilatório obstrutivo. Ele divide a doença em leve, moderada, grave e muito grave. Mas se o paciente não conseguir fazer a espirometria pode usar a oximetria para a classificação. Hoje em dia é utilizada uma nova classificação: Para a classificação atual são usados vários parâmetros: 1) Espirometria: se o paciente for I ou II (leve ou moderado) ele fica nos grupos A ou B. Se ele for III ou IV (grave ou muito grave) ele fica nos grupos C ou D. 2) Sintomas de dispneia que podem ser mensurados por vários escores e o mais usado é o MRC que vai de 0-4 (0 – individuo sem dispneia; 1 – dispneia aos grandes esforços; ... ; 4 – Dispneia aos grandes esforços). DPOC| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 3) Número de exacerbações que é um importante fator prognóstico da doença. Tratamento A base do tratamento são os broncodilatadores: Beta2 de ação curta: Salbutamol e fenoterol Anticolinérgico de ação curta: Ipratrópio; B2 de ação longa: formoterol, salmeterol, indacaterol, olodaterol, vilanterol e bambuterol (vira oral) Anticolinérgico de ação longa: tiotrópio e glicopirrônio. O grande ponto é como definir quais medicamentos usar: Todo paciente que tem sintomas ele é candidato a usar os fármacos, se os sintomas forem eventuais ele vai usar só um broncodilatador de curta ação. Agora se os sintomas forem persistentes (sobe uma escada ou faz algum esforço físico) ele vai usar B2 de longa e/ou anticolinérgico. Se o paciente não melhorar associa B2 de longa e o anticolinérgico. Se ele não melhorar usa uma xantina. O que tem que ter cuidado é com os pacientes que tem indicação de usar corticoideinalatório: É utilizado para diminuir as exacerbações. Utiliza Corticoide na DPOC em pacientes com VEF1 < 50 e mais de 1 exacerbação/ano e utiliza igual na asma. Roflumilaste é um inibidor de fosfodiesterase, ele é indicado em paciente com grave com mais de uma exacerbação ano e com fenótipo de bronquite crônica (muito catarro) O que muda muito o prognóstico do paciente é a Oxigênio terapia e o abandono do tabagismo que fazem parte das medidas de tratamento não medicamentoso do DPOC junto com Reabilitação pulmonar e vacinação. Oxigênio domiciliar é para evitar o mecanismo de vasoconstricção hipóxica que gera o cor pulmonale. Ele vai utilizar a quantidade mínima para manter a saturação de O2 acima de 90% e vai usar pela maior quantidade de tempo possível (16hs); Parar de fumar tem várias alternativas: terapia cognitiva comportamental, nicotina, bupropiona, vareniclina; Vacinação: pneumocócica a cada cinco anos e influenza anual. O tratamento cirúrgico não é indicado rotineiramente: Cirurgia Redutora Transplante de pulmão Procedimentos broncoscópicos Exacerbações Critérios para definir que o paciente está em exacerbação: 1) Piora da dispneia 2) Aumento da secreção 3) Mudança de cor da secreção Ou um desses acima associado com IVAS, febre, sibilos, aumento da FC ou da FR. DPOC| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 O que pode causar esses episódios? A causa mais comum é uma infecção. Mas pode pode ser uma embolia pulmonar, pneumotórax, IC ou um IAM. O objetivo aqui do tratamento é aliviar o desconforto respiratório, tratar a etiologia da crise e controlar. Vamos tratar com broncodilator de ação curta, corticoide sistêmico por 7 a 10 dias e oxigênio para manter a saturação de O2 maior que 90%. E quando dar ATB? Quando o paciente estiver com exacerbado com secreção purulenta ou exacerbação grave e trata como se fosse uma pneumonia. A medida importante é a ventilação não invasiva o BIPAP, evita que o paciente seja intubado. Antibióticos: reservados para as exacerbações que cursam com aumento da dispneia, aumento do volume e da purulência da expectoração. Também indicado para exacerbações graves com necessidade de ventilação mecânica. Levar em conta os padrões locais de resistência: S. pneumoniae, H. influenziae e Moraxella catarrhalis. OBS: Pacientes com VEF1 < 50%, mais que 4 exacerbações no último ano, uso de CTC sistêmico nos últimos três meses e de ATB nos últimos 15 dias Pacientes com provável infecção por germes mais resistentes (Pseudomona, gram – entéricos e pneumococo resistente a penicilina (usa-se beta-lactâmics com inibidor da beta-lactamase, fluorquinolonas respiratórias e, na suspeita de Pseudomonas sp., ciprofloxacina.). Questões Com relação ao tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é correto afirmar que: Analisando as alternativas: a) Incorreta. As xantinas têm pequeno potencial broncodilatador, recomendada apenas a casos de sintomas refratários a despeito do uso de broncodilatadores. b) Incorreta. Agentes mucolíticos/antioxidantes somente são recomendados, em alguns casos, no tratamento de manutenção, mas não nas exacerbações. c) Incorreta. Os corticoides sistêmicos não estão indicados no tratamento de manutenção da DPOC. d) Correta. Quando houver cor pulmonale ou policitemia, a oxigenoterapia poderá ser recomendada em níveis intermediários de paO2 (56 a 59) e SatO2 (88 a 90). e) Incorreta. Somente estão indicadas a vacina anti-influenza (anual) e a antipneumocócica (a cada 5 anos). As opções terapêuticas para o tratamento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) têm crescido nos últimos anos. Dentre as opções de tratamento da DPOC, assinale a alternativa correta: Analisando as alternativas: a) Incorreta. O indacaterol, que tem sido usado na DPOC, é um beta-agonista de ação prolongada, com efeito por 24 horas. b) Incorreta. O omalizumabe é um anti-IgE utilizado no tratamento da asma, não da DPOC. c) Incorreta. Os corticoides inalados estão indicados a pacientes com DPOC com doença grave e exacerbações repetidas. d) Correta. O roflumilaste é indicado a pacientes com DPOC grave, com manifestações compatíveis com bronquite crônica e exacerbações repetidas. e) Incorreta. O tiotrópio é um anticolinérgico de ação prolongada. M.A.C.G., de 60 anos, apresenta um quadro de tosse crônica com secreção esbranquiçada e dispneia no grau 1 pela escala mMRC (0-4). Dentre os hábitos de vida, informa a história de fumar 10 cigarros por dia há 20 anos. Diante desse quadro, para a investigação diagnóstica, optou-se por espirometria, cujos resultados mostraram Capacidade Vital Forçada (CVF) normal, Volume Expiratório Forçado no 1º segundo (VEF1) = 76% e relação VEF1-CVF = 0,65, sem alteração após a prova broncodilatadora. Nesse caso, além de mandatória, na abordagem para tratamento do tabagismo está indicado o início de que medicação por via inalatória? Atenção! Temos uma paciente de 60 anos, com dispneia a esforços maiores (grau 1 mMRC, escala na qual o grau 0 indica ausência de dispneia e 4 dispneia ao repouso), com antecedente de tabagismo e distúrbio obstrutivo à espirometria (VEF1-CVF <0,7). O diagnóstico provável é DPOC. Como tem sintomas persistentes, a recomendação é de uso de um broncodilatador de ação prolongada, que pode ser beta-agonista (formoterol, salmeterol, indacaterol) ou anticolinérgico (tiotrópio). Um homem de 75 anos queixa-se de piora da falta de ar há 2 dias, associada a expectoração amarelada. Antecedente pessoal: tabagismo (100 anos/maço), em uso de tiotrópio, salmeterol e fluticasona. Exame físico: consciente, orientado, com PA = 152x94mmHg, FC = 100bpm e FR = 34irpm; dispneico, encontra-se em uso de musculatura acessória. E mais: bulhas hipofonéticas, ritmo cardíaco irregular, sem sopros; murmúrio vesicular globalmente diminuído, com sibilos difusos; SatO2 = 91% (ar ambiente). DPOC| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 Não houve melhora após cateter de O2, administração de hidrocortisona e 3 inalações (bromidrato de fenoterol e brometo de ipratrópio). A conduta é: O paciente provavelmente tem diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), com base no quadro, no antecedente de tabagismo e no uso de tiotrópio. Ademais, estigmas de exacerbação da doença - piora da dispneia e expectoração amarelada. Nesse momento, a conduta será o uso de broncodilatadores inalados e de oxigênio suplementar para manter a saturação >90 a 92%. Também estão indicados corticoide (necessário em qualquer exacerbação de DPOC) e antibiótico (a pacientes com DPOC exacerbada e secreção purulenta). Na abordagem inicial de exacerbados, com desconforto respiratório, uma medida adicional de ampla evidência na literatura, por auxiliar na estabilização clínica e reduzir a necessidade de ventilação mecânica, é a ventilação não invasiva, com 2 níveis de pressão (BPAP - nível mais baixo na expiração, mantendo a patência das vias aéreas, e outro mais elevado na inspiração, diminuindo o trabalho respiratório). Com relação à Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é correto afirmar que o principal fator determinante: Analisando as alternativas: a) Incorreta. A insuficiência respiratória decorre de mecanismos multifatoriais, sem preponderância; contribui a alteração na mecânica, mas, também, o comprometimento da unidade alveolocapilar, dificultando as trocas gasosas adequadas. b) Incorreta. O fator central na obstrução das vias aéreas é a redução da pressão de recolhimento dos pulmões, e não à presença de secreção nas vias aéreas. c) Incorreta e d) Correta. O principal fator da hipertensão pulmonar é a hipóxia alveolar. e) Incorreta. O surfactante não tem papel relevante na doença pulmonar obstrutiva crônica.Um senhor de 54 anos está internado na enfermaria há 6 dias e recebe a seguinte prescrição médica: - Dieta oral branda; - Sinais vitais a cada 4 horas; - O2 úmido através de cânula nasal a 2L/min; - Soro fisiológico a 0,9% 1.000mL IV a 42mL/h; - Prednisona 20mg VO 12/12h; - Nebulização com brometo de ipratrópio 20 gotas, fenoterol 8 gotas e soro fisiológico a 0,9% 5mL a cada 6 horas; - Enoxaparina 40mg SC 1x/d; - Ceftriaxona 1g IV 2x/d + azitromicina 500mg IV 1x/d. Para qual das situações a seguir essa prescrição deveria, idealmente, ser usada? Oxigênio suplementar, corticoide sistêmico, broncodilatadores inalados, antimicrobianos (cefalosporina de 3ª geração e macrolídeo) e profilaxia para tromboembolismo venoso. Quem necessitaria desses itens na prescrição? Analisando as alternativas: a) Pneumonia comunitária: ainda que a escolha de antibiótico esteja adequada, não há justificativa para o corticoide e os broncodilatadores. b) Pneumonia comunitária com exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica: antibióticos adequados, além do corticoide e dos broncodilatadores. c) Pneumonia comunitária: tal como a alternativa "a", não há justificativa para o corticoide e o broncodilatador; ademais, a escolha de antimicrobianos está equivocada. d) Pneumonia hospitalar com exacerbação da doença pulmonar obstrutiva crônica: a escolha de antimicrobianos está incorreta. Uma paciente de 68 anos, em consulta no ambulatório por falta de ar aos esforços, não tem história de tabagismo, porém cozinhou em fogão a lenha diariamente por 40 anos. Ao exame físico, apresenta murmúrio vesicular diminuído globalmente sem ruídos adventícios. Além disso, o raio x de tórax evidencia sinais de hiperinsuflação e espirometria com VEF1-CVF = 62% (pós- broncodilatador) e VEF1 = 53% (pós-broncodilatador). O diagnóstico, o estadiamento e a necessidade de reabilitação pulmonar para a paciente são: A DPOC é uma síndrome caracterizada por sintomas respiratórios crônicos e progressivos (dispneia, tosse), associados à presença de distúrbio obstrutivo na espirometria e com fator de risco para a doença, como tabagismo, exposição ao fogão a lenha, deficiência de DPOC| Luís Felipe Inácio Almeida| Medicina UFPB Turma 100 alfa-1-antitripsina, entre outros. Assim, esse é o diagnóstico mais provável da paciente. Na asma, esperaríamos sintomas episódicos e comemorativos adicionais, como atopia, resposta a broncodilatador na espirometria. O estadiamento da DPOC considera, prioritariamente, o valor do VEF1 (o melhor valor obtido, que geralmente é o pós-broncodilatador); se superior a 80%, temos DPOC leve; de 50 a 80%, moderada; de 30 a 50%, grave; e abaixo de 30%, muito grave. Desta forma, teríamos um caso de DPOC moderada. A reabilitação pulmonar está indicada a todos os portadores de DPOC com expressão moderada a muito grave. Com relação à DPOC, leia as afirmativas a seguir: I - As exacerbações de natureza infecciosa são frequentes nos estágios grave e muito grave. II - A cessação do tabagismo não interfere na progressão da doença. III - As vacinações antigripal e antipneumocócica estão indicadas. IV - Beta-agonistas adrenérgicos de ação prolongada e anticolinérgicos formam a base do tratamento. Estão corretas: Analisando as afirmativas: I - Quanto mais limitado o paciente com DPOC, ou seja, quanto mais grave o distúrbio funcional, mais suscetível estará às exacerbações, de qualquer natureza. II - A cessação do tabagismo é uma das medidas capazes de aumentar a sobrevida de indivíduos com DPOC. A outra é a oxigenoterapia em hipoxêmicos. III - Todos os pacientes com DPOC devem receber a vacinação anti-influenza anual e a antipneumocócica a cada 5 anos; a incidência de infecções graves diminui com essa medida. IV - O foco do tratamento da DPOC é aliviar a obstrução brônquica, o que é obtido com o uso de broncodilatadores, principalmente de ação prolongada; o tratamento da inflamação tem uma repercussão menor do que se observa na asma. O sinal semiológico conhecido como respiração frenolabial está associado à seguinte morbidade: A respiração frenolabial é um mecanismo de defesa utilizado pelos pacientes com DPOC para diminuir o aprisionamento aéreo associado à doença obstrutiva. Tal posicionamento dos lábios, como se fosse assobiar, determina deslocamento do ponto de igual pressão dentro do tórax para regiões proximais, em que existe cartilagem, evitando o colapso dessa região na fase final da expiração. Em um homem de 57 anos, com história crônica de dispneia que apresenta níveis reduzidos de alfa-1-antitripsina, é provável: Apesar de haver critérios para suspeita da deficiência de alfa-1-antitripsina com causa de DPOC, esse não é o questionamento do enunciado. Na realidade, a alternativa correta é a que descreve achado clássico da DPOC. Analisando as alternativas: a) Incorreta. Com a hiperinsuflação da DPOC, há redução da trama vasobrônquica na radiografia. b) Incorreta. A expectoração copiosa e purulenta é um estigma clínico de bronquiectasias. Ainda que possam ser encontradas em pacientes com deficiência de alfa-1- antitripsina, esse não é o achado mais provável. c) Incorreta. Na DPOC geralmente ocorre a redução do volume expiratório forçado no 1º segundo. d) Incorreta. A redução do volume residual é característica das doenças restritivas. e) Correta. Com o aumento do volume residual na DPOC, há aumento da capacidade pulmonar total.
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