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Aula 1: Introdução à Farmacologia, Aspectos moleculares da ação dos fármacos, Tecidos excitáveis e mecanismos de secreção. Profº: Me. Wellington Contiero FAESO – FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE OURINHOS Bacharelado em Enfermagem Disciplina: FARMACOLOGIA PARA ENFERMAGEM - SDE0286 PRINCÍPIOS GERAIS DA AÇÃO MEDICAMENTOSA PRINCÍPIOS GERAIS DA AÇÃO MEDICAMENTOSA PRINCÍPIOS GERAIS DA AÇÃO MEDICAMENTOSA Farmacologia é a ciência voltada para o estudo das drogas sob todos os aspectos, desde as suas origens até os seus efeitos no homem. Atualmente, a farmacologia é estudada em seus aspectos de farmacodinâmica e farmacocinética PRINCÍPIOS GERAIS DA AÇÃO MEDICAMENTOSA CONCEITOS Fármaco – Uma substância definida, com propriedades ativas, produzindo efeito terapêutico Droga – Qualquer substância que interaja com o organismo produzindo algum efeito. Medicamento – É uma droga utilizada com fins terapêuticos ou de diagnóstico. Vitamina C: Alimento/Medicamento PRINCÍPIOS GERAIS DA AÇÃO MEDICAMENTOSA CONCEITOS Agonista: Fármacos que se ligam aos receptores fisiológicos e simulam os efeitos dos compostos endógenos. Antagonismo: refere aos compostos químicos que se ligam a determinados receptores porém sem ativá-los, impedindo que os componentes que o ativariam de se ligarem PRINCÍPIOS GERAIS DA AÇÃO MEDICAMENTOSA CONCEITOS Equação de Hill-Langmuir: Relação teórica entre ocupação e a concentração do ligante Quanto maior a afinidade da droga, menor a concentração em que produz determinado nível de ocupação. Os mesmos princípios são aplicados quando duas ou mais drogas competem pelos receptores: cada uma possui o efeito de reduzir a afinidade aparente para a outras PRINCÍPIOS GERAIS DA AÇÃO MEDICAMENTOSA CONCEITOS Equação de Hill-Langmuir: Relação teórica entre ocupação e a concentração do ligante Quanto maior a afinidade da droga, menor a concentração em que produz determinado nível de ocupação. Os mesmos princípios são aplicados quando duas ou mais drogas competem pelos receptores: cada uma possui o efeito de reduzir a afinidade aparente para a outras PRINCÍPIOS GERAIS DA AÇÃO MEDICAMENTOSA CONCEITOS Equação de Hill-Langmuir: Resposta induzida por agonista (fármacos) CONCEITOS Agonista: Fármacos que se ligam aos receptores fisiológicos e simulam os efeitos dos compostos endógenos. Antagonismo: refere aos compostos químicos que se ligam a determinados receptores porém sem ativá-los, impedindo que os componentes que o ativariam de se ligarem RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Receptores: molécula-alvo que ao encontrar os mediadores fisiológicos (hormônios, neurotransmissores...) produzem o efeito esperado – molécula de reconhecimento. CONCEITOS Concentração-resposta (50%) para a contração do músculo liso in vitro mediada por norepinefrina, RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Resposta “tudo ou nada” correlação do efeito com a dose administrada. Em geral a respostas são graduadas o que faz com que a resposta esteja diretamente relacionada ao número de receptores com os quais a droga efetivamente interage. Hipnótico – 5mg/Kg, sonolento (agonista mais sensível) 19mg/Kg. Sonolento (agonista menos sensível) RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Agonistas: ativam o receptor na célula. Agonista Pleno: ativam o receptor produzindo uma resposta máxima da ação medicamentosa. Agonista Parcial: ativam o receptor porém produzindo uma resposta submáxima ( lenta). RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Agonista Inversos: Inativam (silenciam) os receptores disponíveis; Mutação dos receptores – hipertireoidismo/d. reumática Ansiogênicos – beta carbonila - Ayuasca RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Antagonismo: refere aos compostos químicos que se ligam a determinados receptores porém sem ativá-los, impedindo que os componentes que o ativariam de se ligarem. Antagonista Competitivo: o antagonista compete pelo mesmo receptor do agonista. Propranolol se liga ao receptor beta 1 impedindo a noradrenalina de ativá-lo. RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Antagonista Competitivo Alostérico : o antagonista se liga a outros receptores atenuando a ação do agonista. Diazepan – em relação aos receptores de GABA. RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Antagonista Competitivo Irreversível: o antagonista inibe completamente o receptor do agonista. Minipres – SR – (Prazosina): relacionado com o controle da hipertensão. Bloqueia receptores alfa-adrenérgicos pós- sinápticos da terminação nervosa simpática RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Antagonista Não Competitivo: antagonista bloqueia em algum ponto a cadeia de eventos que leva a produção da resposta pelo agonista. Dilacoron (Verapamil): controle da ação antiarrítima - bloqueia os canais de Ca2+ RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Antagonista Fisiológico: dois agentes que produzem efeitos contrários em um mesmo sistema biológico, atuando em receptores diferentes. Histamina que atua sobre receptores H1 nas células musculares lisas, causando vasodilatação e adrenalina, que atua em receptores alfa no mesmo tecido, causando vasoconstrição RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Antagonista Farmacocinético: antagonista reduz efetivamente a concentração do fármaco ativo em seu local de ação. Isto pode ocorrer de várias formas: • Aumento da velocidade de degradação metabólica do fármaco: redução do efeito do anticoagulante warfarina por aumento do seu metabolismo induzido pelo fenobarbital. • Redução da velocidade de absorção da droga no trato gastrintestinal. • Aumento na velocidade de excreção renal: Bicarbonato de sódio que aumenta a secreção urinária dos barbitúricos RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Antagonista Químico: antagonista que sequestra os agonistas neutralizando a ação do agonista. • Agentes quelantes – EDTA – em Pb, Ag, Hg - desintoxicantes protamina qualando a heparina. RECEPTORES COMO ALVOS DE FÁRMACOS CONCEITOS Dessensibilização: estimulação constante de um receptor por um agonista - efeito se torna cada vez menor. Diversos mecanismos podem ser responsáveis por este fenômeno, tais como: alteração do receptor, sua destruição, relocalização na célula. DESSENSIBILIZAÇÃO E TOLERÂNCIA. CONCEITOS Dessensibilização: estimulação constante de um receptor por um agonista - efeito se torna cada vez menor. Por outro lado a administração contínua de um antagonista gera um estado de hiperreatividade e supersensibilidade cada vez maior do receptor ao agonista. DESSENSIBILIZAÇÃO E TOLERÂNCIA. CONCEITOS Tolerância/Taquifilaxia: diminuição da resposta farmacológica que se deve à administração repetida ou prolongada de alguns fármacos, estimulação constante de um receptor por um agonista - efeito se torna cada vez menor. Mecanismos: 1) o metabolismo do fármaco acelera-se (habitualmente porque aumenta a atividade das enzimas hepáticas que metabolizam o fármaco); 2) diminui a quantidade de receptores ou a sua afinidade para o fármaco DESSENSIBILIZAÇÃO E TOLERÂNCIA. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. CONCEITOS Receptores: Sensoresdo organismo Mensageiros químicos – hormônios, transmissores, etc... localizam-se na superfície ou no interior da célula efetora (que realiza funções específicas), e a ligação de agonistas específicos a esses receptores desencadeia a resposta característica. Eles determinam, em grande parte, as relações quantitativas entre a dose ou concentração dos fármacos e seus efeitos farmacológicos. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. CONCEITOS Receptores acoplados à proteína G: O ligante extracelular é detalhado especificamente por um receptor de superfície celular. O receptor desencadeia a ativação de uma proteína G localizada sobre a face citoplasmática da membrana plasmática, a seguir a proteína G ativada modifica a atividade de um elemento efetor, geralmente uma enzima ou canal iônico. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. CONCEITOS Proteína G: é uma classe de proteínas envolvida na transdução de sinais celulares. Elas são chamadas de proteínas G porque funcionam como "chaves moleculares", alternando entre um estado de ligação com uma guanosina difosfato inativa (GDP) e outro com uma guanosina trifosfato ativa (GTP). Isso leva a regulação dos processos das células. A proteína G é composta por 3 subunidades: alfa (α), beta (β) e gama (γ). A unidade α possui um sítio de ligação com o GTP ou GDP. As subunidades β e γ permanecem sempre unidas. A proteína G se localiza na superfície interna da membrana da célula, ligada ao receptor acoplado à proteína G. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. CONCEITOS Receptores acoplados à proteína G: O ligante extracelular é detalhado especificamente por um receptor de superfície celular. O receptor desencadeia a ativação de uma proteína G localizada sobre a face citoplasmática da membrana plasmática, a seguir a proteína G ativada modifica a atividade de um elemento efetor, geralmente uma enzima ou canal iônico. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. IP3: inositol Trifosfato PIP2: fosfatidilinosito difosfato CONCEITOS Transportadores: Bomba de Na+/K+ ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. CONCEITOS Transportadores: Bomba de Na+/K+ ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. Paralisia Muscular CONCEITOS Transportadores: Bomba de Na+/Ca+ ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. CONCEITOS Transportadores: Simporte (co-transporte): Algumas substâncias, para serem transportadas, recebem energia (gasto de energia, portando transporte ativo) proveniente do gradiente de concentração de outra substância. Neste caso, ambas substâncias sofrem transporte para o mesmo lado da membrana. Principal íon envolvido é o Na+. Exemplo: Co- transportador Na+/Glicose, no qual o Na+ fornece energia para a glicose. Antiporte (contratransporte): Esse transporte assemelha-se aos simpotadores, porém nesse exemplo as duas substâncias envolvidas são transportadas para lados opostos da membrana (uma substância vai para o espaço intracelular, e a outra para o extracelular). Exemplo: Na+/H+, no qual o Na+ fornece energia para o H+. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. CONCEITOS Receptores dos canais iônicos intrínsecos: Esses receptores de superfície celular circundam canais iônicos seletivos (de Na+, K+, Ca+ ou Cl-) no interior de suas moléculas. A ligação do agonista abre o canal e provoca despolarização ou hiperpolarização/ alterações na composição iônica do citossol, dependendo do íon que flui pelo canal. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. CONCEITOS Receptores dos canais iônicos intrínsecos: Esses receptores de superfície celular circundam canais iônicos seletivos (de Na+, K+, Ca+ ou Cl-) no interior de suas moléculas. A ligação do agonista abre o canal e provoca despolarização ou hiperpolarização/ alterações na composição iônica do citossol, dependendo do íon que flui pelo canal. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. CONCEITOS Receptores enzimáticos: Envolve uma proteína receptora transmembrana, na qual as reações enzimáticas intracelulares são dependentes do ligante, os ligantes se liga a superfície de domínio da proteína. ASPECTOS MOLECULARES DA AÇÃO DE FÁRMACOS. CONCEITOS A excitabilidade - caracteriza as propriedades do tecido - resposta ao estímulo. Excitação manifestada do potencial de ação. com base na excitação são processos físicos e químicos complexos. Primeira colocação em funcionamento tempo de excitação - alterar a permeabilidade de íons e potenciais elétricos membrana. TECIDOS EXCITÁVEIS. CONCEITOS Tecidos excitáveis têm várias propriedades: Irritabilidade - a capacidade de tecido irritação tomadas, Ansiedade - a capacidade de tecidos responderem de excitação de irritação, Condutividade - a capacidade de distribuir agitação, Labilidade - a taxa de fluxo dos ciclos de excitação fundamental. A labilidade refletindo o tempo durante o qual as restaurações tecidos desempenho após o próximo ciclo de condução. Limiar de estimulação (em Fisiologia das células nervosas e musculares), a dosagem mais baixa do estímulo (geralmente corrente elétrica), que pode causar um potencial de ação para barrar TECIDOS EXCITÁVEIS. CONCEITOS Tecidos excitáveis têm várias propriedades: Irritabilidade - a capacidade de tecido irritação tomadas, Ansiedade - a capacidade de tecidos responderem de excitação de irritação, Condutividade - a capacidade de distribuir agitação, Labilidade - a taxa de fluxo dos ciclos de excitação fundamental. A labilidade refletindo o tempo durante o qual as restaurações tecidos desempenho após o próximo ciclo de condução. Limiar de estimulação (em Fisiologia das células nervosas e musculares), a dosagem mais baixa do estímulo (geralmente corrente elétrica), que pode causar um potencial de ação para barrar TECIDOS EXCITÁVEIS. CONCEITOS Todas as células secretam material em meio circundante, seja para formar uma barreira protetora ao redor da célula ou para se comunicar com outras células. Secreções celulares Proteção/reconhecimento Substâncias sinalizadoras MECANISMOS DE SECREÇÃO. CONCEITOS Secreções envolvidas na comunicação entre as células podem ser classificadas pela distância na qual elas têm efeito: MECANISMOS DE SECREÇÃO. MECANISMOS DE SECREÇÃO.
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