Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FASES DA INTOXICAÇÃO TOXICODINÂMICA Profº Luis Carlos Arão Fases da Intoxicação Fase de exposição Fase toxicocinética Fase toxicodinâmica Fase clínica Vias de introdução Dose/concentração Tempo/frequência Propriedades físico- químicas Suscetibilidade individual Absorção Distribuição Biotransformação Excreção Interação com o sítio de ação Sinais e sintomas Toxicante Toxicidade Intoxicação Disponibilidade química Biodisponibilidade Fase Toxicodinâmica • Estuda os mecanismos da ação tóxica exercida por substâncias químicas sobre o organismo. – Mecanismos bioquímicos. – Mecanismos moleculares. • Mecanismos gerais de ação: – Inespecíficos: ácido ou base forte. – Específicos: enzimas, proteínas, receptores, etc. Fase Toxicodinâmica • Ocorre em doses terapêuticas. • Ausência de seletividade. • Distribuição em diferentes tecidos. Reação Adversa Intoxicação • Ocorre em doses excessivas. • Acidental ou intencional. Índice Terapêutico • Índice Terapêutico – IT • Quanto menor o IT, maior o risco de promover intoxicação. Ex: Lítio Dose terapêutica: 0,5 a 1,2 mEq/L Níveis acima de 1,5mEq/L estão frequentemente relacionados a intoxicação IT = DL50 DE50 Onde: DE50 ou Dose Efetiva 50 é a dose que promove efeitos desejados em 50% dos animais submetidos a ensaios experimentais. Seletividade de Ação • Estruturas-alvo Proteínas Enzimas Moléculas transportadoras Expressão gênica Canais iônicos Receptores Mecanismos Gerais de Ação 1. Interferência com sistemas biológicos (específicos): 1.1. Interação com receptores R + Efeito tóxico T (RT) Curare + receptores nicotínicos Paralisação muscular Mecanismo: inibe, por competição com a Ach, os receptores nicotínicos da placa motora, inclusive do músculo estriado. Mecanismos Gerais de Ação 1. Interferência com sistemas biológicos (específicos): 1.2. Inibição irreversível de enzimas Inseticidas organofosforados + Acetilcolinesterase Efeitos parassimpaticomiméticos Mecanismos Gerais de Ação 1. Interferência com sistemas biológicos (específicos): 1.3. Inibição reversível de enzimas Metotrexato + Dihidrofolato redutase Inibição da síntese de purinas A enzima dihidrofolato redutase converte o Ácido Diidrofólico em Ácido Fólico. Mecanismos Gerais de Ação 1. Interferência com sistemas biológicos (específicos): 1.4. Síntese letal O ácido Fluoracético é um rodenticida!!!! Ácido acético Ácido cítrico Energia celular Ácido fluoracético Ácido fluorocítrico Inibe o ciclo do ácido cítrico Mecanismos Gerais de Ação 1. Interferência com sistemas biológicos (específicos): 1.5. Interferência com o transporte de O2 Hemoglobina + Ferro + Oxigênio Hemácias Mecanismos Gerais de Ação 1.5.1. Carboxihemoglobina Mecanismos Gerais de Ação 1.5.1. Metahemoglobina Oxidação do Ferro Fe3+ Agentes metemoglobinizantes: Paracetamol, Anilina e Nitratos. Mecanismos Gerais de Ação 1. Interferência com sistemas biológicos (específicos): 1.6. Interferência com neurotransmissores Cocaína, Anfetamina e Antidepressivos Bloqueio na recaptação serotonérgica e dopaminérgica Mecanismos Gerais de Ação 1. Interferência com sistemas biológicos (específicos): 1.7. Ação carcinogênica O toxicante produz alterações cromossômicas que resultam em crescimento celular anormal. Aminas aromáticas, benzeno, álcool, tabaco, arsênico, etc. Mecanismos Gerais de Ação 1. Interferência com sistemas biológicos (específicos): 1.7. Ação alérgica Fase Clínica • Define a alteração biológica nociva do agente tóxico: – Local: é o que ocorre no sítio do primeiro contato entre o organismo e o agente químico. – Sistêmico: requer absorção e distribuição do agente químico para um sítio distante da sua via de introdução, onde produzirá o efeito nocivo. – Reversível ou irreversível: além da dose, tempo/frequência da exposição, é dependente da capacidade de regeneração do tecido do órgão ou sistema atingido. Referência Bibliográfica OGA, Seize; CAMARGO, Márcia M. A.; BATISTUZZO, José A. O. Fundamentos de Toxicologia. 4.ed. Editora Atheneu. 2014. 704p.
Compartilhar