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Tecnologia de Concreto e Aço CONCRETO Aula 02 – Estado Fresco e Estado Endurecido (Parte 1) Flávio Maranhão Maurício Marques Resende Materiais de Construção Civil I USJT Tecnologia de Concreto e Aço Concreto Propriedades no estado fresco Microestrutura Estado endurecido “The first 48 hours are very important for the performance of the concrete structure. It controls the long-term behavior, influence fc, Ec, creep, and durability.” Prof. Paulo Monteiro Tecnologia de Concreto e Aço Concreto nas Primeiras Idades Mistura convencional de concreto Tempo de pega: 6 a 10 horas Resistência necessária para remoção das formas: 2 dias O período das primeiras idades, começa com o concreto fresco, de consistência plástica, e termina com o concreto de um a dois dias de idade, que seja resistente o suficiente para permanecer sem maiores cuidados. Período muito curto em relação à vida útil do concreto Tecnologia de Concreto e Aço Concreto nas Primeiras Idades Propriedades do Concreto no Estado Fresco Trabalhabilidade Perda de Abatimento Segregação e Exsudação Retração Tempo de Pega Tecnologia de Concreto e Aço Concreto nas Primeiras Idades Trabalhabilidade Propriedade que determina o esforço exigido para manipular uma quantidade de concreto fresco, com perda mínima de homogeneidade Propriedades reológicas da pasta de cimento Atrito interno entre as partículas de agregado Atrito externo entre o concreto e a superfície da forma Tecnologia de Concreto e Aço Concreto nas Primeiras Idades Trabalhabilidade Propriedade composta, contendo pelo menos dois componentes principais: Fluidez Facilidade de mobilidade Coesão Resistência à exsudação e à segregação Não é uma propriedade intrínseca do concreto Tipo de construção, método de lançamento, adensamento e acabamento Tecnologia de Concreto e Aço Concreto nas Primeiras Idades Trabalhabilidade http://www.engetop.ufba.br/MateriaisII/UNIDADE_03_CONCRETOFresco02.pdf Tecnologia de Concreto e Aço Concreto nas Primeiras Idades Medida da Trabalhabilidade Consistência Índice da mobilidade ou da fluidez do concreto Abatimento de tronco cone Aparelho Vebe – ACI 211.3 Ensaio de fator de compactação – ACI – 211.3 Tecnologia de Concreto e Aço Concreto nas Primeiras Idades Medida da Trabalhabilidade Abatimento de Tronco Cone (Slump) Não é adequado para medir a consistência de concretos muito secos (abatimento menor do que 10mm) ou muito fluidos. Não é uma medida satisfatória do comportamento reológico do concreto Simples e conveniente para controlar a uniformidade da produção de concreto de diversas betonadas Tecnologia de Concreto e Aço Molde tronco-cônico Funil Placa Metálica Colher, Trena, Haste metálica Medida da Trabalhabilidade Abatimento de Tronco Cone (Slump) Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Medida da Trabalhabilidade Abatimento de Tronco Cone (Slump) T até 150 seg Homogeneização: Água total COLETA: Abatimento Concreto aceito Descarregamento ENSAIO: Abatimento Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Medida da Trabalhabilidade Abatimento de Tronco Cone (Slump) 1ª CAMADA 25 golpes distribuídos uniformemente 2ª CAMADA 25 golpes distribuídos uniformemente 3ª CAMADA 25 golpes distribuídos uniformemente M e h ta e M o n te iro , 2 0 0 8 Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Medida da Trabalhabilidade Abatimento de Tronco Cone (Slump) Tirar o excesso de concreto e rasar a superfície Pressionar as alças do molde com as mãos e retirar os pés Levantar o molde, de 5 a 10 segundos Medir o abatimento com a trena Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Medida da Trabalhabilidade Abatimento de Tronco Cone (Slump) Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Medida da Trabalhabilidade Abatimento de Tronco Cone (Slump) Classes de Abatimento Classe Abatimento (mm) S 10 10 ≤ A < 50 S 50 50 ≤ A < 100 S 100 100 ≤ A < 160 S 160 160 ≤ A < 220 S 220 A ≥ 220 Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Medida da Trabalhabilidade Abatimento de Tronco Cone (Slump) Expectativas Problemas Superfície com textura lisa Compacto e uniforme Facilidade de se adensar (peso próprio) Coeso, sem desprendimento de agregado graúdo Áspero Cheio de vazios Com dificuldade de ser adensar (peso próprio) Com desprendimento de agregado graúdo Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Medida da Trabalhabilidade Abatimento de Tronco Cone (Slump) Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Fatores que afetam a trabalhabilidade Consumo de água Para uma mesma dimensão máxima característica de agregado graúdo, o abatimento ou a consistência do concreto tem correlação direta com a quantidade de água da mistura Quando o consumo de agregados/cimento é reduzida, mas a relação água/cimento é mantida constante, o consumo de água aumenta e, consequentemente, a consistência fica mais fluída. Quando a quantidade de água é mantida constante, mas a relação agregados/cimento é reduzida, a relação água/cimento diminui e a consistência não pode ser alterada. Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Fatores que afetam a trabalhabilidade Consumo de cimento A redução consideràvel do consumo de cimento tende a produzir misturas ásperas com acabamento precário Consumo elevado de cimento, ou alta proporção de finos, proporcionam excelente coesão, mas tendem a ficar viscosas. Características do Agregado O tamanho das partículas do agregado graúdo influencia a quantidade de água necessária para atingir determinada consistência Areias muito finas ou angulosas necessitam de mais água para se obter uma dada consistência Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Fatores que afetam a trabalhabilidade Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Fatores que afetam a trabalhabilidade Aditivos e Adições Quando a quantidade de água é mantida constante, a incorporação de aditivos redutores de água aumenta o abatimento (aumenta a fluidez). Adições pozolânicas tendem a reduzir a exsudação e aumentar a coesão do concreto. As cinzas volantes, quando utilizadas para substituir parcialmente o agregado miúdo, geralmente aumentam a consistência com um dado consumo de água. Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Fatores que afetam a trabalhabilidade Aditivos e Adições Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Perda de Abatimento Perda de consistência do concreto fresco com o passar do tempo Fenômeno normal para todas as misturas de concreto Formação de produtos de hidratação (etringita e silicato de cálcio hidratado) Á agua livre da mistura é consumida pelas reações de hidratação, por adsorção nas superfícies dos produtos de hidratação e por evaporação. É função do tempo, da temperatura, da composição do cimento e dos aditivos/adições presentes. Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Perda de Abatimento Importância Aderência do concreto na betoneira Dificuldade de bombear, lançar e acabamento Queda na produtividade e qualidade do trabalho Perda de resistência Perda de durabilidade Prejuízo no desempenho Reamassamento: Acréscimo de água para recuperar o abatimento Um caminhão betoneira de concreto perdido pode representar um ótimo negócio para a empresa, se comparado ao seu possível uso e falha de desempenho Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Perda de Abatimento Causas Emprego de cimento com pega anormal Atraso no tempo de mistura, transporte e adensamento Alta temperatura devido ao elevado calor de hidratação Condições ambientais secas e quentes. Uso de aditivos aceleradores de pega Uso de aditivos dispersantes à base de policarboxilatos Incompatibilidade cimento/aditivo Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Perda de Abatimento Causas Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Segregação e Exsudação Segregação Separação dos componentes de uma mistura de concreto fresco de tal forma que sua distribuição deixe de ser uniforme. Exsudação Fenômeno cuja manifestação externa é o surgimento de água na superfície após o concreto ter sido lançado e adensado, porém antes de sua pega. É uma forma de segregação, porque os sólidos em suspensão tendem a se sedimentar. Resulta da incapacidade dos materiais componentes em reterem toda a água de amassamento em um estado disperso, enquanto os sólidos se assentam Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Segregação e Exsudação Medida Existe somente ensaio para medir a exsudação, que mede a quantidade de água acumulada na superfície do concreto em um determinado intervalo de tempo. É expressa como a relação entre a quantidade de água acumulada na superfície e a quantidade de água existente na amostra de concreto. A observação visual e inspeção dos testemunhos extraídos de concreto endurecido, normalmente, são adequadas para determinar se ocorreu a segregação. Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Segregação e Exsudação Causas Consistência inadequada Quantidade excessiva de partículas do agregado graúdo com densidade muito alta ou muito baixa Pouca quantidade de partículas finas Baixo consumo de cimento e de areia Utilização de areia com curva granulométrica inadequada Métodos impróprios de transporte, lançamento e adensamento Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Tempos de Pega Início de pega Representa aproximadamente o momento em que o concreto fresco não pode mais ser adequadamente misturado, lançado e compactado. Fim de Pega Representa, aproximadamente, o tempo após o qual a resistência começa a se desenvolver a uma taxa significativa. Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Tempos de Pega Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Tempos de Pega Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Tempos de Pega Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Tempos de Pega http://www.estig.ipbeja.pt/~pdnl/Sub-paginas/MatConst_apoio_files/ppt/MC%20-%20Betao%20Armado_durabilidade.pdf Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Tempos de Pega Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Tempos de Pega Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Retração Plástica Redução do volume do concreto fresco, com desenvolvimento de fissuras. Nas lajes, a secagem rápida do concreto fresco causa retração plástica quando a taxa de perda de água da superfície excede a taxa disponível de água exsudada. Ao mesmo tempo, fissuras surgem quando o concreto próximo à superfície já tenha se tornado muito rijo para fluir, mas não está resistente o suficiente para suportar as tensões de tração causadas pela retração restringida. As fissuras típicas da retração plásticas são paralelas entre si, sendo as fissuras contiguas afastadas uma das outras. Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Retração Plástica Concreto nas Primeiras Idades http://www.dundee.ac.uk/civileng/PhDStudents hips/images/EffectofNewGenerationsofPlastic Shrinkage.jpg Tecnologia de Concreto e Aço Retração Plástica Causas taxa de perda d’água > Taxa de reter água Acontece quando o concrete ainda não está endurecido (baixa resistência) Perda de aderência entre o concreto e a armadura Fissuração superficial Alta temperatura e ventos e baixa umidade relativa Taxa de evaporação > 0.2 lb/ft2/hr Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Retração Plástica Causas Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Retração Plástica Controle Umedecer as formas e sub-base Construir quebra-ventos ou coberturas temporárias Manter baixa a temperatura do concreto fresco Reduzir o tempo entre lançamento e início da cura Cura do concreto Concreto nas Primeiras Idades Tecnologia de Concreto e Aço Resistência Capacidade para resistir à tensão sem romper. No concreto, a resistência está relacionada à tensão necessária para causar a ruptura, sendo definida a tensão máxima que a amostra do concreto pode suportar. No ensaio de tração, a fratura do corpo-de-prova normalmente significa ruptura. No ensaio de compressão, o corpo-de-prova é considerado rompido, mesmo não havendo sinais visíveis de fratura externa. No entanto, as fissuras internas terão atingido um estado avançado tal que o corpo-de-prova não suporta uma carga maior. Concreto – Estado Endurecido Tecnologia de Concreto e Aço Resistência – Fatores que influenciam Concreto – Estado Endurecido Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Sólidos Vazios ou poros espaço interlamelar no gel de C-S-H vazios capilares; vazios de ar aprisionado / incorporado Água capilar adsorvida interlamelar quimicamente combinada Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Vazios ou poros espaço interlamelar no gel de C-S-H 0,5 a 2,5 nm Vazio muito pequeno para que se tenha um efeito adverso na resistência e permeabilidade da pasta de cimento hidratada Pode contribuir para a retração por secagem e fluência, devido a retenção de água nestes vazios pelas pontes de hidrogênio. Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Vazios ou poros Vazios Capilares 10 a 5000 nm 1 cm3 cimento anidro ~ 2 cm3 cimento hidratado O espaço originalmente ocupado pelo cimento e pela água, é preenchido gradualmente pelos produtos de hidratação. O espaço não preenchido consiste de vazios capilares distância inicial entre partículas do cimento: relação a/c; idade (gel); 10 a 50 nm até 3 a 5 mm (pastas jovens, a/c elevada) > 50 nm = macroporos – resistência e impermeabilidade; < 50 nm = microporos - retração e fluência. Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Vazios Capilares Poros capilares Quanto menor a relação água/cimento da pasta menor a quantidade de poros capilares na pasta de cimento M e h ta ; M o n te ir o ( 1 9 9 4 ) Tecnologia de Concreto e AçoConcreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Vazios ou poros Ar incorporado Muito maiores que os vazios capilares 50 a 200 μm Afetam negativamente a resistência e impermeabilidade Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Vazios ou poros Influenciam a resistência e permeabilidade do concreto Influenciam a retração por secagem e fluência do concreto Mehta; Monteiro (1994) Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Água A água pode existir na pasta de cimento hidratada de muitas formas Água Capilar Água Adsorvida Água Interlamelar Água quimicamente combinada Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Água Água Capilar É a água presente em vazios maiores que 50 A. Volume de água livre da influência das forças de atração exercidas pela superfície sólida. Pode ser dividida em duas categorias: > 50 nm Água Livre Sua remoção não causa qualquer alteração de volume 5 a 50 nm Água retida por tensão capilar Sua remoção pode causar retração no sistema Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Água Água Adsorvida É a água que se encontra próximo a superfície do sólido sob força de atração; retida por pontes de H; até 6 camadas moleculares (15 Angstron); movimentação para U. R. < 30 % ® Sua perda causa forte retração. Água Interlamelar “monomolecular”, fixada ao C-S-H apenas se movimenta p/ U. R. < 11%; Sua perda causa elevada retração Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Água Água Quimicamente Combinada É a água que integra parte da microestutura de vários produtos de hidratação do cimento Integra a estrutura física do gel de C-S-H varia de 0,20 a 0,25 kg / kg cimento anidro (para 100 % de hidratação) Ela não é perdida por secagem Ela é liberada quando os hidrato se decompõem por aquecimento (150-300 oC) Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Água Água Interlamelar Água Capilar Água Adsorvida Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Resistência A principal fonte de resistência nos produtos sólidos da pasta de cimento hidratada é a existência de forças de atração de Van der Walls. A aderência entre duas superfícies sólidas pode ser atribuída a essas forças físicas Os pequenos cristais de C-S-H, sulfoaluminatos de cálcio hidratados e aluminatos de cálcio hidratados hexagonais possuem grandes áreas superficiais e adesividade Relação inversa entre porosidade e resistência dos sólidos A resistência encontra-se na parte sólida do material Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Resistência Na pasta de cimento hidratada, o espaço interlamelar da estrutura do C-S-H e os pequenos vazios que estão sob influência das forças de atração de Van der Waals não são considerados prejudiciais à resistência A ruptura se inicia nos grandes vazios capilares e nas microfissuras existentes O volume de vazios capilares depende Quantidade de água de mistura adicionada Grau de hidratação do cimento Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Resistência Quando se tem a pega, a pasta adquire um volume estável que é aproximadamente igual ao volume de cimento mais o volume de água Considerando que 1cm3 de cimento produz 2cm3 de produtos de hidratação, Powers fez cálculos para demonstrar variações na porosidade capilar com diferentes graus de hidratação em pasta de cimento contendo diferente relações água/cimento. Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Caso A Uma pasta contendo relação água/cimento de 0,63 e 100 cm3 de cimento requer 200cm3 de água. Isto totaliza 300cm3 de volume de pasta hidratada. O grau de hidratação do cimento depende das condições de cura. Assumindo que para certas condições de cura, o volume de cimento hidratado aos 7, 28 e 365 dias é de 50%, 75% e 100%, respectivamente, o volume de sólidos calculados é de 150, 175 e 200 cm3. O volume de vazios capilares pode ser determinado a partir da diferença entre o espaço total disponível e o volume total de sólidos, resultando em 50%, 42% e 33%, respectivamente. Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Caso A Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Caso B Considera-se uma grau de 100% de hidratação para quatro pastas de cimento preparadas com diferentes consumos de água – A/C= 0,7; 0,6; 0,5 e 0,4 Para um dado volume de cimento, a pasta com maior quantidade de água terá o maior volume de espaços total disponível Entretanto, após a hidratação completa, todas as pastas devem conter a mesma quantidade de produtos de hidratação sólidos. Portanto, a pasta com maior espaço total possuirá volume correspondente maior de vazios capilares. Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Caso B Assim, 100cm3 de cimento com hidratação completa produziriam 200cm3 de produtos sólidos de hidratados para cada caso. No entanto, uma vez que o espaço total disponível nas pastas com 0,7; 0,6; 0,5 e 0,4 de A/C foi de 320, 288, 257 e 225 cm3, os vazios capilares calculados são iguais a 37, 30, 22 e 11%, respectivamente. Diante destas considerações, para uma pasta com relação A/C de 0,32, não haveria porosidade capilar quando o cimento estivesse completamente hidratado. Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Caso B Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Estabilidade Dimensional A pasta de cimento hidratada saturada não é dimensionalmente estável. Quando exposto à umidade ambiente, o material começa a perder água da pasta de cimento hidratada saturada. Logo que a umidade relativa (UR) cai abaixo de 100%, a água livre retida nas grandes cavidades (>50nm) passa a evaporar para o meio ambiente Uma vez que a água livre não está associada à microestruturados produtos de hidratação por qualquer ligação físico- química, sua perda não seria acompanhada por retração. Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Estabilidade Dimensional No prosseguimento da secagem, verifica-se a perda adicional de água, resultando em uma acentuada retração. É a perda da água adsorvida e água retida nos pequenos capilares. Sob condições severas de secagem pode ser removida a água interlamelar. No caso de fluência, uma carga externa mantida constante pode tornar-se a força motriz para o movimento da água fisicamente adosrvida e da água retida nos pequenos capilares. Tecnologia de Concreto e Aço Concreto – Estado Endurecido Fases Presentes no Concreto Endurecido Relações microestrutura-propriedade na pasta de cimento Estabilidade Dimensional
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