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Capitulo 17 Micotoxicoses

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Se~ao 5 
Toxinas e outros agentes toxicos 
na alimenta~ao animal 
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Introdu~ao , , , , . . , , , , , . , . . , , ,479 
Aflatoxi nas , , , , .. , , , , , , , , . , , , 482 
Caracterfsticas ffs ico-qufm icas, ,483 
Toxicidade , , , , .. , , , , , . , , , , , 483 
rox icocinet ica e mecanismo 
de a~ao , , , . .. , , , , .. , , , ,485 
I feitos biol6gicos produzidos 
pelas aflatoxinas. , , , , . . . . 489 
I iagn6stico "", ., . , , , , ... , 491 
I r ven~ao. , , , , , , . , , . , , , .. , , 491 
Iliinon isina, , , , . , , , , , . , , , , , .. 493 
I ()x icoci neti ca e meca n ismo 
de a~ao .. , , , . .. , , , , , ... 494 
IleilO bio l6gicos produzidos 
pelas fumonisinas, . , , , , .. 495 
I ('U 0 ncefalomalacia 
cq Uina", . . 
I (kin pu lmonar sufno 
... , , ,495 
,495 
Ill'i ln ell' ina J ~ ni 0 , , , , , . , , ,495 
I ll"",IHh l i( () , , , , , , , , , , , , , , , , 495 
IN I RODUy\O 
17 
M icotoxicoses 
MARIA JOSE MOREIRA BATATINHA 
M ONICA MATTOS DOS SANTOS SIMAS 
SILVANA LIMA GORN IAK 
Preve n ~ao ......... . . .. ..... 496 
Zeara lenona . . . . . . . . . .. . .. 496 
Toxicocinetica e mecanismo 
de a~ao ..... . .......... 497 
Sina is clfnicos .... .. . .... . .. . 498 
Diagn6stico ...... . ....... . . 498 
Preven~ao . .. .. . .. .. ........ 498 
Tricotecenos . . , , , , , , , ... , , , . , 499 
Toxicocinetica e mecan isme 
de a~ao , , . , , , , , . 500 
Sinais clfnicos, . .. , .. , , , , , 500 
Diagn6st ico , . , . , , , , , . , , , , , , 501 
Preven~ao, ... , , , , , , .. , . . , , , 501 
Ocratoxi na e citri nina ", .... ,' 501 
Tox icocinet ica e mecanisme 
de a~ao , , ... , , , . , ... , , , 503 
Sinais clfnicos, , , , . .. ' . . . ... . 504 
Diagn6stico '" , . .. , . . .. .. , , 504 
Preve n~ao, , , , . . . , , , . .. ... , , 504 
Bibli ografia, , , , , , . . .. , . . . ... , 504 
() 11 ' 1 IIIP IIIII 'PIII " I II" I' Ih'll "dll dc ' 111\ /111, ClI/I ' 'i,: llil'i(', fun go, c "toxi-
11,1 'i"l ' ',1): 11 1111" II 1\ i"IIIII ' til ' 111 ):1 ' 111 Id , II II):I'" II ', Ill icolo inns sao 
11111 ,11".111 11 ', ', 1'1111111.11111', 1'11,,111 ti ll ', 1'"1 111111'11" 1' 111 , rl i lllC ' IlI() \ Oil 1l,1 S 
1'1.111 1" 1111 ", " Ill g l ', l tlll cI, ','" I', , III! I II I I 1"1111 III" ,!clll , 11 tllIl ' llI "', 1111 
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TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA 
morte dos anirnais e do homem. As doen<;as causadas por micotoxind :. 
sao denominadas micotoxicoses e, geralmente, sao classificadas de aco l 
do com os sintomas resultantes da sua ingestao. E importante diferenci.ll 
as micotoxicoses do micetismo, sendo este ultimo urn termo referenll' .1 
intoxica<;ao provocada pela ingestao de alguns tipos de cogumelos. 
Apesar de os fungos toxigerucos serem conhecidos desde os tempO'! 
bfblicos e surtos de micotoxicoses se repetirem periodicamente em de tl' l 
minadas regioes, foi somente a partir da decada de 1950 que esse tipo dl' 
intoxica<;ao despertou maior interesse, com 0 aparecimento da aleuci.1 
toxica alimentar (ATA) , na Ucrania, e dos surtos de eczema facial de ovl 
nos, descritos na Nova Zelanclia. Na epoca em que essas duas enfermid .1 
des foram associadas a presen<;a de fungos no alimento consumidll, 
muitos pesquisadores nao acreditavam que as micotoxicoses poderianl 11 '1 
a importancia que foi assumida posteriormente. 
Em 1960, urn even to ocorrido na Inglaterra causou grande interl'~" I ' 
internacionalmente. Esse acontecimento, denominado "doen<;a X dll" 
perus" (Turkey X disease) foi de corrente da mortalidade de milhares d(' s~ oI " 
aves, mobilizando urn grande numero de pesquisadores na procurc1 dol 
causa desse surto. Ate mesmo a Scotland Yard foi acionada, uma ve7. q ll l 
se acreditava, tambem, na possibilidade de alguma a<;ao terrorista, j a (jill 
na epoca predominava a Guerra Fria. 
No entanto, apos a realiza<;ao de analises microbiologicas e q 11 111 II 
cas, verificou -se a presen<;a do Aspergillus [favus no amendoim, illI IH" 
tado do Brasil, para a alimenta<;ao desses animais, sugerindo-se que 1",'" 
fungo era 0 responsavel pela produ<;ao de uma micotoxina, POSIl' I il ll 
mente denominada aflatoxin a, e comprovada como responsBvc l 111 ,101 
mortalidade dos perus. 
A partir desse episodio, muitos outros fungos e suas micoloxi lld S 11'1 11 
sido identificados. Com 0 crescente avan<;o da tecnologia, a p rspcclivol dl 
crescimento de novas especies f(mgicas e toxinas fa z-se pcrtinclltl' . 
Durante a decada de 1980, verificaram-se gran des progress().' 1111 '1 
estudos sobre a identifica<;ao de m icotoxinas e micoLOxi o SC'S. il lllr(' I,1I11 1I 
a lguns fatores tern dificultado tanto 0 diagn6stico d'ssa (' lli'el"ll li( I,I( II' 11 11 
homem enos animais, como lambem maiores av 11(,:OS 11 (1 IH'Sqlli s,1, 
11111 
Entre as principai s ca USGlS <ill ' (,Ollt riillll'1l1 p, I'll issu, dl 's ld (,dlll ',I ' 
• A rni Oloxin",> '>.10 plndll / llL!', 1",P"I, lri ll ,I IIII 'III I' \lI ' 11i 11111 f'.1I 1'11 111 11 ,I 
c(lII l l('II ' 0 1111 ' .t ', 111I1(1il,11I '" 111 '11 ",',, 11101 ', polloi 01 III lIill 11,,11 I il l",', oI '. III 1111 0 
1.1/1 ' 1111 1' ',1' 111 '1 1 ' ~', oIll!I 'Illf ' llo1lo1 111011 , """IIII,II,III II,',IIIIII ' .t illlllll };I" ti l" IIIII 
gos tox igenicos e 0 papel dos rn etab61itos secu ndarios (ou seja, as rnicoto-
xinas) na vida desses rnicrorgan isrnos. 
• Novas rn icotoxinas tern sido detectadas; no entanto, os seus efeitos biol6gi -
cos ainda nao estao bern definidos. 
• A ocorrencia das rn icotox inas e sazonal e diferenciada geograficarnente, 0 
que dificulta 0 planejarnento de urn prograrna gera l de pesquisa . 
• 0 diagn6stico das rn icotoxicoses ern an irnais de cria~ao, principa lrnente 
quando estao sob a forrna subaguda ou cron ica, na rna ioria das vezes e difi-
cultado pela ausencia de sina is clfnicos definidos: gera lrnente observa-se 
queda na perforrnance ou aurnento da suscet ibilidade as doen ~as. 
• 0 irnportante pri ncipio tox ico l6gico re lat ivo a "dose x resposta" tern sido 
diffcil de ser ap licado as rnicotox icoses. Isso decorre basicarnente das suas 
forrnas de ocorrencia, f reqUenternente cronicas, e da possfvel i nte ra~ao 
Corn outras rnicotox inas; fato res nutriciona is e de rnanejo tarnbern devern 
er considerados. 
II arnost ragern pode interferir no resu ltado da ana lise do alirnento quanto 
( presen~a de rn icotox inas, urna vez que a d i str i bui~ao dessas toxinas e irre-
gular no alirnento. 
Metodos econorn icos e factfveis tern sido pesq uisados para proceder-se a 
f1nalise das diferentes rn icotoxinas. Entretanto, ainda ha alguns problernas, 
Irlis corno rea~5es cruzadas corn outras substancias qufrn icas presentes nas 
Id~ 6es e uti li za~ao de tecni cas pouco sensfveis. 
II ~ inte ra~5es entre as diferentes rnicotoxinas tern sido pouco estudadas. 
II lr rn eli sso, nao ha conhecirnento sobre as diferen~as entre os efeitos da 
loxilla produzida ern co n d i ~5es arnbientais e as de laborat6rio. 
i\ l'Olllamin a<;ao pre ou p6s-colheita dos varios tipos de planta<;oes 
Iitli 11111 'Olo xina s C Lim problema frequente e comum. Estirna-se que, 
11I1I, rlllll ' lll (', 2'5% d suprimento alimentar mundial encontra-se conta-
I lllil til) por Illi coloxin as, cmbo ra ocorra consideravel variabilidade anual 
lit! III Vi,is (/(' ('Olll(lrnin ( ,50. 
I VI": '() IIv Iliniciatle flO ca mpo e na estocGlgem, temperaturas extre-
1111 Jlldl ll 'oI S (i( ' m li1vi l,l , ('s lress' ' infcsta<;ao por in etos sao os principais 
111111 I" , '1"1' tll'II ' llirilldlll ,I srvnid, de clil 'ont ( l11in a~ao do alimento por 
I , 1I1" , I . "l d .r ~ I () I< i(,oI S, 
I '. 1IIII till,III'" '1"1 ' 0111'1.1111.I IIIOdll l,', lI\ d (' In xill,lS pclo run go sao: 
111111 I \1 III ti ll 11111 1: 11, '011',1 1' llllllid,IIII ' 1\I' III ' lil ,I d,1 pl.lliiol 11 ()~ p ('( II ' ir,l , (0 11-
1101" II" IIrI ·.II11 ,I, 111 1111" 1'110111 dol 1.l 1. ;iIl , 11 ' 111111 ' 1.11111 ,101"""1 ' 111 ,11 , IlIlIidddl ' 
I I till 01 tllI .1I I ' till ,1111 ', 11 ,I II iI, ' 11i til IIIIJlIII.II . 111 III I II II tI III " 1\ I " 
1111 
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TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA 
Nao ha tratamento especifico para as rnicotoxicoses. Alem do trata-
mento de suporte, recomenda-se a su spensao do alimento contaminado 
e introdli';ao de nova dieta. 13 de fundamental importancia que a enfer-
midade seja 0 mais rapidamente diagnosticada para que os metodos de 
controle possam ser rapidamente institufdos. 
Embora ja tenham sido identificadas mais de 50 micotoxinas, para a 
maioria delas 0 quadro dfnico da micotoxicose correspondente ainda 
nao foi caracterizado. Portanto, neste capftulo, serao apresentadas ape-
nas as principais e mais estudadas micotoxicoses de interesse do medico 
veterinario. 
AFlATOXINAS 
As aflatoxinas sao metabolitos secundarios produ zidos por algumas 
cepas de fungos do genero Aspergillus, especialmente, A. flavus Link, 
A. parasiticus Speare, A. nomius Kurtzman e A. pseudotamarii. Entre estes, 
o A. parasiticus e A. nomius sao produtores de aflatoxinas da serie B e C: , 
cnqu anto as cepas de A. flavus e A. pseudotamarii sao produtoras apena s dol 
sc ri e B. 
13ssas toxinas foram descobertas no infcio da decada de 1960, COlli () 
l'pi Slldio dcnorninado "doen<;a X dos perus", como descrito anteriormc l1 
I\" . i\sst' f< 10 [avoreceu a intensifica<;ao do estudo das micotoxinas, q lIl ' 
P.! ',h,II.)111 ,1 rcceber maior importancia cientffica, quando foi verifict dll 
III I(' ,I ' ,11111 ()x in as eram poderosos agentes hepatocarcinogenicos enCtll1 
II.!dI IS ('OI1l0 co n taminantes naturais de alimentos e ra<;6es. 
As ,,1'I c1 lox inas tern sido as mais estudadas e apresentam-se CO IIIII 
111 111 \" dt' ris co para a saude humana e animal, alem do potencial para Cd II 
~, II pndiJs C onomicas significa livas. 
A produ <;ao das aflatoxinas e favorecida por varios fatores, cspcci,li 
11)('111(' ll m idade relativa do ar (superior a 80%), temperatura am bit'l1l .ti 
\' (,() l1di c.:ocs de integridade e teor de umidade do substralo. Os A,\pr: I~(li/l1/ 1 
fltlVIIS l' /1.lpergillus parasilicus proliferam em temperatura s e ilire IO"C I 
II \"C , (,O lll le mperatura olima entre 32°C e 33°C. As a l'l lo xil1 , S )',I'I ,d 
1111 ' 111 \' s;io produ zidas ' nlrc l3°C e 42°C, embora e nlre 2" "<: J H)"C: ~ ( ' I" 
l'OII Sidl 'I',l d i1 Il' mp ' ra lur8 6 1i ma pa ra a sua Slnl Csc, 
Os I'lIll gOS protli ll ores de ,1 1'1 , II ) ill, S ~5() 'on ltlill illoid o/'I's fll 'qlll ' lli l' 
1'111 ): I.! P", I.!i s ('0 111 0 ,1111('I1(loilll , Illill lO, ~ () I ~: II , dll'OZ ('l l ij\ll , ,il l' lll ti( ' '.1'11 '111 
(' III 1)IIII,l\hl ~ 1'111 1',,0,1. 11111.1\ 1' 1,11.1)(". III )W·. I.II) dl ' plodllll)" I OIl!.111I11I1I 
till >' llI lldllllllll qilolllill til ' I1III1 loI, .Ii' 11111111 '11( 11) 11111111 1///,,11'1/11'11 " 
III 
MICOTOXICOSES 
Caracteristicas fisico-quimicas 
As aflatoxinas (AF) sao biossinteticamente consideradas bisfurano 
cu marinas, derivadas de decacetfdeos. Sao compostos heterocfciicos dis-
I ingufveis cromatograficamente em serie B, com fluorescencia azul 
(Blue ), e em serie G, com fluorescencia verde (Green ), quando submetidas 
.t radia<;ao ultravioleta de comprimento de onda longo. 
Atualmente, ja foram identificadas 23 aflatoxinas, sendo as AFBI 
(2, 3, 6aa,9aa-tetrahidro-4-met-oxiciclopental [c]furo [3 ',2':4, 5] furo 
I ,3h][1] benzopiranol,l1-diona), AFB2 (2,3,6aa,8,9,9aa-hexahidro-4-
IIIl'lOxiciciopental [c]furo [3',2' :4, 5]furo[2, 3-h] [l]benzopiranol , 11-
!liona), AFG
J 
(3,4,7aa, 10aa-tetrahidro-5-metoxi-lH, 12H- furo[2,3h] 
pir, no [3,4-c] [l] ben zopirano l, li-diona) e AFG2 (3,4, 7aa, 10, 10aa-hexa -
Itid ro-5-metoxi-lH, 12H- furo [3 ',2 ':4, 5] furo[2,3h]pirano [3,4-c] [l]ben-
III pi I'ano 1, i2-diona) as mais freqiientemente encontradas em produtos 
oIf: 1 kolas. A maioria dessas toxinas resulta do metabolismo fungico, 
1' 11 1 rclanto, algumas sao produtos da biotransforma<;ao hepatica, como 
dl ,lioxicol, AFB2a, AFMI, AFM2, AFPJ e AFQI' 
A es trutura qufmica das principais aflatoxinas sao apresentadas na 
Il f: IIl'<l 17.1. Essas moleculas apresentam baixo peso molecular (AFB I: 
I I I, 782, AFB2: 314,294, AFGI: 328,2776, AFG2: 330,2934, AFMI: 
I 'i ,) 776 e AFM2: 330,2934 g/mol), sendo altamente soluveis em com-
1"1 '.IIlS de polaridade intermediaria e pouco soluveis em agua, Seus pon-
III'. til' i'u sao sao de i68-269°C, 286-289°C, 244-246°C, 237-240°C, 299 
1I11"e, para as aflatoxinas B I, B2, G I, G2, MI e M 2, respectivamente. 
11111(' \.11110, poss uem estabilidade termica quando se encontram crista-
II IIi . I ~. 
t.,xi idade 
\ " dl'l,1 lo xin cs sao mol ' culas altamente toxicas, conhecidas como os 
III II', PII!i!'rOSOS i1 ' pa lO a rcin 6genos naturais. A AFBI e referida como a 
1 li'o 11"ie,l , SL'g liid iJ, l' 1ll orclcm decrescente de toxicidade, pelas AFMI, 
11' 1 III{ , (' Aile" 
,\ P.l ll ll' d l' 19')'\ , d Ali13 1 passo u a ser considerada carcinogenica 
I'll I 1IIIIII, II II) ~, lli" i'oi cid ss ii'i cdd() pc lo IAh , (Tnternational Agency for 
,//, /, 11 11 ( 'rl//I 'I'I') Il l) j: I'II1)() In ' i('() II')): il'O I, illcii (', 11d o que h.a evidencia 
,iI\I 11 1111 ' IiI ' 1, 11 \ 111i1)'.I' IIII'lIl.IIII · 1'111 Iltlillollll) '" 1' llqll,111I o, APM I fo i clas-
III, 111.1 1111 )\lIIJlII III , ilililloilltill ', c' ll IH) ·.·oIl'l, 1 1'11'111) l'. II '(' il1ogCni co no 
I 1111 III 
1111 
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TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICI NA VETERINARIA 
o o 
Aflatoxina B1 Aflatoxina G1 
o o 
Aflatoxina B2 Aflatoxina G2 
o o 
o o 
Aflatoxina M1 Aflatoxina M2 
o o 
o o 
Aflatoxina B2a Aflatoxina G2a 
HO o HO 
Figura 17,1, E trutura qUll1lic,I (I." "linti",,, \ ,lIl.lloxill,I\, 
IIII 
o o 
o o 
o o 
o o 
MICOTOXICOSES 
A toxicidade das aflatoxinas varia de acordo com a especie animaL a 
III "d(', 0 sexo, 0 estado nutricionaL 0 tempo de exposi<;ao e a quantidade 
d, Im ina ingerida, sendo os animais mais jovens rna is suscetfveis aos seus 
, 11' llns, uma vez que seus sistemas enzimaticos hepaticos ainda nao estao 
1I IIIpictamente desenvolvidos, A capacidade do animal de biotransfor-
111 ,11 ,I AFBI em compostos menos reativos interfere na suscetibilidade as 
tll"IIJx in as , Especies com capacidade de formar maiores quantidades de 
dl,I III Xico l tendem a ser rna is sensfveis a intoxica<;ao aguda, uma vez que 
I pmd uto de metabolismo pode ser facilmente revertido em AFB I' A 
I till 1.1 17, 1 mostra a tox icidade (DLso ) de aflatoxinas em algumas espe-
" ,lIlill1a is, 
, .xicodnetica e mecanismo de a~ao 
I III dl'correncia da sua lipossolubilidade, as aflatoxinas sao facilmen-
I Ii 1',1 Ii vid ,1S no trato gastrintestinaL sen do, entao, distribufdas aos dife-
11111 . IJI) :dOS como musculos, rins, tecido adiposo e, principalmente, 
1\ I III (l lId(' as maiores concentra<;oes podem ser encontradas, Nesse 
1 (II I.ti ~ I() x inas sao biotransformadas pelo sistema enzimatico das oxi-
I, ,fl ' 111I1 \,iio mi ta (Figura 17,2), 
111111 I oII1S i'Orma<;ao das aflatoxinas constitui urn processo compJe-
I 111 111 1IIIIIIipia s vias, tais como epoxida<;ao, hidrox ila<;ao, desmetila-
II' I II dlll,.IO , NElS rca <;oes de primeira fase, as molt~culas tornam-se 
II Illrl l l tlili( 'dS ; 11 <1 scg unda fase, os compostos produzidos inicial-
" I II ' .. Iii (,0Iljl'!i8dos D s ubstancias end6genas (sulfatos, glutationa, 
'1'" 1111 '111 (' ,1(' il ) l', l'm seguida, excretados, Produtos resultantes do 
I d"""'11 11I d,, ~ dl'l<l lOxin as sao considerados responsaveis peJos seus 
I II III II I I ', 
111111 I'. v, lI idS 1\',1C,:C'ics lll e la b6 1i cas de significancia toxicol6gica, 
" Ililll loill s i'OIIl11(:50 da AFB" que consiste em altera<;oes 
11 ' \'1'1 \ I v \'i ~ (' irrevc rSlve is, A rea<;ao reversfvel (redu<;ao), 
II 111'111 ',i', I( ' III ,1 1'('(IIII (s(' ilopl asmatico NADPH-dependente, 
till III 1I111I1 ,1I,,,n do ,JI'I. ,l o icol (/\PL) , CO l11posto de menor toxicida-
I" I \1 '111 1' lItil(lI,I , jllll' ( 'flll S,' d8 c<l ra Ic rfsti ca de reversibilidade 
, I' II ,Iii 1",,1' IlI lIdlllo P",'S,l S ' I' vil' ('(j IlW rcsc rv Ei lo ri o de AFB" As 
III, \ I I ,II I' j', '" III IIl1'tl i. lc.ld ~ pl'lo ~ i S I( ' III.l (' ilot'l'O ll1 () 1'450 e orig i-
111,"11111'.111 11111 1'1\". , /\ 110 " /\ 11j'" /\ 1111 ,,, I ' /\ PI I, -t\ ,9 -cp6xid o 
II I 
" 
III ' 
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TOXICOLOGIA APLI CADA A MEDICINA VETERINARIA 
Tabela 17.1. Dose letal 50% (DLso) das aflatoxinas, em diferentes especies animais 
, Aflatoxinas Espedeqnimal Sexo, Idade ou Vias de Toxicidade 
54 
peSO DLso 
jmg!~g) ~ 
AFB, ; di~ oj f W ,;, 
" iii 
AFB, PaW 1 dia Oral 0,33-0,36 
AFB, !Galinhas Oral 6,5-16,5 
AFB; Rato M/F 1 dia Oral 1,0 
AFB, Rato M 21 dias Oral 5,5 
AFBl Rato F 21 dias Oral 7,4 
AFBl Rato M 100 g Oral 6,0 
~FBI Rato F 150 g Oral 17,9 . 
AFBn R~to fisher M/'F 0-4 dias IP 1,1-1 
:: 
APB, Rat~fisher M/F 70aias IP 075-13 
;) " I .,1 
AFB1 Rato fisher MfF ' 1'2 dias IP 12-15 
AFB1 R~tb fisher M/F 21 dias I'P 8,0 
AFB, Rata fisher M/P "I, 42 dias IP 4,0-5,@ 
AFB, Camundongo M 30 dias IP > 150,0 
(CFW Swiss) 
AFBl Camundongo M 58 dias IP 4@,0 
(CFW Swiss) 
AFB, Camundongo ' M 100 dias IP 
(CfWFSwiss)' . 
,-
AFB1 H~.t;~ter . M 30 dias Oral · 10,2 
AFB1 . qo M/F Adulto* IP 1,0 
AFB, Glo M/F Adulto* Oral 0,5-1,0 
AFB, Gato M/F Adulto* Oral 0,55 
AFB, Truta arco- Iris M/F 9 meses ip 0,81 
AFB, Coelho M/F 3 meses Oral ou IP 0,30 
AFBn SUlnos M Lactante* 0ral 0,62 
AFB, Por.!iluinho da India M 250 g IP 1,4 
'AFB, ,0vi\r\Q M ,II 2 a nIls Oral 2,0 
AFB, Macaca :1' : ;]~ , M 2 anos Oral 2,2 
, AFBl MacaW °l F 38-44 meses Oral 7,8 
AfG, Pato M/F 1 dia Oral 0,79 
AFG2 Pat0 M/r I did 01'<11 17l,'i 
AFM, Pato Mil I did Or,1I Ih,1I 
* Nao detcrminflclo\. II' il1ll,IIII 'lllllIlI ', lI , M 111 ,111111\ I 1111I( '''~ , 
111 1 
MICOTOXICOSES 
o OH o OH o OH 
-------+ 
OCH3 
1 11 
+--- -------+ 
OH 
OCH) 
/ 1 \ 
Protefna RNA, DNA 
1 1 
Base de Schiff Aduta de acida nucleico 
11 1\1 11.1 17.2, Processo de biotransforma~ao da aflatoxina no ffgado. 
() A IIH, 8,9-ep6xido e altamente reativo e interage com macromole-
liltI '. 11 11('i co l'fli cas, como os acidos desoxirribonucleico (DNA) , ribonu-
Ii II It (I{ N A) e as proteinas, determinando a forma<;ao de adutos, os quais 
It 11I' '''{' III.1111 fl lesao bioquimica primaria produzida pelas aflatoxinas. A 
II 110111 AII II , R.9-ep6xido com 0 DNA origina os mecanismos basicos dos 
'II I 1 ( ' iI() ~ 111I1I Clgenicos carcinogenicos, pois a liga<;ao covalente desse 
1t111l111'.!(1 ,)() DNA rcsull a na forma<;ao do aduto aflatoxina-N7 -guanina, 
Ii I 11I 11( 'I' IIII 't1(,,',"jO Il ll org< ni sill o e diretamente proporcional a produ<;ao 
I, IIIII IIIII '~ 1' 111 ,llIillllii s l' xper inlCIl La is. 
I "' II 'IIII 'OI'I'!' !.1 'III 'S VI11I'l' i1 cl ose de APB, adillin istrada e a quantida-
" til '\ 1' 11 1 N' ): II.IIIiILI 1'\{ I 'I'(' I,H l.l 11,1 lII'il1 Zl, (lss ill1 co mo ntre 0 nivel do 
111111 11.1 111111 ,1 I' ll tid II i) .III I )NA II i) rlp,lI do . A I'vp li ',I (,',"j() df) DNA onten-
" I ddulll Illdll l 1I1111.l1,()(", )',I I'!IIiII.l I llilillol , :; III )(H ' S(' qu l' cssa 
II II I I ,.!Il 1101 11 ' 111 1>1 1'.1',1 ' dll 1111 11111 ' II) "(' j'! ("' IH 'I 11 11 '') till ('.I I·('iIl0Il1 ,1 
I, 11111111 Ildtil Illd ll ItI'I 1" 1.1 ,\11\ 1 
III 
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TOXICOLOGIA APUCADA A MEDICINA VETERINARIA 
As moleculas de AFB] e AFB] 8,9 -epoxido podem ser hidrolisadas, 
resultando na forma<;ao dos compostos aflatoxina B
2a 
(AFB
2
) e aflatoxi 
na B] 8,9 dihidro-8,9 dihidroxi (AFB[-diol) , respectivamente, os quai~ 
reagem com grupos amino primario de protefnas, originando adutm 
denominados bases de Schiff. 
Os adutos formados com RNA e protefnas podem promover les6t'~ 
qufmicas, resultando em altera<;oes na fun<;ao normal desses compone!) 
tes celulares, tais como inibi<;ao da sfntese proteica e redu<;ao da atividd 
de enzimatica, as quais estao relacionadas a toxicidade aguda d,I'. 
aflatoxinas. 
Durante a biotransforma<;ao de segunda fase, 0 AFB[-8,9 -epoxido (' 
conjugado com a glutationa para formar urn metabolito altamente sohJvd 
em agua e de facil excre<;ao, 0 8,9-epoxido-glutationa, que nao aprese ll l Ii 
atividade tumorigenica. Essa rea<;ao e mediada pela glutqtiona-S -transkrd 
se, cuja concentra<;ao no organismo e diretamente correlacionada as dil'( ' 
ren<;as de suscetibilidade a toxicidade das aflatoxinas entre as diver~d " 
especies animais, uma vez que esse processo e considerado 0 princip,d 
mecanismo de desentoxificac,;ao dessas toxinas. 
A AFM[ tambem pode sofrer epoxida<;ao e ser ativada, resultando lid 
forma<;ao de adutos com macromoleculas nucleofflicas responsaveis pc lll', 
sellS efeitos mutagenicos (Figura 17.3) . 
Adutos DN A ........ --
Adutos pr I' rn ( 
11111 
MICOTOXICOSES 
As principais vias de eliminac,;ao das aflatoxinas sao a biliar e a urina-
ria, sendo que a AFM] tambem pode ser ex cretada pelo leite. Bovinos em 
It! 'ta<;ao secretam aproximadamente 2% do total de AFB[ ingerida sob a 
l()I"ma de AFM[, ocorrendo urn comportamento linear entre a concentra-
1,\10 de AFB[ no alimento e 0 nfvel de AFM[ no leite. 
Geralmente, mais de 90% da AFB[ ingerida e eliminada do organis-
1[10 no perfodo de 24 horas. Contudo, uma pequena quantidade de afla-
III ina nao e eliminada rapidamente, podendo permanecer nos tecidos 
1'111" longos perfodos. 
A suscetibilidade da aflatoxina nas diferentes especies animais varia 
11, 1\1) nte. De maneira geral, as aves sao mais sensfveis que os mamiferos, 
11 '11(10 animais adultos os mais resistentes . 
I feitos biol6gicos produzidos pelas aflatoxinas 
1\ quantidade de aflatoxinas ingerida e a dura<;ao da exposi<;ao a essas 
Ilill 'u lox inas iraQ determinar os efeitos biologicos e seu tempo de apareci-
1111 111 0. Os efeitos biologicos produzidos por essas toxinas podem ser 
1'1 Iql,ldos nas categorias gerais apresentadas a seguir. 
Demo hepatico agudo ou cronico: 0 ffgado e 0 orgao-alvo na into-
11001,,1() produzida pelas aflatoxinas. Apos a ingestao de alimentos alta -
III[ [Il l' l'o ntaminados por essas micotoxinas (particularmente AFB I), os 
lit p. lI l)l·iIOS sofrem progressivas altera<;oes, incluindo desde infiltra<;ao 
111111111 '.1 '~ I C morte celular. Esses efeitos estao relacionados a uma a<;ao 
1IIII d,[ (' 11 8o -especffica da aflatoxina ou de seus metabolitos ativos com 
11101 ', pl'O lcfn as celulares. Essa intera<;ao com enzimas -chave pode causar 
till 101 1)l 'S <I ' processos metabolicos basicos na celula, tais como altera<;ao 
II., Illl ' l,iI )o lisl1l o de carboidra tos e lipfdeos e da sfntese proteica. A modi-
II. II 01[1 \Id S 'a rfJ 'l 'J"fsticas de p ermeabilidade dos hepatocitos ou das orga-
III II " I' ['i[[[ d l'ic III 'Ill e a mitocondria, podera contribuir para 0 processo de 
Wil li ' I (' Ilild l". 
1,111111 11 ,\ p ' rel a d, s l"ull c,;oes h epa ticas, verificam-se coagulopatia, 
II III 01 I' 1'(' tilll,;t1<l <it' prol ' fnas cssenciais produzidas no ffgado (por 
I IIII' I [I , ,I I ill II [ [11 i [1,1 ) . 
• 111 1 [1 \ ip, iI ~ ,Jllnd 'l )(·s el i[l it'ns oilsl'f"v,1(I< s ncsse tipo de intoxica<;ao sao 
Iii [ . 1,1 d l ' Pl l'~ ''' I () , 1[011111 (" ,1 , pl'O: lro1 -.i (l, di sPIl Ci, . vt)l11ilo normalrnente 
11 11 111111"1 '1111 11 ' 111 111111111'11, 1\lIll 'III "'o , 1.1111111 '111 ~, HI vnil"kn c\,l S ('ol1vulsoes. 
11,,111". VI' IIIII ,IiI.I ', 1' 111 101'01 1', til ' 11111 1\ 1\ 011:0111 ('11111 ,II1,l S (j11;1lllid Fl d '5 
til ilil 111, 1 1' \ dl' lli 1. 111 1 '.1 1'111 11"111 11 , .It I 111 01 11 11 111 1111 'oI1111 ' II'I (' il' (. IHI 
I \ f 1''11111 1, ,1111' 1',11 1111 t' 11 11111 111 .1)\101 111 1 ',1111 01 1 'ti II II 111 1111 1'1 1 I ' dlll( '( IIll l'tl l 
111'1 
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TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA 
diaco. Microscopicamente, 0 tecido hepatico apresenta-se, a principio, 
com vacuolizac;;ao do citoplasma, edema celular, congestao centrolobular, 
necrose e infiltrac;;ao leucocitaria. Em alguns casos, tambem e possive l 
observar edema e necrose do epitelio tubular renal. 
A forma cronica da intoxicac;;ao por aflatoxina e a prevalente, sendo 
de corrente da maior frequencia do surgimento de pequenas concentHI 
c;;oes dessas toxinas nos alimentos. Nessa intoxicac;;ao, 0 dana hepatico t ' 
preponderante em todas as especies animais acometidas, e a evoluc;;ao 
dos efeitos toxicos geralmente surge de forma sutil. A reduc;;ao no ganho 
de peso, normalmente, e a prime ira alterac;;ao verificada, podendo havcl 
evoluc;;ao do quadro dinico, com a presenc;;a de anemia, ictericia, anon' 
xia e depressao. Os caes sao suscetiveis a transtornos gastrintestinais e dO 
desenvolvimento de ascite e hemorragia. 
Vacas leiteiras podem apresentar residuos detectaveis de AFMI elll 
quantidades muito menores que aquelas necessarias para 0 aparecim cil 
to de alterac;;oes dinicas. 
As lesoes encontradas em animais intoxicados cronicamente pOI 
aflatoxinas caracterizam -se pela proliferac;;ao de fibras reticulares e duelo', 
biliares, entre outros fatores . 0 eitoplasma do hepatocito apresenta-s(' 
granuloso e vacuolizado ou totalmente ausente. Ha proliferac;;ao evid t' III( ' 
de ductos biliares e nodulos de regenerac;;ao hepatica. 
As alterac;;oes dos niveis sericos enzimaticos mostram -se semelha 111 (", 
nas diferentes especies animais, especialmente indices de gama gill ta II ill 
transferase, sorbitol desidrogenase, fosfatase alcalina, aspartato ami Il () 
transferase e alanino aminotransferase, sendo essas substancias de gi"rl l1 
de valor no auxilio ao diagnostico da aflatoxieose. 
Redu<;ao da taxa de crescimento e queda na produ<;ao: QUilll 
do ha ingestao de quantidades muito pequenas de aflatoxinas, a k S,11I 
hepatica pode nao ser evidente, sendo observada apenas queda n o (, 1'1 ':, 
cimento e na produc;;ao . Nesse caso, pode-se verificar somente os dvilil ', 
decorrentes de alterac;;oes no metabolismo celular, sem a ocorr A neLl til 
lesoes irreversiveis que resultem em morte celular. 
Carcinogenese e teratogenese: 0 efeito carcin ogA ni co dos .11'1.1111 
xinas tern sido observado em varia s espe ies anim a is. A AIl I ~ , (, C(] II ~ itll ' 
rada 0 mais poderoso carcin6ge no CO 11 hl' ci<i o, scg u in clo-sl' (1.1 /\ lie: I' ;\ II! I 
e AFG
2
• A baixa in cid e ncia (i ;:J CII I'< 'iI1 111:t ll l'S I' (' III ,1l1il1l ,1i s III' (' ri .H,',11l I' IHI ', 
sivelm e n(:e deco rrCI1I (' do 1'1111 0 11I' 1111I1 11 til ' II d,1 d (' ,s l'~ oIlJilll.l b , 
C0 l11 0 ,i, ('OIlII ' 111 ,llld ll ,1111 1' l llI lllI l 111 1' 111 ",1( ' 1111"01111 1 I, q llllil ll , II ,,1 1" 01 
',i n dol /\ lIil l pili ' 1111' 111 11 11 111 1111 1111111 till 11I 1'1<l IHI III I /' , '1 I ' I' " ~ dll , I' " 'd l]\ 
i'lll 
M ICOTOXI COSES 
'~ lIb sequente ligac;;ao covalente com 0 DNA constituem 0 primeiro passo 
po ra a carcinogenese, Esse metab6lito da AFB1 liga -se ao DNA por meio 
do 7'1 nitrogenio da guanina, Essa alterac;;ao fornece a base para a altera-
(;,In da expressao genica e resulta no desenvolvimento de carcinoma, A 
'Ii Iscetibilidade a ac;;ao cacinogenica da aflatoxina varia entre as especies. 
A AFB] tambem e considerada urn agente teratogenico, sendo a pro-
1111 ,'13 0 desse efeito decorrente da capacidade dessa toxina em inibir a sin-
Il'se proteica, acarretando alterac;;oes no desenvolvimento e na 
Ii i k renciac;;ao fetal. 
Altera<;oes na resposta imune: Resultados de pesquisas tern reve-
1" .1 0 a variedade de danos causados pelas aflatoxinas no sistema imune. 
\I ,: uns dos mais relevantes estudos mostram que a administrac;;ao de bai-
,I" cl oses de AFB 1, consideradas muito menores que aquelas capazes de 
111I 11I i'. ir alterac;;oes dinicas, produzem deficiencia do sistema complemen-
II], 1'l' lardamento da produc;;ao do interferon, decrescimo da atividade de 
II I Ii (lci nas, supressao da resposta linfogenica, reduc;;ao do indice mitotico 
dl ' d lulas B, inibic;;ao da capacidade fagocitaria de macrofagos e compro-
1111 ' 11111 e n to da mielopoese . 
Ulagnostico 
() d iagnostico de aflatoxicose baseia-se na observac;;ao da sintomato-
1111\1,1 t'lfnica e dos achados anatomo-histopatologicos, associados a anali-
I l. il H)ratorial para constatac;;ao da presenc;;a de aflatoxinas no alimento 
11 "ll1' ilo . 0 historico da introduc;;iio de uma nova fonte de alimento, as 
I I I '~ ('o m caracteristicas macrosc6picas alteradas, esta associado ao qua-
dill (Iv inLoxicac;;ao. As micotoxinas ocorrem em quantidades muito 
III '1"I' l1 i1S l OS alimentos e, por isso, a analise laboratorial qualitativa e 
'11 101 llli lolli va dessas toxina s geralmente requer tecnicas corretas de amos-
11"1:1 ' 111 V , cond icio nam ento adequado das amostras. 
() :, 11I 01odos pa ra an alise quantitativa de aflatoxinas em alimentos, 
I 1I111'~, kil l' Oll c m I '( idos inclu em a cromatografia em camada delgada, 
I II illI,I I Ol~ I,<JI'i.1 gL sosa co m cspcctofotometria de massa, cromatografia 
II' jll llI" <1 (' 11 11 ,1 , l'il1id wcl c, 13D A (enzyme- linked immunosorbent assay) e 
,"1 1111,1 ', dl' iI111 111 1l<11'i 1Iid ndl' COlli ici lu r8 POl' l'i uorime tria. 
'-I f V(.n~aO 
n ll l II " II "ldllll ' lIl ll (, ~, p I ' ( ' ln ( ' 1l P,II" d', ll li ('o lo il'psI' S; PIlI 'I, nl O, () 11'8-
11111 11 111 11.1 ,111 .1 \11 \ 1111',1 ' I ' ', 1111 11111 ,11 1111 ' " I ' '.I ll l1l ll l' 1\ 11'11101 11.) illi ,)Iilll l' ll -
I 11 "11 ' 11 11 ti l" I' ', i' l 11'1111 /01 11 01 II III .) h 1' '1 11 '' 11 1111 '1'\1' I I 
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TOXICOLOGIA APLI CA DA A MEDICINA VETERINARI A 
A melhor forma de prevenir a ingestao de alimentos contarninados 
( I )ll sisLe em evitar 0 desenvolvimento do fungo nesses produtos, uma vez 
11111', () p6s a produc;ao de aflatoxinas, dificilmente elas poderao ser com-
1I1l'1.1111 ente destrufdas. Desse modo, procura-se controlar 0 dana causado 
pi II i I Ise t.os no cereal, 0 que invariavelmente promove a invasao fungica, 
(I de fundamental importancia que, durante a conservac;ao dos ali -
111 1' lllos, 0 seu teor de umidade seja menor que 15%. 0 uso de acido pro-
1)1t II dell para prevenir a proliferac;ao fungica s6 tem valor quando ainda 
11.1 11 II" produc;ao das aflatoxinas. Alguns metodos de desintoxificac;ao em 
n ilitio illcluem: 
I x lra ~a o das tox inas uti lizando-se difere ntes p ropor~5es de solvente\ 
illc luindo eta nol, acetona:agua, isop ropa nol, hexano:meta nol, meta-
l1o l:agua, aceton it ril a:agua, hexano:eta nol:agua e aceton,a:hexano:agutl , 
l,iI pm edimento tem sido ut ili zado em sementes de amendoim e algod2lo, 
I W'\ ,>olventes removem todos os tra~os das toxi nas, sem a forma~ao lk 
~ liI)PI()cllIlOou redu~ao do teor de protefna e qua li dade dos graos. (on lll 
lin, d rlpli ~a o em larga esca la e li mitada pe lo alto custo e pela tox icidacil' 
11 ''' lcill .ll cl o olventes. 
I J lill / cI ~ rlO de adsorventes, especia l mente a benton ita e os alum inosi lica lo\ 
Iii It ' pod In li gar-se as aflatoxinas e re move-l as de so l u~5es aquosas. 
1\ 11.1 \ Icmperaturas (entre 237°( e 306°C) podem decompor as aflatoxin" , 
~ 1'lldo qu e 0 nfve l de descontamina~ao depende do nfve l inicial de CO II I. I 
IIlilll~,(lo , da temperatura e do tempo de aqu ecimento, da aflatoxina (' dll 
lipo, lImidade e for~a ionica do ali mento. 
IOlli /<l(dO, ra cl i a ~a o ultravio leta , raios gama em closes de 1 a 10 10 k('y, 
,lIllo( I,w g m m prese n ~a de amonia e tratamento por hipoclorilo, 
() 1111'11)(10 ici ea l de desconLaminac;ao deve preen che r reqlli ~ il'l " 
(1 11111) I'tllillcll,:;i u de procl LI I 0 combinadores nao-t6xicos; desl I'll i<::i o til" , 
" " 111111 1 ~ til ' 1IIIlgllS l' mi '(- lias, de forma que nova s tox inas !lao S '.i <1 111 1111 
111 ,111.1 ',; 1H'1111,11l 0Ilci n ci a pa lal a bi lidade, do va lor nulri liv() l' dd ~ 1111' 
lit l ' tllltll '~ I'l si 't IS dos < li rncn lOS 'clos ol11pon en l 'S cil' rn~' ii () " () 11) 1'1111111 
1' 111111 1')',, 1111) tl l'Vl' SCI' ('COllomi ' L III ' nit' vi : vc l. 
I) III (' 1111,ix illl() d ' 0 Ill g/ k)'. dv .iI'1.110 ' ill t1 S (13, I II , I ( :1 I C ,) JloIl oi 
'i lit II 'i II I ' I 111011 \ ' I i.l ill' i 111 ,1 ,I ,,(, I 11111 i '1 ,111. I tI i 1\ ' \. 11111 '1111' II II 1'1) 11111 ('() 1111 )\111' II 
11' 1111111 1111,111 '" tI (' ~ lllldtl.l ·, .II) 11111 '01111111 .I1 i1 l1l o1 ll,) l l"oI .ilH'II 'lldll 111' 11 ) M ill ' 
11'1 II d,1 1\ 11< liIllll.I , 1'1111 ,111" II III II I 11 11 / 1 I I I ' J/Hi 
1'1 
M ICOTOXICOSES 
FUMONISINA 
As fumonisinas sao micotoxinas produzidas por especies de fungos 
do genero Fusarium, principalmente Fusarium verticilloides (antigamente 
I llllh ecido como Fusarium monih/orme), 0 qual cresce e produz suas toxi-
lid S particularmente no milho, embora no Brasil e na Nova Zelandia essas 
111 ko toxinas tambem tenham sido isoladas de forrageiras. 
Temperaturas em torno de 200e e 25°e sao consideradas 6timas para 
II l' l'cscimento desse fungo, embora ele possa desenvolver-se em tempe-
I" III ras que variam entre 5°e e 40°e. A temperatura 6tima para a produ-
101 0 de fumonisinas encontra-se entre 200e e 25°C, podendo tambem ser 
Jl I oll lI zidas entre l30e e 28°e. Algumas linhagens de F verticilloides nao 
\ 011) produtoras de fumonisinas; portanto, somente a presenc;a do fungo 
lidO significa que a toxin a tambem esteja presente. 
I\ s fumonisinas B j e B2 tem estrutura qufmica simples, sendo simila-
II", ,1 cs fingosina, um constituinte dos esfingolipfdeos no tecido nervoso 
(\ I',jd a Figura 17.4). A fumonisina B[ e a mais t6xica, sendo tambem pro-
ti li / iti , em maior quantidade. Essas micotoxinas sao termoestaveis, 
I'lldl'nci o resistir a fervura por 30 minutos. 
OR 
0 11 
CH1 OR 
OH OH 
eH, 
NH, 
Fumonisina B, 
OH OH 
eH, 
NH, 
Fumonisina B2 
OH 
OH 
NH, 
Esfingosina 
Of! 
Nil 
I <, fi IHloIl1 ll101 
R= e~cooH 
II eH, 
o 
II Hlli oi 1/,1 I \1111111101 dol ""I1!lII ',lIldll l I' ll , I' dO" IIII '1 111 '.11/1", til ' 1'\ liIIHolipftkos, c [ingo-
'.ill ,1 i' ,",11111\, 111111 ,1, f "1 ,1', '.1 lilt·\! , ,',, 11) 1IIIIIIdol ', l'i ·loI ·. 1II1I1I1IIi ', illd \, 
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TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA 
Toxicocinetica e mecanismo de a~ao 
As informa<;6es sabre a toxicocinetica das fumonisinas nas diferentc~ 
especies animais sao escassas, Resultados de estudos em suinos revelara ll l 
que, 72 horas apos a administra<;ao intragastica de fumonisina B1, call 
centra<;6es dessa micotoxina ja faram detectadas no ffgado enos rins, 
Em rela<;ao ao mecanisme de a<;ao das fumonisinas, como descril o 
anteriormente, elas sao estruturalmente relacionadas a esfingosina t' 
interferem no metabolismo dos esfingolipideos, Essas toxinas sao inibido 
ras da esfingosina N-acetiltransferase, enzima envolvida na forma<;ao do 
precursor da esfingosina, Como ha interrup<;ao nesse metabolismo, 01 
esfinganina e a esfingosina acumulam-se, diminuindo consideravelmell 
te a produ<;ao de esfingolipfdeos complexos, A Figura 17,5 ilustra 0 mec,) 
nismo de inibi<;ao da fumonisina na biossfntese de esfingolipfdeos, 
Acredita -se que esse efeito no metabolismo dos esfingolipideos sejGl d 
base do mecanismo de toxicidade das fumonisinas nas diferentes especi('~ 
animais, 
Palm ito l Co'A 
+ 
serina 
3-cetoesf ingiana 
3-esfinganina 
redutase 
Esfing iana 
* N-acil t ransfera (' 
/ Ce'n ;d' \:"" D;;dmm,m;d, 
Esfi ngomielina X , Glicoesfingolipfdeos 
Turn-over na 
membrana celular 
" Esfingos ina 
X Bloqueio pelas fumoni sinas 
Turn -over na 
membrana ce lular 
Figura 17,5, Biossinte e d (' fin golip dl 'o () 1l1l '(rllli \ ll1() (II' f)~ f l() plOpo\ IO P,lloi ,I Ii II 1111 
ni ina r de il1ihi~,111 !.llIlo tid 1'', IIII Wl\ 11101 1111.11110 dol 1',!iIl H, lIdll ,1 N 0111111 ,111 ', 
1<'1-"\(' , 
III 
MICOTOXICOSES 
I reitos biol6gicos produzidos pelas fumonisinas 
II IIcoencefalomalacia eqOina 
I) cntre as afec<;6es produzidas pelas fumonisinas, a leucoencefaloma-
11, 1.1 cqLlina (LEME) tern sido a mais estudada, Verifica-se que 0 consu-
111 11 1iL- apenas 8 ppm de fumonisina BI por equinos mostra-se suficiente 
II 11 01 provocar 0 quadro de intoxica<;ao, 
( h sinais dinicos dessa toxicose geralmente ocorrem entre tres a seis 
.II I, oI p<>S 0 consumo do alimento contarninado e caracterizam-se por 
llil" I "t' l1 sibilidade, ataxia , fraqueza do trem posterior, convulsao, ceguei-
I I 1111,1pacidade de degluti<;ao e marte, As principais les6es sao edema 
1 I, 111, 11 se vero e liquefa <;ao da substancia branca cerebral. 
\ Il l'patotoxicidade tambem pode estar presente na LEME, obser-
IIl d" ~l', ini cialmente, inapetencia, seguida de manifesta<;6es mais seve -
I I 1 I iii II) cdenla facial e evidente icterkia, 
11111.1 pulmonar sufno 
I I l' III ' IIl 11 pulmonar sufno caracteriza-se por um quadro dfnico de 
til II .III ' ItI ) guda e geralmente e letal. As altera<;6es dfnicas sao insufi-
111 I I jl l II I 11 () ll a r, refle tida em dificuldade respiratoria, dispneia e cianose, 
111111 111' 111 (', os sufnos VaG a obito poucas horas apos a surgimento des -
111111 111.1 '" Os sufn os acometidos par essa toxicose tambem apresentam 
III 110 11il '.I S, ca racte ri zadas par vacuoliza<;ao citoplasmatica e necrose , 
~d 11 1'1 I Ilpsi,l , observa-se edema pulmonar e hidrotorax evidente, 
I Ii I I 111I I)', dvil,Hlos hi st-opatologicos caracterizam-se, principalmente, 
II I II ,I' ll .I lit- i'lllido cla ro no tecido conjuntivo e ao redor dos vasos, 
itlllllljll ill" I' do ~c pt () inlerlobular. 
III 1111 I 1111. 1 til ' 111111 0 11 i ' in a em alime ntos tern sido correlacionada 
I til 11111 111 1'111 i,1 ti t' t'51l c r csoJagico em humanos na Africa do SuI, 
11IIII I 1I11 1I( l lti l'~ il' ti d 1I : li a _ No e ntanto, embora alguns estudos 
I'll III 11 1,,1 ', 1' 111 I'II los 1'()lllj l l'OVc m 'ssa s'Llsp e ita, ainda ha poucos sub-
I jllI 1111' ,',, 111 1 1'll lllj ll'o Vdr ill 'quivo 'Dtn c nt e o s ci'eitos carcinogenicos 
I I d" I" 1.1 " 111111 11 1 ti ., III " 
Ii 11 '01 ' 1' 1l',ti l/ dtilll'd'! ,111,i li 'l' do 
II I" Iii' 'I 11, 1I 11i 1 01 1' " ',1 11101 ti l 111 11 1111 11 01 11 01 Illil l/.l 11I1 11 ',I' 1111 '10 
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TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA 
dos cromatograficos, especialmente (HPLC) , e imunoensaios (ELISA). A 
cultura do fungo provenientede alimentos suspeitos de contamina<;ao 
pelo Fusarium e de pouco valor diagnostico, uma vez que resultados de 
estudos mostram que 0 milho pode apresentar altas concentra<;6es de 
fumonisinas associadas a quantidades muito baixas do fungo, enquanto 
outros resultados revelam que, embora a cultura apresente urn elevado 
crescimento do fungo, a micotoxina pode nao ser detectada. 
Uma outra forma de avalia<;ao dessa micotoxicose consiste na pes-
quisa da taxa de esfinganina/esfingosina. Como descrito anteriorment , 
pelo fato de a fumonisina impedir a biossintese de esfingolipideos, a pro -
por<;ao esfinganina/esfingosina aumenta no soro enos tecidos de suinos 
e equideos acometidos por essa micotoxicose. 
Preven~ao 
Como ocorre de maneira geral com as micotoxicoses, ni:io ha tra1.8 
mento efetivo para essa intoxica<;ao. A melhor forma de prevenir e Sd 
toxicose consiste em evitar a contamina<;ao do alimento: deve-se evita r, 
portanto, a estocagem do milho umido, especialmente quando a epoca dol 
colheita e muito chuvosa. Ate 0 momento, nao existem metodos par,l 
inativar a fumonisina no alimento . 
ZEARALENONA 
A micotoxicose estrogemca em sufnos foi primeiramente relawdtl 
nos Estados Unidos em 1927, sendo observada primeiramente em mil l 
ras. Nessa epoca, foi reportada uma associa<;ao entre 0 consumo de ]l1 illlt l 
mofado e a tumefa<;ao da vulva . No entanto, somente decadas mais la nk 
verificou -se que 0 fungo responsavel pela produ<;ao da zearaJen ona, lIlll ,1 
lactona acid a resorciclica (Figura 17.6), seria 0 Fusarium roseum (anti ): ,! 
mente conhecido como F graminearum). Posteriormente, outros fLlll gm 
tambem foram identificados como produtores da zearalen on a : F Irieill l 
tum, F gibbosum e F oxysporum. 
OH o 
OH I ' 
I ialll, l I/ .(), I \11111111 ,1'. dol 11'111 ,111 '111111 011 11,II ,dlllll l 
I 'll 
~I I. " - 7 (1)1'(1 1 n n,t 11 01: 0 11 
MICOTOXICOSES 
() nome zearalenona (tambem conhecido como toxina F-2) deriva 
!ill ', ', ('g Liintes termos: "Zea" de Zea mays (rnilho, 0 principal cereal hospe-
.I. 1111 do fungo), "ral" (correspondente as iniciais da lingua inglesa para 
,I, 1I II I11 i nar lactona acida resorciclica, resorcyclic acid lactone), "en" (referen-
I. " dllpl a liga<;ao no C- l e C-2) e "ona" (por causa da molecula de ceto -
II I 1111 C-6 ). 
indu<;ao de enzimas responsaveis pela produ <;ao da zearalenona 
I " " II ' ('In temperaturas baixas (12°C a 14°C), havendo urn otimo 
1111111 l' il ,lmento para a produ<;ao entre 20°C e 25°C, e umidade do subs-
II il lI ,I(' inl a de 23%, com a produ <;ao otima em torno de 45%. Uma vez 
I" lid II / ld<1, a zearalenona e bastante estavel, nao sendo destruida pelo 
d" 1 I' !le la peletiza<;ao. Alem do milho, 0 F roseum pode ser encontrado 
1111 11 11\11 , 11 0 sorgo, na cevada, na aveia e em silagen s de rnilho e ra<;6es. 
In I(ocinetica e mecanismo de a~ao 
\ 11''' l' il lcnona e rapidamente absorvida no trato gastrintestinal em 
I III d,l ' , 11 ,1 alta lipossolubilidade. 0 metabolismo hepatico produz, por 
I II III dl' Il'dll <.,'ao, os compostos denominados a e ~-zearalenol. Essa rea -
111 .1. II' dll \'~() e catalizada por uma enzima denominada 3a-hidroxies-
I " " .I ,' d('s ic! rogenase. Ha uma grande varia<;ao interespecifica na 
111111 111 '.II 'lIlhH.;ao da zearalenona. 
NI " ,I' ',1' 111 ido, abe-se que 0 suino, por possuir menor quantidade de 
II Illd l li I( ' ~ I 'ro ide desidrogenase, biotransforma mais lentamente essa 
I ., d" 111.\ , Illl'l1 ondo-se, portanto, mais sensivel aos seus efeitos. Tanto a 
II ii, 1111 11 ,1 ('() Ino SC LI S m etabolitos sao conjugados com glicuronideos e 
1111111 ', I' lldo '1" (' ' $ es produtos podem ser encontrados na urina e nas 
I111 d ll.l ', ~l' lll [l n aS apos a exposi<;ao, no maximo. 
11111 11 " ll l'itl do rc iclagem enteroepatica da zearalenona proporcio-
I . I 111'11 " 11' 11, .1O dl' sli a me ia-vida plasmatica e, consequentemente, 0 
I' dllll)" III It ' 1I11 1 Ik Sl'L1 d c ilO estrogenico . Em suinos, ha uma considera-
III I II 1"1:1 '1111'111 \' 1'0 'ptl li ca da zearalenona, sendo esta uma justificativa 
II 11111 11 1',11 " ,I Ili tlior slI scclibiJidad e dessa especie a intoxica<;ao. As 
11111 I ,, 101 III i1 i" :' I' II ~ iv ( ' i s , svncl o qu 'nlveis cl e contamina<;ao em torno de 
ii i til ti l 1 dlll ll' ll l) II ,1 11 ,1 <Ii '1,1 ,i 6 rrn ll l ()V(,111 a ltera <;6es clinicas dessa 
I '. 1",',, 1', lil l"oIILI ', ,Jil\'l 01 ' ( 11' ~ pO(\1'1I1 SI' I' (l llsCl'v cl as ern porcas adul-
I' IlIdli II ,tlII Il' II1 0 " 11I 1",I' lIld III I'j-, ', I 'I II' ti tJ 1'1',' tI 10 '01. 
h. 111i" " ill ill l' " '"I II \1 1' 111 1111 ' 1111 ', ',1'11 '.1\ 1'(', " 1I'.JI.JII ' I)()11,1 q uando 
I' " "1 ,, ,111',', 11111 11 ', ' <I 1It11 1 \1 111Ii ,lil ll" IIII II III" 1" liI" I' III ,I', II' plodllli vos 
I I I" I I, d1i1 111 1\1 -, (\ 11 '1(" " III ' I "" 1\'( tl ll ' l <I , ' ,II .IIi ' II I) II " ill }:I ' , lt!.1 
1'1 
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TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA 
pela vaca lactante e encontrada no leite, tanto na forma livre como na 
conjugada. 
As aves sao muito resistentes aos efeitos t6xicos produzidos pela zea-
ralenona, nao sendo ve rificada qualquer altera<;ao em frangos submetidos 
a ra<;ao contaminada com ate 1.000 ppm de zearalenona. 
A zeralenona atua como uma substancia estrogenica, ligando-se a 
receptores para 0 1 7~-estradiol. A liga<;ao e acompanhada de intera<;ao 
dos complexos resultantes com sftios nucleares e efeitos genomicos sub-
seqli entes, tais como a transcri<;ao de genes, que ira proporcionar a sin-
tes de RNA dirigida pelo DNA e de protefna ou repressao de genes 
(illibic,:a o da tra nscri <;ao) , promovendo, assim, os sinais do estrogenismo. 
Sinais clfnicos 
C0 ll1 0 cit a do anteriormente, a especie suina e a mais suscetivel aos 
('kil()S d Cl Z' ra le non a, havendo, nessa especie, uma melhor caracteriza-
1:30 do qU Cl ciro Ifni co -pato16gico da intoxica<;ao por essa micotoxina. a 
d('i lo bio l6gico primario e 0 hiperestrogenismo, particularmente verifica-
do em man as. 
Essa sfndrome e caracterizada por edema de vulva (vulvovaginite) 
de glandula mama ria, alargamento do utero, atrofia de ovario e prolapso 
anal e vaginal, 0 que pode propiciar a infec<;ao secundaria. Em porcas 
adultas, sao descritas ninfomania e pseudo-prenhez. Em animais gestan-
tes, verifica-se redu<;ao do nllmero de fetos vivos e do peso da prole, ma l-
forma<;6es e hiperestrogenismo juvenil. 
No cacha<;o adulto, normalmente nao sao observadas altera<;6es, 
enquanto no cacha<;o jovem pode -se verificar edema de prepucio, atrofi ,l 
testicular, crescimento da glandula mamaria e queda da libido e da qua 
lidade do esperma. 
Essa micotoxicose e caracterizada por alta morbidade e baix a le t'a li 
dade, sendo os casos de 6bito geralmente decorrentes de infec<;6es SCCLIff 
darias instaladas nos quadros de prolapso retal e vaginal. 
Diagn6stico 
A d etec,ao de zea ralen ona e ro tin iranWl1l c rca li za cl , ('Ill .1 Iifl1 (' fli ll ', 
po rl1wi o I ' a na li s rorn a tog ra l'icns (' 1( ' 'I( 's dv illflllWl' fl Sdi o , 
Prevenc;:ao 
1\ 1'1i" ( Il" d Ill" f I(' i I " Ii (' "I I \ 1' 11 11 I ','" I III It ( I' ,I' 1 11 11 ' " , ,II ' "" ',"I "I ~ ( ' III ,f Ii I 
11I1 ,lIl d ti P ( l' II ', 1I11 111 1ldl l, 1I1 J1I .d "I I 11111 11 I, 11 11 111 01 1111 11 l it"" d l' 11111 dd 
,I 
MICOTOXICOSES 
de. Vma vez produzida, a destrui<;ao dessa toxina torna-se muito dificil. 
Deve-se, portanto, evitar qu e 0 alimento contaminado seja oferecido espe-
cialmente a suinos, especie animal mais suscetivel a essa micotoxicose. 
TRICOTECENOS 
as tricotecenos sao urn grande grupo de substancias sesquiterpen6i-
des caracterizadas por urn anel12-13 tetraciclico (Figura 17.7) e divididas'm quatro grupos. Entretanto, os mais importantes na medicina veterina-
ria sao 0 grupo A (no qual esta incluido a toxina T-2 e a diacetoxiscirpe-
11 01 - DAS) eo grupo B (do qual fazem par te 0 4-deoxinivalenol- DON, 
I ambem conhecido como vomitotoxina, e 0 nivalenol - NIV) . 
Tricotecenos 
Grupo A R1 R2 R3 R4 R 
Toxinas T·2 OH OAc OAc H Isovaleroxi 
DAS OH OAc OAc H H 
Grupo B 
NIV OH OH OH OH OH 
DON OH H OH OH OH 
I lglira 17.7. Estrutura basica dos tricotecenos e de seus principais representantes: toxina 
T-2, disacetoxispernol (DAS), nivalenol (NIV) e deoxinivalenol (DON). 
Ilssas micotox ina s sao produzidas por varias especies de fungos do 
)"' 111' 1'0 Fusarium, 0 qu al contamina principalmente cereais de milh o, trigo 
I I ('v,ld" ' por outros gen eros d e fungos como Myrothecium, Stachibotrys, 
'111 'llor/e rma Cephalosporium. 
1\lllllora tox ina T-2 seja altamente t6xica e bern rna is conhecida que 
illll l ()~ Il'i cO Il' ' l' 11 0S, () l ON, NIV e DA S sao rna is freqlientemente encon-
11 ,111,1', ('0 11 10 CO lli Illin a (\ o l'cs de alimentos destinados aos animais de 
I 11.11 .II I '111l' ,1 I () ' i 11 ,1 T· . 
pl 'llI llI \'tlO I k ~" .I S In ill ,IS 1 '~lI(l I'c l. ion ada t graos coJhidos tardia-
II I III, ' (1\ 1,1\\11(' 1(". 1(11 1' 11I' 1111 ,I ll t'I '(' 1l1 IH Il'dlll IHl dill', 111 (' 0 invc rn o . a s fun-
II ilil )\1' 111' 111 " ,,1111"1111 111 (1.111 /1' 111 (',',, 1', 1I )~ ll1 01'l ('111 1!' 111 1h' r, luras baixas 
III ' f " 1'1"1:) V, II I I', '01 1111 1', iI (' 11I 111l111\lt '(I'," ', d l'( 11 11( ' 111, ", d ()~ Il'i ('ol vn '11 0S 
1'/1,11 11 ii "" dill '., 1111 111 1 01 ,11 1 11 (\" I II 11.1 ,11 1,11 1'111. 11 ( ,\rA) (1Il lI l iilo! \' 111 
1111111.11111', 11 ,1 I'll ',1. 1 dillol lll l' 01 ," ~ I II l1dll 1.111 1111\ \111 dl. iI 
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TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA 
Os cereais cobertos por uma espessa camada de gelo foram infes t" 
dos pelos fungos F. sporotrichoides e F. poae, os quais originaram metab611 
tos toxicos, produzindo a ATA. Os efeitos iniciais consistiram t' li l 
inflama<;ao das mucosas oral e gastrintestina!, evoluindo para urn quad I (I 
de altera<;ao sanguinea com diminui<;ao do numero de leuc6citos, alterd 
<;6es da medula ossea e petequias na pele. Alem disso, tambem foralll 
observados disturbios do sistema nervoso central e autonomo. 
Esse grupo de substancias tern emprego na "guerra quimica" CO III II 
produtor de hemorragias difusas e les6es disseminadas que levam iudivi 
duos rapidamente a morte . Portanto, sabe -se que, na Mcada de 1970, " 
Afeganistao e outros paises foram bombardeados pela denomh1t1dol 
"chuva amarela", composta por tricotecenos. 
Toxicocinetica e mecanismo de a~ao 
Os tricotecenos pertencentes aos grupos A e B sao rapidamt' I III 
absorvidos no trato gastrintestinal. No entanto, dados experime lli. II ', 
mostram que esses compostos sao pouco absorvidos pela pele intact,. III 
mane ira gera!, essas toxinas sao rapidamente biotransformadas e eXC I"( ' ld 
das como metabolicos por meio da bile emina, no periodo de dois [I II I 
dias apos a ingestao. 
o mecanisme de a<;ao dos tricotecenos envolve a inibi<;ao da SIIIl I",1 
proteica e do DNA. Essas toxinas tambem produzem toxicidade ger[l l, 1111 
bindo 0 sistema de transporte de eletrons na mitoc6ndria. 
Ba uma grande varia<;ao de toxicidade desses compostos e n t 1"(' 01 
diferentes especies animais . De maneira gera!, a toxicidade dessa s III i( 'I" I J 
xinas segue a seguinte ordem decrescente: T-2, DAS, DON e NIV, VoIll.llI 
do de 0,5 a 300 mg/kg, dependendo da toxina, da especie anima l . d,l \ II 
de exposi<;ao. 
Sinais clfnicos 
Os efeitos produzidos pelos tricotecenos sao bastante 8l11p los, 1'11\ Iii 
vendo urn grande espectro de disturbios clfnicos. No e nt a nt (), () ~ 1'11 ' 11 11 
comuns as diferentes especies anima is sao aprese nt.ados a svg llil'. 
Nausea, vomitos e recusa do alimento: i1 sSl' S d( 'ilo ~ oIl' 111 01 1 
observados na intoxica<;ao por DON, (' os SllfllOS S,~ () P,lllil '111.11·1111 ·III I' '.I II 
sfveis a eles. 
InflaJna~ao e nC('I'OSl' ('l'il('II. II : '1',,"I\) ,) 10 , 111,1 'I' qilolllll l;l 11 \ 
rcngenl ("011 1 I ('r idl) ~ l·jllll ' II.t1 " tI" III II I' dol', 11111 111',.1'" I ,111 ',01 1111,1 I' ll II" 
MICOTOXICOSES 
11 1,,, () xicos locais. A aplica<;ao direta desses tricotecenos na pele causa 
Ildl.l lIl ,lI;:'ao, hemorragia subepidermica e necrose. 0 mecanismo pelo qual 
, II I (Ii ('cenos causam a epitelio-necrose ainda nao esta totalmente elu-
1>I,, >lIl . I\credita-se que essas toxinas possam aumentar a permeabilidade 
1\ ,iI, 1I Oll romper mastocitos e, consequentemente, liberar histamina e 
1l1 111I1i Ila, levando a altera<;ao na integridade vascular. 
I j ('ra~oes hematologicas: Essas altera<;6es incluem diarese 
III 11111 11 dgica, queda da hematopoiese e resultam em leucopenia, eritro-
III" I' I 1"1) 111 bocitopenia. Acredita-se que esses efeitos ocorram por causa 
I, 110111 Illibit6ria dos tricotecenos na sfntese proteica. 
\Ikl'a~oes nervosas: Essas altera<;6es incluem ataxia, comprometi-
I II" dll I dlexo de endireitamento e convuls6es. 
\ 1I11( ' ll sid ade desses efeitos t6xicos e bastante variavel entre as espe -
I lido Ii li e os animais jovens sao muito mais sensfveis a eles do que 
1111 til II ', , 
I I I IIIIH ' IIlI<l -se, como procedimento para 0 estabelecimento do diag-
"'Ii .I, ' IIlt llx ica<;ao por tricotecenos, os metodos analiticos para a 
I II' " ,<I", I'S CO ll1postos nos alimentos. Em pafses como os Estados 
I I li d I Ii ~ dc inlLlt1oensaio (RIA e ELISA) para detec<;ao e quantifi-
1.11 I J( IN I' lo xin a T-2. 0 uso de cromatografia a gas e liquida e indi-
II II 1 ,1.11 '11'( \,5 0 de nfveis bastante baixos dessas micotoxinas. 
I I 11101111' 11 01 g(' I", i1 , os tricotecenos sao bastante estaveis no meio 
III 11",, "do ~ IIIJll1cticl ()s ao processamento de alimentos. Portanto, e 
I" 111111 1I1.t! 1lIlJlllI'tJ l1 cic qu e e evite a colheita de cereais tardiamente, 
111,1" 1111" 1" 1111I1 ()~ do c1 1H) em que a temperatura se apresenta baixa. 
ITRININA 
II I I, loI lIJi" ', I ' 11"(' ('SS,lS lIli co toxin as sao produzidas pelo mesmo 
d, 111 1 I )~II I ' jl IIH III ',.I·1I1 jll'<lticDlllCIl'I C as 111 esma s altera<;6es cHnicas, 
II '1"1 " 111 ,111. 1', il lili d , 
111 11 11 III p , '" III 11111" I.'lll i l j.l iiI' i:-' (H'llIll dri lhls derivadas do an1i-
I 1111 iI ,lIi1l1oi 111 .tllllI ' ltl v, j,1 1111.1111 idl' lIlilk oitios II ()Vl' lipos de 
1111 1111 ' "Jl III 11 11 ' , I II( 1,11 0\1 11 .1 (I )'1'1\)" JlI IH li lli d.t sil il (,() lldi~;o l's 
I , I I 111 11 I II) 
,II I 
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TOXICOLOGIA APLI CADA A MEDICI NA VETERI NARIA 
0 
II ( - OH 0 OH 
N 
H H 
(H2 
I 
(I 
~ i g ura 17.8. Estrutura da ocratoxina A. 
A OTA foi inicialmente isolada do Aspergillus ochraceus (ou A. aLu/a 
ceu.l') , de onde se originou seu nome. Posteriormente, essa micotoxina roi 
isn l<lda de o utras varias especies de Aspergillus e Penicillium. 
o Illai importante fungo produtor de OTA e 0 A. ochraceus. E~~ 01 
Illi ('o lox in a pode ser encontrada principalmente no milho, na cevada C 1111 
I I igo. No <:n la nto, niveis consideraveis dessa tox ina tambem ja [0/\ 1111 
til'l ~'('I iHio, no cafe, na soja e no coco. 
1\ t'Slrulura da citrinina e bastante semelhante a da OTA; porem, 110111 
oIP ,'('S(' I1I <l a fe nilalanina, eo CI e substituido por urn grupamento I1w lil i 
I () (ilig u r<l 17.9) . Essa micotoxina tambem e produzida por va ri as 'SIH' 
I il' ,~ elo g0 11 (, 1'0 Penicillium, tais como 0 P viridicatum, de ond e o rigino ll Sli ol 
dl ' I!( )ll liII Gl,80, e lre especies do genero Aspergillus.0 principal fun go Pi!! 
til il m ell' cilrinina eo P viridicatum, Basicamente, a citr inina c e n CO IIII" 
d,1 1111 II I l'S 111 os ce rca is pass fve is de contaminac;ao peJa 0 ralox in . 
I Ifl lll 01 II 'I I ', /1111111 01 d,1 I 11111111101 
,II 
MICOTOXICOSES 
Tanto a OTA quanto a citrinin a sao nefrotox icas e hepatotoxicas, A 
OTA, alem de produzir alterac;6es nestes orgaos, tambem promove imu-
1I 0ssupressao e carcinogenicidade, 
Toxicocinetica e mecanismo de af;ao 
A OTA e absorvida no trato gastrintestinal por difusao passiva, A 
'lbsorc;ao estomacal e maior em decorrencia da acidez desse compartimen-
1\), 0 alimento tambem influencia na absorc;ao dessa rnicotoxina: n esse 
', l'mido, em h erbivoros, a OTA e mais bern absorvida quando a alimenta-
,10 e maior em concentrados do que em alimento volumoso, como as for-
I ,1gciras, por causa da reduc;ao do pH estomacal. Pela alta afinidade da ?TA 
\ Olll a albumina, apos a absorc;ao, essa toxina liga -se a essas protemas, 
I IlIllribuindo, assim, para 0 prolongamento da sua meia -vida serica , A cor-
I 1' 1.1 (:ao positiva entre a sua ligac;ao com a protefna plasmatica pro~orcio-
1101 lima grande diferenc;a entre a meia -vida de eliminac;ao nas dIvers as 
'''' IH~c i es animais , Dessa forma, por exemplo, enquanto a meia-vida de eli-
111111,1 ao no macaco e de 1.400 horas, no suino esse prazo se reduz para 
1:\ Il o ra . A biotransformac;ao da OTA e realizada no figado, e a sua elirni-
11011010, assim como de seu s metabolitos (OTAu e OTA~) , faz -se, principaI-
1I1I' 1I1l', peJas fezes e pela urina. 
[j ill relac;ao a toxicocinetica da citrinina, existem poucas informac;6es 
dl "llilIllvcis - sabe-se apenas que essa tox ina e rapidamente absorvida no 
1 ( ,I (' 1[11 ' concentra c;6es sericas podem ser detectadas ate tres dias apos a 
Ill fl"', I,lO , 
t\ OT/\ produz efeitos nefrotoxicos, hepatotox icos, imunotox icos e, 
1" /'1 '.1 v(' I'll en I " le ratogenicos e embriotoxicos, Acredita -se que esses efei-
III' "\'j olI11 c1 cco rrc nl es da ac;ao dessa micotoxina por meio de tres diferen-
II 11/1'\ .1 I li slll os: inl erferencia nas enzimas envolvidas no metabolismo 
" I " lIiI, d,l llill ,; inibi <:ao da produc;ao de ATP na mitocondria e estimu-
I" II, dol p('l'll xid ,Zo lipfdi ca . 
'oIq:V II" ,' (', ,lind" qu ' a imunossupressao produzida pela OTA esteja 
"I, 111 11 ,"1" ,I i l lil)i \~!l d pro li Jerac;ao de linfocitos T e B. 0 efeito carci-
I III" II "'I I til ";(,111 (l 1' 11 1 " ' I i Inc is cl la bo ra torio expostos a OTA parece estar 
II III II II loI dll .I I ",~ ( ' 1I1 ('l',,"i sIIlI ), No enl , 111 o, C'x isl'e m poucos dados dispo -
III ,I 11,1 1111' 1,11111 ,1 jl,II ,1 jlll)jlor () 1I1 l'( ',,"i ~ lIl () <it' <,210 pelo qual a OTA 
jI I 1111' 1\ 1' / 101 I ",',I ", 1,1 I' ll I I ', 
II III """011 lI ' II I ·, !l1l 1111, ,('I V,II II ) 1" 111' 111 111 ' 111 ,11111 1' 111( ', ('111 dir 'rcnLes 
",111, '" 1.111111 ,11 111111 '1"1 01 (II 1"111111 1\1 I II 111)1. 11 ' 1.l I I)f', I ' llj r!1 ~ C() 1ll 0 
I 1IIIIIIId,il l, .11111111111 i1 d \1111 '111" I dol I \I II 11 r~1I 111Io1llll1 , ' '',', (''\ dd 
,III 
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TOXICOLOGIA APLICADA A MEDICINA VETERINARIA 
tos foram descritos quando a administra\=ao foi IP, e nao oral. Portanto, 
ate 0 momento, nao se tern conhecimento, se, sob condi\=oes naturais, a 
OTA promoveria efeitos teratogenicos ou embriotoxicos. 
Em rela\=ao a citrinina, as propostas sobre o(s) seu(s) mecanismo(s) 
de a\=ao toxico para produzir seus efeitos toxicos e escasso. 
Sinais clfnicos 
No quadro clinico de intoxica\=ao aguda, tanto da OTA quanta dd 
citrinina, verifica -se gastroenterite, diarreia, emese, desidrata\=ao (' 
depressao. Em exposi\=oes a pequenas quantidades dessas toxina~, 
podem -se verificar apenas altera\=oes sutis do comprometimento da fll n 
\=ao renaL como, por exemplo, poliuria. Alem disso, observa -se reduc;5o 
no ganho de peso e da produ\=ao. 
Diagnostico 
Testes de imunoensaio (ELISA) e analises quimicas cromatografic't\', 
da OTA (TLC e HPLC) sao disponiveis para a detec\=ao dessa micotox illol 
em alimentos ou tecidos organicos (£igado e rim, por exemplo). Na m illol 
e no leite, deve-se pesquisar a presen\=a do metabolito da OTA (OTA(t) , 
em vez de procurar essa micotoxina. 
Nao existem metodos quimicos ou de imunoensaio disponiveis Jlol I " 
a detec\=ao de citrinina. Portanto, 0 diagnostico deve basear-se nas a l( t' l" 
\=oes clinicas enos achados anatomo-histopatologicos, especialmentv til 
flgado e rim. 
Prevem;ao 
As principais formas de preven\=ao das micotoxicoses cons is\c lll lli l 
emprego de metodos que inibam 0 crescimento do fungo e a con scqi 'I( ' 1I 
te prodU\=30 das micotoxinas. 
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