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trabalho Gestao de contrato 2015

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Aluno: Antônio Marcos da Silva 
Matricula: 201408387671
 Trabalho de Gestão de Contratos
Fiança
Promessa feita, por uma ou mais pessoas, de garantir ou satisfazer obrigação não cumprida pelo devedor, assegurando ao credor seu efetivo cumprimento. Negócio entre credor e fiador; o devedor (afiançado) não é parte na relação jurídica.
Características
Acessório - É imprescindível o contrato principal. Se este for nulo, nula também será a fiança. A recíproca não é verdadeira. Abrange acessórios da dívida principal (juros, cláusula penal, despesas judiciais, etc.). O valor da fiança não poderá exceder o do débito principal, sob pena de ser reduzido ao nível da dívida afiançada.
Unilateral - A obrigação é só do fiador, que se obriga com o credor; este nenhum compromisso assume.
Gratuito - Em regra, o fiador nada recebe. Pode ser pactada remuneração (ex.: fiança bancária).
Forma escrita obrigatória - Instrumento público ou particular. Pode constar do instrumento do contrato principal. Pode ser benéfico, é sempre interpretado restritivamente. A forma verbal é inadmissível.
Súmulas do STJ
- 214 - O fiador na locação não responde pro obrigações resultantes de adiantamento no qual não anuiu.
- 332 - A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total da garantia.
Substituição
O credor pode exigir a substituição do fiador se este se tornar insolvente ou incapaz.
Fiadores
Pessoas maiores ou emancipadas, com livre disposição de seus bens (idoneidade moral e financeira) e residentes no município em que prestam fiança.
Não podem ser fiadores
- Absolutamente incapazes e menores de 18 anos, mesmo que representados ou assistidos.
- Pródigos, sem assistência do curador.
- Cônjuge, sem a outorga conjugal, exceto no regime da separação total de bens.
- Analfabeto, salvo se por procurador constituído por instrumento público, com poderes especiais.
Em razão de ofício: tesoureiros, leiloeiros, tutores, curadores, etc.
Observação: se a fiança foi dada diante de obrigação contraída por menor, mesmo que a principal seja nula ou anulável, a fiança prevalece. É exceção à regra de que uma obrigação nula não pode ser objeto de fiança. Mas, se se referir a contrato de mútuo contraído por menor, sendo este nulo, nula também será a fiança (exceção da exceção).
Benefício de ordem
O fiador demandado pelo pagamento da dívida tem direito de exigir que primeiro sejam executados os bens do devedor (afiançado). O benefício não prevalece quando: o fiador renunciou, obrigou-se como principal pagador (devedor solidário), ou o devedor era insolvente ou falido.
Benefício de divisão
Se mais de um fiador garantirem a mesma obrigação, serão eles solidários entre si. Mas os fiadores podem prever que a obrigação seja divisível. Nesse caso, cada fiador só responde por sua parte no pagamento.
Sub-rogação
Fiador que paga a dívida fica sub-rogado nos direitos do credor. Só poderá demandar os outros fiadores pela respectiva quota.
Responsabilidade dos herdeiros
Morte do fiador extingue a fiança. Os herdeiros do fiador respondem quanto às obrigações assumidas pelo de cujas em razão de fiança. A obrigação se transmite aos herdeiros do fiador, mas a responsabilidade da fiança não pode ultrapassar as forças da herança, limitando-se à data da morte do fiador.
Extinção
- Iniciativa do fiador, se o contrato for sem limitação de tempo (por consenso entre fiador e credor ou por decisão judicial.
- Morte do fiador.
- Anulação judicial (falta de outorga, vícios do ato jurídico, etc.).
- Concessão de moratória ao devedor, sem anuência do fiador.
- Aceitação, pelo credor, de objeto diverso do que venha a perdê-lo por evicção.
- Fiador indica bens do devedor para serem executada em primeiro lugar, demorando o credor a executá-los e caindo, posteriormente, o devedor em insolvência.
Aval
Figura do Direito Cambiário, própria dos títulos de crédito, é garantia pessoal, em que o avalista se obriga a pagar a dívida do avalizado. Este é devedor solidário, diferentemente da fiança, em que o fiador é devedor subsidiário. A responsabilidade do avalista é autônoma; independe da validade da obrigação garantida, sem necessidade de outorga conjugal.
Transação
As partes, por composição amigável, fazem mútuas concessões, prevenindo ou extinguindo obrigações. Ambas abrem mão de suas pretensões, evitando riscos de futura demanda ou extinguindo litígio já instaurado.
Espécies
- Judicial - No curso do processo.
- Extrajudicial - Previne ação judicial; formalizada por instrumento público ou particular.
- Admissibilidade
- Direitos (disponíveis) patrimoniais de caráter privado.
Não-admissibilidade
Coisas fora do comércio, estado e capacidade das pessoas, legitimidade e dissolução do casamento, investigação de paternidade, guarda de filhos, alimentos, etc.
Compromisso
As partes, preferindo não se submeter à decisão judicial, confiam a árbitros a solução de conflitos de interesses. Restringe-se a direitos patrimoniais disponíveis.
Espécies
1. Cláusula compromissória - Promessa por escrito de celebrar o compromisso futuramente (caráter preventivo) caso venha a surgir conflito em um contrato, sendo autônoma em relação a este. Se de adesão, só terá eficácia se o aderente concordar expressamente com a arbitragem.
2. Compromisso arbitral - Regulamentação definitiva da arbitragem, feita após o surgimento do conflito de interesses. Classifica-se em:
a) Judicial - Pendência de processo judicial: faz-se um termo nos autos, cessam as funções do juiz togado e as pendências se resolvem por meio de árbitros.
b) Extrajudicial - Não foi ajuizada ação e não poderá ser proposta, salvo exceções, pois as partes abriram mão do direito.
Árbitro
Qualquer pessoa física capaz (exceto o analfabeto), que tenha confiança das partes. Pode-se nomear um ou mais árbitros e suplentes, sempre em número ímpar.
Observações
As partes podem estabelecer um rito a ser seguido. Não havendo previsão, compete ao árbitro ou tribunal arbitral discipliná-lo.
A sentença arbitral será proferida em seis meses ou outro prazo estipulado pelas partes, contando da instituição da arbitragem. Não há recurso ou homologação pelo Poder Judiciário, mas pode ser impugnada se for nula (árbitro absolutamente incapaz). Produz entre as partes e seus sucessores os mesmos efeitos da sentença proferida pelo juiz togado. Se condenatória, trata-se de título executivo.
Empreitada
Uma das partes se obriga, sem subordinação ou dependência, a realizar, pessoalmente ou por terceiro, obra para outrem, com material próprio ou por este fornecido, mediante remuneração determinada ou proporcional ao trabalho executado. A pessoa se obriga a entregar a obra pronta, sem se prender ao tempo nela empregado. A direção e fiscalização competem ao empreiteiro, que contratará ou despedirá os operários. Terá por finalidade obra material (ponte, conserto de veículo, plantações, etc.) ou intelectual (elaboração de projeto, obra literária, etc.).
Partes
- Empreitante (comitente, dono da obra ou contratante) - Quem contrata a obra.
- Empreiteiro (contratado) - Quem põe à disposição sua atividade.
Características
Bilateral (ambos assumem obrigações), comutativo (prestações equivalentes), oneroso (vantagens e obrigações recíprocas), consensual e de forma livre.
Distinção entre empreitada e prestação de serviço
Na prestação de serviço, o risco é do tomador; na empreitada, do empreiteiro, que é o responsável pela entrega da obra terminada.
Na prestação de serviço, o pagamento se determina pelo tempo de trabalho (dias, horas, etc.); na empreitada, é proporcional à obra contratada, independentemente do tempo consumido na execução.
Classificação
1. Quanto ao modo de fixação do preço
a) A preço fixo (marché à forfait) - Retribuição estipulada para a obra inteira, de antemão, em quantia certa e invariável, sem considerar o fracionamento da atividade. Divide-se em:
- a preço fixo absoluto: não admite qualquer alteraçãona remuneração, seja qual for o custo da mão-de-obra ou dos materiais;
- a preço fixo relativo: permite variação em decorrência do preço de algum dos componentes da obra ou de alterações que já estejam programadas por influência de fatos previsíveis, ainda que não constatados.
b) Por medida (ad mensuram ou marché sur dévis) - O preço atende ao fracionamento da obra, considerando-se as partes em que ela se divide. Estipula-se o pagamento por parte concluída.
c) Por valor reajustável - O preço varia dado o aumento ou a diminuição valorativa da mão-de-obra e materiais. Possibilita que o preço varie segundo índices oficiais, procedendo-se à revisão periódica em datas preestabelecidas. Protege o empreiteiro em períodos de grande inflação.
d) Por preço máximo - Estabelece-se limite de valor não ultrapassável pelo empreiteiro.
e) A preço de custo - O empreiteiro realiza o trabalho, responsabilizando-se pelo fornecimento de materiais e pagamento da mão-de-obra, mediante reembolso do despendido, acrescido do lucro assegurado.
2. Quanto à execução do trabalho
a) Lavor - O empreiteiro assume a obrigação de prestar o trabalho, fornecendo apenas mão-de-obra.
b) Mista - O empreiteiro fornece mão-de-obra e materiais.
Observação: nos contratos de empreitada de edifícios ou construções consideráveis, o empreiteiro de materiais e o de lavor responderão durante cinco anos pela solidez e segurança do trabalho.
Recebimento
Concluída a obra de acordo com o ajuste ou o costume do lugar, o dono é obrigado a recebê-la. Fica desobrigado se o empreiteiro:
- afastou-se das instruções e planos recebidos;
- descumpriu regras técnicas previstas para trabalhos da espécie; nesse caso, pode haver abatimento do preço.
Prestação de serviços
Pessoa se obriga a fornecer a outra, sem vínculo empregatício, prestação de atividade, mediante remuneração. Também chamada de locação de serviço. O Código Civil possui caráter residual, pois somente se aplica às relações não regidas pela Consolidação das Leis de Trabalho e pelo Código de Defesa ao Consumidor.
O contrato de trabalho cria relação de emprego (ou vínculo empregatício): habitualidade, subordinação e dependência econômica.
A prestação de serviços não gera vínculo trabalhista. Ficam sob sua égide: profissionais liberais, representantes comerciais, trabalhador eventual (ex.: jardineiro), etc.
Objeto
Toda espécie de serviço ou trabalho (material ou imaterial), desde que não proibido por lei e bons costumes. É obrigação de fazer.
Partes
- Prestador de serviços (executor, contratado ou locador) - Quem presta os serviços.
- Tomador (solicitante, contratante ou locatário) - Quem contrata os serviços da outra parte e remunera.
Características
Bilateral (ambos assumem obrigações), comutativo (prestações conhecidas e equivalentes), oneroso (transferência recíproca de direitos e vantagens), consensual e de forma livre.
Remuneração
Estipulada livremente entre as partes. Se não o fizerem, será fixada por arbitramento, segundo o costume do lugar, tempo de serviço e qualidade. A regra é que seja feita em dinheiro, depois do serviço prestado; nada impede que seja em alimento, vestuário, moradia, etc.
Prazo 
Não pode ser superior a quatro anos. Decorrido esse prazo, findará o contrato, ainda que não concluída a obra (caso contrário, seria escravidão). Nada impede que outro contrato seja celebrado.
Não havendo prazo estipulado, as partes podem rescindir o contrato a qualquer tempo, bastando simples aviso prévio:
- com antecedência de oito dias, se o salário for fixado por um mês ou mais;
- com antecedência de quarto dias, se o salário for fixado por uma semana ou quinzena;
- na véspera, se por menos de sete dias.
Rescisão
- O prestador, contratado por tempo certo ou por dia determinado, não pode se ausentar ou rescindir o contrato, sem justa causa, antes de preenchido o tempo ou concluída a obra. Rescindindo o contrato sem justa causa, tem direito à retribuição vencida, mas responde por perda e danos.
- O tomador que, sem justa causa, despedir o prestador será obrigado a pagar-lhe por inteiro a retribuição vencida e por metade a que lhe tocaria se concluísse o contrato.
Extinção
- Vencimento do prazo.
- Conclusão da obra.
- Morte do prestador.
- Rescisão contratual, com ou sem justa causa (com ou sem indenização).
Compra e venda
Um dos contratantes se obriga a transferir o domínio de coisa e outro, a pagar o preço em dinheiro. O contrato não transfere a propriedade, somente cria a obrigação da transferência. A propriedade é transferida pela tradição (bens móveis) ou pelo registro do título aquisitivo no Registro de Imóveis (bens imóveis).
Características
Bilateral (sinalagmático) - Cria obrigações para ambos os contratantes, que são ao mesmo tempo credores e devedores.
Oneroso - Ambas as partes auferem vantagens, que correspondem a sacrifícios patrimoniais.
Comutativo - Objeto certo e seguro, com equivalência aproximada das prestações e contraprestações. Aleatório - Admitido em algumas hipóteses, na dúvida da existência ou do valor de uma das prestações (ex.: venda de colheita futura).
Consensual - Aperfeiçoa-se com o simples consenso dos contraentes.
Solene - Quando a lei o exigir (ex.: escritura pública para compra de imóveis).
Elementos
1. Coisa (res) - Objeto. Segundo a doutrina, deve ser corpórea (móveis ou imóveis). Sendo incorpórea (direitos de intervenção, de propriedade literária, científica ou artística), é de cessão de direitos. Características: 
a) Estar disponível (in commercium). A inalienabilidade impossibilita sua transmissão (ex.: bem de família registrado como tal, bens públicos gravados com cláusula de inalienabilidade).
b) Pode se referir as coisas futuras (contrato aleatório: frutos de uma colheita esperada).
2. Preço (pretium) - Quantia a ser paga pela coisa. Deve ser sério (equivalente ao objeto), em dinheiro ou coisas representativas de dinheiro (cheque, nota promissória, etc.). Não sendo a venda a crédito, o vendedor não é obrigado a entregar a coisa antes de receber o preço. É nulo o contrato em que o preço é fixado ao arbítrio de uma das partes. Todavia, pode ser fixado:
a) no futuro, por terceiro que os contratantes designarem;
b) à taxa de mercado (bolsa), em dia determinado.
3. Consentimento (consensus) – Acordo entre os contratantes capazes sobre a coisa, o preço e as demais condições.
Vendedor
Deve entregar a coisa e os acessórios. Em regra, a tradição tem de ser efetiva ou real, podendo ser simbólica (ex.: chaves do carro).
Deve garantir a qualidade e o bom funcionamento da coisa (responsabilidades: vícios redibitórios, vícios do produto, evicção, etc.).
Sofre as consequências se o bem, antes da entrega, vier a se perder ou deteriorar, mesmo por caso fortuito ou força maior.
É responsável pelas despesas da tradição (transporte, comissão, etc.).
Comprador
Deve pagar o preço. Se a coisa se perder ou degradar antes da tradição, arcará com o prejuízo. Se for após o pagamento, o vendedor arcará com o dano.
Na ausência de previsão, pagará primeiro, seguindo-se a entrega do objeto.
É responsável pelas despesas da escrituras, impostos sobre transmissão da propriedade, registro, etc.
Restrições legais
- Ascendentes não podem vender aos descendentes sem que haja consentimento dos outros descendentes e do cônjuge do alienante, salvo se casado no regime de separação obrigatória de bens (artigo 496), sob pena de anulação do ato (pode acobertar doação, em prejuízo dos demais herdeiros).
 - Pessoa casada (exceto no regime de separação absoluta de bens) não pode alienar ou gravar de ônus (hipotecar) bens imóveis sem a outorga do cônjuge (artigo 1.647):
a) uxória (esposa autoriza a venda);
b) marital (marido autoriza a venda).
- Os cônjuges não podem fazer contrato entre si em relação a bem incluído na comunhão, pois seria uma venda fictícia (os bens do casal já são comuns). Se excluído da comunhão, o negócio pode ser realizado.
- O artigo 497 arrola as hipóteses em queos bens não podem ser comprados, ainda que em hasta pública (ex.: tutores e curadores quanto aos bens confiados a sua guarda ou administração).
Imóvel
Ad corpus - O comprador adquire bem certo e determinado, independentemente da metragem.
Ad mensuram - O preço é avaliado com bases na extensão, na metragem.
Cláusulas especiais - pactos adjetos
Retrovenda (artigos 505 a 508)
Direito do vendedor de readquirir imóvel, dentro do prazo decadencial máximo de três anos ( não se suspende nem se interrompe), restituindo o preço recebido, mas despesas feitas pelo comprador. É condição resolutiva, que deve estar expressa no contrato. Se não for estipulado prazo ou este for superior a três anos, serão considerados apenas três anos. Vencido o prazo e não exercido o direito, a venda se torna irretratável.
Venda a contento e venda sujeita a prova (arts. 509 a 512)
Venda a contento - O negócio não se aperfeiçoa enquanto o comprador não se declara satisfeito,mesmo que a coisa já tenha sido entregue.
Venda sujeita a prova - O vendedor apresenta ao comprador amostras que asseguram a qualidade do produto. Não apresentando a qualidade, a coisa pode ser enjeitada. Ambas são hipóteses de venda sob condição suspensiva.
As obrigações do comprador, enquanto não efetivado o negócio, são de mero comodatário, com o dever de restituir a coisa.
Preempção, preferência ou prelação (artigos 513 a 520)
O comprador, caso for vender a coisa (móvel ou imóvel) a terceiro, se obriga a oferecê-la ao vendedor, para exercer o direito de preferência em igualdade de condições. É direito personalíssimo e intransmissível.
Prazo: sendo móvel, não pode exceder 180 dias; sendo imóvel, dois anos. Não fixado prazo, o direito caduca em três dias, se móvel, ou 60, se imóvel, após notificação.
Se o comprador alienar a coisa sem dar ciência ao vendedor do preço e das vantagens que por ela lhe ofereceram, responderá por perdas e danos, sem direito de reaver o bem. Se o adquirente estiver de má-fé, responderá solidariamente.
Em algumas situações o direito de preferência decorre da lei:
Coisa não teve o destino para o qual foi desapropriada: o expropriado tem direito de preferência pelo preço atual (retrocessão).
Condômino de bem indivisível: só pode vender sua parte a estranhos se oferecer antes aos outros condôminos, nas mesmas condições. O condômino preterido poderá, depositando o preço, requerer para si a coisa vendida a estranhos, no prazo de 180 dias.
Locatário: tem preferência para adquirir o imóvel locado, em igualdade de condições com terceiros.
Reserva de domínio (artigos 521 a 528)
O vendedor transfere ao comprador a posse da coisa, reservando para si a propriedade até que se realize o pagamento integral do preço, quando então o negócio terá eficácia plena. É cláusula formal, feita sempre por escrito. Para valer contra terceiros (erga omnes), deve ser registrada no Cartório de Títulos e Documentos. Efetuado o pagamento, a transferência do domínio opera-se automaticamente.
Se o comprador não pagar as prestações no vencimento, pode o vendedor:
a) pleitar a rescisão do contrato, a reintegração de posse da coisa, devolvendo as prestações pagas (deduzidas as despesas);
b) mover ação pleiteando a cobrança das prestações vencidas e vincendas, pois o atraso de uma prestação acarreta o vencimento antecipado dos demais.
Observação: o comprador somente poderá dispor ou alienar esse bem se houver expressa autorização do vendedor.
Venda sobre documentos (artigos 529 a 532)
Substitui-se a tradição da coisa pela entrega de título representativo ou outros documentos exigidos no contrato (tradição ficta). Efetua-se o pagamento na data e local da entrega dos documentos. É usada em negócios de importação e exportação, ligando-se à técnica de pagamento denominada crédito documentado (trust receipt).
Pacto comissório
Cláusula por cuja força se opera a extinção dos direitos contratuais da parte que não cumpriu sua prestação. O atual Código Civil não cuida desse tema, mas é admissível por não ser contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes. Funciona como condição resolutiva.

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