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AULA 16

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FACULDADE DE DIREITO
		
DISCIPLINA:
	
DIREITO CONSTITUCIONAL
	
SEMESTRE:
	
3º (TERCEIRO)
	
CARGA HORÁRIA:
	
QUATRO AULAS SEMANAIS
	
TURNO: 
	
NOTURNO
	
PROFESSOR:
	
JOSÉ NATANAEL FERREIRA
	
PERÍODO:
	
1° SEMESTRE 2014
PLANO DE AULA
DIREITO CONSTITUCIONAL II
PROCESSO LEGISLATIVO
AULA N° 16
NOÇÕES ELEMENTARES SOBRE O PROCESSO LEGISLATIVO
Conceito de processo legislativo
DAS ESPÉCIES LEGISLATIVAS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ARTIGO 59
—	emendas à Constituição Federal
—	leis complementares
—	leis ordinárias
—	leis delegadas
—	decretos legislativos
—	resoluções
—	medidas provisórias
ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO
—	iniciativa legislativa
—	emendas
—	votação
—	sanção e veto
—	promulgação e publicação
BIBLIOGRAFIA
DIREITO CONSTITUCIONAL II	-AULA N° 16
PROCESSO LEGISLATIVO
NOÇÕES ELEMENTARES SOBRE O PROCESSO LEGISLATIVO
Regra geral, quando se refere a processo legislativo, diz-se de todo o iter (“todo o caminho”), de todos os procedimentos jurídico-sequenciais que, na forma do Regimento Interno da Casa Legislativa referenciada, conduzem à formação das leis (lato sensu). No âmbito federal (Constituição Federal, art. 59), o processo legislativo compreende a elaboração de: 	—	emendas à Constituição;
—	leis complementares; 
—	leis ordinárias; 
—	leis delegadas; 
—	medidas provisórias; 
—	decretos legislativos; 
—	resoluções.
Deve-se compreender que os parlamentares (sejam eles Vereadores, Deputados Estaduais, Deputados Federais ou Senadores) não deliberam sobre leis (lato sensu) já prontas, promulgadas e vigentes. Não. Os parlamentares deliberam sobre projetos (“sugestões” de alteração da ordem jurídica), como, por exemplo;
—	projetos de leis, 
—	projetos de emendas à Constituição (ou à Lei Orgânica, conforme o caso); 
—	projetos de leis complementares; 
—	projetos de leis delegadas; 
—	projetos de decretos legislativos ou projetos de resoluções, por exemplo.
Além das espécies citadas na Constituição Federal (art. 59), há outras espécies legislativas apreciadas pelos parlamentares na forma de projetos. Por exemplo: 
a)	projetos de emendas à Lei Orgânica (Municípios e Distrito Federal);
b)	projetos de alteração do Regimento Interno (em quaisquer das Casas).
Esses projetos somente vão se transformar em leis (lato sensu) após serem aprovados pela Casa Legislativa e sancionados, promulgados e publicados pelo Chefe do Poder Executivo (com as ressalvas devidas: as emendas à Constituição Federal são promulgadas pelo próprio Congresso Nacional, sem interferência do Poder Executivo na sua sanção e promulgação). 
Enquanto tramitam nas Casas Legislativas, os projetos são denominados proposições e ou proposituras. Proposições ou proposituras são os projetos (sugestões de alterações na ordem jurídica) apresentados à análise dos membros do Poder Legislativo. 
Denomina-se processo legislativo o processo de análise e de aprovação/rejeição das proposições/proposituras nas Casas Legislativas.
1.1	CONCEITO DE PROCESSO LEGISLATIVO
“...Por processo legislativo entende-se o conjunto de atos (iniciativa, emenda, votação, sanção, veto) realizados pelos órgãos legislativos visando a formação das leis constitucionais, complementares e ordinárias, resoluções e decretos legislativos. Tem, pois, por objeto, nos termos do art. 59, a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções...”.[1: SILVA, José Afonso da.Curso de Direito Constitucional Positivo. 21ª ed. — São Paulo : Malheiros, 2002, p. 522]
2	ESPÉCIES LEGISLATIVAS DO ARTIGO 59 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Ressalvando que, no âmbito dos Legislativos Estaduais, Distrital e Municipais, existem outras espécies legislativas além daquelas mencionadas no artigo 59 da Constituição Federal (a exemplo das emendas à Lei Orgânica – Municípios e Distrito Federal, e emendas à Constituição do Estado), diz-se:
—	emendas à Constituição Federal
—	são proposições tendentes a alterar o texto constitucional;
—	possui autores qualificados para sua propositura (CF/88, art. 60)= um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal; o Presidente da República; mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros;
—	exige quórum qualificado para sua aprovação (CF/88, art.60, § 2º)= “§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros...”;
—	se aprovada, é promulgada pelas Mesas das Casas do Congresso Nacional, sem interferência do Poder Executivo (CF/88, art. 60, § 3º)= “...§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem...”;
—	possui vedação quanto à matéria (CF/88, art. 60, §§ 4º e 5º): “...§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. § 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa...”.
—	leis complementares
—	são proposições cuja matéria a Constituição (Federal ou os Estados) exige quórum especial para aprovação. No âmbito federal, a Constituição exige quórum de maioria absoluta (CF/88, art. 69): “...Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta...”;
—	possui matérias específicas que, por determinação constitucional, devem ser tratadas por seu intermédio, a exemplo das matérias apontadas na Constituição Federal, no:
—	artigo 7º, I;
—	artigo 14, § 9º;
—	artigo 18, §§ 2º e 3º;
—	artigo 21, IV;
—	artigo 25, § 3º;
—	artigo 146.
—	respeitadas as matérias cuja iniciativa legislativa é outorgada a pessoa especifica (Presidente da República ou Tribunal de Justiça, por exemplo), a “...iniciativa das leis complementares [...] cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição...” — CF/88, art. 61.
—	leis ordinárias
—	são proposições cujas matérias não possuem quórum qualificado para aprovação, sendo aprovadas por maioria simples dos presentes à votação da Casa Legislativa, ressalvadas exceções que possam existir, a exemplo das matérias de ordem orçamentária, cujo quórum para rejeição, geralmente, é de dois terços;
—	“...A iniciativa das leis [...] ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição....”, ressalvadas as matérias cuja iniciativa legislativa é concedida a pessoa específica – CF/88, artigo 61, caput e §1º. As matérias relativas às leis ordinárias constituem-se no maior número de proposições analisadas pelas Casas Legislativas.
—	leis delegadas
—	são leis elaboradas pelo Presidente da República e submetidas à apreciação do Congresso Nacional. A intenção seria a urgência e a agilidade na promulgação da lei, evitando-se todo o rito ordinário relativo ao processo legislativo para aprovação. Não é utilizada, dada à possibilidade de o Presidente da República editar Medidas Provisórias;
—	a iniciativa é exclusiva do Presidente da República, que deverá submeter a proposição ao Congresso Nacional, que, se aprovar, a promulgará por Resolução (CF/88, artigo 68, §§ 2º e 3º): “...§ 2º - A delegação ao Presidente da Repúblicaterá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. § 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualquer emenda...”;
—	há restrição de matérias a serem tratadas por lei delegada (CF/88, artigo 68, §1º): “...§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos...”.
—	decretos legislativos e resoluções
São atos que dizem respeito às Casas Legislativas (no âmbito federal, às Casas do Congresso Nacional, e independem de sanção ou de veto. Sua tramitação e aprovação se fazem conforme os respectivos regimentos internos.
Os decretos legislativos tratam de matérias de competência exclusiva da Casa Legislativa, mas que tenham efeitos externos à própria Casa. As resoluções tratam de matérias de competência exclusiva da Casa Legislativa, com efeitos internos à própria Casa.
“...Nada se diz sobre o processo de formação dos decretos legislativos e das resoluções. Aqueles são atos destinadas a regular matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional (art. 49) que tenham efeitos externos a ele; independem de sanção e de veto. As resoluções legislativas são também atos destinados a regular matéria de competência do Congresso e de suas Casas, mas com efeitos internos; assim, os regimentos internos são aprovados por resoluções. Contudo, são previstas algumas resoluções com efeito externo, como a de delegação legislativa e as do Senado sobre matéria financeira e tributária (arts. 68, §2º; 52, IV a X, e 155, §2º). Como a Constituição não dispôs sobre o processo de sua formação, isso ficou para os regimentos internos...”.[2: SILVA, op. cit., p. 522]
—	medidas provisórias:	são proposições com força de lei adotadas pelo Presidente da República, em casos de relevância e urgência. Por possuírem força de lei, são vigente e eficazes desde logo, mas devem ser submetidas imediatamente à análise do Congresso Nacional, o qual terá prazo para apreciá-las, sob pena de perderem a validade.
Constituição Federal
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I – relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; 
b) direito penal, processual penal e processual civil;
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros; 
d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; 
II – que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro; 
III – reservada a lei complementar;
IV – já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República. 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.
§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§ 11 e 12 perderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias, prorrogável, nos termos do § 7º, uma vez por igual período, devendo o Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, as relações jurídicas delas decorrentes. 
§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante os períodos de recesso do Congresso Nacional. 
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. 
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. 
§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. 
§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada na Câmara dos Deputados. 
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
§ 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. 
§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o § 3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de medida provisória, as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas. 
§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando o texto original da medida provisória, esta manter-se-á integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto. 
3.	ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO[3: SILVA, José Afonso da.Curso de Direito Constitucional Positivo. 21ª ed. — SãoPaulo : Malheiros, 2002, p. 522 a 526]
Processo legislativo é o conjunto de atos preordenados visado a criação de normas de Direito. Esses atos são:
—	iniciativa legislativa;
—	emendas;
—	votação;
—	sanção e veto;
—	promulgação e publicação.
—	INICIATIVA LEGISLATIVA=	trata-se da faculdade atribuída (concorrentemente ou não) a pessoas ou órgãos para apresentarem projetos de lei ao Poder Legislativo. Há, em determinadas matérias, legitimação exclusiva de pessoa ou órgão para apresentar projeto de lei:
Constituição Federal:
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; 
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação e extinçãode Ministérios e órgãos da administração pública, observadoo disposto no art. 84, VI;  
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. 
§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios
Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.
§ 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias.
§ 2º - O encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete:
I - no âmbito da União, aos Presidentes do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, com a aprovação dos respectivos tribunais;
II - no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais.
Pelo princípio da simetria, as Constituições dos Estados e as Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal devem observar o mandamento constitucional federal quanto à legitimação para a apresentação de proposições ao Poder Legislativo (por exemplo: as matérias de competência privativa do Presidente da República para apresentar projetos de leis ao Congresso Nacional também devem ser de competência privativa dos Governadores e dos Prefeitos nas suas respectivas áreas de atuação).
As Constituições dos Estados e as Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal também observar em seus textos a possibilidade de apresentação de projetos de lei ao Poder Legislativo local por iniciativa popular, na forma do § 2º do artigo 61 da Constituição Federal: “...Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição...”.
—	EMENDAS:	são proposições apresentadas pelos parlamentares, com o objetivo de alterar proposição já em trâmite na mesma Casa Legislativa (por exemplo, há um projeto de lei em tramitação, e determinado parlamentar apresenta emenda para alterar, suprimir ou acrescer sua proposta ao texto original daquele projeto de lei). Os Regimentos Internos das Casas Legislativas disciplinam o modo e os prazos para apresentação de emendas.
No que respeita às leis orçamentárias, as emendas que signifiquem aumento de despesas somente pode ser apresentadas se (CF/88, 
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º;
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
§ 1º - Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores e Deputados: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente da República;
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Casas, criadas de acordo com o art. 58.
§ 2º - As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
§ 3º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;
II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
a) dotações para pessoal e seus encargos;
b) serviço da dívida;
c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal; ou
III - sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões; ou
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
§ 4º - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.
§ 5º - O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.
—	VOTAÇÃO:	constitui ato coletivo das Casas Legislativas e, normalmente, é precedida de estudos e pareceres técnicos elaborados pelas Comissões (Permanentes ou Especiais ) da respectiva Casa e por debates em Plenário. É por meio da Votação que a proposição (projeto de lei, de emenda, de decreto legislativo, de resolução etc.) é aprovado ou rejeitado pelo Parlamento. Votação é a decisão. “...É ato de decisão (arts. 65 e 66), que se toma por maioria de votos: maioria simples (ou relativa), isto é, maioria dos membros presentes (art. 47), para a aprovação de projetos de lei ordinária; maioria absoluta dos membros das Câmaras, para aprovação dos projetos de lei complementar (art. 69), e maioria de três quintos dos membros das Casas do Congresso, para aprovação de emendas constitucionais (art. 60, § 2º)...”[4: SILVA, op. cit., p. 525]
—	SANÇÃO E VETO: são atos de competência legislativa exclusiva dos Chefes do Poder Executivo (Presidente da República, Governadores de Estado ou do Distrito Federal e Prefeitos dos Municípios), nas suas respectivas áreas de atuação, e somente recaem sobre projetos de lei (e não sobre a lei).
— SANÇÃO:	trata-se da concordância do Chefe do Executivo com o texto do projeto de lei aprovado pelo Legislativo e enviado para sua consideração. A sanção pode ser expressa ou tácita. A sanção expressa ocorre quando o Chefe do Executivo emite o ato de sanção assinando, em quinze dias úteis, o projeto de lei aprovado pelo Legislativo. A sanção tácita se dá quando o Chefe do Executivo não assina, em quinze dias úteis, o projeto de lei aprovado pelo Poder Executivo (CF/88, art. 66, §§ 1º e 3º).
— VETO:	trata-se da discordância (total ou parcial) do Chefe do Executivo com o texto do projeto de lei aprovado pelo Legislativo e enviado para sua consideração. Essa discordância não pode se dar de forma arbitrária, mas somente fundamentada e motivada, no prazo de quinze dias úteis, em razões de interesse público e ou de inconstitucionalidade (CF/88, art. 66, §§ 1º e 2º). O veto parcial somente poderá se dar sobre texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea (CF/88, art. 66, § 2º). Ao vetar (total ou parcialmente) um projeto de lei, o Chefe do Executivo envia mensagem à Presidência do Legislativo (no âmbito federal, ao Presidente do Senado Federal). E a Casa deve deliberar sobre o veto em trinta dias (o âmbito federal, o veto é apreciado por sessão conjunta do Congresso Nacional). O veto pode ser rejeitado por maioria absoluta dos parlamentares da Casa. Se o veto for rejeitado pela maioria absoluta, o projeto de lei será promulgado pela Presidênciada Casa. Se o veto for aprovado, o projeto de lei é arquivado.
—	PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO:	não atos de natureza legislativa. A promulgação e a publicação se dão em relação à lei e não em relação ao projeto de lei. Ambas são atos de competência do Chefe do Poder Executivo.
— PROMULGAÇÃO:	trata-se da comunicação de que a lei foi criada com determinado conteúdo (feitura e conteúdo). No direito brasileiro, a promulgação é obrigatória para conferir validade à lei sancionada. “...O ato de promulgação tem, assim, com conteúdo, a presunção de que a lei promulgada é válida, executória e potencialmente obrigatória. A lei só se torna eficaz com a promulgação publicada. Cabe a promulgação ao Chefe do Executivo, mesmo naquelas leis em que ele tenha vetado e o Legislativo tenha derrubado o veto (CF/88, art. 66,§ 5º). Caso o Chefe do Executivo não promulgue a lei em quarenta e oito horas, o Presidente do Poder Legislativo deverá fazê-lo (CF/88, art. 66,§ 7º).
A Constituição Federal foi promulgada pela Mesa da Assembleia Nacional Constituinte. As emendas constitucionais são promulgadas pelas Mesas da Câmara de Deputados e do Senado Federal (CF/88, art. 66,§ 3º).
— PUBLICAÇÃO:	trata-se da comunicação aos destinatários de que a lei foi promulgada. A publicação se faz pelo jornal/imprensa oficial ou por publicação em órgão de imprensa que responda pela publicação dos atos oficiais. Quem promulga a lei deve ordenar que seja publicada. Dada sua publicação, nasce a presunção de que todos a conhecem, ninguém podendo deixar de cumpri-la sob argumento de que a desconhecia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 28ª ed. —São Paulo : Malheiros, 2013
SILVA, José Afonso da.Curso de Direito Constitucional Positivo. 21ª ed. — São Paulo : Malheiros, 2002
_______. Aplicabilidade das normas constitucionais. 8ª ed. — Malheiros : São Paulo, 2012
TAVARES, André Ramos. Curso de Direito Constitucional. 2ª ed. — São Paulo : Saraiva, 2002
José Natanael Ferreira
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