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TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA BIBLIOGRAFIA 1\ II(Irade-Filho, A.; Campolina, D.; Dias, M. B. Toxicologia clinica. Belo Il orizonte: Folium, 2001, p. 368. I 1111 111 a 11, D. C. Diagnosing and treating toxicoses in dogs and cats. Vete- l"ilHlry Medicine, 1997, p. 273-82. 1)1 ('i~ il ( ci1, R. H. Manual de envenenamentos: diagnostico e tratamento. S ,l() Paulo: Atheneu, 1975, p. 542. 11): ikd , M. M. Avaliac;:oes da hemodinamica e da func;:ao renal em caes (c ;tlllisjamiliaris, Linnaeus, 1758) intoxicados experimentalmente pelo 1'111("110 glico1. Sao Paulo, 1995. Tese de Doutorado. Faculdade de !\ \I·dici ll a Veterinaria e Zootecnia da Universidade de Sao Paulo. 1111' , 1\ . M.; KiescheN esselrodt, A. Toxicology of household cleaning pro- dllll ~ ,11ld disinfectants. Veterinary Clinics of North America: small 011 11111.11 pra ctice, v. 20, 1990, p. 52 -537. (11V1' 11 ", ,J. G.; Dorman, D. C. Common household hazards for small ani- 111.ll s. Veterinary Medicine, 1997, p. 140-48, 1997. 1'1 ' 11 ·1, 1111 , M. E.; Talcott, P. A. Small animal toxicology. Philadelphia: W.B. ',.I 111l(i<:rs, 2001 , p. 795. 1'llIlltI) , I) . C. Veterinary drug handbook. 3.ed. Ames: Iowa State Univer- ',ily l'It"SS, 1999. ', 111,111\111.111 , S. Produtos qufmicos de uso domiciliar: seguranc;:a e riscos Ill\il'll ll')gicos. 2.ed. Sao Paulo: AImed, 1988, p. 182. \'11 11111 '1, 1). 1\ .; Mecrdink, G. L. Diagnostic toxicology for the small animal [11011 '111)11("1". Velerinary Clinics of North America - small animal practi- II ', v 12, 002, p. 357-65. ' 1111 I/li rod u~ao .... . .... . ........ 209 Olidi smo .. . ................. 210 /I( it! ' ntes botropicos .......... 211 \(' n ibilidade dos mamfferos ao veneno botropico . . . .. 213 (ompo i~a o do veneno e mecanisme cle a~ao ................ 213 /11 1111' 111 crotalico ..... .. .... . . 219 (1l1l 1j)O i ~a o do veneno e meca nismo ci C3 ao ...... .. ........ 220 /ll ltll ' III ('~ laqueticos e elapfdicos .. 227 1'll lltloIxia clo ofidi smo .. 228 1'1 '011,1)( '" ,1 orOl rapia oIlllivcnt no ...... 228 I N I HOOU<;:AO 8 Zootoxinas MICHIKO SAKATE Acidentes por abe l has ......... 230 Compos i~ao do veneno e mecanisme de a~ao .......... . ..... 230 Acidentes causados por veneno de sapo ........ 233 Composi~ao do veneno e mecanismo de a~ao ....... . ........ 234 Escorpioni smo ... . .. .. . ...... 237 Compos i ~ao do veneno e mecanismo de a~ao ... . . ........... 238 Aran efsmo ................... 240 Acidentes por Loxosceles ...... 240 Acidentes por PhoneLltrio ..... 242 Bib liografia . . . . . ....... 243 11 IJtl(" ~"o as zoOloxin as? Qual a importancia de seu estudo e quais I , ', 11.1 ' illlJ)Iil',l<,'t)l'S Il a medicina veterinaria ? Essas questoes sao preocu- I'll III ", till" prol"i SS iOIl , is no cl ia-a -dia em sua "luta" na clinica. Diante de 111111111 ', I .I ~ II " til · (' II V(" Il l' 1l 111 'nto em animais domesticos causados por III Ill tI ', oI ldlll ,II ,' , t~ iIlIJ)l"l"scill(ilvc l qu 0 veLerinario tenha conhecimento "II(I 1'1"" I' 1".II 'i,1 .1I )tl) .1 ill stiluir 0 lra tamenlO mais adequado 0 possive! I III Illtl 111 ', 11 til · illllni<'oI(,:oI u. \ . 1II!l11 \ 111 ,I', ',tin q ll ,li "lJlll"l' , 1t1i ~ I .l ll (" i ,lS til ic, s produ zidas por ani- iii Ii 11,( 1)1 ) ',1'1111 111I ,11 ,11111.1 , 1",' ·llIpillll, ""IH) 1"1 (" . 1\ il11po rt an ia as 11111"11 ,1< III ", d ,l', 1111111 III,,', Ii tl II Willlll loi \'1·11 ' 1111 .1 11. 11 1'1 ·,1( ·111 so ilrt" P"IS(,S 111I111t til , 11111 1/ ,I', III ttll lit 1,1', 111111t 11',111111 ' 1111 ill ' Itilill'oIll1l , '" II) IJ.) (,11111 ' till 1'111\ III ,1111111 1111111111 dll ' .1 111111 .11 ', tI " ll)I '.1/1/1'. '" IIIII1II',I 'qlll ' llll · !lll ' This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIA AP LICADA A MEDICINA VETERIN;lRIA ,j 111 'f.() economico nos casos que envolvem animais de prodw;ao. Ra tam- IWIII prco upa <;oes dinicas e epidemio16gicas em pequenos animais, com 1'l ll'd Sl' pa I'a os cEles, que estao mais sujeitos a sofrer intoxica<;oes por zoo- Ill xill CiS. Ne ses casos, as complica<;oes dfnicas renais e hepaticas sao con- ',i <!t'rn(\< s bastante preocupantes. N, medi cin a veterinaria, de acordo com as incidencias e importan- <'i d S dini cas, podem ser destacados os acidentes causados por toxinas de '.(' 1 Ill' llIes, aranbas, escorpioes e sapos. Alem disso, as mllltiplas picadas Il()l' ,lilclll[ls le m ca usado muitas mortes em virtu de da sua gravidade, III jllt'ipcllll1cn t ' para d ies, a especie mais atingida e suscetfvel. Como na,o 11 ,1, II ,' 111('di cina vete rinaria, obrigatoriedade de notifica<;ao dos casos de ,11 'ldt'lllcS o l'idi cos (como ocorre na medicina humana por determina<;ao ti, ' 11111,1 pOrla ri a do Ministerio da Saude em 1986) os dados epidemiol6- )!Icm .'ell) l'scassos, 0 mesmo ocorrendo em acidentes causados por ara- 111101 , l's('()I"p iao, a bel ha e outros animais pe<;onhentos. l'orl,l I1to, nao se sabe exatamente 0 nllmero de acidentes provocados 11 11 1 IIl1 liO xin 8s. No entanto, considerando as notifica<;oes ocorridas em IIIIIII ,IIII)S e lll nosso pals e supondo que os animais estao mais expostos a (""I' Ii IlO de , ci lentes, acredita -se que esse tipo de intoxica<;ao tern gran- di ' 11 ' II 'V dIICi [l, OIIOISMO I\~ ~ I ' I pCIHes s'mpre I'oram vistas com certo receio ou ate mesmo IIII 'tio (It-sdt' ICI I1POS rcmotos, sendo ate cultuadas e adoradas ao longo da 11 10. 111 1101 , M('SI 11 0 as 'im , os estudos sobre ofidismo dfnico come<;aram '0111111' 111 1' 110 il1 lc io do secul o XX. ()h ,1 ('i(ll-ll les oridi os tem provoca do problemas medicos e medico - \ 111 '1 illoll 'ios sig l1ilk ti vos no Brasil em decorrencia da grande incidencia tI , .. ,' ,I ", l'd SOS, (1.,1 o lt [l to xi idade dos venenos das serpentes encontradas no 1111','. 11 ll,lI ~ l' ti ,l il lt " I ' ta li clade causada como consequencia dos acidentes, loIlllll 111 1 S(' I' 1111111 , no CO 111 0 nos animais domesticos. Iluj Vi l,1I 1 ~ l w/, il , I11 ccl i 0 sanitarista, 0 pioneiro a realizar os estudo sobre 1 I' ll '1I Il" o l'ldi ('()s Il O I ras il. Mesmo havendo 0 reg islro de mu itos casos de ,!lldl ' llt (', o l'itl iros Il cqu' la epoca, nao hav i. , ('ol1t udo, sludos clinic:os I dl/ , "I ) ~I ' ltll 'S s() l)r!' (), SS lInto, 0 rcl'cri(\o IIH'tii ('1l illi ('iO II SC' lI S cst liti OS (' XI)t' - I III H'III. ti " Ihl, Vd ll<!o-se 1l 0S d8c1os o l1ti<!O" III ' II' 11 ,111 1'1', /\ ll1e rt e dlillill( ' (' til ', III IHI'I" 1''' III 'I'ilk iti ,Hiv d() tlllli V('11l'1I 0 11 11 11 .1 1,1111111111 til) ... ,widl ' IIII 's II I'lti kll" lillI" 1'111 di.l , II ',(1 11) ,'lIl i\'I ' III'II I' I IllItlil dlll ' lli \ ,11.1 111 ', CI"l ' '.11 11 (' 111 Ii Itl l1 l lll1l1lll l1 ,ll., H, 11111 1I11 ' itl til 1111 1' III lit 11111 I"III/ d, ' 11 ' 111 ' 1111 '. 11",., 111111 III ZOOTOXINAS rimuniza<;ao estimula 0 sistema imune dos cavalos, produzindo anticor- pos especfficos contra cada tipo de veneno injetado. Preocupados com a vida litil desses animais que sofrem sangrias, com os efeitos t6xicos do veneno e tambem com 0 alto custo operacional para manuten<;ao dos cavalos, alguns pesquisadores tem trabalhado para ofe - recer alternativas na escolha dos animais (por exemplo, coelhos, caprinos e ovinos) para a prodw;:ao do soro antiveneno. Os adjuvantes completo e incompleto de Freund, entre outros, sao mais utilizados, e 0 usa destes tem a finalidade de obter a maior resposta imune e 0 menor dana ao animal produtor de soro. Alguns pesquisadores trabalham na tentativa de diminuir a toxicida- de do veneno offdico sem a perda da sua imunogenicidade. Dessa forma, a irradia<;ao do veneno offdicocom a radia<;ao gama e com 60Co vem sendo testada e obteve resultados muito satisfat6rios nos animais com ele inocu- lados. A inje<;ao do veneno botr6pico irradiado nao causou rea<;oes proteo- I(ticas no local de inocula<;ao em animais testados. o uso da irradia<;ao do veneno oHdico, destinado it produ<;ao de soros, sera de grande importancia no futuro para minimizar os danos causados pelo veneno aos animais produtores de soro. Alem disso, junta mente com os adjuvantes ja existentes, podera contribuir para 0 aumento da imunogenici- dade desses venenos utilizados na hiperimuniza<;ao dos animais. De acordo com alguns estudos, os acidentes ofidicos mais frequentes nos animais domesticos sao provocados por serpentes dos generos Bothrops e Crotalus. Na medicina veterinaria, verifica-se que ha grande incidencia de 1'('l a los de acidentes por Bothrops e Crotalus. No entanto, sao raras as des- ('I' i ~ocs de picadas de serpentes do genero Laquesis ou Micrurus. Dessa l'orll1 [I , n este capitulo sera dada enfase a esses dois primeiros generos de , t'I'pen tcs. Atualmente, os soros antioffdicos utilizados em animais sao pro<lu zid os por la bora t6rios particulares, e os veterinarios tem certa faci- lid"tiC 11 8 qui si(ao desses medicamentos. () Milli stc rio dCi Sa Llde do Brasilpublicou dados de acidentes offdicos, d() pt' l lOtiO de j, !l ciro Ie 1. 990 a 1.993, somando 81.611 casos . Do total til' ('.1 , (1 ' dv ,)(' i<i Cl ltVS ol'fc1i cos Cl na li sados, 90,5% foram provocados por '.c' II 1( ' lIt( ', dll ):(~ II( ' I '()Jlo //I/ 'o/ }.I' , 7,7%, do gC IP ro Crota lus, 1,4% do genero 11/,'/', ',\ /,\ I' 0 , I 'Yt , dl) ): t IH' ro M i('/'" 1'11.1'. A( 1111 NIL'" U011{()PI( 0') 1111 ' • .II III Iltl ', l"I.t 1t 11', 1\ 1.IIoIti l' " 11 ,1 1 C' II' IIII,II 1. 1, II', l '"" ... ,,dlls Ill)! ' S(' I'- JlI 1111 '1 dll \1, /' 111 III 1111 1111 11/ 1\ I' ll' 111 1111111 '.1 (11 11" 11 11 -11 /1 11 '1 \. 11 tllloIllllI " 11I1 'i This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA dcncia, perfazendo aproximadamente 85% a 90% do total dos acidentes por serpentes. As serpentes do genero Bothrops pertencem a familia Viperidae e sao ('oll1postas por mais de 30 especies . As especies que tern importancia Ill clii co-veterinaxia e que sao mais comumente encontradas em nosso Jl.lIS, particularmente na regiao Sudeste, sao: Bothrops (B.) jararaca (Figu- 101 H. I) , B. alternatus (Figura 8.2), B. moojeni, B. neuwiedi, B. jararacussu, B. IIllillra, cntre outras existentes em to do 0 territ6rio bra sileiro (Quadro .~ I) . IJssas serpentes sao classificadas como solen6g1ifas e ovoviviparas, 11'111 losse la loreal, final da cauda lisa e apresentam, de modo geral, com- JlII II.lIIl CIllO agressivo. 11 )\111" H.I . /Jo/!;rojJs joraroco em posi~ao de alerta (ataque), demonstrando comporta- 111 n to agressivo. 11 1\1 11 ,1 II /I/I/hltl/II (11/r'll/ti/l/l, 1, 1I1 ',oIdllloi dl ' oIlldl 'IIII ' 1'111 11111 10111, liolVI,1 111)',1'111111 11111 .1 11 '1i11' pillilil ,lIill ", ZOOTOXINAS Quadro 8.1 . Nomes cientfficos e populares de algumas serpentes do genero BothrojJs Nomes cientfficos Nomes populares Bothrops ol/erna/us Urutu, urutu cruzeiro Bothrops iltrox jararaca do amazonas Bothrops bilineotus Bothrops brazili Bothrops cotiara BothrojJs ((}s/e/naud Bothrops erythrome/as Bothrops insu/aris Bothrops joraraca /Jothrops jaroracussu /J()throjJs moojen II()/hrops neuwiedi jararaca verde jararaca vermelha (otiara jararaca cinza jararaca-da-seca/do sertao jararaca ilhoa jararaca jararacu~u (ai~a(a jararaca pintada Sensibilidade dos mamiferos ao veneno botropico Tudos os mamiferos apresentam susceptibilidade ao veneno botr6pi- I II; 111 <15 ha diferenc;a nessa sensibilidade. De acordo com as especies ani- 111,tiS l"nvolvidas e em ordem decrescente de sensibilidade, podem ser (i iddol s: cqLi ina, ovina, bovina, caprina, canina, suina e felina. 1\111 igc 111 ' n le, acreditava-se que a especie suina apresentava maior I (" ,t ' 1(" 11 'i< < os 'kilOS do veneno ofidico por causa da grande camada adi- 1"1',,( (jIl t" poss ui . No entanto, hoje se sabe que essa menor sensibilidade III \1' (" ,1 prCS(' ll " dc substancias no soro sangiiineo capazes de neutra- II oil m .Illllg 'nos orldi os. (h 1"<Il'S Sl" il 'idclllam, particu)armente, nos focinhos e membros 11111 '1 III I' . ,I,j os gr.l lHics anim ais, como bovin~s, apresentam maior inci- dl 111 1,1 til ' pl( '.l<lol S 11 .1 rcgi ;" o d Ol abec;a, nos membros e no ubere. Os eqiii- IIII' , '" Ill ,1I't 'lolIlIlS, 11,1 IIldiori d IOlS vezes, na regiao da cabec;a, 0 que 11111 \11 1,1 III ,IV(", 1 i, ' I 'O ~ j"('Spil"t11(')j'ios 110 loCOl I ci a picada, decorrentes da pre- , 11101 ill ' 1'111 ' 111 ,1, dni( lill.llldl), ,ls, illl, ,1 res pir, <.:50. (" ... po i~~ 0 do vcncno mecanismo de ac;ao I I I III 1111 1111111111" II I 11I11',[ ll llldll 1'111 "dlld " ', IIII ~ I ,I I)( i,1S, l,Ii s CO IlI O '1111I1d' 1"lllItill l'.1 1'IIIIIIIIoI,ilI ' IIoII 111" ",111111111'1111 ,11 ( '1'1101 dl ·I J()' V., , I II This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICO LOGIA APLI CADA A MEDICI NA VETERI NARIA C) ') % do peso seco do veneno botr6pico sao proteinas, que apresentam ,11 ividades proteoliticas e sao denominadas metaloproteases por conterem l \ i Icio e zinco nas suas moh~culas. A hlaluronidase e responsavel pela rapida abson;:ao e dispersao do V(' 11 CI10 entre os tecidos animais . A hemotoxina e a citolisina determi - 1101111 as reac;5es inflamat6rias locais e provo cam necroses nos tecidos e IH I (' pil elio vascular. As fosfolipa ses A2 e as esterases produzem alterac;ao tiol pnmeabilidade das m embranas com a liberac;ao de substancias \ .I ' ll,' I ivas como a histamina e a bradicinina. 0 acidente botr6pico 101 1.1("1 n iza -se por promover ac;ao n ecrosante, coagulante, vasculot6xica l' I)("lro IOx ica . () S J 11 i mais acidentados apresentam a necrose tecidual de aspecto 1:1 ' 1.11 i 1l 0S0 no local da picada pela ac;ao direta das enzimas proteo!fticas, III III ('i P,l I 111 e nte as fosfolipases A2. Estas enzimas liberam as substancias \ ,I'd I, ll i Vll S, provocando dor intensa, edema, eritema e h emorragias, ',q: llitid S pcl a instalac;ao da necrose. A necrose presente no acidente 1111 11 o pi ('() sc agrava com 0 decorrer do tempo, pois a isquemia local cau- ',, 11 1.1 p il i ,11l c rac;5es nas art<~rias intramusculares e pela microcirculac;ao 11 " '111111 ('01 ,1 supl em entac;ao sanguinea a regiao afetada. Os fatores hemor- I 01 1:11 (l ~ It P I, 111"2 e HF3 e a botropasina tambem participam com a ac;ao 11 II II 1 'III I I i t't1. A 01 '01 0 coa gulante do ven eno botr6pico e conhecida como "tipo 11 11 11 il li ll ,I" v (- dc 'o rrente da transformac;ao do fibrinogenio em fibrina, da ') 1 \ 01 1;, I!) ti ll rcll o r X e da a c;ao da protrombina. Os fatores II, V e VIII tam- III III '" II I ,Ili vcl(los n sse processo, e ha, ainda, uma mod erada trombocito- 111' 11101 , Ijll ( ' c1gr,lVc a coag uiopa tia cau sada pelo veneno. Desse modo, 0 \ 1111 ' 1111 IH1 11 <> pi ' l) a lu a inl e rferindo n a h emostasia. 1\ III.l glll o jl, I ia obse rva da e m caes acidentados por Bothrops e seme- 11 1,1 111 1' ,1I j11 (' 10I pr(,Sl' I1I C e m e re humanos. As substancia s responsaveis 1" '101 011,,111 1'( 1t1 g1 II a nle do ven en o botr6pico sao a botrojararacina, a 1lIlIll llIil lill .1 (' .1 jMJ rcgin a C. Em a lguns casos, 0 animal pode desenvol- \ I I 111" 1: 11101 ';i ll illl rnvascul a r di sseminada (CID), com a form a<;ao de II ill IIII 'II .i lpdos Ijlll ' ('ol11l)l"om ' Ie m va rios 6rga os. () 'I 1I " dll ) 1l (' 1I1 0 lTilg ico . Illuil o COJ11 II 11 I nost1('id c nlcs po r I nlllmps t' I 01 11 1111 II till ,1 .1 '.1 0 vdsn do l()xiCcl <lei S 111 '111 111 I" I: ill.l \ , oI S <tu il is dvsll"Ovnl 11 1111111111.1 11" 11 ,1, 11 d \) (' 11I1 \) 1 1~ 1i () Vol , ('Id ol l I ' 111 1I 1I11 11I 1,I'q ik 1l Ciol , prOV() (" l II I " '1 '1111 .1 101 1111 ,11 A ~ I(".IH' \ jlllIl l' lil ', I I 1.111111 IIIi , 11 '. '" I,II II\) 1', 1(' 1111 101 '" (' II 01 111111 .1 1.11 11 11' 11 1011111 '(1' 11".1 ' 111 01 II I 1I 1I1I 1,1)'" I IId ,I\ III ', I 1" 1' 11 101 ', 1111:11 oI llI l'. " IlIlItl 11 11 II ZOOTOXINAS A a<;ao nefrot6xica do veneno botr6pico e de corrente da sua a c;ao direta sobre os tubulos renais e 0 endotelio vascular, podendo culminar em insuficiencia renal aguda grave nos anima is acidentados . 0 quadro renal tambem pode ocorrer indiretamente peJo choque hipovolemico causado pela hemorragia e pelos microcoagulos que obstruem a microcir- cula<;ao com conseqi.i ente lsquemia renal. As les5es renais agudas provo- cadas pelo veneno botr6pico foram relatada s por varios autores tanto em humanos quanto em animais. Sinais C\fnicos A gravidade do enven enamento botr6pico depende de varios fatores, 18is como sensibilidade do animal ao veneno, quantidade de veneno inOCll- lada, local afetado e tempo decorrido do acidente ate 0 tratamento. Os animais acidentados apresentam, inicialmente, prostra<;ao, inape- If- Il cia, apatia e taquipneia. As reac;5es locais (edema, equimose e hemor- l.1 gias ) aparecem rapidamente, eo animal apresenta intensa sensibilidade dolmosa . De man eira geral. os animais mantem os membros flexionados .t Il' qu e a dor causada pela picada diminua de intensidade ou esteja con- II nlada (Figura 8 .3 ). Por conta desse efeito, muitas vezes os animais apre- ',( ' lll il l1l clalldica c;5es . I1'111 I II I AjllI '. ,11 1111 '1111 ' 111111 /10//1111//1 ~ p , l,l u 111 'X IOIl" (lllll'IIi1l1o dlillgiri o, 0 que indi a tl il l 1111 1111, 11 d.1 1'1 101 11" This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIA APLI CADA A MEDICINA VETERINARIA 11m casos nos quais a picada ocone na cabe<;a dos animais, particular- 111t '111 l' na regiao do focinho, h ci evidencia de dispneia e insuficiencia respi- I til 01 i8 decorrentes da presen<;a de edema intenso no local da picada e ao ', I ' ll I'vcioL" (Figura 8.4). Em eqUin~s , muitas vezes, hci n ecessidade de tra- ' illI'()Slolllia de emergencia para assegurar a sobrevida do animal, mesmo 1/111 ' I'S I ' esteja conendo 0 risco de graves hemonagias em razao dos efei- I" " 1'() ,lg ul an tes do veneno e dos procedimentos cirurgicos (Figura 8.S). I It '',,,, I form a, a traqueostomia deve ser realizada com muita cautela, pois os .I111111,li~ podem nao apresentar coagula<;ao sangufnea normal em razao da Ililll\ i( ',1(,;-0 botr6pica. Il f: llloi 1\ 'I. Animal acidentado com Bothrops sp na regiao da face , apresentando edema illl('n~o. II Vo lliolll ', 11 ,111111 '11',1111111.11 '111111111 '1111111 11 11111 ,1111'11 " ll lil 'llll ' 1101111111111 ZOOTOXINAS Os anima is que sofrem picadas no focinho tambem apresentam difi- culdades na alimenta<;ao, e, em alguns casos, a passagem de sonda naso- gastrica e requerida com a finalidade de manter a sua alimenta<;ao. Naqueles animais que receberam grand es quantidades de veneno ou ja apresentavam algum problema clfnico previo, verifica-se que a recupe - ra<;ao e bastante morosa. Dessa forma, estes podem permanecer por varios dias em decubito lateral, necessitando de cuidados clfnicos intensos. Em casos graves, os animais podem, ainda, apresentar hipotensao, hipoterrnia, choque hipovolemico, sudorese e emese. Achados laboratoriais Os animais acometidos apresentam leucocitose com neutrofilia, lin- fopenia, eosinopenia, monocitose e trombocitopenia, com consequente aumento no tempo de coagula<;ao au, ate m esmo, incoagulabilidade san- giHnea. Ha diminui<;ao do numero de hemacias, do volume globular, do i'ibrinogenio, da hemoglobina, da protefna plasmatica total, das protefnas scricas e da albumina. Os nfveis de produtos de degrada<;ao da fibrina e cias enzima s alanina aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (FA) e creatina cinase (CK) podem estar aumentados. A CK e uma enzima que ~(' ncontra aumentada em les6es musculares, eo aumento dessa enzima 11 0S acidentes botr6picos ocone em razao da necrose tecidual, consequ en- 1(' a 8<;ao proteolftica do veneno . «()mplica~6es clfnicas e sequelas do acidente botropico (] cO lllum a contamina<;ao bacteriana no local da picada com a forma- ",I() de < bsccssos Cill deconencia da flora bacteriana bucal das serpentes, .1,1 jlI'6 pri a conla lllin a<;ao ambiental, da aplica<;ao das substancias inade- ,,1I,l( lds sobre a i' rida o u do uso de instrumentos cortantes. As bacterias ,' lit () III r,lcin s COIll maior rrcqu encia sao Bacterioides sp, Escherichia coli, Ente- 1"/'1/1 'I'" sp, M(JI:ljllnr:/ia /I'Iorganii, Providencia rettigeri e Streptococcus (grupo D). 1\ lill ll'l ,l li ti, ci l' (- b(l ix< no acid e nte botropico, chegando, no ser huma- 1111 oJ <'1'1 ('.1 de ' I 'X, tios C(lSos. , cgu ndo os dados dos animais atendidos no 11 1"'11 I,ll V(' ll' I'ill ,i l'i() d,l P<lC u\(l < d' de Med icin a Veterinar ia e Zootecnia da 11111 ", 1' (' III 11 ()I II (,dl ll (, ' I)), (·ss., I11ml , lid 8c1c C ba ixa lambem nos animais. 1\', IIl ' III1)1I.I )',1. 1 (' \ 1(' 11 ',IS () 1 )~l'l'v .:'\(la s, rcslIlt 8nclo em choque hipovo- 1111111 I) '" Ii) 01 ', 1IIII IJll il ,II;IlI'" (' llIli t ' ,, ~ Ijll(' poti e ri 1111 provo a r a morte dos )1111)1011 ', ,\ III 111 ,1 d. ' 111.1 ',' .. 1 11111' ,( liI ,1I Iwl. l )\( ' l l() ~l' illll ' I) ~,l pOl' ],80 pro- l'ldlll',l ilil \1111 1111 .1'. \ 1'/1",. 111111 ,111( '11 ",', 01 11 01 , I li lll l):1.1 JlJ. i<; li l'oI 11 0 dlli 11 11 ,III Itldll This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA I ('..,0 '5 OJ) e rva-se, no local da picada, edema sero-hemorragico, gelatino - ',II, I'SP 'sso e amarelado com sangue vermelho escuro, 0 tecido necroti - 1 I I " ,1 S' rec;ao purulenta podem estar presentes no local da picada se a I'''" I!) ,lprcsentar a evoluc;ao de alguns dias. A hemorragia e sistemica e 0 1IIIi""ll1 ,l pulmonar e generalizado. Desse modo, a congestao e as Iii '11)1 Ii l'.1 gias intensas estao presentes na maioria dos orgaos examinados, \ II(', I () SL' tubular renal tambem pode ser bern evidenciada, As vezes, Iii I II" ~ ivsocs, tais como glomerulonefrite aguda, nefrite intersticial e III 'I III ~ I ' cortical renal tambem sao observadas, 111.lI',llmlico \ h IId<iOS de anamnese, tais como a presenc;a ou nao de serpentes no ",,11111 '1111' l'1ll que os animais vivem, a ocorrencia ou nao de acidentes III II I IIllil'ns prcvios e a evoluC;ao e as caracteristicas clinicas do animal aci - 111 '111,,1111 ~,10 ell' grande importancia para auxiliar no diagn6stico do enve- III I loll I 11'1 I I 0 hot ropico, 1' 111 ,lllillll1is de produC;ao, 0 diagn6stico precoce e definitivo e dificul - liI "'1 plli ~, ('111 l11uilOS casos, 0 proprietario ou profissional nao esta pre- ',1' 111, ' 110 IllOIIIClltO do acidente, atrasando 0 atendimento desses anima is , {\ III (,~(' 11 <:(1 de edema no local da picada e urn born indicador para 0 III.I) :IIII',lil '() do il cident botr6pico. Sinais clinicos (principalmente edema I 111 ' 1111111 ,, ~:i.l), daclos laboratoria is (particularmente 0 aumento do tempo III ' 111"i:l d,I,'''O) l' rcsposta a soroterapia antibotr6pica confirmam a suspei- 1,1 1111111" dl) ,1('idcnte botr6pico. IIclI.IIIII'I110 () IIIliI'(1 Ir,1I,1IllcnIO cficicnte no acidente botr6pico e a soroterapia 11111 1" 11 ',(1 tI" S()f'O , l1lillolropico ou antibotr6pico-crotalico, nadose que 11I1I11,ill/I', 110 1I1111i111 0, 100 I11g do veneno botropico, por via intraveno- 01 ( I V), tI" JlI'dl ' rCIll'i ,l , il'111 8mcnte. Essa soroterapia deve s r instilufda 1" 1'1 III ('11"'11 11 '; (' llll'('IJI110, () S 'U uso tarnbem e indicado naquclcs casos t' lIl '1111 ' lid "VU III '3\) dL' Ill (lis de 24 h. Admin istra<;oc ad iciol1ai s COIll 8 1111 '1,11 11' tI" dl) ,~ I ' illiei,d s3 () illdic, eI(l s qUando () s, Il g ll l' p('l'Il1 811 eCCI' inco, . ): 111", 1,1 "1111', I ~ II do illl('io do 1l'i1ldllH'lIln , II ( \ (' ', ,' II '~ ,ilI.II qlll ' 1.Jllln 0\ ,IIlilll ," " II, ' pi IIdlll 'd') 1j1l,11110 () \ lH'ql'" 1111 ', ,1 11 1111 " 1', d( ' \I' III 11 '(( '111'1 " 1111" ,111 ,1 "1, ',1 til' ',11 111 0I111 J1H 11 1()llil 'll , pili " 'I III ,1111 111 1111 ,1111""1 ' 111111 1"" 111 poll "" 11 1111 1 .. " I fill '.! d, ",', ,' 111""11<11111 '11111, I ,1111-" IllI tl lll liI ,IIII ' 1111.11 ili l \ 1111 II I 11 1I111'llil'I illlllll l"d" Iii ZODTOXINAS Alem da soroterapia antibotr6pica, 0 animal deve ser mantido na fluidoterapia com a soluC;ao fisiologica ou de Ringer ate que 0 acidentado tenha condic;ao pr6pria de ingerir liquido, Os animais acidentados devem ser sempre internados, pelo menos nas primeiras 24-48 horas, e, nos casos de maior gravida de, deve-se estender esse tempo de internaC;ao para ate 72 h. Os animais de prodw;:ao de vern ser mantidos em locais seguros, caso nao seja possivel interna-Ios, E totalmente contra-indicado 0 uso de torniquetes por causa do efei- to proteolitico local do veneno botr6pico, e e mandat6rio impedir que se realizem cortes no local da picada, Esse procedimento pode desencadear hemorragias graves, as quais, por sua vez, podem ser responsaveis pela morte dos animais , ACIDENTE CROTALICO As serpentes do genero Crotalus pertencentem a familia Viperidae, sendo conhecidas popularmente pelos nomes de cascavel, cascavel-qua- I ro-ventas, boicininga, maracamb6ia, maraca, entre outras denomina- , '(lCS, Sao encontradas na America do SuI, tern dentic;ao solenoglifa (os IIrrdios sao divididos, quanta a dentic;ao, em quatro grupos: aglifa, opist6- ): lil'(1, proter6glifa e solen6glifa - Figura 8.6), fosseta loreal, guizo na ,'\1 relllidade da cauda (Figura 8.7) e sao ovoviviparas ou viviparas, IIiHil'ndo alingir entre 80 e 100 centimetros de comprimento , A serpente "p l'l'sell la bote veloz, mas nao demonstra comportamento agressivo, a 11 ,11) Sl'I" quando se sente ameac;ada, 11 1111 III" 111 'lIili ,III ·,IIIt 'lIl1p.ld" tI" ',1' 11" '111< ' (1(//11/1/1 ,It/III 1111, 1'111 IIII(' \ pO\\lv('1 Vi \II (1Ii oil ,I 1:11 /,1'1 dll VI'III' IIII (1111111 I'dld.l 1'1 ,111 III II 111I1 'I',olllll 'lllIolllllli) 1'1 This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIA APlICAOA A MEDICINA VETERINARIA Il f: llloi B,7, (rota/LIs dLlrissLls, com a presen~a de aneis na cauda (Foto ced ida pelo Dr. H. emerson Belluomini). N(I 1ll',lS il , cxistem seis subespecies do genero Crotalus: Crotalus (G.) 1//1 //\\/1 ,\ 11'/'/'/fi'CIIS, G. durrisus co llilineatus, G. durissus cascavella, G. durissus /1I/lIlI lId , C, dllrissus marajoensis e G. durissus trigonicus. 1\" ~ (' I Pl'lllCS crotalicas sao encontradas em campos abertos, tais 11111111 .I1(',I~ ~l'CcS, a rcnosas e pedregosas; encostas de morros e cerra dos, 111111 '1111,11.1 111 (' 111 ' na I'ai xa lilOranea ou nas florestas umidas, 1\ pil'dd d pOI' '. durissus terrificus pode apresentar-se como LIma marca 111111111(11 111 (' dllp ltl, Lln ica ou como urn arranhao. No entanto, a localiza - 1,111 iI(1 Jlll ili o dv illocula<;:ao c mu ito diffcil, principalmente nos animais de iii 1.1 /\ (' 111 11)11 ~\'l , C ra llllcnic a dor no local da picada nao e tao intensa. I 111I1I)ld :>l' sa iba quc a gra nd e maioria dos acidentes offdicos no Brasil "' 1.1 I'lIldll / i\l" pOl' HOllirops, Clll re Ja<;ao a le talidade, evidencio ll-se maior Il ltll'" (' 111 ,i( 'icll'I1ICS pOl' Crotalus, podendo representar ate 30 % dos aci - tI, III''', (' 111 ,1I )',IIIlHIS rcgiiks clo pais. (ompo i~ao do veneno e mecanismo de a~ao () V"II, 'IIO (,l'll lll li m (: 1I11 1Cl llliSlura cOlllp lcxa cle vari as subSlancia" c 0 11 .11 1111.1 111( ' 111 0 c1L' s l.l ~ I'('ve lil ciS seg llillll'S loxill , S: uoloxin a, crn ltl lllin{, 1'1 111 111 .1 (. 1'I III VIII \ ill ,1. 1\ pl'ill (' ip,ll 1'1"1 "11) dl) ('11( '11 11(' 0 c()llIpk xo no lo i- lid IJlII ' 11 '1111 '\('111.1 'I () 'V., \I(1I() I,1I el l' \1('111 ' 1111 1IIIIIIdlili JlIIi 11111,1 11'.1 "I() Il.l si '.1'11111 .111\1(1.111, ' 1 1)~ I (l IIJ ).1~ (' 1\ , ((llil l) 111.1 II) 111111.1 IltI(,d() .I(ld.1 \('111 dill ItI ,lIl( 111 111I1 ,illl tI d( ·III1I1IIII".I" 111111111111111 (11111'1 IIld /\) \' , tlild ', ,IIIIIIIHtldt!I ', 1tIIIIhil ll.J, 111111 Illd 11111 1111111.]1 1\ 11111.11 til ' 11111]11111 01 11 I I ZOOTOXI NAS Nenhuma das duas substancias isoladas e taxica, a nao ser a subunidade B, que, quando inoculada em doses elevadas, pode provocar efeitos deleterios. A crotoxina induz uma falha na libera<;ao de acetileolina nas termi- na<,;oes nervosas motoras, atuando provavelmente nos canais ionicos, ocasionando a morte do animal em decorrencia da paralisia respira toria, causada pelo bloqueio periferico da transmissao neuromuscular. No entanto, a fra<;ao do veneno que contem a crotapotina e a fosfolipase A z lesa as fibras musculares esqueleticas, especialmente as do tipo I , provo- cando a ruptura de organelas intracelulares. Como conseqiiencia, ocor- re 0 influxo de caleio e eflu xo de creatina cinase (CK). Ha libera<;ao de mioglobina e aumento das atividades de enzimas marcadoras de lesao l11uscular como CK, lactato desidrogenase (LDH) e aspartato amino- Ira nsferase (AST). o animal apresenta necrose de coagula<;ao, podendo evoluir para a rabdomialise e miosite necrotica focal como resposta a necrose de coagu- ICI<,;ao . Alem disso, a crotoxina induz a agrega<;ao plaquetaria, tendo uma d(aO semelhante a da trombina e transforma, assim, 0 fibrinogenio em (ihrina. Portanto, diferentemente do que ocorre no acidente botropico, no .ll·icl 'nte crotalico nao sao observadas, de maneira geral, hemorragias. A crotamina , urn polipeptideo basico, e muito menos taxica em rela- ,.1 0 it crOloxina. Tern como a<;ao a ativa<;ao dos canais de sadio quase que ('xl' lli sivamente na membrana celular e nas fibras do musculo esqlleleti- I (I . 1\111 ralos, a crotamina induz uma potente a<;ao analgesica, compara- tid ,'I c1 < 1110rl'ina. 1\ girox ina C uma substancia que produz sintomas de toxicidade no l,dli liI110. " onvul xin a esta relacionada, principalmente, aos efeitos con- \ III ~ i v,llll ('S, r spirala ri os, circulatarios e tambem as lesoes labirinticas. 1'01'1 , 1110, as prin ipa i a<;oes do veneno crotalico sao: neurotaxica 11111 III (' io dc «(,-50 pc ril'cri a, em placa motora (neurotoxina pre-sinapti- 1.1) . lili o l()xic.l siSl0ll1i ctl, oag ul ante e h emolitica in vitro e in vivo. Illtl", (IIrw 0.., V, II I() ~ r.I(()I'(' ,' jl ll <i VII1 ('0 111 I" ihu ir pa ra a grav icl ade do acidente ofidico, ,11 11 (' 1·1t '\ (' 11 1'1111 11 .1 111 ~ I ' d v,Hi ,1(80 il1dividual (idade, peso, condi<;oes I" 1,1]>. tI 'l 111)'.,I III ~ lIlll) , .I 1jl l.l ll lid.Hk tit' Vl' II(' I1 0 in o ul ada, 0 nLlmero de 1111 ,11 1.1 ', II IIll ,iI .(1111)\idll (' II 1\'llillli tin '()11 itio dll~ () 11',1 1, lll enl O. A FUllda- , III NiI,I( III . .! III ·l tlll.I " ( I t)I)H) (1.I ·.·. Jl il d, til ' .1( '(11 till ('0 111 <IS 111 .;1 llil' 'SltlC:0'S ,11 1111 I "1 11 \' III 11.11111 II I" I I III. Ii I !I 1'111 1( ,\ I 1111Idl ' l .ltio (' )\ I,IVI', ('l)l1 lor 1111 lilt I (I d II IHI ,lIllll /'. ' This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIAAPLICADA A MEDICINA VETERINARIA ()lI rldro 8.2. Classifica~ao do envenenamento crotalico de acordo com manifesta~6es clfnicas Grau das altera~oes Manifesta~oes clinicas leve Moderado Grave 1.11 I('~ Illiastenicas e Ausentes ou tardias Discretas ou Evidentes VI\oI0 Ilirva evidentes MI,ilp,i.l Ausente ou discreta Discreta Intensa 111111.1 v<'rtne lha Ausente Ausente ou Presente 1111 11101110111 pouco evidente Oltgliliol ou anuria Ausente Ausente/presente Presente fcolllilo de coagula~ao Normalou Normalou Aumentado/ aumentado aumentado incoagulavel dtlst' de 1 mg/kg de peso vivo do veneno crotMico em animais illIlllI'~ 1 iros c de laboratorio pode ser mortal. Eqiiinos, ovinos e bovinos "III 11'. 111,1 is scnsfveis, seguidos, em ordem decrescente, pelos caprinos, 1,11111111'" ('o(' lh os, sufnos, cobaios, ca mundongos, felinos e hamsters. I h ~ ill,li s clfnicos observados nos animais picados por essas serpentes "III 11 ,111 '0 1 !lI"Il0S d locomoc;ao, fasciculac;6es musculares, flacidez da mus - Il lI illl lld Id l'i,ll , sialorreia , ptose palpebral, midrfase, oftalmoplegia, disfa- ,101 ,111 1' 101 <.,',10 11 8 [onac;ao, in suficiblCia respiratoria aguda e depressao 11 1'1111"111', i(', ) grtlve (Figura 8.8). ZOOTOXINAS A frac;ao miotoxica do veneno de C. durissus terrificus produz les6es nas fibras musculares esqueleticas com liberac;ao de enzimas marcadoras de lesao muscular. A ac;ao miotoxica provoca dores musculares generalizadas (mialgias), que aparecem precocemente na maioria dos casos. A lesao dessas fib ras m usculares esqueleticas propicia a liberac;ao de mioglobina, de acordo com a gravida de do processo, que e excretada pela urina (mioglobinuria), conferindo-Ihe uma cor desde 0 tom aver- melhado ate marrom escuro (Figura 8.9) . 111\111''' 8.9. Urina de um animal que sofreu acidente crotalico, cuja evo l u~ao da co l ora~ao e perceptivel. 1', 111 hu vil1os, ha ausc ncia de sinais dinicos ate quatro a cinco hora s .IJlII'.oI pit-H lr1, C, a pa rlir di so, ev idencia -se salivac;ao, deambula<;ao, para- 11',1,1 dll )', 10111) oC lIl , r, ciC CLlbil O esternal e latera l. Nesses casos, a morte 111 III! ' 111'111'1'('1' ollH'\s 7 hor,s cI() a id enle. I h,ltl"", l,d)ol'rllOI i.li'l I) 11111 '11 11.1 1111 .l lil lll ,) 1 ,H'O I)Il'!id o pod ', prcsc nla r-sc com uma colora- I III ,III 1l llI' llloItI,1 IloI ~ III illl('i l , l ~ Il ol'oI~ do oI ci dl'llll' (To lDli 0, provavelmen- II 1111.11111111 '111" 11.1111 '111 11 11 ',1' 11. 1, 101 1111 11 :111 , 11 .1 r.l'(' illi('i , I do t id cnl c, 111111111\11',1 11111 III 1111111111.1 111 111 (\1 ''0\'111 01 1",1\111 ' 111.1 I ' <iilllillili ,,1< ) 1I11Hivrc1 - .I 1.1" 11111111 III ti l' IlIil lIllllI ', 1 til 111'.l ll lI lil ll', This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA () veneno crotaJico, uma vez interagindo com 0 organismo animal, 111(111 /, Lima resposta de fase aguda, liberando as catecolaminas, os media- till I t'~ eel ula res e humorais e, tambem, os fatores quimiotaticos sericos. I \',',l' ,' l',llos cxplicam a presenc,;a do quadro de leucocitose com neutrofilia 1111', ,lIlilllnis acidentados. (h Illv('i s sericos de enzimas FA e ALT podem estar aumentados em ,1 1Iilll,li ~ ililoxicados com 0 veneno crotalico ja nas primeiras 24 horas ,'I HI" (I dt'idcnle. 0 acidente crotalico tambem provoca aumento dos 111\ I'j., ~('I" ic()s das enzimas CK, LDR eAST, em razao da rabdomiolise. () (' din e do sedimento urinario pode nao estar alterado se nao hou- It ·, III , IIlki cncia renal aguda (IRA), verificando-se somente proteinuria tl l',I IVI.l , 1\ mioglobinuria e observada na mai01'ia dos casos por causa da 11.1 1.,'0111 llliOloxica do veneno crotalico, sendo que a presenc,;a dessa mio- )i itlllill ,1 P()cie se r detectada pelo teste de benzidina com a adic,;ao de sulfa- II I ill ' ,1111 tIl1ia, pelas tiras reagentes para urinalise ou por metodos I " , pI ' (' iI 'ic () ~ i 111 unoquimicos (imunoeletroforese, imunodifusao e teste de o1): llIlil l,)(,',; O de mioglobina em latex). 1\., I(' sol's renais no acidente crotalico produzem oliguria e anuria, \ l' III1< ',1I1i10-S ' a e levac,;ao serica de ureia, creatinina, acido urico, fosforo I /1111,1', 'io , t h .1llilllilis acid elltados, se nao forem tratados adequadamente, jl11II1 ' 111 ilt 's ('llvolver necrose tubular em decorrencia da hipoxia, 0 que IH ltll ' I,1 /(oV,1I" 8 l1lorte por IRA, () 1I.llllo , () quadro hematologico, verifica-se leucocitose com neutro- 1111.1 (' (/ vsv io ~ csqucrda, podendo ocorrer leucopenia na fase precoce (ate III 1Ii111 ,IP <'IS 0 Clc id clllC) . () VI'II VIIO nol a li co ausa reduc,;ao no numero de plaquetas in vivo, Il ld ~ 1,1I1i1l(~ lll 11 " rc l8LO de in duc,;ao da agregac,;ao plaquetaria in vitro. As ,dl l' l.I '(I(' .' ill' ( ' ()dglila~:ao ocorrem no acidente crotalico pela ac,;ao da fra- 10111 IIP II 11'I1I1illill [l, CCl IWZ de converter 0 fibrinogenio diretamente em I" 111 11.1 , pi ()V( H'" Ildo U 111<1 a I'ibrinogenemia nos animais acidentados . () ('() ll ,' IIIII() do I'ihrinoge nio promove a nao coagulac,;ao sangLiinea, 111 11 1 (1.1 111111 '1110 1I 0S [l'I11POS de coagula c,;ao, d prOll'Ombina e de [Tombo- ,,1,I'dl li d Pdll'i ,iI . ,11 ( 111 dc diminuir a vclocici n<ic cie 1)('IIIIISSl'tiil1l 'nl a 50 , I I ",Il( "., N(l I'li ,iI ild illl'l 'lll.l ' ')(1 dll ('11( ' 11 11 11.1 II "jllI 'd,1 Ildl lllll.llllli.1 (' ): I.l V( ' 111111 ',111' 11111111( '111.1 1\ 11( '1,11:(11 ", Il('jI,I/II" 1 IItI," IIdll d'. ',, 1(1 tl l') tt ' II( ' I,II I", I'" II jl l( T,1 ' lIld!l!l " 1"11 111 ')\1 ' 111 ' 1011 "llllIdl il ltil I I I' 11111 I 1111111 ',1' i\ 11111 ',( 111.1 ZOOTOXINAS tura, no local da inoculac,;ao do veneno, apresenta uma area delimitada com colO1'ac,;ao esbranquic,;ada em raz30 da degenerac,;ao e da necrose oco1'- ridas. Dependendo da quantidade de veneno inoculada e do tempo dec01'- rido entre a inoculac,;ao do veneno e a morte, as alterac,;oes em outros mllsculos podem nao estar presentes, Por causa da nefrotoxicidade do veneno crotalico (crotoxina), os animais acidentados podem apresentar insuficiencia renal aguda com necrose tubular (decorrente da hipoxia). As alterac,;oes hepaticas provocadas pelo veneno crotalico devem-se a dois mecanismos: lesao de mitocondrias e efeito de citocinas, principal- mente interleucinas 6 e 8 nos hepatocitos, Os bovinos envenenados pela C. durissus terrificus apresentam lesoes hemorragicas no SNC e necrose arteriolar hialina no cerebro enos pul- moes em razao da hipoxia instalada. Diagnostico o diagnostico e baseado na anamnese, nos sinais clfnicos enos dados laboratoriais, Na maioria das vezes. 0 atendimento dos animais de gran- d porte e dos pequenos animais que vivem no meio rural ocorre tardia- l11ente, e esse fato corrobora com 0 aparecimento de complicac,;oes sisl "micas. A captura da serpente para posterior identificac,;ao e uti! para 11111 diagnostico precoce do acidente crotalico. Mesmo que 0 quadro clini- <'(I ini cial se mostre discreto, 0 envenenamento crotalico deve ser sempre ('() Il sid erado grave em ra zao das complicac,;oes sistemicas, i)entre os sinais clfnicos de maior importancia no diagnostico estao ,1( IIl('ics relacionados aos neurologicos. 0 animal apresenta urn quadro de ,II.I Xi,l, in lensa depressao neurologica, midriase, ptose palpebral, of talmo- "I(,)(iol l' I rcmores. A mialgia generalizada, dispneia, paralisia facial flacida, IH I( '" ,il ll'rl,l (plose mandibular), dificuldade de deglutic,;ao com consequen- II ' ., 1, lI()rrl' id (' a Ioni a vesica J com retenc,;ao urinaria sao os sinais clinicos IlI lI lI lIloIlll l'S l' qu e nOrleiam 0 diagnostico do envenenamento crotalico. () oIll1l1ClllO nos nfvc isscricos das enzimas CK, LDR eAST, em decor- II III .I \I" 1',II'(/O ll1i 6 Ii sL', l' lim bom indi cador de acidente crotalico, junta- 1111 ' 1111 ' ('11 111 (I q ll ddro "Iilli co apr s' ITl.ado pelo an imal. A colorac,;ao da 111 111 11, ill ' 111 ,111 '11111 (' S( ' III 'O " IIl'e l,l , (' 8 prcsc n<:a de mioglobina reforc,;am 0 d loIl: III)'oi l( II I 1111,1',(1 ', tI( ' II{I\ I" i ll ~ l , lI,III , I . olIS( II/ , IIiI - S(' oli )',llri " , 1ll'lri a e elcva c,;ao till , 111 \1'1" '.\ '11,"" t il ' 1111 '1.1 (' t 11 '.111111 1111 , 1\ 1 1I( '("l l~ III . " li litl ,llk s, Il ll/lillca , ' I"' , I 1I1 \ I,lI d lid ', jlllllll'lloI" ', I ', IHIIII '. "I'll', I I dlldl' lll" ('lffl ,lIi cll , I~ 1111 1 d,llill 111/11111111 '11101111.1101 II tll oI )',II11 ',111I11 11 111'1 Ii II 111 1'. I 1: loIlltll ", "ltlllloI ', This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIA APLl CAOA A MEOICINA VETERI NARIA Iidtamento o Cmico tratamento eficaz para neutralizar a a<;ao da pe<;onha ofidi- I 01 I' .1 soroterapia especifica , Dessa forma, 0 soro anticrotalico ou antibo- III )Ili 'o-crotalico (antioffdico ) deve ser apllcado no animal acidentado. As +l 1111l1l1,)s do soro devem ser conservadas em geladeira a temperatura de I 1"1: d 1-8"C, evitando 0 seu congelamento. A validade do soro, em geral, I ill ' dnis a Lres anos. No! pri:1L ica veterinaria, e indicada uma dose de soro antiofidico capaz il l 111 ' 1111·.Ili zar, no minimo, 50 mg de veneno crotallco por via IV. Deve- ', I ' 11 '111 '1 ir Il etade da dose inicial do soro antiofidico se 0 animal nao apre - ',1' 11101 1 Illclh ora do quadro, principalmente em rela<;ao ao parametro 11 '11'1" 1 de oagula<;ao (sangue nao coagulado) e a depressao neurologica, 1111 ", 1110 ') !lOS 8 a 12 horas do inicio do tratamento. () d 11 i ma I acidentado deve ser sempre internado, pois em muitos 101 ''( I', 11 ,) ('ol1lp lica<;5es sistemicas e a recupera<;ao completa pode demorar 1111101 ',( ' IIIc1l1a o u mais. Aprodu<;ao urinaria e a colora<;ao da urina devem ''(' 1 111I)llilorada por meio de sondagem vesical, evitando, assim, a reten- I ,ll I 1111 11 ,) 1 i,) sccundaria a atonia vesical provocada pelo acidente cro tali- 1,1 (\ ', 11111,',10 de manitol a 20%, na dose de 1 a 2g/kg, a cada 6 horas, por \ 1,1 I V, pi II k scr u Lilizada para indu zir a diurese . Caso persista a oliguria, IlIillloi ', I' () II S0 do diuretico de al<;a furosemida, na dose de 2 a 6 mg/kg, " 1,111.1 H 01 12 !l o ras, por via IV. 1\ ,il l\1Iilli /.il<:aO da urina naqueles animais que apresentam urina dlldol (pil i' (' x('l11p lo, d ies e gatos), com bicarbonato de sodio a 5%, na dl l', I' III ' . ,) II III Uq/kg, por via IV, tambem e indicada, uma vez que a urina 1!lld" 11I111'II('i.1 li l.< il prccipila C;aO intratubular de mioglobina, agravando 0 '1 11 0111111 11('1 11l1()x ico do vc nellO, principalmente em caes e gatos . N, I v(' ld"d(', Il OS acid 'Illes crOLalicos em bovinos e equinos, que fisio- IIIHIl ,11111 '111( ' j" ilJlr 'S ' nl am urin a a lca lina, a precipita <;ao intratubula r de 1I1 111g l"IIIII,1 PI\1 I ic') 111l'1l I ' nao ocon e . 1\ 111I 11I1I1l'ldpid (,O Il1 solu c;ao fisiologica ou de Ringer deve ser insti- 1111d ,1 oIll ' !J1I1' ,1 1I1'ill tl Vo ll ' a co lora C;ao normal, 0 que ocone, na ma io ria lid ', \ I' l l"" Illlld S\' lll ,1I1 iJ , p6s () acid cllle. 1'111 101 /,,11) lid pi't 'SC'II,'cI tiL' dcprcss5 0 1l<' lI l'lI lilg i(',) WdV(' , os iJ llil11 iJ is 11 ''1" 1'1 1' 111 I IIldoldll o.; illl( ' lI sivos d(' (' 111'1' l'Ill ,I):I ' 1I 1 01 )', 1101 III 'v(' ,'1' 1' Ol'l' I" 'iti D ,III ,11I11I1 ,d, \ 01 11 " 1'1('0.; ,Ill did , pil i 1111 '1 11 III ' ',1' 1111 ):, 1 I' +I ,illlIll ' III.I I:,1I1 ('11 11' 101 111 11 JlIII 1111 ' 1011 )lllll( ' ',('1 11(,( ',",', 011 01 1' 111 \ lilli' ''' d,l dll 111111.1111 ' til ' 11 1') :111 111,111, 11 11 1II IIJlIIII I ',1 ,11111 11I ' lIllllll)'I '" , I, tI , Ji ll "II ZOOTOXI NAS Cuidados com os olhos sao importantes para evitar ressecamento da cornea e posterior aparecimento de ulcera por causa da paralisia ocular, havendo a necessidade de umedece-Ios com a soluC;ao fisiologica e prote- ge -los com a gaze umedecida . Outra conduta importante e a de trocar, periodicamente, a posi<;ao de decubito do animal para evitar esearas e problemas sistemicos (por exemplo, respiratorios). A mialgia generaliza- da deve ser aliviada com 0 u sa de analgesicos opioides. Prognostico a prognostico dos acidentes crotalicos leves e moderados pode ser favoravel nos animais atendidos nas primeiras seis horas apos a picada. Nos acidentes crotalicos graves, 0 prognostico esta vinculado a existencia o u nao de insuficiencia renal aguda, sendo classificado como reservado a Ill au quando h a necrose tubular aguda. Nessa situa<;ao, os animais apre- sClltam 0 quadro de aniiria, azotemia e ate toxemia. ACIDENTES LAQUEfiCOS E ELAPIOICOS aS acidentes causados por serpentes dos generos Lachesis e Micrurus , dO l1luito raros na medicina veterinaria, Serpentes do genero Lachesis, Ill) Bras il , acham-se distribuidas na regiao da bacia Amazonica e em >lI", L1m as areas da Mata Atlantica (norte do Estado do Rio de Janeiro ate " 1'.Il'afba) . o vell eno laquetico tern efeito toxico semelhante ao do genero botro- 1,1t'1l , d(TCScido de eteito no sistema parassimpatico. Dessa forma, os ani- 11I,1i ' acid clllados com essas serpentes apresentam, ainda, quadro ):, I', llilllL'Slin a l. hipotensao e bradicardia. A quantidade de veneno inocu- 1.111.1 pilI' I,achesis spp e maior, em decorrencia de seu tamanho avantaja- I lit, 1'111 1'('1 , (80 as scrpell les do genero Bothrops ou Crotalus. () 11',11 o1l11CI1 I () C J'c i 10 com 0 soro antilaquetico ou antibotropico- 1.1I 111 1' li 'lill .) dose (jll ' 11 ' ulralize 250 a 400 mg do veneno, de acordo com ,I ): I.IVIII. III (' do \l 1I r1( lro clfni o. Naqueles anima is que apresentam, clinica- 11 11 ' 111( ', 1I1 ,l llii'I'SloI \,()l'S Sl'vl'I'a s do si lerna parassimpatico, deve-se proce- dl I , 01111 Ipl 11i /',dt,,'o I() , ',1' 11 )(' 111 (' II() ),,t ll (,ro Mil '/'II/'II,\' ' nCOll lra-sc amplamente distribuida 1111 111 111 11 111 I ' 11 01 1011111.1 1)I'd, il('il'd , 11 ,1 t]11 , I sZ o CIl COll lrada s aproxiluada- 1111 III, ' I 1", 1" '( ii ", 111111)( '1 ill,," 1)(IJilil ,I IIIII ' III (' C0ll10 ('obr( s corais OU cora is '1 .1 01 11 ,' 1101 ', 1",',1", ,1111111 ,11 ', 11 ' 111 II ,1j1,1I1 ' 1I1 11 i II II VI iI 01 1101' lit' V(' 1H' 11 0 do 1ipo '11111 III :111 " 111111 \ I I I 1( 111 ,1111111 ,11111 '," "1/11/1/1 1( ' 111 1.1111.1 11111 1 1I11'11i,1110 This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIA APLI CADA A MEDICINA VETERI NARIA ( \() ,I 120 cm), apresentam colora~6es variadas e aneis corpora is pretos, 11111.l1'l'los, brancos e vermelhos. 1\ pc~onha da serpente do genero Micrurus tern efeito neurotoxico (pl 'I' sinaptico e pos-sinaptico) que causa paralisia muscular flacida muito 11I)I(' lll e - portanto, se 0 acidentado nao for tratado precocemente, pode - I Ii v i r i1 6b ito em poucas horas em ra zao da fal encia respiratoria por para- 11'01.1 illu scular. l i lll rc l a~ao ao tratamento de acidentes com serpentes do genero 1IIIIIIf'II,I', 0 ideal eo usa do soro antielapidico. No entanto, n ormalmente \I 111("(lim veterinario tern grande dificuldade na obten~ao desse soro. Por- 1,11111), () Iralamento e de suporte, ou , naqueles acidentes graves ca usados 11111 M. ji'o/llaLis ou M. leminiscatus (neurotoxina pos-sinaptica), 0 uso de 111I"<i led IIi CIl lOS anticolinesterasicos (neostigmina ou fisostigmina) e indi- I ,I<ill, poi s promoverao uma m elhora rapida das manifesta~6es para liticas. No (' 111 0111 0, a neostigmina deve ser utilizada com muitacautela, reali- 1,Illt ll l ~(" st'll1pre urn teste previo para verificar a resposta positiva do aci- til III ddt) .I esse memcamento. 111II (11 11 ro eu idado ao administrar esses anticolinesterasicos e 0 de ins- 1I1II1 1 "I' IIIPI(" a al ropina antes da sua administra~ao , pois tais agonistas I Idl lll ' I ): I (,()~ promovem efeitos muscarinicos indesejaveis, tais como a 1111 11 '1 ',('I I n ;,1() br6nquica e bradicardia . I I~OIILAXIA DO OFIDISMO II di I'wi I proceder-se a profilaxia do ofidismo na veterinaria, principal- 1111 '1111 ' II,IS drCJS rurai s. 13 necessario limpar adequadamente as pastagens e 1,,1101 1 1111(' liS (1Ilill1ais rreqi.ientem as areas sujas, onde ha muitos roedores, 1'111 ', I (11111) ('s ics s-00 ' alimcn lOS muito apreciados pelas serpentes pe~onhen- 101 '" I.II~ l(lI dis devc rao prcscntar uma grande quantidade delas. RIA ES A SOROTERAPIA ANTIVENENO I)~ d II i Illd is Sllllll1CI idos a soroterapia pod em manifesta r rea~6es dlil (' I ~ '\ ' " ,ljllTS(' 111 ,1Ildo lIlll quadro de ch oqu e an afil ati co res uJtante da 111j1l11" II "d(1 dlkriov ' i losn, (0111 cOl11prol11 eti ll1 e11lo da pcr i'li sao lc idu al ( I ): 111,1 H, 10), (J ', ', 1 11 ,ti ~ t'illli( 'o, IIIlSt'I'V,ldos ('Il III Illdioi' 1'l'I'qi 'll- ll dil 110 cil<HIIIl' ,1 11 , - 111.111111 '"ltl 1111 1(0111.1 , Plillidl l, 11( ' 111111 (", 11 111 ',( ltioll l ' ''' , Iii sPII (' id , III 1'1' \1 ,1 11 ,! ,1" 1 lid ', !.I 'tI " Ilti! LIi" , 1",'.(", ,III 111,11 ', 1'1)(1( ' 111 ,1)11 1''''1'11 1011 , dlllli,l , ItI'Jllldldl,I , l 'dl ' lll ,l till', I )( g,lil ', I III 111",1111111,1 I' 1.111 ' 11 1 I,! 1111lil l l'l'! ti l' II HI IiIt lid Id',I ' 1111tt1 dd 1\ 111111 1111 till 1IIIIIJlII ZOOTOXINAS Figura 8.10, Anima l com choque anafilatico decorrente da soroterapia antiveneno. Houve necessidade de oxigenioterapia, alem de outras medidas de emergencia, Varios fatores favorecem 0 aparecimento dessas rea~6es, entre el es tiI' Vl'- , e considerar a dose do soro (concentra~6es de proteinas e de imu- II()globu l inas heterologas) , a velocidade de infusao do soro, a sensibiliza- 1,,10 prev ia a protefna do cavalo, a qualidade do antiveneno e a via de .Itililill isl ra<;;ao do soro, 1'01' mcd ida de precau~ao, sempre que se realiza a administra~ao de ',11111,' ,1I1Iivenenos, deve-se manter urn born aces so venoso, is to e, man- 11 '1 (i ,1 11illlal em so lu ~ao fisiologica ou solu~ao de Ringer. Deve-se ter a 111.1\1 • .I illti <J , 0 laringoscopio e as sondas endotraqueais, alem dos seguin- I I " 111 ('(1 it'il lll CIl l oS: co rli co id e, anti-histamfnicos, solu~ao aquosa de adre- 11 ,i1ill.l (' tit' <1 Inin o J'i l ina. ( ) 1\',1 1 ,llllt'lli () <in s rca<:oes precoces cons iste na su spensao imediata da Ililll ',,111 till so rt) ,111IiVl'IICI10 C a p l ica~ao de adrenalina (solu~ao 1:1.000) lid till "!' \It ' n, I ,) 0, 1111 . pOl' v ia rv, hid rocortisona na dose de 50 mg/kg 11111 \' 1.1 IV. )l 1'() II I(' I,I'I.IIl.l 11,1 dose d' 0, 2 a 1 mg/k g por via SC e expansao til \ lill ' IIII .I , dd llillti '1l dlld o ~t' ,) so lu<:8o hidroc lelro lftica balanceada (por I '111)1111 I 'I II HI ' I ('III!I 1,1( 1.1 10) . I ,I 'd' Il dld 111'oI i1i l !I ' ll( 1,1 1I ' ~ )l i l,]I('l l id, tl l'V(' S(' P,l SS(lr a sonda endotra- IJlIt il l ldid 111.1111 1 I II 1):1 ' 11,11 ,111 ,1<11'1111,111.1 t' 11 'i .l1 Illl'di (" llllt'ntos hl'Oll cndi - 1111tlII" 111 11111 ,I ll illl,dlllll,j lid tl lI ',I ' til ' 101(1 ):/1): )1 11 1 \' 1.1 1M Oi l IV, ,llll l'S " 'III t1" Iii I I 1\ 111,j 11111 I \ I lit . It I I I I 01 III Illlt .I This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA ACIDENTES POR ABElHAS Os il identes causados por multiplas picadas de abelhas (Apis mellifera) '" III 1'.l SICJ nlc serios e geralmente fatais nos animais domesticos em decor- II I It 1.1 dd ind uc;a.o de graves reac;oes toxicas e alt~rgicas. Os estudos sobre 11 1,11111(' d(' CJ belhas, em veterinaria, enfatizam a importancia do historico 1\ ' 1.11.1<10 pclo proprietario, 0 tratamento precoce e 0 acompanhamento di- 11 11 11 till .I11im al acidentado, muitas vezes por urn longo perfodo, por causa .\ ,1 )\ I.J vld ,ld c do acidente, com envolvimento de mllltiplos orgaos. 1\ ~ ,111<:\ has africanizadas sao variedades tropicais que se originaram ci, 1111101 l11i Slura de abelhas importadas para 0 Brasil, em 1956, com as ,tilt ' llloi S d i.l populac;ao local. de origem europeia, com 0 proposito de 111I ' 1I1111 'tlI' c produc;ao de mel. Sao agressivas, formam enxames rapida- 111( ' 111 , ' C, como ddesa propria, promovem ataques. 11(),iv {lS abelha s africanizadas ja sao maioria e difundiram-se por to do 1Ill lIllillt'lllc a m ericano, chegando ate mesmo aos EUA, em 1990. Atual - 1111'1111 ', II ., sc lec;ao das abelhas menos agressivas para facilitar 0 trabalho el m .ipin ill o l'C.'s c tambem evitar acidentes por multiplas picadas, tanto no ', ( I 1111111.!11\) co mo em animais domesticos. C()mposi~ao do veneno e mecanismo de a~ao () V(' IIt'II() d as abelhas e uma mistura complexa de aminas biogeni- 101', IlI'jll ld l'llS 'prOl 1nas. A melitina, urn peptfdeo, com peso molecular (1'1\1\) lit- 2. 1-\48 da lLo n s na forma monomerica, perfaz 50% do veneno 1'111 I' t ' I (' spol1 stl vc l p e la maiOl'ia dos efeitos lesivos. Ha tambem a fosfo - IlpII "\' A , ( I } XI 10 ve n e no seco ), que produz efeito hemolftico do vene- 1111 llill 1I1IIro princfl io ativo e uma fosfatase acida, com PM de 98 mil d ,ill lll l', (' ,lii v icli.ldc a lc rge nica moderada. A presenc;a de histamina, apa- Ililll.I (11111 ol ll)'() pcplid eo com PM de 2.000 daltons), hialuronidase e urn 111 11 II Ii I') \ 1',1 Illild(\ o r dos ma SLocitos (PM de 2.593 daltons) tambem com- 11IH ' III (I , ' II t' II() do ' a bc lhas . A quantidade de veneno seco varia entre 0,2 ,) II , '. 111 )\ , Sl' ll(l o <j1l C', C ill uma fenoada, a abelha teria a capa cid ade de Il lkl , ll , ' 111 Ie 11'1 III (ie 0, I m g. 111 1' lllil)'1 1(.' 111 propri e lade hemo\fl'i ca, a rdiOloxica e citoLox ica . Bssa '<1 11 1' 01 .1 111 1,1 .111 1"':.;(' 111 ,1, propri 'dade <il" <iil1li lllli l'.l 1l' ll s5o s lIj1c ri'i c i, I do (g il a iI') 111 1' 111111011101 jlld ~ lll ,)li ('tl . SI' 11H'llldlll l' .II I ti , ' II ' Ij \I' III( ' 11 ,11 1I r.ll , (\I 's llllill (lo ci S 11 1I'11dll ,l II.I ', 1 11() 1 ()., i( " I ~ , A 1III'Iililid ,I)',' " II ,' 111,)1 11'1 101 ',I I II 'I')', il 't I, ('!)11l tI 1'Il 'IIIIiJl.l ', I , ',(1 1111 ' 1)" itl ', lll llllIti( '(l" d ,1 1111 '1111""11 .11 1.11111 11 II I ('111 111 1 1',11111111 ' 111 111 ' .. 111 , ...:' .11'01 111111.1 1111 1' 11 1'11' 1101 III 11111 ,lI d l" l ll\. Iliidl ,I , I! ' II ' II.I ~ 1llI ' llillloIll.l ', .1 1111.11 1 -' . I oIll ', ,1l1dll d 111 11111 III" . 111 I111 ", II 1"1\.1 ',, 111 111 111 1'111 ',111111 111 1' _ ___ ....oU II ______ _ ZOOTOXINAS reduc;ao do tonus inibitorio e aumento da excitabilidade. Essa substancia possui ac;ao neurotoxica, principalmente sobre as func;oes da medula espinal e, como conseqi.iencia, causa convulsoes, hiperatividade e espas- mos dos musculos esqueleticos. A morte ocone por falencia respiratoria quando 4 mg/kg desse peptideo sao inoculados. o degranulador de mastocitos e responsavel pelo aparecimento de eritema e dor localizada em uma fenoada. Esse principio ativo causa urn deito normalmente mediado por histamina e pela aC;ao citolftica sobre os mastocitos . A concentrac;ao de aminas biologicamente ativas, como a histamina e a serotonina, varia de aCOl'do com a especie das abelhas. A histamina pro- voca vasodilatac;ao e aumento na permeabilidade de capilares, facilitando a difusao da toxina nos tecidos. Si nais clfnicos As areas do corpo do animal mais afetadas sao ocular,nasal e oral. mas em urn acidente por mUltiplas picadas, 0 animal recebe a ferroada pelo corpo todo. As cores escuras atraem mais abelhas do que as cores da- ras; portanto, a incidencia de acidentes em animais com a pelagem escu- ra e maior que naqueles com a de cor dara. Esse fato explica 0 porque dos apicultores usarem roupas brancas. Sao basicamente tres os tipos de acidentes e as reac;oes ao veneno das abelhas . 0 acidente mais frequente e aquele que envolve vftimas que recebem uma ou poucas picadas . 0 quadro dinico, nesse caso, geralmen- lese limita a uma reac;ao inflamatoria local. Uma outra possibilidade de alterac;ao ocone quando 0 animal. sensi- b iliza do ou sensivel. desenvolve a reac;ao de hipersensibilidade t ipo I ou c il oq u e anafilatico, mesmo com uma unica picada. o terceiro tipo de acidente, que tem maior gravidade, e conhecido co mo multiplas picadas por abelhas, em que a vftima sofre ac;ao de toxinas prcsc nlCS nas secrec;oes dessas abelhas. Os animais atometidos apresentam 1II1Ii los [ ' n"oes p eJo corpo, agitac;ao, nausea, emese, hipotensao, fraqueza )\I ' II('I'8 Ii l',wdc, 10 1'1'0 1', Laqui cardia, taquipneia, edema pulmonar, mialgia )W II \' I\ l lil',Ld" in 'oo rd 'n aGao, tremores e espasmos, nistagmos, convulsoes I' , 'OIIIc1 , () (jll ,)( 11'Il 'lil1ko podc l'voluir rap idam ente para a morte em decor- 1" 111 Id lid (',) I II inl ox icidtlci l' do VI' l1t'n o, q lI wndo 0 a 11 ima] recebe urn nume- III ('\ II I' llldlll l' III, ' ): 1.11111, ' cI ,' lii l " lIld ~ . CO III O 111 .11Iil'('S lt\'O 'S dinicas tardias '1JI.lII 'II ' III 11 1'111,111111.1 , 1I I' IIIII ): I(l llh llll l.l , I II ' III , III I III.I ~ , 1'"hdo llli (\ lis(', insufi- I I 11 11.1 1I ' II Id .1):1111" I 11 1 I , til l 1.1',111 ", 11 ,1 111.1):11 1.11 ,11 1 ',.111 1: ,'111 11'01 , II This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOG IA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA ----~--~~--~~-~.---------------------- Sao os dies que, com maior freqiiencia, sofrem por esse ultimo tipo il l' .I l' idente, ate mais do que os seres humanos, em razao do ambiente em '1111 ' vivem e pelo proprio comportamento. Latidos e movimenta<;:6es fre- 1IIII'Iil es acabam atraindo as abelhas e constituindo urn problema clinico 1II1 Ii I () prcocupante, 1\,II"do') laboratoriais I h'v ilio ao efeito hemolftico do veneno da Apis mellifera, os animais ill 1II III ' Iidos podem apresentar diminui<;:6es de hematocrito e de hemo- ): 111/ il ll,l (' II·o mbocitopenia. A hemoglobinuria e evidente, e a lesao renal, 1II1II'ol'.:1 dn pela necrose tubular aguda de corrente da deposi<;:ao de cilin- till h de hcmoglobina nos tubulos, e comum nos animais acometidos. 1\ III i 11 ,\ lise revela proteinuria, bilirrubinuria, presen<;:a de hemacias, leu- I I wi I os l ' dcscama<;:ao celular, Dependendo da gravidade do quadro renal 1IIIIVI1( \ldo por veneno de Apis, 0 animal pode apresentar azotemia. 1\ !ellen ilose com neutrofilia, desvio a esquerda, linfopenia e eosi- 1111I1I'11i 11 s;"o dados comuns no leucograma em razao das multiplas pica- tI.t' , I' llI' ,1 hc lha. I\.~ lilll'ocin as, em especial as interleucinas 1, 6 e 8, sao liberadas no III 1\ .11 ti Slll O l'111 resposta as multiplas picadas e atuam sobre a medula as sea, oi l 11' .1 lido .1 produ <;:ao e a libera<;:ao de neutrofilose cBulas jovens, tais como 1I.I ', IIIIII·les l' melamielocitos. As linfocinas tambem atuam sobre 0 hipota- 1>1 III I I, 11I'llVOC Ild o 0 aparecimento do estado febril e da libera<;:ao de ACTH till (' , 1'(11 Sllcl V t"l , induzem 0 aumento da prodw:;ao de glicocorticoides. 0 I' 11",'011 Ikssc hormonio na circula<;:Eio sangi.i.fnea deprime a resposta 1111 111 111 ('I' lld , 1', provocando a linfopenia e eosinopenia, Essa situa<;:ao deixa 11 ' • .II Itil' lIl.ldos 111 a is sLi sceptfveis as infec<;:6es secundarias. A hipoproteine- IliI>I 1.11111)(' 111 (' slii PI' se nte nos animais acometidos quando ocorre hemor- 1.1)1,1>1 IIII I' II S," Os dados de hemogasometria (diminui<;:ao do pH e do I iii .I 1111111.1 I ()) i Ildi '[1 111 Dcid ose metabolica no animal acidentado, e os niveis '11'11111', dl ' l' II 'I,illl.l 1\ 11' c CK podern esta r aumentados. II "' ''I IIt' llto N.l11 11.1 dllli V(' Il( ' I)() 'S I)(' ·r l'i co pa rn 0 Irnlnl11 (' I1I O de IlICillipl as picdins 11111 ,1111'1 11. 1, () .I11i1l1,)1 <l I'V(, rcvchl'r (' lli(i ,)( lo,' de SIIj)OrJ C C IIl Olli t(lri 'l.d<:30 1111 1'.1.11111 ', 1 h'~'~ .1 1'111111.1 , (IS d ililll ,d ~ .11 '111111'111111.': dl 'VI'1I1 1'('vviH'i' i'lIIi\l ()I(, loi JlI,r ,,, ,jIll ,1( 1 Il' ,lo lll)',il 'd Oil dl ' HI II ):I' I) jI ,ll oi 11101111 " 1 01 vII I(' III 1.I , l' lioi liti ll') 11 1'.1, 11 ,11,011 1 iii ' IIllilll l' llloI " 1(' 11 0110, 1\1,[\1 ', I II 1\1'111 111 '1.11'1.1 . 11 .1 101 )',dlllllill 01 1I 'llllI,lloIll , A administra<;:ao de adrenalina, na dose de 0,01 mg/kg (1:1.000), via SC, e indicada na fase precoce do acidente, pois e diffcil diferenciar a rea- <;:ao anafilatica do envenenamento pela toxina melffera. Os animais muito agitados e com mialgia intensa devem ser sedados, por exemplo, com benzodiazepinicos. Para controlar os efeitos produzidos pela liberac;ao de histamina, 0 usa de anti-histaminicos H, e H2 (por exemplo, cloridrato de prometazina, na dose de 0,2 a 1 mg/kg, via SC e cimetidina, na dose de 5 a 10 mg/kg, via IM ou IV) e indica do na fase precoce da intoxicac;ao. Os animais devem ser medicados, ainda, com hidrocortisona (60 mg/kg) e antibiotico, preferencialmente bactericidas (por exemplo, a enrofloxacina, na dose de 5 mg/kg) e anti-hemorragicos (como 0 transa- min, na dose de 1 ampola/animal). Mesmo apos varios dias de tratamen- LO intensivo (as vezes mais de dez dias), 0 animal pode vir a obito. No ntanto, nos casos moderados, a recupera<;:ao ocorre em torno de sete dias. Quando a rabdomiolise e muito grave, a administra<;:ao de bicarbonato de sodio (4 mEq/kg, por infusao venosa continua) tambem e recomendada. Os ferr6es das abelhas que permanecem no animal devem ser retira- <los rapidamente com auxflio de uma pin<;:a rente a pele, ou entao os pclos dos animais precisam ser raspados . Isso evita que aproximadamen- Iv 2 / 3 do veneno que permanece armazenado no aparelho inoculador ,IP t'lS a pica da seja inoculado na vitima. I'rognostico o prognostico esta relacionado a quanti dade de picadas por kg de IIl'SII qu e' 0 animal recebe. Animais que recebem menos de 14 picadas/kg 1\I 'I, ill)I CI)I <: sob revivem . Entre 14 e 24 picadas/kg, 0 animal estara em 1111101 l'o lllii <;ao crfti ca com prognostico reservado; e acima de 24 pica- d,I',/k) ", Il, l1il11 a l norm ahnente vira a obito. (! Il t'('('ssn ri r a rca li za<;:ao de exames de sangue para evidenciar a pre- ( 111,01 lit' Il l' 111 6 1i s', diminui <;:ao de plaquetas ou cm e monitorar 0 debito III III II IiII \' lIS '0 l1 ce ll1 ra~:6es se ricas de eletrolitos, ureia e creatinina. A< n)1 NTES CAUSADOS POR VENENO DE SAPO () '. '" Ij IlIH (111 '111 ' 111 11/ //1/ '((, I'nli1fli 8 I ufol1fdae, genero Bufo) estao distri- 111111 111', 111.111<',11111 ' 111 1' (' II I IIH ln () 1111111(1 0, CO Ill prcdile<;ao pe1as areas de cli- 11101 ', 11 11 111 1',11 I' 11' IIIj H' I'o lilll 111i1idl !. <:,1\1,) I'l'g i;"o {- a ra terizada pela Iill '0[ ' 11101 ti l ' oi ll\ IIIII II" 1"' jl l', 'lt", I k :. ~," 01111'111 10 . No Irrrit6rio hras il ' iro, I III 1111 1,1111 '01' '[ ', ''( 'll lil lIl l'" 1"'1" '11 1". 11/1111 (/I) IIlIlIi/III.I'. Ii. IYI' /I Oll iIlS, 11. (' /'II . II/II /I /1/1' /11/1 1 /I ,'Idilltlll lll\ /I l'II 'IIi/I/{ \ /I III//{ .\ (' / 1/111/111/11'/11/,1' 111111 (' 101 11 This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOG IA APLI CADA A MEDICINA VETERINARIA 10, nem todasessas especies apresentam secre<;6es com carater toxico (',' pazes de levar 0 animal envenenado a morte , Os sapos, apesar de nao possuirem aparelho de inocula<;ao do vene- 110, sao animais considerados venenosos, pois possuem glandulas na :, lIlwrlk ie da spa pele que produzem veneno de alta toxicidade, As glandulas paratoides localizam-se bilateralmente na regiao pos- 11I1) i I,ll c SaO compostas por glandulas do tipo granuloso, especializadas na III()tl lI (;~O e no armazenamento do veneno de aspecto leitoso (Figura 1\ I I), A Ie L11 dessas glandulas, ainda estao presentes, por toda a superficie I (II pnrC[J dos sapos, as glandulas mucosas, que produzem secre<;ao m enos \ 1 '.t'O~tl, As substancias dessas secre<;6es tem a a<;ao antipredat6ria e de dvll's" , pois esses animais sao desprovidos de espinhos, garras ou dentes ,"I"dos, 'mbora an dar, saltar e bufar tambem sejam formas de defesa , IIKIII d II II. IIII/o sp, evidenciando as glandulas paratoides bilatera is atras dos olhos, (101.0 dida pelo Dr, Pedro Carlos Lucas de Oliveira), () '. ('.I(·S pOdt' 1I1 (' l1 vc ncna r-se abocanhando ou ingerin do 0 sapo, que 11111 I" () V(' II( 'IIO rl 8 mu cosa oral do predador. 0 veneno pode penelra r 1" '1"" IIIIII 'OS"S do 11',11 0 gas lrintes Lin a l supe rior o u por l'e rim en LOs I a pc lc, (ompo i~ao do veneno e mecanismo de a-;ao 1\ «1111 1111 ,1 '01" (jlllllli t',1 till Vl' II( ' II I) ti l ' " " IHI (1111(17 ~~ p ) I ~ 1I111 ilo COI)lpll' "I ' \ ii i I" d, ' 01 , '1 II d" 1'1111 101 ... 1"' 111'111 ", 1" II I 1111 1111 ". ,I (""I ' g(' II I' ltl , 111 ,1,, 11, 1,,1 1.11 1111111 ' 1"1 ','01 11 dIll ,. 1~ loIlI" ('" gl llllll ' ill II dl' I,JII( ,I'. dlll·oI ·, : .1'. ,lIllill" ', 1II ")"I'i ill Ii ', I' II ', (II I II 'lil " ". ( 'd I II"" I II ZOOTOXINAS Entre as aminas biogenicas, podem ser destacadas, pela importan cia toxicologica, a adrenalina, a noradrenalina, as bufoteninas, as dihidrobu- I'oteninas e as bufotioninas , Entre os derivados esteroides, 0 bufodienoli- de e a bufotoxina agem de forma semelhante aos digitaJicos, inibindo a bomba de sodio (Na+) e potassio (K+) das celulas da musculatura cardia- ca, Dessa forma, esses derivados esteroides aumentam a concentra<;ao de Na+ intracelular e, consequentemente, inibem a entrada desse ion em Iroca da saida de ion ca1cio (Ca2+), que, por sua vez, tern sua concentra- (50 intracelular aumentada, o aumento da concentra<;ao do ca.lcio intracelular eleva a for<;a de ('Ol1 lra<;ao cardiaca e reduz a frequencia de batimentos por a<;ao reflexa (d~'5 0 vagal), No entanto, esse ultimo efeito pode ser revertido pela pre- ,(' I1<;a da adrenalina e da noradrenalina no veneno, Alem disso, esses digiUilicos presentes no veneno reduzem a veloci- d,Hk de condu<;ao do impulso eletrico carruaco, do nodulo sinusal ao IllHlu lo atrioventricular, com disparo de focos ectopicos ventriculares e (0 111 co nseqiientes contra<;6es ventriculares prematuras, que podem evo- Illil p M8 a fibrila <;ao ventricular, A il drenalina e urn agonista do sistema simpatico que atua sobre 1I '('(' PIOITS ai' BI e B2, e causa vasoconstric;ao em vasos da pele e de visce- 1.1' (Ill)' va sodi lata<;iio na musculatura, broncodilata<;ao (B2 ), aumento na 11111,.1 dl' ('o I1Lrac;ao e aumento na frequencia carruaca (BJ Al lor, drenalina, tambem urn agonista do sistema simpatico, atua ,I oJ II (' II ~ 1'('('(' lll o res a e b e ca usa os mesmos deitos (descritos anterior-I I 1111 III (') jlI'(Jvoca dos pe la adrenalina por atuar nos mesmos receptores, i\ 11111'01 ' llill <1, a dihidrobufotenina e a bufotionina possuem efeitos ,11111 1I1I1) :(' II(1S pOl' , lu a rel11 no sistema nervoso central, e os derivados , 11 ' 1 11i1 " '~f ('()I\'s lcro l, c l'gos lero l e gama sisto sterol constituem a frac;ao do , 111 "111) 1 ' () II ~ id('I"ld <1 11 ' ul ra, III II. (IIIII( 0.., II'. I ' I( ' IIII ~ dn V(' Il( '1l0 elv S<1 pO apa rece m quase logo apos 0 acidente, I I, 11111 11' 111 I (' ~ II ' i I 1 ):i l' S(' ;; il'l'ild (;- O loca l ou provocar sintomatologia sis - I, II ii, II .I 1j1 1.1I jllltl\' ( ' (J illil' PM,) ,1 11101'1 (' do nnim al em ate 15 minutos 'II" " '111.11 ,'( 11111 ' 11 111 dll ~ ~ i ll . l i~ . Os dei los do v ' I1 CIlO de sapo sao, prin- 'IJI IIIIIIIIII .I, ' 11.111 11 1'/ ,1 "dl'dllll(I\it'.l . " ~SI' 1 11 (' 1I1 ,1 Ild o - se a i nl ox i ca~ao ,j I II II I, • I II 1'i1111 Ii '01 '. '. III,d '. (11; 11 111" ',, 111 ,,, II \ ,II ,III, ' , 'I ... ·. i"01 "('): lI id,1 ti l' jl I'OS - II I III 1111111/1011 oIli1I.1I.1 , 11/1 '1111111111111111 .11 , 11111\ 111 '0111 ", ,. 111\111( ' i\ (1111 1 This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIA APLI CADA A MEDI CINA VETERI NARIA I (' Il cia de vomito e sialorreia auxilia na elirnina<;ao de parte do ven eno, I I,d " ".i nd o, assim, os efeitos toxicos no animal acidentado. Os sinais clinicos do envenenamento podem ser divididos em tres ): llIllos, de acordo com a gravidade dos sintomas. Envenenamento leve, qll ,IIHl o 0 animal apresenta irrita<;ao da mucosa oral e sialorreia. Aciden- II ", Ill od ' rados, quando sao observados, alem de irrita<;ao da m ucosa oral I ,, 1. 11 01 rr ia; vomitos, depressao, fraqueza, ataxia com andar em circulos, oI l1 ll1 lll dlid ades do ritmo cardiaco, evacua<;ao e mic<;ao . Envenenamento 1: 1,11'1', \lll e ndo os animais apresentam irrita<;ao da mucosa oral, sialorreia, IllI IIi IOS, cli arreia, dor abdominal, depressao, fraqueza, decubito esternal, Il ll Jl il.1 S 11 50 responsivas a luz, convuls6es, anorm alidades do ritmo car- d loll 'I), sin a is de edema pulmonar e cianose, podendo evoluir para obito. I'o ci cm Ocorrer outros sinais clinicos, embora sejam menos comuns, I,d', 1'() 111 0: excita <;a.o, arqueamento do dorso, incontinencia fecal, pertur - 1101I,1)!,'' visli ais, paralisia muscular progressiva, cegueira e vocaliza<;ao (oI poI l (' llI cnlcnl de corrente da dor) . 1\ gr,,( itl a I dete riora<;ao dos padr6es normais com progressivo apare- 1111 11 ' 11 10 d(' Ic:l qui ca rdia ventricular multiforme e uma altera<;ao eletrocar- 1I 1I 1): 1,lli<'<1 il c:lS lanle significativa, e se 0 animal acidentado pelo veneno de ',Jl p" II') () 1'0 1' lralado, pode resultar em fibrilac;ao ven tricular e morte . 11 di,l j,P l()s l i 0 do envenenamento e feito a partir da anarnnese, na qual JlIIl II' 1101 V ('l' re lt 10 de contato entre 0 paciente e sapo ou da presen<;a de sapos 1111', 1 111 ' , Ii ~ J' rc<jlie l1lados pelo animal. Deve-se considerar que, pelos habitos 11 111 111111 ):; do Sil IlO, esses acidentes sao mais comuns durante a noite. I h ~ l l l.li s d illicos, apesar de nao serem patognomonicos, auxiliam na elu- Ild, 11 ,II I til l t'olSO, pois 0 animal apresenta evolu<;ao dinica muito aguda com ', I,dlil ll'l oi j1 I'OJ' II SLl C, 111 l11uitos casos, convuls6es. 0 eletrocardiograma (EeG) ( 11 1I 1I '11l 111 , l i~ d ie;)7. d ' avaJia r e diferenciar as arritmias e auxilia, atemesmo, 1101 \'1'1 dk .l ,"1 0 di] ll cccssida de OLi nao da reaplica<;ao do antiarrftrnico, !"\I)( '\ Nol I II'VI Ollsi.J , i1 loc, li7.ac;;ao de partes de sapo no interior do lra lO gas- II 1111 ",1111 ,11 I~ ('() llsicl 'rad8 lIl11 a co nl'irma<:50 do envencnamCnl(l. No 1'1110111 11) IlI lll"I'I ,111t' I\l \,O(,S, n 'SJl1 () iJ1 cS Jl v('! J'i cilS, pod 111 CS lt r presc nl <:s, I,d" 11111111 pIOI 'I' ,'SIl ill l'lil ll1dl <'II'io do 1101 11) )',d ~ lrilll c s li ll il l , II l l1 il (lS V("I.l'S III 11 111/ 111):\1 II I' II I'i'lll 1\' 11 11 ' (1.1 0I ,"11i ill ll" II", 1 dp 11 '111'11 0 do S.l IIO; I' ('II II )',l'S 10111 l'dl ' lIl ll I' 111' 1111)) 1.1):1 01 jl llill llilioll tI "1 III 11 ' 111 1', II.I ill', III lt' it'I Il'i. 1 1'01 111 1,11 '" 11111\ 1)1 ,II I" 111'1. 1" .It,llI'', 11 11 VI'III 11 11 ZOOTOXINASTratamento Antes de tudo, a boca ou a mucosa afetada do animal acidentado com 0 ven eno de sapo deve ser lavada com agua em abundancia , 0 uso ell' atropina deve ser evitado, pois essa pratica suprime a sialorreia. No (' l1lal1to, a saliva e uma via importante na elimina<;ao do veneno , 0 usa el l' propranolol (antagonista ~ I e ~2 adrenergico), na dose de 0,5 mg/kg, I V, com repeti<;ao a cada 20 minutos (por ate tres a quatro vezes) e indi- t 'olei O com 0 intuito de controlar as arritmias cardfacas, Bntretanto, urn estudo recente obj etivando comparar a eficacia de ,1 lgul1 s antiarritmicos no envenenamento experimental por veneno de '1I IpO em caes mostrou que 0 verapamil e 0 m edicamento de escolha, ja 11" l' ('v ito Ll 0 obito em 100 % dos casos. AJem disso, a administra<;ao desse 11I1' ili ca rn ento requer menor numero de administra<;6es que outros far - III , )( '0$ C DaO induz bradicardia tao grave quanto aquela produzida pelo 1" 111 )I' " noloJ. Dessa forma, a adrninistra<;ao do cloridrato de verapamil, na tIlI ~ I' de 8 mg/kg, IV duas a tres vezes, a cada 20 minutos, e altamente III( 1 1<'"d 11 para conn'olar a taquicardia ventricular multiforme e arritmias , .I I II i, l r, s prod Ll zidas por esse venen o. () pl' ll lobarbita l sodico (barbiturico), 30 mg/kg IV, deve ser usado 1' ,11 01 l'l1 l1 lro la r as convuls6es e tambem para facilitar a intuba<;ao orotra - 'II/(', Ii , 1' 111 casos gra ves de envenenamento, nos quais pode OCOlTer qua- til II Iii' t,ll lllip neia e dispneia. "IIIP,IH)..,t iw (l pi OJ: lll')Slico, no ac idente com veneno de sapo, baseia-se em varios 1,111111 "" 1I1' ll 11T os quais sao citados: a gravidade do quadro clinico, isto e, ' Idll II' I' , 1I1mkr.:l cio ou grave; especie de sapo; potencia do veneno; IJII.I II I tloI lI l' Il l' VI'II e l10 c:l bso rvida; porte do animal acidentado; suscetibili- tild. 1lI llvlclll .} 11' I'd lm cs ge ncli cos. De forma geral, a mortalidade e con- Iti l loitIoi 11,,1\, 1 i' II 1 ('3 'S flci cl c tll 8UOS com ven en o de sapo, embora existam 11 111 11 ', til ' I ()()' XI li t, IlI m ttl li(\ , d ' pa ra an imais nao tratados. I) ,' 1111 ' 11 1' 11 .11111' 11 11) (',:V() I pil) lli co oco rr no l1lund o todo, mas a fre - '1111 11101 111 ""11 1 1IIIII II' II 1'i, I (' 11100i lll ' II ,IS ('cg iilcS Iropi s is C subtropicais, 11111 1, I 11111'11 1,11 ,III 1"0111 1 plll ll il 'oI 11' 111 11t.t!OI' Ik ll ~ i ( 1.1 d (', Nil me li cina vete- 11.1 1111,1 111111111', d,III II', 1" lll ' III1I I' II I,ti" 11 11 I( ' I " I II~ c1 llli( 'OS cio (, ll vt' I1 Cll a- 1111111111 "" lldlll1ll1l This PDF was created using Adolix PDF Converter PRO Demo . Register to remove this watermark! TOXICOLOGIA APLICADA A MED ICINA VETERINARIA A especie Tityus serrulatus e a de maior importancia no Brasil, principal- IIWlll e pela gravidade dos acidentes que provoca. Os escorpi6es T bahiensis I' 'I : stiglnurus tambem tern causado acidentes em determinadas regi6es do ii , li S. () T serrulatus e conhecido popularmente como escorpiao amarelo, e 0 / ' /11I /li('J1sis como escorpiao marrom. A distribui<;ao geogratica do escorpiao / ' ,1'I' f'f'lI/a/us tern se expandido nos ultimos tempos, em parte por causa da 11.l III 'II()!,cnese apresentada por essa especie. Composi~ao do veneno e mecanismo de a~ao () vcneno do escorpiao T serrulatus e uma mistura complexa (protef- 11.1 , l) ils icas, aminoacidos e sais) que apresenta, na sua composi<;ao, uma II '\ , 'tlO II)x ica , denominada tityustoxina, e uma neurotoxina. Essa toxina 01 11101 1I0S canais de sodio, promovendo a despolariza<;ao das membranas 11 ,1 1I ' llIlil18 <:;oes nervosas perifericas e estimulando tanto p sistema sim- lid lit I) q 11 ,1 111 0 0 parassimpatico, com a libera<;ao maci<;:a de acetilcolina e "III 'I'I) loIlIli l1ilS, responsaveis pela maioria dos sinais clfnicos observados 1111 l' II VI' lI (' lI nlll c nl'o escorpionico. 111011'" (1II1iCOS () ~ "" i ill is acidentados por escorpiao apresentam quadro clfnico til ' tll)\ ' 10(\11, S 1I dorese, emese, hipermotilidade gastrintestinaL agita- ' . .1". I k stl1'il' 11 lac;ao, hiperatividade, taquicardia sinusal ou bradicardia, "lllllIli,, ~ cMclfacas, laquipneia e hiperpneia ou bradipneia. Nos casos 1\1 oI V( .. •• vni l'ica-sc hipertensao ou hipotensao arteriaL falencia cardfa- 1,1 , l' tll ' lll.I illill1l o na r e choque. Alguns anima is podem, ainda, apresen- 111 1 1'llI IVIII s()('s. 1\ cOllcentra<;ao plasmatica do veneno e a sensibilidade 1IIIII vl illl ,II do ,1 11im a l sao [atores que interferem na gravidade do aci- dl ' llll ' n l'o l'pi tl1lico , [lod endo causar obito em poucas horas apos sua Iii I II I I' ll 1'1.1 , ( .11 dioloXi( idclde do veneno escorpionico (h dl 'ill )S l'i1I'diova s u lares, como fa lencia cardfaca e edema pu lmo- 11,11 . 11I 1 '~ (' III I 's 11 0 cnvc ne na mento escorpioni co grave tem sid o a lvo de 1", llltltl" , 11111 ,1 vVZ qu <: CSSas a lt era,oc,' sao rcspol1 sc:1 vci s, na m a ior i< dos 1, 1'.11" . 11 1' 1,1 IIIOi'l v dos i1 11ima is CII Vl' IIl ' il,Hlos. .I1. ,ill d () VI' III ' IIP su lll '(' II s i ~ II ' III . 1 1)(' 1 II ~, I) .' illlp .l li ('p, lill\' I',)IIt!tl 1: 101 1111 1' 1III II III Id ,lIl(' til ' l"III'I 'O!.I1I1III,P, 1' / IJiI 01 .iI,.I11 !lII 'I' I" !II) 1' 111 ' 11 11 ,11 1111 ' I)', \,l ltl II1I 11I')l IIII 'I, \jIll ' ,,,,,1111111 ,, I' 111 01111 1 1111111 \ 11 til ' 1:.1 '1 " 1".', .1 ', \l llrl ll'l III 11\ III 11111 \11 01111111 ' 11/11 1111111 111 111 111 ,11111 I' ,illl ' I,iI 'llI", '''.! IIIIIII ,lh, III ZOOTOXINAS sao os mecanismos que explicam 0 efeito miocardiotoxico do veneno escorpionico . o efeito inotr6pico positivo inicial, associado a maior demanda de oxigenio em razao da libera~ao maci<;a de catecolaminas, seria 0 respon- savel pela deteriora~ao da fun~ao cardfaca que ocorre posteriormente, 'endo esse quadro denominado "cardiomiopatia escorpionica" reversfvel. Os principais achados eletrocardiograticos sao taquicardia sinusal, com complexos ventriculares prematuros, marcapasso migratorio, cl epressao do segmento ST e bloqueio atrio-ventricular. 0 exame ecocar- di ografico demonstra altera~6es da fun~ao ventricular e da fra~ao de eje- <,.;- 0, com graus variaveis de hipocinesia ventricular, muito similar ao que o1COl1tece na cardiomiopatia dilatada. A vasoconstri~ao coronariana pode estar presente em decorrencia da 1I1)(:: ra<;ao maci<;a de catecolaminas, e esse fato pode propiciar 0 compro- IlI l'lirn ento da perfusao coronariana miocardica. I\c hados laboratoriais 0 , al1imais acidentados podem apresentar hiperglicemia, leucocitose \'1111 1 l1 (' utrofilia, mioglobinemia e a mioglobinuria. Os nlveis da atividade de amilase, CK, CK-MB, AST e LDR podem 1", 1011' <llIIT, entados. 0 aumento dessas enzimas (exceto a amilase), junta- 1111 ' 111 1' corn a mioglobinemia e a mioglobinuria, indicam claramente a .I, ,,, iI) ('clrdiotoxica do veneno escorpionico. (),' .lcidos graxos livres aumentados no envenenamento escorpionico 111, '1 I'( ' I'VIII Ii a atividade plaquetaria, podendo provo car a trombose intra- \ '\',, '1 d,\I' I' II, 0 aumento serico da troponina I, marcador sensfvel e , , 111 ' ( 11'11 '0 do I 'sao cardfaca, pode ser detectado no animal acidentado por ,1' III ' 111l \'s('orpi{, ni o. I 1".1)( .., 1,1",11(':, dq :\, 11 n c {i vas da fibra muscular cardfaca, areas necroticas • 11111 II Ii III, Ii "1, I dv po I i 111 () rrOJ tl Jeares, les6es hemorragicas em subendo- ',I,dll' " ', l1l l1' p ll ',ll'1lio (' 1I1i cro irornbos em capilares decorrentes de CID 11'111, III ,,' I ""l dl' III 'LI t!OS 11 0 d llillH,1 acid ntado por veneno de escorpiao. II "Llllle'lito \ 1111 1/111.,1111 11, ,1111 1( 111111 Ildl,1 111 ' 1111'.111 /,,"1' () V,' I) ('llI) 'scorpi o ni 0 cir- 1111111 11 IlI' i 111 1
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