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RESUMO AP1 - PORT II - AULA 1 A 8

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RESUMO DE PORTUGUÊS II
Ivo da Costa do Rosário
Mariangela Rios de Oliveira
Aula 1 : Sintaxe – definição e objeto
Sintaxe – Parte da gramática que descreve e interpreta a ordenação e a combinação hierárquica dos constituintes nas frases de uma língua.
A sintaxe preferencialmente utilizada é a combinação Sujeito (S) + Verbo (V) + Complemento (C) = SVC. Algumas antecipações sintáticas são feitas para criar um efeito de destaque. A separação por vírgula de algum constituinte sintático dá ênfase à circunstância expressa.
Sintagmas – Os objetos da sintaxe. “O sintagma é formado por dois ou mais elementos consecutivos onde um é o DETERMINADO (principal) e o outro, o DETERMINANTE (subordinado)” (KURY,1986).
Propriedades do sintagma – Segundo Azeredo, são três: deslocamento, substituição e coordenação:
Deslocamento – O sintagma se desloca na frase para posições iniciais, mediais ou finais, não admitindo movimento de apenas um ou de alguns de seus constituintes.
Substituição – Já que o sintagma é uma estrutura de sentido e de forma, ele então pode ser substituído por um pronome ou sinônimo.
Coordenação- O sintagma admite a interposição de um conectivo coordenativo entre seus constituintes, estabelecendo equivalência funcional ou coordenação desses elementos.
Exemplo:
Gato escaldado / tem [medo] / de água fria.
Deslocamento – “De água fria tem medo gato escaldado”
Substituição – “Ele tem medo de água fria” ou “ Ele tem medo dela”
Coordenação – “Gato escaldado tem medo e pânico de água fria”
 Classificação dos sintagmas – Segundo Azeredo, há cinco tipos: 
- Sintagma Nominal (SN) – Tipo de sintagma como determinado ou núcleo, um substantivo comum que poderá estar unido de determinantes ou modificadores que qualificam o núcleo referido. Os determinantes são basicamente artigos e pronomes.
- Sintagma Verbal (SV) – Unidade com a presença obrigatória do verbo com a função sintática específica de predicado.
- Sintagma Adjetivo (SAdj) - O núcleo ou determinado é um adjetivo que pode estar junto de um determinante como artigo, pronome ou numeral.
- Sintagma Adverbial (SAdv) – O determinado é o advérbio. O Sadv se subordina ao núcleo do SV. O SAdv se refere à ação verbal, como o local, o tempo, o modo, o meio, a intensidade, entre outros.
 
- Sintagma Preposicional (SPrep) – Ou sintagma preposicionado. Constituído por preposição+SN ou preposição+Sadv.
Exemplos:
A galinha e o papo – Sintagmas Nominais
João seguiu Pedro na rua – Sintagma Verbal
Águas passadas – Sintagma Adjetivo
Ele seguiu João na rua atentamente ontem - Sintagmas Adverbiais
Gosto de chocolate – Sintagma Preposicional
Aula 2 – Frase, Oração e Período
Os diferentes conceitos de frase têm algo em comum: uma declaração completa, capaz por si só de estabelecer comunicação. Na organização interna há duas classificações de padrões. Na classificação mais simples há três tipos:
 
Interjeição – Constituinte dotado de sentido, marcado por entoação e fortemente vinculado ao contexto situacional em que é produzido. Exemplo: “Epa!”.
Frase Nominal – Frase sem verbo que tem como núcleo um nome de natureza substantiva, adjetiva ou adverbial. Exemplo: “Casa de loucos”.
Frase Verbal – Constituída por verbo. Também chamada de oração. Exemplo: Você é linda.
Um traço característico da frase para que concorra a totalidade de sentido é a marca ENTOACIONAL. No texto escrito, a frase deve se iniciar com letra maiúscula e finalizada com um ponto. Na modalidade falada, a pausa maior ou menor costuma marcar o início e o término da frase. A pausa menor corresponde à vírgula e a pausa maior corresponde ao ponto na escrita.
O segundo tipo de classificação frasal foi proposto por Rocha Lima (1999). De acordo com ele, há cinco tipos de frases formadas por marcas entoacionais:
Declarativa – Usada para fazer asserções. Encerrada com ponto final. Exemplo: O dia acabou.
Interrogativa - Usada em perguntas. Finalizada no texto escrito pelo sinal de interrogação. Segundo Perini, uma interrogativa é fechada quando a resposta é absoluta (sim ou não) e é aberta quando a resposta incide sobre um dos termos na oração. 
Imperativa – Função de chamar a atenção, de convocar... Em geral, na escrita se encerra com ponto de exclamação. Exemplo: Faça esse resumo!
Exclamativa – Expressa emoção ou condição interior (alegria, medo). Costuma vir finalizada por sinal de exclamação. Exemplo: Quanta perfeição!
Indicativa – Sintetiza um pensamento, como se fosse uma declaração padrão. Na maioria dos casos tem pequena extensão. Exemplo: Tudo bem?
De acordo com Rocha Lima (1999), as frases também podem se classificar em afirmativas ou negativas. A pouca frequência da negação na comunidade linguística se deve ao fato de que esta condição expressa uma “carga” bastante deselegante, desprovida de polidez. 
 Estrutura Oracional – “Biparte-se normalmente em sujeito e predicado.” 
Conceito e função do período – Segundo KURY (2003), “período é o enunciado de sentido pleno, constituído de uma ou mais orações e terminado por uma pausa bem definida”. O período formado por uma só oração é denominado “simples” e recebe o rótulo de “absoluto”. Quando o período é formado por duas ou mais orações, ele é composto. 
Aula 3 – Termos Essenciais: O Sujeito – Introdução Geral
O rótulo de essencial ao sujeito atribuído pela Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) deve ser assumido como “central” ou “básico”, já que nem sempre ele aparece na oração.
Definições de sujeito: 
Critério Semântico – Ser sobre o qual se faz uma declaração.
Critério Morfológico – Termo com o qual o verbo concorda.
Critério Sintático – Termo que ocupa a primeira posição na oração.
Aula 4 – Tipos de Sujeito
Sujeito Simples – O sujeito tem apenas um núcleo, geralmente um nome ou pronome.
Sujeito Composto – Sujeito com mais de um núcleo. Neste caso, o verbo deve ocorrer no plural. 
Sujeito Oculto (determinado) – Também chamado de elíptico ou desinencial. O sujeito oculto pode ser identificado na oração, mesmo que não esteja formalmente expresso na oração. Há duas formas para encontrá-lo:
Pela identificação da desinência verbal : “Fizemos uma passeata (-mos, desinência verbal que revela o sujeito “nós”).
Pela presença do sujeito no contexto (oração ou período) anterior: “Ambos são professores e dão aula de matemática”.
Sujeito Indeterminado – Quando se desconhece o sujeito, quando não há interesse em sabê-lo ou quando não se quer dizer quem executa a ação. Esse tipo de sujeito é classificado pelo viés semântico e morfossintático. Há dois recursos gramaticais para a expressão desse tipo:
Verbo na 3ª pessoa do plural sem referência ao SN contido na oração: “Falaram mal do professor”.
Verbo na 3ª pessoa do singular com o pronome “se”: “Precisa-se de professores”. 
Oração sem Sujeito – Ênfase no processo verbal. Nessas construções o sujeito é inexistente e o verbo, impessoal. Conforme Cunha e Cintra (2001), essa oração se manifesta por três modos:
Verbos ou expressões referentes a fenômenos da natureza: “Nevou muito aqui”.
Com verbo haver no sentido de existir: “Nessa escola não havia professores”.
Com os verbos haver, fazer e ir indicando tempo decorrido e com o verbo ser na referência a tempo geral: “Era cedo quando adormeci” / “Vai pra dois meses que não durmo bem”.
Aula 5 – Termos Essenciais II: Predicado
	Na tradição gramatical, o predicado é definido em função do sujeito. O predicado é a declaração ou comentário sobre um ser (sujeito). A maioria dos autores considera o predicado como efetivamente necessário à organização oracional. Há três tipos de oração que põem em xeque a igualdade de relevância entre o sujeito e o predicado:
“Comentaram sobre sua demissão.” – Indefinição do sujeito.
“Estivemos aqui ontem.” – Sujeito oculto.
“Amanheceu rápido” – Sem sujeito.
Tipos de Predicado:
Predicado Verbal – “Tem como núcleo, um verbo significativo” (Cunha e Cintra). “A mulher tratou do divórcio.”
PredicadoNominal - Predicado que tem por núcleo um nome representado por substantivo, adjetivo ou pronome. O seu núcleo é o predicativo. O verbo nesse tipo de predicado é chamado de ligação porque conecta o sujeito e o predicativo, estabelecendo entre ambos a concordância número-pessoal devida, além de informar sobre o tempo e o modo da declaração. Exemplo: “Laura era uma idosa”.
O verbo de ligação pode expressar: estado permanente (verbo ser), estado transitório (verbo estar), mudança de estado (verbo ficar), continuidade de estado (verbo continuar) ou aparência de estado (verbo parecer). O conteúdo básico do verbo de ligação é a manifestação de estado e não ação ou processo. (Cunha e Cintra - 1985).
Predicado Verbo-Nominal – Combinação do predicado verbal e do nominal. Possui dois núcleos – um verbo significativo, próprio do predicado verbal e um nome na função de predicativo, característico do nominal:
Exemplo: Mauro riu despreocupado.
Aula 6 –Predicativo do Sujeito e Predicativo do Objeto
Predicativo do Sujeito – Termo no predicado nominal que atribui ao sujeito uma qualidade, funcionando como núcleo desse predicado. Exemplos:
Substantivo – O boato é um vício.
Adjetivo ou locução adjetiva – A praia estava deserta. 
 Pronome – O espião é aquele.
 Numeral – Nós somos quatro em casa. 
Oração Substantiva Predicativa – Seu sonho era morar no Rio.
Predicativo do Objeto – Termo ou expressão que complementa o objeto direto ou o objeto indireto, conferindo-lhe um atributo. Possui duas particularidades:
Acompanha o verbo de ligação implícito;
Pertence ao predicado verbo-nominal.
O predicativo do objeto é formado através de um substantivo ou um adjetivo.
Exemplo: Todos julgavam-no culpado.
Objeto: no
Predicativo: adjetivo
Aula 7 – Termos Integrantes I: Complementos Verbais
 Termo Integrante – Termo que sem ser essencial na oração, tampouco é mero acessório: completa a significação de outros termos (nomes ou verbos). É o termo que inteira o sentido da oração. Os termos integrantes na sintaxe oracional da língua portuguesa são: o complemento verbal (objeto) e o complemento nominal. Tipos de Complemento Verbal:
Objeto Direto - Sintagma de núcleo nominal que subordinado ao verbo transitivo direto, liga-se a este sem a presença de preposição. O objeto direto pode ser constituído por mais de um núcleo, classificando-se como composto:
Ninguém disse a verdade 	 Ninguém disse a verdade nem a mentira.
Objeto Direto Preposicionado – Complemento verbal que apesar de ser objeto direto, pode ser regido da preposição a, geralmente, ou de outras, esporadicamente. Cunha e Cintra (1985) apresentam três contextos que motivam o uso facultativo da preposição no objeto direto:
- Articulação de verbos de sentimento: “Amar ao próximo”.
- Tentativa de clareza: “Aos seis filhos a mãe ama”. 
- Construções fixas, já de uso consagrado: “Sacou da espada”.
Ainda conforme Cunha e Cintra (1985), em apenas um contexto é necessário o uso do objeto direto preposicionado – quando seu núcleo for um pronome pessoal oblíquo tônico. Exemplo: “Ofendeste a mim com essas palavras”.
Objeto Direto Pleonástico – Aquele que retoma a si mesmo com o propósito de destacar a atenção para seu conteúdo. São casos em que se considera que há dois complementos verbais em cada oração. Exemplo: “A mim, ninguém me engana”.
Objeto Indireto - Complemento de um verbo transitivo indireto. O verbo é regido por preposição, estabelecendo-se a ordenação V + SPrep. Existe a possibilidade de mais de um núcleo na formação do objeto indireto composto. Exemplo: Precisamos de amor e de paz.
O complemento verbal objeto indireto pode receber o rótulo de pleonástico. Exemplo: “A mim, dedicou-me seu novo livro de poemas”.
Do ponto de vista semântico, o objeto indireto define-se genericamente como “o complemento que representa a pessoa ou coisa a que se destina a ação, ou em cujo proveito ou prejuízo ela se realiza” (Rocha Lima, 1987). Exemplo: “Gosto muito de meus ex-alunos”.
Quando o verbo é transitivo direto e indireto, ou bitransitivo, ocorrem dois complementos verbais na oração – o objeto direto e o indireto, geralmente nesta sequência.
OBJETO INDIRETO OBJETO INDIRETO
Dei o melhor de mim a esse empreendimento.
Aula 8 – Termos Integrantes II
	 A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) propõe apenas dois tipos de complementos verbais: o objeto direto e o objeto indireto. O gramático Rocha Lima juntamente com outros autores perceberam que há um grupo de verbos que apresenta comportamento morfossintático um pouco distinto dos chamados verbos transitivos diretos e indiretos. A esses verbos, Rocha Lima (1987) chamou-os transitivos relativos. E ao complemento de tais verbos, o autor chamou-os complemento relativo.
Bechara (2003) distingue esses verbos:
a) Possibilidade de acompanhamento por qualquer preposição exigida pela significação do verbo.
b) Impossibilidade de se substituir o complemento preposicionado pelo pronome pessoal átono lhe: a construção só é possível mediante pronome pessoal tônico ele, ela, eles, elas (com marca de gênero e número do substantivo substituído) precedido da preposição pedida pelo verbo. 
Exemplo: 	Assistir a um baile Assistir a ele.
Rocha Lima (1978) também foi responsável pela idealização do verbo transitivo adverbial (ou circunstancial). Certos verbos de movimento ou de situação (chegar, ir, voltar, estar, morar) quando pedem um complemento com valor de lugar, embora tradicionalmente classificados como intransitivos, devem ser considerados transitivos. Exemplo: “Maria fez compras em Recife”
Complemento Relativo – Para a NGB, este tipo é apenas uma forma do objeto indireto. Porém Rocha Lima (1987) e Bechara (1999) fizeram um tratamento diferente. O complemento relativo tem os seguintes pilares:
a) O complemento relativo não se refere à pessoa ou coisa a que se destina a ação verbal, ou em cujo proveito ou prejuízo ela se realiza;
b) O complemento relativo não é passível de substituição, na terceira pessoa, pelas formas átonas lhe e lhes. Só pode ser substituído pelas formas ele, ela, eles, elas, precedidas de preposição.
Casos de complementação relativa:
Muitos assistiram ao final do campeonato.
Esse trabalho depende do aval do chefe.
As orações acima possuem SPrep que não podem ser substituídos pelas formas lhe e lhes, mas por a ele e dele.
 Complemento Adverbial – Termo de valor circunstancial que completa a predicação de um verbo transitivo adverbial. Expresso por um advérbio, locução ou expressão adverbial. Exemplos: “Onde estavas?”, “Venho de casa.”
Segundo Rocha Lima (1987), há verbos que requerem como complementos sintagmas circunstanciais, notadamente de lugar ou de tempo, para integralizarem sua significação. Esses sintagmas também chamados de complemento circunstancial, não funcionam como informação subsidiária; ao contrário, tornam-se vitais para o sentido da oração.
Moro naquela distante cidade. 
Dormi naquela distante cidade.
O sintagma destacado na primeira oração completa efetivamente o sentido do verbo morar que exige informação de natureza locativa para sua compreensão. Porém na segunda oração, o verbo dormir não necessita de complemento circunstancial. O sintagma “naquela distante cidade” não funciona como integrante, ele é acessório.

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