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Apostila de Direito Previdenciário

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DIREITO PREVIDENCIÁRIO – Profª. Juliane Penteado – INSS 
 
 
 
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
1. SEGURIDADE SOCIAL 
 
HISTÓRICO  
 
 A Previdência Social surgiu após a Revolução Industrial  vinculada ao fenômeno da industrialização; 
 
 Antes disso, as formas de proteção quanto ao atendimento das necessidades dos indivíduos eram  
Assistencialismo e Mutualismo; 
 Mutualismo  solidariedade de grupo de pessoas, na defesa de interesses comuns; organização de 
indivíduos para formação de recursos destinados à proteção recíproca ou de familiares; socorros mútuos; 
 Assistencialismo  fundado na caridade, na benemerência, no altruísmo; 1ª noção de caridade onde o 
Estado traz para si alguma responsabilidade. 
 Lei dos Pobres (Poor Law - 1601) – editada na Inglaterra, Rainha Elizabeth, obrigava as paróquias a 
obrigação de socorrer os infortunados de sua jurisdição; 
 
 Risco Social  evento futuro e incerto cuja verificação independe do segurado; 
 Contrato de Seguro  necessidade de pagar para Ter a ajuda; 
 
PERÍODOS 
 Período de Formação (1883 - 1918)  
 Lei do Seguro – Doença / Bismarck (1883 – Alemanha)  origem da Previdência Social, que instituiu o 
seguro-doença obrigatório em favor dos operários (custeado pelos patrões e empregados) 
 Na Alemanha  Lei do Seguro contra Acidentes do Trabalho (1884) e Lei do Seguro contra Invalidez e 
Velhice (1889) 
 
 Período da Universalização (1919 - 1941)  
 Expansão geográfica da Previdência Social; 
 Característica principal  disseminação do seguro social obrigatório pelo mundo todo; 
 Lei da Seguridade Social (1935 –EUA)  primeira vez que se utilizou a expressão seguridade social; 
 
 Período da Seguridade Social (1941 - ...)  
 Carta do Atlântico (1941)  visa a tornar cada cidadão titular do direito subjetivo ao bem-estar social; 
 
1.1. ORIGEM E EVOLUÇÃO LEGISLATIVA NO BRASIL 
 Antecipando-se ao seguro social  Assistencialismo (Sta Casa de Misericórdia de Santos em 1543) e 
Mutualismo (antigas organizações operárias); 
 
 NO BRASIL 
 
 Constituição de 1891 – Art. 75 – Primeira a expressar aposentadoria por invalidez – custeado pelo Estado 
- Decreto-legislativo n. 3.714/19 – criou o seguro de acidentes de trabalho – custeado pelo empregador. 
- Criação de Caixas de Aposentadorias e Pensões dos Ferroviários – Lei Eloy Chaves(Decreto-Legislativo n. 
4.682/23) – depois se estendeu a outras classes 
- Surgimento de grupos de mútuos (cotização) 
- Fusão: Caixa Geral e Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados em Serviços Públicos; 
- 1933 (Decreto n. 22872) – criação do IAPM – Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Marítimos. 
 
 Constituição de 1934 – estabelecia a forma tríplice de custeio previdenciária: Estado, empregador e empregado. 
- a primeira a utilizar a expressão previdência, sem o termo “social” 
 
 Constituição de 1937 – instituiu o uso da expressão seguro social – não trouxe alterações 
 
 
 
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 Constituição de 1946 – utiliza a expressão “previdência social”. 
- Unificou a legislação securitária na LOPS – Lei Orgânica da Previdência Social (Lei n. 3807 de 26/08/1960), com 
a criação de vários auxílios: 
- auxílio-funeral; auxílio-natalidade e auxílio reclusão. 
- O Decreto –lei n. 72 de 21/11/1966 - criou o INPS – Instituto Nacional de Previdência Social 
 
 Constituição de 1967 – prevê o seguro-desemprego – sem alterações na matéria previdenciária – somente na 
estrutura 
- Criação do FUNRURAL (Fundo de Assistência e Previdência do Trabalhador Rural) – Lei n. 4.214/63 
- Decreto-lei n. 564/69 – Plano Básico da área rural – proteção aos trabalhadores agrários da agroindústria 
canavieira e empresas de outras atividades. 
- PRORURAL(Lei Complementar n. 11/71) – Programa de Assistência ao Trabalhador Rural – instituía a 
aposentadoria por velhice após 65 anos de idade – com 50% do salário mínimo. 
- Com esta lei o FUNRURAL teve natureza autárquica assumindo a administração do PRORURAL. 
- Lei n. 6.439/77 – criação do SINPAS (Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social), o qual era 
submetido ao MPAS (Ministério da Previdência e Assistência Social. 
 
I – INPS (Instituto Nacional da Previdência Social) 
II – INAMPS (Instituto nacional de Assistência Médica da Previdência Social) 
III – LBA (Fundação da Legião Brasileira de Assistência) 
IV – FUNABEM (Fundação Nacional do Bem Estar do Menor) 
V – DATAPREV (Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social) 
VI – IAPAS – (Instituto Administrativo e Financeiro da Previdência e Assistência Social) 
VII – CEME (Central de Medicamentos) 
 
 Constituição de 1988 – tratou da Seguridade Social entendida como Saúde, Assistência Social e Previdência 
Social 
 
- Instituiu o Estado do Bem Estar Social 
- O SINPAS foi extinto em 1990, criando o INSS, autarquia federal vinculada ao MPS, por meio de fusão do INPS e 
do IAPAS 
- INAMPS, LBA, FUNABEM, CEME – extintos 
- DATAPREV – continua atuando junto ao MPS 
- 24/07/1991 – criação da Lei 8212(Plano de Custeio e Organização da Seguridade Social) e da Lei 8213 
(Plano de Benefícios da Previdência Social) revogando-se a LOPS. 
- O Decreto n. 3.048/99 trata do Regulamento da Previdência Social – regulamenta disposições relativas ao 
custeio da seguridade e dos benefícios da previdência social. 
 
Previdência Social  cuida exclusivamente do trabalhador que contribui; 
 
Seguridade Social  se preocupa com todos os cidadãos; 
 
EXERCÍCIOS 
 
1. No tocante à evolução legislativa da Seguridade Social no Brasil, dentre as primeiras regras de proteção, a 
aposentadoria por invalidez aos servidores públicos 
a) foi prevista inicialmente na Constituição Federal brasileira de 1946. 
b) somente teve previsão constitucional na Constituição Federal brasileira de 1988. 
c) teve previsão inicial em lei especial de caráter nacional publicada em 1942. 
d) foi prevista inicialmente na Constituição Federal brasileira de 1891. 
e) teve previsão inicial de caráter nacional na conhecida Lei Eloy Chaves. 
 
2. O INSS, autarquia federal, resultou da fusão das seguintes autarquias: 
a) INAMPS e SINPAS. 
b) IAPAS e INPS. 
c) FUNABEM e CEME. 
d) DATAPREV e LBA. 
e) IAPAS e INAMPS. 
 
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1.2. CONCEITUAÇÃO 
 
 A SEGURIDADE SOCIAL compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e 
da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social. (art. 195 
CF) 
 
 A SAÚDE é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem 
à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para 
sua promoção, proteção e recuperação. 
 
 As atividades de saúde são de relevância pública, e sua organização obedecerá aos seguintes princípios 
e diretrizes: 
 
I - acesso universal e igualitário; 
II - provimento das ações e serviços mediante rede regionalizada e hierarquizada, integrados em 
sistema único; 
III - descentralização, com direção única em cada esfera de governo; 
IV- atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas; 
V - participação da comunidade na gestão, fiscalização e acompanhamento das ações e serviços 
de saúde; e 
VI - participação da iniciativa privada na assistência à saúde, em obediência aos preceitos 
constitucionais. 
 
EXERCÍCIO 
 
3. Sinfrônio, jovem com 13 anos de idade, em situação de hipossuficiência econômica, Georgino com 35 anos,empresário bem sucedido no ramo imobiliário. De acordo com os destinatários da proteção social dentro do sistema 
público de seguridade social brasileiro, é correto afirmar que 
a) Sinfrônio e Georgino podem participar como segurados do subsistema de previdência social. 
b) Georgino e Sinfrônio estão atualmente alcançados pelo subsistema de assistência social. 
c) Sinfrônio e Georgino podem participar do subsistema de saúde. 
d) Georgino pode ser hoje destinatário dos programas de saúde e assistência social. 
e) Georgino pode participar apenas do subsistema de saúde. 
 
 
 A ASSISTÊNCIA SOCIAL é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, traduzidas 
em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa portadora de 
deficiência, independentemente de contribuição à seguridade social. 
 
 A organização da assistência social obedecerá às seguintes diretrizes: 
 
I - descentralização político-administrativa; e 
II - participação da população na formulação e controle das ações em todos os níveis. 
 
- vinculada ao Ministério da Assistência Social; 
- prestada a quem dela necessitar (art. 203 – CF/88) 
- independe de contribuição (art. 195, III, § 7º - CF) 
- seu requisito é a necessidade do assistido 
- Regulada pela Lei 8742/93; 
 
OBJETIVOS: 
- proteção á família, maternidade, adolescência, velhice; 
- amparo à criança e adolescentes carentes; 
- promoção da integração ao mercado de trabalho 
- habilitação e reabilitação de pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração á vida 
comunitária; 
- pagamento de uma renda mensal vitalícia á pessoa portadora de deficiência e ao idoso que não possam 
manter a própria subsistência ou de tê-la provida por sua família. 
 
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- Tem o propósito de preencher a lacuna da previdência social que não é extensível a todos, mas somente aos 
que contribuem com o sistema. 
 
 DO BENEFÍCIO ASSISTENCIAL 
 
- Lei n. 8.742/93 – Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS 
- Não é benefício previdenciário, mas sua concessão é feita pelo INSS, pela sua estrutura prática; 
- Corresponde á garantia de 1 salário mínimo, á pessoa portadora de deficiência e ao idoso com mais de 65 anos, 
que possuam renda mensal per capita inferiores a ¼ do salário mínimo. 
- Só é concedida a brasileiro. 
- È benefício intransferível – não gera pensão por morte; 
- Não é cumulável com outro benefício ou auxílio no regime previdenciário; 
- È revisto a cada 2 anos para reavaliação das condições que lhe deram origem 
- Existem ainda os auxílio-funeral e auxílio-natalidade, que foram revogados pela Lei 9528/97, contudo absorvidos 
pela LOAS, art. 22. 
- Segunda a LOAS compete aos Estados destinar recursos aos Municípios para custeio desses benefícios 
eventuais, através dos Conselhos Estaduais de Assistência Social, que deverão regulamentá-los (art. 13, I- LOAS) 
- Cabe ao MP agir na defesa dos interesses dos necessitados (art. 31 LOAS) 
 
EXERCÍCIO 
 
4. Ygor, pessoa com deficiência de acordo com a legislação competente, necessita que o Estado promova a sua 
reabilitação e integração à vida comunitária. Dessa forma, será a ela prestada a assistência social 
a) desde que tenha sido primeiramente concedido o auxílio-doença. 
b) independentemente de contribuição à seguridade social. 
c) desde que tenha sido primeiramente concedida a aposentadoria por invalidez. 
d) desde que tenha sido respeitada a carência de 12 (doze) contribuições mensais 
e) desde que tenha sido respeitada a carência de 180 (cento e oitenta) contribuições mensais. 
 
 
BOLSA –FAMILIA 
- Criado pela Lei 10.836/04, regulamentado pelo Decreto 5.209/04 
- Unificou Bolsa-Escola, Bolsa-Alimentação, Auxílio-gás, etc. 
 
AÇÕES: 
-TRANSFERÊNCIA DE RENDA, com condições de: 
 Exame pré-natal; 
 Acompanhamento nutricional; 
 Acompanhamento de saúde; 
 Frequência escolar de 85% 
 
OBJETIVOS: 
I- promover acesso á rede de serviços públicos, em especial, saúde, educação e assistência social; 
II- combater a fome e promover segurança alimentar e nutricional; 
III- estimular a emancipação sustentada das famílias que vivem em situação de pobreza e extrema pobreza; 
IV- combater a pobreza; 
V- promover a intersetorialidade, a complementaridade e a sinergia das ações sociais do Poder Público. 
 
BENEFÍCIOS: 
 
I – benefício básico, no valor mensal de R$ 70,00 – entidades familiares de extrema pobreza; 
II- benefício variável, valor mensal de R$ 32,00 por beneficiário, até o limite de R$ 160,00 por família- entidades 
familiares de pobreza ou extrema pobreza ( gestantes, nutrizes, crianças de zero a 12 anos, ou adolescentes até 15 
anos) 
III – beneficio variável ao adolescente de 16 a 17 anos, R$ 38,00 por beneficiário, até o limite de R$ 76,00 desde que 
matriculados em instituição de ensino; 
IV – benefício variável de caráter extraordinário( parcela para os remanescentes dos programas Bolsa Escola, Bolsa 
alimentação e auxílio-gás, que na data da incorporação ao Bolsa Família, excedeu ao limite fixado neste programa. 
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VI- Benefício para superação da extrema pobreza, no limite de um por família, Família e que, cumulativamente, 
tenham em sua composição crianças e adolescentes de 0 a 15 anos de idade e apresentem soma da renda familiar 
mensal e dos benefícios financeiros previstos nos incidos I a IV igual ou inferior a R$ 70,00 per capita. 
 
CONCEITOS IMPORTANTES: 
 
SITUAÇÃO DE POBREZA – Renda familiar mensal per capita de R$ 140,00 
 
EXTREMA POBREZA - Renda familiar mensal per capita de R$ 70,00 
 
FAMILIA – Unidade familiar, eventualmente ampliada por outros indivíduos que com ela possuam laços de parentesco 
ou de afinidade, que forme um grupo doméstico, vivendo sob o mesmo teto e que se mantém pela contribuição de 
seus membros. 
 
NUTRIZ - A mãe que esteja amamentando seu filho com até 06 meses de idade; 
 
RENDA FAMILIAR MENSAL – a soma dos rendimentos brutos auferidos mensalmente pela totalidade dos membros 
da família, excluindo-se os rendimentos concedidos por programas oficiais de transferência de renda. 
 
EXERCÍCIOS 
 
5. Considere as seguintes assertivas a respeito da assistência social: 
I. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social. 
II. A participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle 
das ações em todos os níveis é uma das diretrizes de organização das ações governamentais na área da assistência 
social. 
III. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até três 
décimos por cento de sua receita tributária líquida. 
IV. É vedada a aplicação dos recursos de programa de apoio à inclusão e promoção social dos Estados e do Distrito 
Federal no pagamento de despesas com pessoal e encargos sociais. 
 
De acordo com a Constituição Federal brasileira, está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II e III. 
b) I, II e IV. 
c) I, III e IV. 
d) II, III e IV. 
e) II e IV. 
 
6. Considerando-se as normas constitucionais a respeito da seguridade social, é correto afirmar que 
a) a assistência social deve ser prestada a quem dela necessitar, mediante contribuição à seguridade social, paga nos 
termos da lei. 
b) a pessoa portadora de deficiência que comprove não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la 
provida por sua família, nos termos da lei, tem direito ao recebimento de um salário mínimode benefício mensal. 
c) o acesso ao sistema único de saúde depende de contribuição à seguridade social, nos termos da lei. 
d) é inconstitucional norma estadual que vincule cinco décimos por cento de sua receita tributária líquida a programa 
de apoio à inclusão e promoção social. 
e) asseguram o direito público subjetivo à educação fundamental. 
 
7. Terá direito ao recebimento de um salário mínimo mensal, conforme dispuser a lei, 
a) a pessoa com deficiência e o idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la 
provida por sua família, desde que contribuam à seguridade social 
b) a pessoa com deficiência e o idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la 
provida por sua família, independentemente de contribuição à seguridade social. 
c) apenas a pessoa com deficiência, que comprove não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la 
provida por sua família, desde que contribua à seguridade social. 
d) apenas o idoso, que comprove não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua 
família, desde que contribua à seguridade social. 
e) apenas a pessoa com deficiência, que comprove não possuir meios de prover à própria manutenção, mesmo que 
sua família possa provê-la, independentemente de contribuição à seguridade social. 
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 A PREVIDÊNCIA SOCIAL será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação 
obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá a: 
 
I - cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; e 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes. 
 
EXERCÍCIOS 
 
8. Patrícia é professora universitária em uma instituição privada no estado do Maranhão. Casada há cinco anos com 
Gustavo, após diversas tentativas, finalmente conseguiu engravidar. A proteção à maternidade da gestante Patrícia, 
observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, será atendida, nos termos da lei, pela 
a) assistência social, organizada sob a forma de regime geral, independentemente de filiação e de contribuição à 
seguridade social. 
b) previdência social, organizada sob a forma de regime especial próprio de servidores públicos, de caráter 
contributivo e de filiação facultativa. 
c) previdência social, organizada sob a forma de regime geral, independentemente de filiação e de contribuição à 
seguridade social. 
d) previdência social, organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória. 
e) previdência social, organizada sob a forma de regime especial próprio de servidores públicos, independentemente 
de filiação e de contribuição à seguridade social. 
 
9. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da 
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à 
a) saúde e à previdência social, apenas. 
b) saúde, à previdência social e à assistência social. 
c) saúde e à assistência social, apenas. 
d) previdência social, apenas. 
e) previdência social e à assistência social, apenas. 
 
 
1.3. ORGANIZAÇÃO E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS 
 
 Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a SEGURIDADE SOCIAL, com base nos seguintes 
objetivos (Princípios): 
 
1. Solidariedade (art. 3º, I-CF) 
- É o mais importante; 
- Proteção coletiva, na qual as pequenas contribuições individuais geram recursos suficientes para a 
criação de um manto protetor sobre todos viabilizando a concessão de prestações previdenciárias em 
decorrência de eventos preestabelecidos. 
- Individualmente não teria segurança a curtos e médios prazos, por tempo insuficiente para compor um fundo 
financeiro. 
- Mesmo em longo prazo – grande parte da população não teria condições. 
- Principalmente nos benefícios não-programados – onde o mais afortunado contribui com mais em razão da 
escassez dos outros. 
- Graças á solidariedade que uma pessoa poderá ser aposentada por invalidez no seu 1º dia de trabalho; 
- Também justifica o fato de um aposentado que volta a trabalhar, ser obrigado a contribuir, mesmo sabendo que 
não aposentará novamente. 
- “A contribuição de um não é exclusiva deste, mas sim para a manutenção de toda a rede protetiva.” 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIO 
 
10. No sistema de seguridade social, o princípio da solidariedade justifica 
a) a possibilidade de concessão aos professores do Ensino Médio e Fundamental de aposentadoria com redução de 
tempo de contribuição e de idade. 
b) o pagamento pelo Regime Próprio de Previdência do Amazonas de benefícios aos filhos inválidos do segurado 
falecido. 
c) o pagamento de aposentadoria por invalidez ao segurado do Regime Próprio de Previdência do Amazonas. 
d) a contribuição dos inativos ao Regime Próprio de Previdência do Amazonas. 
e) o pagamento de auxílio-reclusão aos segurados do Regime Próprio de Previdência do Amazonas. 
 
I - universalidade da cobertura e do atendimento; 
 Universalidade objetiva (cobertura) - Extensão a todos os fatos e situações que geram as necessidades 
básicas das pessoas, tais como: maternidade; velhice; doença; acidente; invalidez; reclusão e morte 
 Universalidade subjetiva (atendimento) – Consiste na abrangência de todas as pessoas, indistintamente; 
 
EXERCÍCIOS 
 
11. O princípio da universalidade da cobertura prevê 
a) que os benefícios são concedidos a quem deles efetivamente necessite, razão pela qual a Seguridade Social deve 
apontar os requisitos para a concessão dos benefícios e serviços. 
b) que a proteção social deve alcançar todos os even- tos cuja reparação seja premente, a fim de manter a 
subsistência de quem dela necessite. 
c) que o benefício legalmente concedido pela Previdência Social não pode ter o seu valor nominal reduzido. 
d) a participação equitativa de trabalhadores,empregadores e Poder Público no custeio da seguridade social. 
e) que não há um único benefício ou serviço, mas vários, que serão concedidos e mantidos de forma seletiva, 
conforme a necessidade da pessoa. 
 
12. A Seguridade Social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da 
sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistência social. 
 
Considere os itens abaixo relacionados: 
I. universalidade da cobertura e do atendimento; 
II. uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
III. seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; 
IV. irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V. caráter democrático e centralizado da gestão administrativa, com a participação da comunidade, em especial de 
trabalhadores, empresários e aposentados. 
 
Quanto aos princípios e diretrizes da Seguridade Social, estão corretos os itens 
a) I, II, III e IV, apenas. 
b) I, III, IV e V, apenas. 
c) I, II, IV e V, apenas. 
d) II, III, IV e V, apenas. 
e) I, II, III, IV e V. 
 
 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais; 
 concessão dos mesmos benefícios de igual valor econômico e de serviços da mesma qualidade; 
 
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefíciose serviços; 
 Compreende o atendimento distintivo e prioritário aos mais carentes; alguns benefícios são pagos somente aos 
de baixa renda; os trabalhadores ativos contribuem para a manutenção dos que ainda não trabalham (menores) 
e dos que já não trabalham mais (aposentados). Por exemplo, os benefícios salário-família e o auxílio-
reclusão só serão pagos àqueles segurados que tenham renda mensal inferior a R$ 862,60 (base julho/2011). 
 O sistema objetiva distribuir renda, principalmente para as pessoas de baixa renda, tendo, portanto, caráter 
social. 
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EXERCÍCIOS 
 
13. Ao se conceder o benefício assistencial da renda vitalícia ao idoso ou ao deficiente sem meios de subsistência 
estará sendo aplicado, especificamente, o princípio da 
a) eqüidade na forma de participação no custeio. 
b) universalidade do atendimento. 
c) universalidade da cobertura. 
d) distributividade na prestação dos benefícios e serviços. 
e) diversidade da base de financiamento. 
 
14. O princípio constitucional que consiste na concessão dos benefícios a quem deles efetivamente necessite, 
devendo a Seguridade Social apontar os requisitos para a concessão de benefícios e serviços é, especificamente, o 
princípio da 
a) diversidade da base de financiamento. 
b) uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais. 
c) universalidade da cobertura e do atendimento. 
d) equidade na forma de participação no custeio. 
e) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços 
 
15. Para um trabalhador que não possua dependentes, o benefício salário-família não será concedido; para o 
trabalhador que se encontre incapaz temporariamente para o trabalho, por motivo de doença, não será concedida a 
aposentadoria por invalidez, mas auxílio doença. Nesses casos, está sendo aplicado, especificamente, o princípio 
constitucional da 
a) seletividade na prestação dos benefícios e serviços. 
b) universalidade na cobertura e no atendimento. 
c) eqüidade na forma de participação no custeio. 
d) diversidade da base de financiamento. 
e) democratização e descentralização da administração. 
 
 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
A irredutibilidade pode ser nominal ou real. 
Nominal significa que o valor expresso em números não pode ser reduzido. Ex. R$1000,00 para R$ 900,00. 
Real significa dizer que o poder aquisitivo deve ser mantido. É essa a irredutibilidade que a CF quer dizer: é 
assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes , em caráter permanente, o valor real, 
conforme critérios definidos em lei. 
 
EXERCÍCIO 
 
16. Com relação aos princípios e objetivos que norteiam a seguridade social no Brasil, assinale a opção correta. 
a) Com relação à seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços, o legislador ordinário deve 
escolher os eventos que serão cobertos pela previdência social, levando em conta as possibilidades econômicas dos 
segurados. 
b) As populações urbanas e rurais devem receber tratamento uniforme e equivalente com relação aos benefícios e 
serviços, de forma a reparar injustiça histórica com os trabalhadores rurais, porém, devido à reduzida capacidade de 
contribuição desses trabalhadores, a concessão dos benefícios deve exigir um maior período de carência. 
c) A irredutibilidade do valor dos benefícios tem como escopo garantir que a renda dos benefícios previdenciários 
preserve seu valor real segundo critérios estabelecidos por lei, sem qualquer vinculação ao salário mínimo, dada a 
vedação de sua vinculação para qualquer fim. 
d) No que concerne à diversidade da base de financiamento, a seguridade social deve ser financiada por toda a 
sociedade, de forma direta, mediante contribuições provenientes do trabalhador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada, da União e dos demais segurados e aposentados da previdência social e, ainda, das contribuições sobre 
a receita de concursos de prognósticos. 
e) O custeio da seguridade social deve ser equânime, dadas as possibilidades de cada um. Lei complementar garante 
às empresas o repasse do custo da contribuição aos preços praticados no mercado. 
 
 
 
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V - eqüidade na forma de participação no custeio; 
 Quem ganha mais deve pagar mais, para que ocorra a justa participação no custeio da Seguridade Social; a 
contribuição dos empregadores recai sobre o lucro e o faturamento, além da folha de pagamento; estabelece que 
deve-se tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais 
 
EXERCÍCIO 
 
17. Contribuem para a seguridade social, da mesma forma, aqueles que estão em iguais condições contributivas. As 
empresas NÃO contribuem da mesma forma que os trabalhadores, em conformidade, especificamente, com o 
princípio da 
a) universalidade. 
b) seletividade na prestação de benefícios e serviços. 
c) eqüidade na forma de participação no custeio. 
d) irredutibilidade do valor dos benefícios. 
e) natureza democrática e descentralizada da administração. 
 
VI - diversidade da base de financiamento; 
 o custeio provém de toda a sociedade, de forma direta e indireta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios; 
  orçamentos públicos; 
  contribuições dos empregadores e empresas, incidindo sobre: 
 = folha de salários; 
 = receita ou faturamento; 
 = lucro 
  contribuições dos trabalhadores e demais segurados da previdência social; 
 = sobre aposentadorias e pensões não incide contribuição; 
  receita de concursos de prognósticos (loteria); 
 
EXERCÍCIOS 
 
18. A receita da seguridade social não está adstrita a trabalhadores, empregadores e Poder Público. Essa assertiva 
relacionada a receita da seguridade social está baseada, especificamente, ao princípio da 
a) natureza democrática e descentralizada da administração. 
b) diversidade da base de financiamento. 
c) universalidade da cobertura e do atendimento. 
d) equidade na forma de participação no custeio. 
e) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios. 
 
19. A previsão constitucional segundo a qual a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos dos entes da Federação e das 
contribuições sociais que estabelece, é decorrência do princípio da 
a) irredutibilidade do valor dos benefícios. 
b) diversidade da base de financiamento. 
c) universalidade do atendimento. 
d) seletividade na prestação de benefícios e serviços. 
e) equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais. 
 
 
i
VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação 
dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. 
 Cabe à sociedade civil participar da administração da Seguridade Social, através de representantes indicados 
pelos empregadores, pelos trabalhadores e pelos aposentados (caráter democrático). 
 
 CNPS- CONSELHO NACIONAL DE PREVIDENCIA SOCIAL 
 
- órgão superior de deliberação colegiada 
- membros e suplentes nomeados pelo Presidente da República: 
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10 
6 do Governo Federal; 
9 da sociedade civil, sendo 3 aposentados e pensionistas, 3 trabalhadores ativos, e empregadores 
 
- reúnem-se 1 vez por mês; 
- possuem mandato de 2 anos, podendo ser reconduzidos, de imediato, uma única vez. 
 
EXERCÍCIOS 
 
20. O Conselho Nacionalde Previdência Social - CNPS, órgão superior de deliberação colegiada, terá como 
membros, dentre outros, nove representantes da sociedade civil, sendo 
a) três representantes dos aposentados e pensionistas; três representantes dos trabalhadores em atividade e três 
representantes dos empregadores. 
b) um representante dos aposentados e pensionistas; quatro representantes dos trabalhadores em atividade e quatro 
representantes dos empregadores. 
c) dois representantes do Governo Federal; três representantes dos aposentados e pensionistas; dois representantes 
dos trabalhadores em atividade e dois representantes dos empregadores. 
d) quatro representantes do Governo Federal; um representante dos aposentados e pensionistas; dois representantes 
dos trabalhadores em atividade e dois representantes dos empregadores. 
e) dois representantes dos aposentados e pensionistas; quatro representantes dos trabalhadores em atividade e três 
representantes dos empregadores. 
 
21. Sobre o Conselho Nacional de Previdência Social-CNPS, considere: 
I. O CNPS terá, dentre os seus membros, seis representantes do Governo Federal. 
II. Os membros do CNPS e seus respectivos suplentes serão nomeados pelo Presidente da República. 
III. Os membros do CNPS representantes titulares da sociedade civil terão mandato de 2 (dois) anos, vedada a 
recondução. 
IV. O CNPS reunir-se-á, ordinariamente, duas vezes por mês, por convocação de seu Presidente. 
 
Está correto o que consta APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I, II e III. 
d) I, II e IV. 
e) II, III e IV. 
 
22. De acordo com a Lei no 8.213/91, os membros do Conselho Nacional de Previdência Social - CNPS e seus 
respectivos suplentes serão nomeados pelo 
a) Presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de três anos, podendo ser 
reconduzidos, de imediato, uma única vez. 
b) Presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de dois anos, sendo vedada 
a recondução. 
c) Presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de quatro anos, podendo ser 
reconduzidos, de imediato, uma única vez. 
d) Presidente do Congresso Nacional, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de três anos, 
sendo vedada a recondução. 
e) Presidente da República, tendo os representantes titulares da sociedade civil mandato de dois anos, podendo ser 
reconduzidos, de imediato, uma única vez. 
 
 
 Os itens abaixo não estão elencados no art. 194 da CF como objetivos (princípios) da seguridade social, contudo, 
tratam-se de normas-regras que norteiam as bases principiológicas do Sistema de Seguridade Social. 
 
Tríplice Forma de Custeio 
- art. 195, CF/88 
- contribuições de trabalhadores, empresas e governo; 
- A empresa contribui compulsoriamente como patrocinador dos benefícios de seus empregados 
- O Poder Público deve destinar parcela de sua arrecadação tributária, além das contribuições sociais, ao custeio 
previdenciário; 
- Casos em que Estados e Municípios contribuem equiparados à empresa em razão de mão-de-obra sem regime 
próprio- serão vinculados ao RGPS. 
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11 
- À União cabe fixar recursos em seu orçamento fiscal – deve ser previstas as contribuições sociais. 
- Os trabalhadores irão contribuir através de seus salários-de-contribuição 
 
Preexistência do Custeio em Relação ao Benefício ou Serviço 
- Art. 195, § 5º, CF/88 
- Equilíbrio atuarial e financeiro do sistema securitário. A criação de benefício ou extensão de prestação já 
existente, somente será feita com a previsão da receita necessária 
- Necessidade de compatibilizar seus benefícios com a arrecadação 
- Não adianta criar benefício com edição de lei, sem previsão dos recursos para tal, pois será inconstitucional. 
 
EXERCÍCIO 
 
23. Segundo a chamada regra constitucional da contrapartida: 
a) nenhuma contribuição previdenciária é devida sem que tenha havido efetiva prestação de trabalho pelo segurado. 
b) nenhuma contribuição patronal é devida sem que o segurado tenha trazido regular prova de sua documentação 
pessoal ao empregador. 
c) nenhum benefício ou serviço da seguridade social pode ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente 
fonte de custeio total. 
d) nenhuma contribuição de seguridade social pode ser exigida antes de 90 dias da data de publicação da lei que a 
houver instituído ou diminuído. 
e) nenhum benefício previdenciário ou assistencial pode ser deferido sem que tenha havido prova das contribuições 
previdenciárias exigidas a título de carência. 
 
 
DO SISTEMA DE REPARTIÇÃO 
 
 Custeio da Seguridade Social – princípio de que todos que compõem a sociedade devem colaborar para a 
cobertura dos riscos provenientes da perda ou redução da capacidade de trabalho ou dos meios de 
subsistência. 
 
 Duas formas de obter o custeio: uma, pela receita tributária, chamada de sistema não-contributivo; e outra, 
pela qual a fonte principal de custeio são contribuições específicas, com tributos vinculados para este fim, 
chamado sistema contributivo. 
 
Sistema não contributivo – orçamento do Estado – recursos por meio de arrecadação de tributos, sem cobrança de 
contribuições sociais. 
 
Sistema contributivo : Duas espécies: 
1 – As contribuições individuais servirão somente para o pagamento de benefícios aos próprios segurados, sendo 
colocadas numa reserva ou conta individualizada , chamada de sistema de capitalização; 
2 – As contribuições são todas reunidas num fundo único, que serve para o pagamento das prestações no mesmo 
período, a quem delas necessite – sistema de repartição . 
 
 No Brasil o Sistema Contributivo de Repartição é o vigente para a Seguridade Social. 
 
EXERCÍCIOS 
 
24. Ao tratar das características da Previdência Social brasileira pode-se identificá-la como: 
I. Financiamento via regime de repartição e solidariedade inter e intrageracional. 
II. Gestão pública tripartite composta por governo, empregadores e trabalhadores. 
III. Gestão pública quadripartite com a participação do governo, trabalhadores, empregadores e 
aposentados/pensionistas. 
 
É correto o que se afirma APENAS em 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) I. 
e) III. 
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12 
25. Assinale a opção correta no que se refere à seguridade social. 
a) A seguridade social compreende um conjunto de ações de proteção social custeado pelo Estado, conforme suas 
limitações orçamentárias, e organizado com base, entre outros objetivos, na irredutibilidade do valor das 
contribuições. 
b) A previdência social estrutura-se como um sistema não contributivo, sendo os recursos para o financiamento de 
suas ações provenientes da arrecadação de tributos pelos entes estatais. 
c) A dimensão subjetiva da universalidade de cobertura e atendimento do seguro social, relacionada às situações de 
risco social, adquire não apenas caráter reparador, mas também preventivo. 
d) O princípio da equidade, que fundamenta a forma de participação no custeio da seguridade social, está associado 
aos princípios da capacidade contributiva e da isonomia fiscal. 
e) São considerados direitos fundamentais de primeira geração ou dimensão os relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social. 
 
26. Considere os seguintes princípios: 
I. Seletividade e Distributividade na Prestação dos Benefícios. 
II. Universalidade de Participação nos Planos Previdenciários. 
III. Previdência Complementar Facultativa custeada por contribuição adicional. 
IV. Irredutibilidade do valordos benefícios de forma a preservá-lhes o poder aquisitivo. 
 
A Previdência Social, rege-se, dentre outros, pelos princípios indicados em 
a) I, III e IV, apenas. 
b) I, II e III, apenas. 
c) II, III e IV, apenas. 
d) I e II, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
 
 
 PRINCIPAIS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS 
 
 Criação de Novas Contribuições Sociais 
 
- A lei poderá instituir outras fontes destinadas a manutenção ou expansão da seguridade social (ART. 195, 
§ 4º) 
- Competência da União para a instituição de novas contribuições – art. 154, I da CF, desde que sejam não 
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo própria dos discriminados na CF, mediante lei 
complementar. 
 
 A Vacatio Legis da Contribuição Social 
- 
- Somente poderá ser exigido pagamento da contribuição após 90 dias da data da publicação da lei que a instituiu 
ou modificou, não se aplicando o princípio da anterioridade (art. 195, § 6º CF) 
- Princípio da Anterioridade (art. 150, III, b, da CF) a cobrança de tributo instituído ou majorado somente será feita 
no exercício financeiro seguinte. 
- Este vacatio legis das contribuições sociais é chamado por alguns autores de anterioridade nonagesimal, 
mitigado ou previdenciária. 
 
EXERCÍCIO 
 
27. Publicada lei modificando a contribuição social sobre a receita ou faturamento, 
a) só poderá ser exigida tal contribuição após decorridos noventa dias da data da publicação da referida lei. 
b) só poderá ser exigida tal contribuição após decorridos cento e oitenta dias da data da publicação da referida lei. 
c) não poderá ser exigida tal contribuição no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a referida lei, 
independentemente da data de sua publicação. 
d) poderá ser exigida tal contribuição imediatamente após a data da publicação da referida lei. 
e) só poderá ser exigida tal contribuição após decorridos cento e vinte dias da data da publicação da referida lei. 
 
 
 
 
 
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 O Pequeno Produtor Rural e o Pescador Artesanal] 
 
- art. 195, § 8º CF - São os chamados segurados especiais, que trabalham em regime de economia familiar, para a 
própria subsistência. 
- Possuem tratamento favorecido, pois nem sempre têm condições de efetuar suas contribuições mensais 
- Atendem a todos os entes da família que trabalhem em regime de economia familiar; 
- Não integram o grupo familiar(filhos casados, genros, noras, sogros, sogras, tios , tias, sobrinhos, sobrinhas, 
primos, primas, netos e netas) através de Instrução Normativa do INSS. 
 
 Imunidade das Entidades Beneficentes de Assistência Social 
- art. 195, § 7º CF – isenção de contribuição 
- trata-se na verdade de uma imunidade, ou seja, uma não-incidência constitucional; 
- Não é extensível a qualquer entidade beneficente ou filantrópica, mas ás entidades beneficentes de assistência 
social direcionada ao atendimento dos necessitados; 
- Deverá atender aos requisitos da lei. 
 
 Alíquotas e Base de Cálculo Diferenciadas 
 
- art. 195, § 9º CF 
- as contribuições sociais a cargo das empresas poderão ter alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas em razão 
da atividade econômica ou da utilização intensiva de mão-de-obra; 
- Busca da equidade, da justiça para não haver desequilíbrio econômico aos pequenos proprietários. 
 
 Remissão e anistia de Contribuições Sociais 
 
Remissão = perdão do crédito, extinção 
Anistia = exclusão das penalidades oriundas do descumprimento da legislação fiscal 
Somente podem ser concedidas por meio de lei. 
O parágrafo 11 do art. 195 da CF dispõe que é vedada a concessão de remissão e anistia às contribuições sociais de 
que tratam os incisos I, “a” e II deste artigo. 
OU seja,é vedada remissão e anistia às contribuições sociais da empresa relativas à folha de salários e do 
trabalhador, são as chamadas contribuições sociais previdenciárias. 
 
 Orçamento da Seguridade Social 
 
- art. 195, §1º CF 
- as receitas dos Estados, do DF ,e dos Municípios destinadas á seguridade social deverão constar dos 
respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da União 
- O orçamento da seguridade social deve ser autônomo em relação ao Tesouro Nacional, para evitar desvios de 
recursos. 
- Não obstante “a proposta orçamentária da seguridade social será elaborada de forma integrada pelos 
órgãos responsáveis pela saúde, previdência e assistência social... “(parágrafo 2º do art. 195) 
 
EXERCÍCIO 
 
28. As propostas orçamentárias anuais ou plurianuais da Seguridade Social serão elaboradas por Comissão integrada 
por 
a) três representantes, sendo dois da área da previdência social e um da área de assistência social. 
b) cinco representantes, sendo três da área da previdência social e dois da área de assistência social. 
c) cinco representantes, sendo dois da área da saúde, dois da área da previdência social e um da área de assistência 
social. 
d) seis representantes, sendo dois da área da saúde, dois da área da previdência social e dois da área de assistência 
social. 
e) três representantes, sendo um da área da saúde, um da área da previdência social e um da área de assistência 
social. 
 
 
 
 
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14 
 Contratação com o Poder público 
 
- art. 195, § 3º CF 
- A pessoa jurídica em débito com a seguridade social, não poderá contratar com o Poder Público, nem receber 
benefícios ou incentivos fiscais. 
- Daí a necessidade de obter a CND (certidão negativa de débito) para participar de licitação. 
 
 Requisitos Diferenciados para a Aposentadoria 
 
- art. 201, § 1º CF 
- È defeso ao Poder Público traçar normas diferenciadas para os beneficiários do RGPS 
- Contudo, os regimes próprios podem apresentar normas diferenciadas, desde que atendidos os demais preceitos 
constitucionais; 
- Exceção da aposentadoria especial para trabalhadores que exerçam atividade sob condições especiais, expostos 
a agentes nocivos. 
 
 A Garantia do Salário Mínimo 
 
- art. 201, § 2º CF 
- Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado será inferior 
ao salário mínimo; 
- Não são todos os benefícios que não poderão ser inferiores ao salário mínimo, mas somente os que substituam o 
salário de contribuição ou o rendimento do trabalho. 
- Ex. salário-família e auxílio-acidente podem ser inferiores ao salário mínimo pois são temporários. 
 
 A Habitualidade dos ganhos e Sua Repercussão no Benefício 
 
- art. 201, §11 CF : “ os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, serão incorporados ao salário 
para efeito de contribuição previdenciária e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na 
forma da lei.” 
- Tal não ocorre, por exemplo, com o vale-transporte, pagamento habitual, porém quando pago em desacordo com 
os termos da lei, é excluído da base de cálculo das contribuições sociais, o que também não integra o benefício 
previdenciário. 
 
 Destinação exclusiva das contribuições previdenciárias 
 
As contribuições sociais previdenciárias, descritas no art. 195, I “a”e II da CF são exclusivas da Previdência Social, 
destinadas ao pagamento de benefícios do RGPS. 
 
 Competência da Justiça do Trabalho para Cobrança de Contribuições 
 
- art. 114, §3º CF 
- Somente dos empregadores nos incisos I, a e II do art. 195 
 
 Contagem Recíproca e Averbação de Tempo de Contribuição 
 
De acordo com o art. 201, parágrafo 9 da CF: “Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do 
tempo de contribuição na administração pública e naatividade privada , rural e urbana, hipótese em que os 
diversos regimes de previdência social se compensarão financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
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15 
EXERCÍCIOS 
 
29. Para efeito de aposentadoria perante o regime próprio, o tempo de contribuição regularmente feito pelo segurado 
no regime geral 
a) não poderá ser computado, senão mediante aplicação do chamado fator previdenciário. 
b) não poderá ser computado, a menos que haja reciprocidade prevista, facultativamente, na legislação do respectivo 
ente político. 
c) poderá ser computado, hipótese em que diversos regimes previdenciários se compensarão financeiramente. 
d) poderá ser computado, mediante pedido de restituição, pelo segurado, das contribuições vertidas e posterior 
recolhimento indenizatório perante o regime instituidor do benefício. 
e) estará assegurado apenas perante o regime dos servidores públicos da União, por se tratar de contribuições 
recolhidas a uma autarquia federal. 
 
30. Considerando a contagem recíproca de tempo de serviço, é correto afirmar: 
a) O tempo de contribuição ou de serviço será contado de acordo com a legislação pertinente, considerando entre 
outras normas, a admissão da contagem em dobro, em situações especiais. 
b) A aposentadoria por tempo de serviço, com contagem de tempo, será concedida ao segurado do sexo feminino a 
partir de 30 (trinta) anos completos de serviço, e, ao segurado do sexo masculino, a partir de 25 (vinte e cinco) anos 
completos de serviço, ressalvadas as hipóteses de redução previstas em lei. 
c) Quando a soma dos tempos de serviço ultrapassar 25 (vinte e cinco) anos, se do sexo feminino, e 30 (trinta) anos, 
se do sexo masculino, o excesso não será considerado para qualquer efeito. 
d) O benefício resultante de contagem de tempo de serviço será concedido e pago pelo sistema a que o interessado 
estiver vinculado ao requerê-lo, e calculado na forma da legislação anterior, considerando o direito adquirido do 
beneficiário. 
e) Para efeito dos benefícios previstos no Regime Geral de Previdência Social ou no serviço público é assegurada a 
contagem recíproca do tempo de contribuição na atividade privada, rural e urbana, e do tempo de contribuição ou de 
serviço na administração pública, hipótese em que os diferentes sistemas de previdência social se compensarão 
financeiramente. 
 
31. Considere as seguintes assertivas a respeito da seguridade social: 
I. As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios destinadas à seguridade social constarão dos 
respectivos orçamentos, integrando o orçamento da União. 
II. São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de assistência social que atendam 
às exigências estabelecidas em lei. 
III. A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não poderá contratar 
com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. 
IV. Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado ou majorado sem a correspondente fonte de 
custeio total, mas poderá, no entanto, ser estendido. 
De acordo com a Constituição Federal, está correto o que consta APENAS em 
a) III e IV. 
b) I e II. 
c) II, III e IV. 
d) I, II e III. 
e) II e III. 
 
32. São princípios constitucionais da Seguridade Social: 
a) universalidade do atendimento; seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços e 
irredutibilidade do valor dos benefícios. 
b) diversidade da base de financiamento; contrapartida e centralização da administração. 
c) universalidade da cobertura; formalismo procedimental e irredutibilidade do valor dos benefícios e serviços. 
d) uniformidade e equivalência dos benefícios às populações urbanas e rurais; unicidade da base de financiamento e 
irredutibilidade do valor dos serviços. 
e) equidade na forma de participação do custeio; incapacidade contributiva e diversidade de atendimento. 
 
 
 
 
 
 
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2. LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
 
2.1. CONTEÚDO 
 
O CONJUNTO DE LEIS E ATOS ADMINISTRATIVOS REFERENTES AO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA 
SECURITÁRIO. 
 
 O Direito Previdenciário tem por conteúdo: o campo de aplicação, a organização, o custeio e as 
prestações. 
 
Campo de Aplicação: interessa aos eventos protegidos (eventos sociais), às empresas e entidades 
vinculadas e, também, aos beneficiários. 
 
2.2. FONTES DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
FONTES FORMAIS: são aquelas que, por si só, pela sua própria força, são suficientes para 
gerar a regra jurídica. São as normas de direito público que emanam 
do Estado: as previstas do art. 59 da CF (EC, LEIS 
COMPLEMENTARES, LEIS ORDINÁRIAS, LEIS DELEGADAS, 
MEDIDAS PROVISÓRIAS, DECRETOS LEGISLATIVOS E 
RESOLUCOES – chamadas fontes primárias e – decretos, 
portarias, instruções, pareceres normativos –chamadas fontes 
secundárias. 
 
 Constituição Federal de 1988  fonte maior; 
 Emendas Constitucionais  EC- alteram o texto constitucional 
 
 
 Lei Complementar  LC 
 
 Legislação Ordinária  leis comuns 
 Leis ordinárias; 
 Lei 8080 – Lei Orgânica da Saúde 
 Lei 8212 – Lei da Organização e Custeio da Seguridade Social 
 Lei 8213/91 - Plano de Benefícios da Previdência Social 
 Lei 8742/92 - Lei da Organização da Assistência Social 
 Leis Delegadas; 
 Decretos Legislativos; 
 MP – Medidas Provisórias; 
 
 
FONTES MATERIAIS: são as que não tem a virtude de gerar a regra jurídica, porém, 
encaminham os espíritos, através de fatos sociais, mais cedo ou 
mais tarde, à elaboração da norma. São a doutrina e a 
jurisprudência. Ex. a união estável. 
 
2.3. AUTONOMIA 
 
Teoria Monista: coloca a Previdência Social no âmbito do Direito do Trabalho, como simples apêndice deste 
último. 
 
Teoria Dualista: festeja a autonomia do Direito Previdenciário e mostra como esse novo ramo do direito não 
se confunde com o Direito do Trabalho 
 
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 a maioria dos autores, presentemente, reconhece a autonomia do Direito Previdenciário, que tem normas 
próprias, princípios próprios, institutos específicos, objeto próprio, métodos específicos, ENFIM, reúne 
os requisitos necessários para tanto. 
 
2.4. APLICAÇÃO DAS NORMAS PREVIDENCIÁRIAS 
 
 Especificamente, na aplicação das normas da legislação previdenciária e, mais amplamente, da Seguridade 
Social, devem ser obedecidas as orientações e diretrizes expostas, que se destinam à aplicação das 
leis em geral. 
 
2.4.1. VIGÊNCIA 
- A lei previdenciária segue as demais leis que salvo disposição em contrário começam a vigorar em todo o país 45 
dias após sua publicação 
- A exceção é das contribuições sociais, (art. 195, § 6º CF/88) que instituiu o principio da anterioridade nonagesimal 
que retém a eficácia da lei por 90 dias após sua publicação. 
 
2.4.2. HIERARQUIA 
 
 A Hierarquia do Direito Comum prevalece, também, no Direito da Seguridade Social e, particularmente, no 
Direito Previdenciário. 
 
 
 
 
 
 
CF 
 
 
 LEIS 
 
 
 ATOS 
 
 
 
 
 
 Na pirâmide da hierarquia normativa, encontramos no vértice a Constituição Federal, e as Emendas à 
Constituição; 
 Abaixo, as Leis Complementares, as Leis Ordinárias, as Leis Delegadas e as Medidas Provisórias; 
 Mais abaixo, os Decretos e, na base, os Atos Administrativos (Portarias, Resoluções, Ordens deServiço, Instruções Normativas, Orientações Normativas, etc) 
 
2.4.3. INTERPRETAÇÃO 
 
 A ciência que interpreta o direito é a Hermenêutica Jurídica. Podemos considerar a interpretação das leis 
segundo critérios diversos. Um deles consiste em determinar as fontes, os métodos e os tipos interpretativos. 
 
 Interpretação: 
 
- Necessidade de interpretação ante a lei, vez que esta muitas vezes, apesar de aparentemente clara e precisa, 
não expressa a intenção do legislador , que às vezes, escreve uma coisa e pensa outra. 
- Aplicar a lei para enquadrar determinado evento acontecido numa previsão legal que o preceda. 
- A interpretação deve incidir dentro das opções existentes, que seja o mais compatível com o caso concreto 
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18 
- Não confundir lei ( preceito legal ou figura literal legislativa) com norma jurídica ( figura abstrata). A lei reproduz a 
norma jurídica. Importância da hermenêutica jurídica. 
 
- Vários processos de interpretação: 
 
 Gramatical: apego á forma, mediante a análise dos significados das palavras. Nunca deve ser usado 
isoladamente. 
 
 Finalístico ou Teleológico: o intérprete busca o fim almejado pelo legislador – busca do objetivo a ser atingido 
com o dispositivo legal. 
 
 Sistemático: busca da interpretação compatível com o ordenamento jurídico, verificando a compatibilidade da lei 
com outros diplomas legais e com os princípios de direito envolvidos. È o método mais importante para a solução 
de conflitos. 
 
 Histórico: análise do momento histórico da aprovação da lei. 
 
 Autêntica: realizada pelo próprio Poder Legislativo, através de leis interpretativas, para dirimir dúvidas sobre lei já 
existente. Críticas pois não cabe ao legislativo interpretar lei, podendo chocar-se com o Judiciário quando dá 
interpretação diferente. 
 
 Restritiva/Extensiva: busca da interpretação extensiva para ampliar o sentido da norma. Já a restritiva ocorre 
quando o que se busca é restringir o sentido da norma. 
 
2.4.4. INTEGRAÇÃO 
 
 INTEGRAÇÃO significa complementação, totalização, ato de tornar inteiro. Quando uma lei apresenta 
lacuna, é preciso suprir a omissão, promover a sua integração. 
 
 Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais 
de direito. (art. 4º da LINDB) Para se suprir a lacuna legal, pode-se ainda recorrer à eqüidade. 
 
ANALOGIA: é a operação lógica, em virtude da qual o intérprete estende o dispositivo da lei a 
casos por ela não previstos 
 
PRINCÍPIOS GERAIS DE DIREITO: são os princípios gerais do direito em que se assenta a 
legislação positiva, e, embora não se achem escritos em 
nenhum lugar, formam o pressuposto lógico necessário das 
várias normas dessa legislação. 
 
EQÜIDADE: é o sentimento do justo concreto, em harmonia com as circunstâncias e com o caso sub-
judice. É o recurso intuitivo das exigências da justiça, em caso de omissão normativa, 
buscando efeitos presumíveis das soluções encontradas para aquele conflito de 
interesses não regulamentado. 
 
 por igual modo devem ser tratadas as coisas iguais e desigualmente as desiguais; 
 todos os elementos que concorreram para constituir a relação sub judice, coisa ou 
pessoa, ou que, no tocante a estas tenham importância, ou sobre elas exerçam 
influência, devem ser devidamente consideradas; 
 entre várias soluções possíveis deve-se preferir a mais humana, por ser que melhor 
atende à justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
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19 
EXERCÍCIOS 
 
33. Em relação às fontes do direito previdenciário: 
a) o memorando é fonte primária. 
b) a orientação normativa é fonte primária. 
c) a instrução normativa é fonte secundária. 
d) a lei delegada é fonte secundária. 
e) a medida provisória é fonte secundária. 
 
34. A interpretação da legislação previdenciária deve observar 
a) o costume, quando mais favorável ao segurado. 
b) a Jurisprudência do Juizado Especial Federal. 
c) a analogia, quando mais favorável ao segurado. 
d) os princípios gerais de direito, na omissão legislativa. 
e) o princípio do in dúbio pro societate em qualquer situação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
 A PREVIDÊNCIA SOCIAL é organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação 
obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá a: 
 
I - cobertura de eventos de doença, invalidez, morte e idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda; e 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes. 
 
 A PREVIDÊNCIA SOCIAL compreende: 
 
I - o Regime Geral de Previdência Social; e 
II - os regimes próprios de previdência social dos servidores públicos e dos militares. 
 
 O Regime Geral de Previdência Social garante a cobertura de todas as situações expressas 
acima, EXCETO a de desemprego involuntário. 
 
 A administração do Regime Geral de Previdência Social é atribuída ao Ministério da Previdência 
e Assistência Social, sendo exercida pelos órgãos e entidades a ele vinculados. 
 
3.1. SEGURADOS OBRIGATÓRIOS 
(art. 11 da Lei 8213/91) 
 
 São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social as pessoas físicas classificadas como segurados 
e dependentes. 
 
I - como EMPREGADO: 
 
a) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua 
subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor empregado; 
b) aquele que, contratado por empresa de trabalho temporário, definida em legislação específica, presta serviço para 
atender a necessidade transitória de substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de 
serviços de outras empresas; 
c) o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal 
ou agência de empresa nacional no exterior; 
d) aquele que presta serviço no Brasil a missão diplomática ou a repartição consular de carreira estrangeira e 
a órgãos a elas subordinados, ou a membros dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro sem 
residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado pela legislação previdenciária do país da respectiva missão 
diplomática ou repartição consular; 
e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos 
quais o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo se segurado na forma da legislação 
vigente do país do domicílio; 
 f) o brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em empresa 
domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante pertença a empresa brasileira de capital nacional; 
g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em 
regime especial, e Fundações Públicas Federais. 
h) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime própriode 
previdência social ; 
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i) o empregado de organismo oficial internacional ou estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando 
coberto por regime próprio de previdência social; 
j) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de 
previdência social; 
 
EXERCÍCIO 
 
35. É segurado obrigatório, no Regime Geral da Previdência Social, como empregado: 
a) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde que não vinculado a regime próprio de 
previdência social. 
b) aquele que presta serviço de natureza contínua a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em atividades 
sem fins lucrativos. 
c) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e 
mediante remuneração, excluídos quaisquer diretores. 
d) o servidor público ocupante de cargo em comissão, com vínculo efetivo com a União, autarquias e fundações 
públicas federais. 
e) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem 
religiosa. 
 
 
II - como EMPREGADO DOMÉSTICO 
 
 aquele que presta serviço de natureza contínua, mediante remuneração, a pessoa ou família, no âmbito 
residencial desta, em atividade sem fins lucrativos; 
 
Ill – como CONTRIBUINTE INDIVIDUAL: 
 
 a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter 
permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 
(quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos; 
ou ainda nas hipóteses dos §§ 9
o
 e 10 deste artigo; 
b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter 
permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, 
utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua; 
c) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem 
religiosa; 
d) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro efetivo, 
ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; 
e) o titular de firma individual urbana ou rural, o diretor não empregado e o membro de conselho de 
administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que 
recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de 
direção em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza ou finalidade, bem como o síndico ou 
administrador eleito para exercer atividade de direção condominial, desde que recebam remuneração; 
g) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação 
de emprego; 
h) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou 
não; 
 
 
 
 
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22 
EXERCÍCIO 
 
36. Considera-se segurado obrigatório da Previdência Social, nos termos da Lei 8213/91, 
a) o ministro de confissão religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem 
religiosa. 
b) o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil não é membro efetivo, 
ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social. 
c) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, com relação de 
emprego. 
d) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou municipal, desde mesmo que vinculado a regime próprio de 
previdência social. 
e) aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter eventual, sem subordinação e 
mediante remuneração, exceto como diretor empregado. 
 
 
IV - como TRABALHADOR AVULSO 
 
 aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, a diversas empresas, 
SEM VÍNCULO EMPREGATÍCIO, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão-de-obra, 
ou do sindicato da categoria, assim considerados: 
 
a) o trabalhador que EXERCE ATIVIDADE PORTUÁRIA de capatazia, estiva, conferência e conserto de 
carga, vigilância de embarcação e bloco; o amarrador de embarcação; o ensacador de café, cacau, 
sal e similares; o carregador de bagagem em porto; o prático de barra em porto; o guindasteiro; e o 
classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias em portos. 
 
b) o trabalhador na indústria de extração de sal; 
 
 
VI - como SEGURADO ESPECIAL 
 
 a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, 
individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros, na 
condição de 
a) o produtor rural; 
 
b) o parceiro rural; 
 
c) o meeiro rural; 
 
d) o arrendatário rural; 
 
e) o pescador artesanal: aquele que, individualmente ou em regime de economia familiar, faz da pesca 
sua profissão habitual ou meio principal de vida, desde que: utilize embarcação de até seis toneladas 
de arqueação bruta, ainda que com auxílio de parceiro; ou na condição, exclusivamente, de parceiro 
outorgado, utilize embarcação de até dez toneladas de arqueação bruta ; 
 
 
 O aposentado pelo Regime Geral de Previdência Social que voltar a exercer atividade abrangida 
por este regime é SEGURADO OBRIGATÓRIO em relação a essa atividade, ficando sujeito às 
contribuições de que trata este Regulamento. 
 
 O exercício de atividade remunerada SUJEITA A FILIAÇÃO OBRIGATÓRIA ao Regime Geral de 
Previdência Social. 
 
 Aquele que exerce, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime 
Geral de Previdência Social É OBRIGATORIAMENTE FILIADO em relação a cada uma dessas 
atividades; 
 
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23 
CARACTERIZACAO DO SEGURADO ESPECIAL 
§ 6
o
 Para serem considerados segurados especiais, o cônjuge ou companheiro e os filhos maiores de 16 (dezesseis) 
anos ou os a estes equiparados deverão ter participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar. 
§ 7
o
 O grupo familiar poderá utilizar-se de empregados contratados por prazo determinado ou de trabalhador de que 
trata a alínea g do inciso V do caput, à razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no ano civil, em 
períodos corridos ou intercalados ou, ainda, por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo computado 
nesse prazo o período de afastamento em decorrência da percepção de auxílio-doença. 
§ 8
o
 Não descaracteriza a condição de segurado especial: 
 I – a outorga, por meio de contrato escrito de parceria, meação ou comodato, de até 50% (cinqüenta por cento) 
de imóvel rural cuja área total não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais, desde que outorgante e outorgado 
continuem a exercer a respectiva atividade, individualmente ou em regime de economia familiar; 
 II – a exploração da atividade turística da propriedade rural, inclusive com hospedagem, por não mais de 120 
(cento e vinte) dias ao ano; 
 III – a participação em plano de previdência complementar instituído por entidade classista a que seja associado 
em razão da condição de trabalhador rural ou de produtorrural em regime de economia familiar; e 
 IV – ser beneficiário ou fazer parte de grupo familiar que tem algum componente que seja beneficiário de 
programa assistencial oficial de governo; 
 V – a utilização pelo próprio grupo familiar, na exploração da atividade, de processo de beneficiamento ou 
industrialização artesanal, na forma do § 11 do art. 25 da Lei n
o
 8.212, de 24 de julho de 1991; 
VI - a associação em cooperativa agropecuária; 
VII - a incidência do Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI sobre o produto das atividades desenvolvidas 
nos termos do § 12. 
§ 9
o
 Não é segurado especial o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, exceto se 
decorrente de: 
 I – benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor 
benefício de prestação continuada da Previdência Social; 
 II – benefício previdenciário pela participação em plano de previdência complementar instituído nos termos do 
inciso IV do § 8
o
 deste artigo; 
III - exercício de atividade remunerada em período não superior a 120 (cento e vinte) dias, corridos ou 
intercalados, no ano civil, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991; 
 IV – exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais; 
 V – exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de dirigente de 
cooperativa rural constituída, exclusivamente, por segurados especiais, observado o disposto no § 13 do art. 12 da Lei 
nº 8.212, de 24 de julho de 1991; 
 VI – parceria ou meação outorgada na forma e condições estabelecidas no inciso I do § 8
o
 deste artigo; 
 VII – atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo 
ser utilizada matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor 
benefício de prestação continuada da Previdência Social; e 
 VIII – atividade artística, desde que em valor mensal inferior ao menor benefício de prestação continuada da 
Previdência Social. 
 
Diretor Empregado: aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja 
contratado ou promovido para cargo de direção das sociedades anônimas, mantendo 
as características inerentes à relação de emprego. 
 
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Diretor não Empregado: aquele que, participando ou não do risco econômico do empreendimento, seja eleito, 
por assembléia geral dos acionistas, para cargo de direção das sociedades anônimas, 
não mantendo as características inerentes à relação de emprego. 
 
Serviço prestado em caráter não eventual: aquele relacionado direta ou indiretamente com as atividades 
normais da empresa. 
 
Regime de Economia Familiar: a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à 
própria subsistência e é exercido em condições de mútua dependência e 
colaboração, sem utilização de empregado. 
 
Auxílio eventual de terceiros: o que é exercido ocasionalmente, em condições de mútua colaboração, não 
existindo subordinação nem remuneração. 
 
EXERCÍCIOS 
 
37. João exerce individualmente atividade de pescador artesanal e possui embarcação com 5 toneladas de arqueação 
bruta, com parceiro eventual, que o auxilia. Nessa situação, João é 
a) segurado facultativo. 
b) segurado especial. 
c) contribuinte individual. 
d) trabalhador avulso. 
e) não segurado da Previdência Social. 
 
38. Considere os seguintes itens: 
I. benefício de pensão por morte, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão, cujo valor não supere o do menor benefício de 
prestação continuada da Previdência Social; 
II. exercício de mandato eletivo de dirigente sindical de organização da categoria de trabalhadores rurais; 
III. exercício de mandato de vereador do Município em que desenvolve a atividade rural ou de dirigente de cooperativa 
rural constituída, exclusivamente, por segurados especiais; 
IV. atividade artesanal desenvolvida com matéria-prima produzida pelo respectivo grupo familiar, podendo ser utilizada 
matéria-prima de outra origem, desde que a renda mensal obtida na atividade não exceda ao menor benefício de 
prestação continuada da Previdência Social. 
 
Não é segurado especial da Previdência Social o membro de grupo familiar que possuir outra fonte de rendimento, 
EXCETO se decorrente de: 
a) III e IV, apenas. 
b) I, II, III e IV. 
c) I, II e IV, apenas. 
d) I, II e III, apenas. 
e) II, III e IV, apenas. 
 
 
3.2. FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO 
 
Da Inscrição 
 
Inscrição do Segurado: é o ato pelo qual o segurado É CADASTRADO no Regime Geral de Previdência 
Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos 
necessários e úteis a sua caracterização, na seguinte forma: 
 
I - empregado e trabalhador avulso - pelo preenchimento dos documentos que os habilitem ao 
exercício da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho (no caso de empregado) e pelo 
cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra (no caso de trabalhador 
avulso); 
 
II - empregado doméstico - pela apresentação de documento que comprove a existência de contrato de 
trabalho; 
 
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25 
III - contribuinte individual - pela apresentação de documento que caracterize a sua condição; 
IV - segurado especial - pela apresentação de documento que comprove o exercício de atividade rural; e 
 
V - facultativo - pela apresentação de documento de identidade e declaração expressa de que não 
exerce atividade que o enquadre na categoria de segurado obrigatório. 
 
 A inscrição do segurado em qualquer categoria mencionada neste artigo EXIGE a idade mínima de 16 
anos. 
 
 Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime 
Geral de Previdência Social será obrigatoriamente inscrito em relação a cada uma delas. 
 
 A anotação na CTPS VALE para todos os efeitos como prova de filiação à previdência social, relação 
de emprego, tempo de serviço e salário-de-contribuição, podendo, em caso de dúvida, ser exigida 
pelo INSS a apresentação dos documentos que serviram de base à anotação. 
 
Inscrição dos Dependentes: Considera-se inscrição de dependente, para os efeitos da previdência social, 
o ato pelo qual o segurado O qualifica perante ela e decorre da 
apresentação de: 
 
I - para os dependentes preferenciais: 
a) cônjuge e filhos - certidões de casamento e de nascimento; 
b) companheira ou companheiro - documento de identidade e certidão de casamento; 
c) equiparado a filho - certidão judicial de tutela e, em se tratando de enteado, certidão de 
casamento do segurado e de nascimento do dependente; 
II - pais - certidão de nascimento do segurado e documentos de identidade dos mesmos; 
III - irmão - certidão de nascimento 
 
 
Da Filiação 
 
Filiação do Segurado: é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência 
social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações. 
 
 A filiação à previdência social DECORRE AUTOMATICAMENTE do exercício de atividade 
remunerada para os segurados obrigatórios e da inscrição formalizada com o pagamento da primeira 
contribuição para o segurado facultativo. 
 
 
3.3. SEGURADOS FACULTATIVOS 
 
Conceito: É segurado facultativo o MAIOR DE 16 ANOS DE IDADE que se filiar ao Regime Geral de 
Previdência Social, mediante contribuição, desde que não

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