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Programa de Educação Continuada a Distância CURSO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS Aluno: EAD - Educação a Distância Parceria entre Portal Educação e Sites Associados 2 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores CURSO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 3 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores SUMÁRIO MÓDULO I ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Tórax Estrutura da parede torácica Túnicas mucosas Túnicas serosas Nariz Seios paranasais Faringe Laringe Traqueia Árvore Brônquica Alvéolos Pulmonares Pulmões Pleuras ÁCINOS DIAFRAGMA FUNÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO MÓDULO II FISIOLOGIA DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA SUPRIMENTO SANGUÍNEO DOS PULMÕES SUPERFÍCIE ALVEOLAR SUPRIMENTO NERVOSO DA TRAQUEIA CONTROLE NEUROLÓGICO DA RESPIRAÇÃO Centros respiratórios bulbares Controle central da respiração Controle periférico da respiração 4 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores DRENAGEM LINFÁTICA VENTILAÇÃO E PERFUSÃO Troca e transporte de gases Concentração e pressão de O2 nos alvéolos Concentração e pressão de CO2 nos alvéolos Espaço morto fisiológico Transporte de O2 no sangue Função de tampão da hemoglobina Transporte de CO2 no sangue MÓDULO III EXAME FÍSICO E PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS AO SISTEMA RESPIRATÓRIO INSPEÇÃO INSPEÇÃO ESTÁTICA Formas do tórax INSPEÇÃO DINÂMICA Tipo respiratório Frequência respiratória Ritmo respiratório Expansibilidade Torácica Retratações Inspiratórias Tiragem Sinal de Hoover Cornagem PALPAÇÃO PERCUSSÃO AUSCULTA OS SONS DA RESPIRAÇÃO Som Bronquial Som Broncovesicular 5 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Murmúrio vesicular ORIGEM DOS SONS DA RESPIRAÇÃO RUÍDOS RESPIRATÓRIOS ANORMAIS Sons Contínuos Sons Descontínuos AUSCULTA DA VOZ ATRITO PLEURAL EXAMES DIAGNÓSTICOS PROVAS DE FUNÇÃO PULMONAR EXAMES GASOMÉTRICOS ARTERIAIS CULTURAS EXAMES DE ESCARRO RADIOGRAFIA DO TÓRAX TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA FLUOROSCOPIA ANGIOGRAFIA PULMONAR CINTILOGRAFIA BRONCOSCOPIA TORACOSCOPIA TORACOCENTESE BIOPSIA PELURAL BIOPSIA PULMONAR E BIOPSIA DE LINFONODO MÓDULO IV MECÂNICA RESPIRATÓRIA Princípio da tensão superficial VOLUMES E CAPACIDADES RESPIRATÓRIAS Circulação pulmonar VENTILAÇÃO MECÂNICA 6 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores TIPOS DE VENTILAÇÃO ASSISTIDA CONTROLADA SIMV PSV ou PS MUDANÇAS NO SISTEMA RESPIRATÓRIO RELACIONADAS À IDADE MÓDULO V PRINCIPAIS CAUSAS DE EMERGÊNCIA RESPIRATÓRIA E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM RINITE SINUSITE FARINGITE Dois Tipos de Faringite TONSILTE E ADENOIDITE ABSCESSO PERITONSILAR LARINGITE ASMA BRÔNQUICA SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO HÉRNIA DIAFRAGMÁTICA TRAUMÁTICA FERIMENTOS NO ESFÔFAGO PNEUMONIA ENFISEMAS RUPTURA TRAQUEOBRÔNQUICA Traqueia cervical Traqueia torácica ou brônquios principais FRATURAS SIMPLES DE COSTELA FRATURAS MÚLTIPLAS DE COSTELAS FRATURA DO ESTERNO FIBROSE CÍSTICA Consequências da FC no organismo Dietas 7 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Terapia de Insuficiência Pancreática Deficiências Vitamínicas e Minerais Terapêutica Inalatória de Broncodilatadores Mucolíticos Drogas Moduladoras do Transporte Iônico DNAse Humana Recombinante Técnicas fisioterápicas DPOC Bronquite crônica Enfisema HIPERTENSÃO PULMONAR SILICOSE TUBERCULOSE HEMOTÓRAX Sistema de dreno CUIDADOS GERAIS COM DRENOS PNEUMOTÓRAX PNEUMOTÓRAX ABERTO PRESCRIÇÕES GERAIS DE ENFERMAGEM PARA O PACIENTE COM PATOLOGIAS ASSOCIADAS AO SISTEMA RESPIRATÓRIO CUIDADOS DE ENFERMAGEM AO PACIENTE TRAQUEOSTOMIZADO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 8 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MÓDULO I ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Tórax O tórax é a região do corpo entre o pescoço e o abdome. Ele é achatado na frente e atrás, mas arredondado nos lados. O arcabouço esquelético das paredes do tórax, chamado caixa torácica, é formado pela coluna cervical atrás, as costelas e os espaços intercostais de ambos os lados e o esterno e as cartilagens costais na frente. Superiormente, o tórax se comunica com o pescoço, sendo inferiormente separado do abdome pelo diafragma. A caixa torácica protege os pulmões e o coração e proporciona inserções para os músculos do tórax, extremidade superior, abdome e dorso. A cavidade do tórax pode ser dividida em uma parte mediana, chamada mediastino, e as pleuras e pulmões situados lateralmente. Disponível em: <http://www.alfa1.org/>. Acesso em: 10 de Março de 2009. 9 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Estrutura da parede torácica A parede torácica é revestida externamente pela pele e pelos músculos que prendem o ângulo peitoral ao tronco. Ela é revestida internamente pela pleura parietal. A parede torácica é formada: • Posteriormente pela parte torácica da coluna vertebral; • Anteriormente, pelo esterno e cartilagens costais; • Lateralmente, pelas costelas e espaços intercostais; • Superiormente, pela membrana suprapleural; • E inferiormente, pelo diafragma, que separa a cavidade do tórax da cavidade do abdome. Disponível em: <http://www.anatomiaonline.com>. Acesso em: 03 de Março de 2009. 10 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Túnicas mucosas A túnica mucosa é o nome dado ao revestimento dos órgãos ou passagens que se comunicam com a superfície do corpo. Uma túnica mucosa consiste essencialmente em uma lâmina de epitélio suportada por uma lâmina de tecido conectivo, a lâmina própria. Uma túnica mucosa pode ou não secretar muco na sua superfície. Disponível em: <http://instruction.cvhs.okstate.edu>. Acesso em: 28 de Fevereiro de 2009.11 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Túnicas serosas Elas revestem as cavidades do tronco e são refletidas sobre as vísceras móveis situadas dentro destas cavidades. Elas consistem em uma lâmina lisa de mesotélio suportada por uma fina lâmina de tecido conectivo. Disponível em: <http://www.afh.bio.br>. Acesso em: 28 de Fevereiro de 2009 mês. ano. A túnica serosa que reveste a parede da cavidade é chamada de lâmina parietal, e a que reveste a víscera é chamada de lâmina visceral. O estreito intervalo, semelhante a uma fenda, que separa estas lâminas forma as cavidades pleural, pericárdica e peritoneal e contém uma pequena quantidade de líquido seroso, o exsudato seroso. Este lubrifica a superfície das túnicas e permite que as duas lâminas deslizem facilmente uma sobre a outra. 12 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://www.msd-brazil.com>. Acesso em: 11 de Fevereiro de 2009. A lâmina parietal de uma túnica serosa desenvolve-se a partir da somatopleura e é ricamente suprida pelos nervos espinhais. Portanto, ela é sensível a todas as sensações comuns, tais como toque e dor. Disponível em: <http://www.egms.de/>. Acesso em: 20 de Fevereiro de 2009. 13 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores A lâmina visceral desenvolve-se a partir da esplancnopleura e é suprida pelos nervos autonômicos. Ela é insensível ao toque e à temperatura, mas muito sensível ao estiramento. Disponível em: <http://www.jornaldepneumologia.com.br>. Acesso em: 27 de Fevereiro de 2009. Nariz O nariz é composto de uma porção interna e outra externa. A porção externa faz protrusão a partir da face e é apoiada pelos ossos e cartilagens nasais. As aberturas nasais anteriores (narinas) são as aberturas externas das cavidades nasais. 14 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. A porção interna do nariz é uma cavidade oca, separada nas cavidades nasais, direita e esquerda por um estreito divisor vertical, o septo. Cada cavidade nasal é dividida em três passagens pela projeção dos turbinados (também chamados de conchas) originados das paredes laterais. 15 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em:<http://www.drsandrocoelho.com.br>. Acesso em: 30 de Janeiro de 2009. As cavidades nasais são revestidas com mucosas altamente vascularizadas, chamadas de mucosa nasal. O muco, secretado continuamente pelas células caliciformes, reveste a superfície da mucosa nasal, sendo mobilizado para trás, até a nasofaringe, pela ação dos cílios (pelos finos). Disponível em<http://www.drsandrocoelho.com.br/>. Acesso em: 30 de Janeiro de 2009. 16 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores O nariz serve com uma passagem para que o ar faça o trajeto para dentro e para fora dos pulmões. Ele filtra as impurezas e umidifica e aquece o ar quando este é inspirado. É responsável pelo olfato; e esta função diminui com a idade. Disponível em: <http://www.drsandrocoelho.com.br>. Acesso em: 07 de Fevereiro de 2009. Seios paranasais Os seios paranasais incluem quatro pares das cavidades nasais, as quais são revestidas pela mucosa nasal e epitélio colunar pseudoestratificado ciliado. Esses espaços aéreos são conectados por uma série de dutos que drenam para dentro da cavidade nasal. 17 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://portalsaofrancisco.com.br/>. Acesso em: 28 de Fevereiro de 2009. Os seios paranasais são nomeados por sua localização: frontal, etmoidal, esfenoidal e maxilar. Disponível em: <http://graphics8.nytimes.com>. Acesso em: 05 de Março de 2009. 18 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Uma função proeminente dos seios paranasais consiste em servir como um compartimento de ressonância na fala. Os seios paranasais são um sítio comum de infecção. Disponível em:< http://4.bp.blogspot.com>. Acesso em: 05 de Março de 2009. Faringe A faringe, ou garganta é uma estrutura tubular que conecta as cavidades, nasal, oral e laríngea. 19 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://www.studiomel.com>. Acesso em: 03 de Março de 2009. Disponível em: <http://www.infoescola.com>. Acesso em: 05 de Março de 2009. Ela é dividida em três regiões: nasal, oral e laríngea. A nasofaringe localiza- se posterior ao nariz e acima do palato mole. A orofaringe aloja as tonsilas faciais ou 20 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores palatinas. A laringofaringe estende-se desde o osso hioide até a cartilagem cricoide. A epiglote forma a entrada da laringe. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Disponível em: <http://www.xenciclopedia.com>. Acesso em: 27 de Fevereiro de 2009. 21 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Laringe Disponível em: <http://www.leadsguitar.com>. Acesso em: 25 de Fevereiro de 2009. A laringe, órgão da voz, é uma estrutura cartilaginosa revestida por epitélio, que conecta a faringe a traqueia. A principal função da laringe é a vocalização. Ela também protege a via aérea inferior contra substâncias estranhas e facilita a tosse. É frequentemente referida como a caixa vocal e consiste no seguinte: 22 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Epiglote – um retalho valvar que cobre a abertura da laringe durante a deglutição. Disponível em: <http://www.vulgaris-medical.com>. Acesso em: 02 de Março de 2009. 23 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://www.geocities.com>. Acesso em: 02 de Março de 2009. • Glote – a abertura entre as cordas vocais da laringe Disponível em: <http://www.afh.bio.br>. Acesso em: 02 de Março de 2009. 24 Este material deve ser utilizadoapenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 02 de Março de 2009. • Cartilagem tireoide – a maior das estruturas cartilaginosas; parte dela forma o pomo – de - adão. Disponível em: <http://www.cancernews.com>. Acesso em: 02 de Março de 2009. 25 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Cartilagem cricoide – o único anel cartilaginoso completo na laringe (localizado abaixo da cartilagem tireoide). • Cartilagens aritenoides – usadas no movimento da corda vocal com a cartilagem tireoide. • Cordas vocais – são os ligamentos controlados por movimentos musculares que produzem sons; localizadas na luz da laringe. Traqueia É composta de músculo liso com anéis cartilaginosos em forma de C a intervalos regulares. Os anéis cartilaginosos são incompletos na superfície posterior e proporcionam firmeza para a parede da traqueia, impedindo que ela se colabe. A traqueia serve como passagem entre a laringe e os brônquios. Disponível em: <http://www.utihusf.hpg.ig.com.br>. Acesso em: 03 de Março de 2009. A traqueia bifurca-se em dois brônquios principais, que entram nos pulmões, e são subdivididos em fissuras, formando divisões incompletas. 26 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Epitélio da traqueia e brônquios Disponível em: <http://www.utihusf.hpg.ig.com.br>. Acesso em: 03 de Março de 2009. Árvore Brônquica O sistema traqueobronquial (também denominado de árvore traqueobronquial) consiste de todas as vias aéreas a partir da traqueia. Disponível em: <http://www.cigarro.med.br/>. Acesso em: 03 de Março de 2009. 27 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores O ar flui para os pulmões por meio das traqueias e vias aéreas. À medida que as vias aéreas se dividem e penetram mais profundamente nos pulmões, tornam-se mais estreitas, curtas e numerosas. A traqueia divide-se na Carina (assim denominada devido ao seu aspecto parecido com uma quilha de barco) em brônquios principais direito e esquerdo, e estes se dividem em brônquios lobares, que formam os brônquios segmentares. Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. As vias aéreas continuam a se dividir segundo um padrão de divisão assimétrico ou dicotômico, até formarem os bronquíolos terminais, que se caracterizam por serem as menores vias aéreas sem alvéolos. 28 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://www.studiomel.com/>. Acesso em: 03 de Março de 2009. O segmento broncopulmonar, a região do pulmão suprida por um brônquio segmentar, constitui a unidade anatomofuncional do pulmão. Os brônquios são os condutores de ar entre o meio externo e os sítios mais distais, onde se processa a troca de gases. A quantidade de cartilagem diminui na medida em que as vias aéreas se tornam cada vez menores, e desaparecem por completo nas vias aéreas com diâmetro aproximado de um mm. As vias aéreas da traqueia até os bronquíolos terminais não contêm alvéolos, e desta forma, não participa na troca de gases. Estas vias aéreas formam o espaço morto anatômico, que nos adultos têm o volume de 150 ml. Os bronquíolos têm menos de 1 mm de diâmetro, não possuem cartilagem, e apresentam um epitélio cuboidal simples. Os bronquíolos estão embebidos em uma rede de tecido conjuntivo pulmonar e desta forma o seu diâmetro aumenta e diminui conforme o volume pulmonar. Os bronquíolos se dividem ainda, dependendo de sua função. Os bronquíolos não respiratórios compreendem os bronquíolos terminais, que servem como condutores das correntes de gás, enquanto os bronquíolos respiratórios contêm alvéolos que funcionam como locais de troca de gases. A aérea entre o bronquíolo terminal e os alvéolos é ocasionalmente denominada de lóbulos ou ácino secundário. A característica anatômica mais impressionante é a questão da região anatômica que tem apenas 5 mm de 29 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores comprimento, porém o volume total dos ácinos compreende o maior volume pulmonar isolado, cerca de 2500ml. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Alvéolos Pulmonares Os alvéolos têm formato poligonal e um diâmetro aproximado de 250 micrômetros. Três tipos diferentes de células forram os alvéolos (células do tipo I, II, III). As células do tipo I ocupam 95 % da superfície alveolar, e representa o local primário para as trocas de gases. 30 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores As do tipo II sintetizam o surfactante pulmonar, e também é responsável pela regeneração da estrutura alveolar normal após injúria. A do tipo I é sensível aos agentes itotóxicos. A camada epitelial fica interrompida quando a célula tipo I morre. Em resposta a este tipo de injúria, a célula tipo II é estimulada a se dividir, e eventualmente se transforma numa célula do tipo I. Esta alteração restaura a estrutura alveolar normal. Sob condições normais, as células do tipo I e II existem numa razão de aproximadamente 1:1. Todavia, na lesão pulmonar (especialmente na fibrose pulmonar) o epitélio alveolar é inteiramente revestido pelas células do tipo do tipo II. E esta não é uma condição ótima para trocas gasosas. Disponível em: <http://www.utihusf.hpg.ig.com.br>. Acesso em: 03 de Março de 2009. Pulmões Os pulmões são revestidos por uma fina membrana chamada pleura visceral, que passa de cada pulmão na sua raiz (i.e. onde penetram as principais passagens aéreas e vasos sanguíneos) para as faces mais internas da parede torácica, onde ela é chamada pleura parietal. Desta maneira são formados dois sacos membranáceos chamados cavidades pleurais; uma de cada lado do tórax, entre os pulmões e as paredes torácicas. 31 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 32 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. O pulmão direito, localizado no hemitórax direito, possui três lobos (o lobo superior direito, o lobo médio direito e o lobo inferior direito). O pulmão esquerdo divide-se em lobo superior, que inclui a língula, o lobo homólogo do lobo médio direito, e o lobo inferior esquerdo. 33 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Fonte: NETTER, Frank H. Atlasde Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Fonte: NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 34 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Os pulmões direito e esquerdo são recobertos pela pleura visceral, enquanto a pleura parietal recobre a parede de cada hemitórax, o diafragma e o mediastino. A interface destas duas pleuras permite o deslizamento suave do pulmão à medida que se expande dentro do tórax, produzindo um espaço em potencial. O ar pode penetrar entre as pleuras, visceral e parietal, seja por trauma, cirurgia, ou ruptura de um grupo de alvéolos criando um pneumotórax. Figura 5: pulmões e pleura. Disponível em: <http://www.utihusf.hpg.ig.com.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. Como os pulmões direito e esquerdos e suas pleuras são separados, um pneumotórax envolverá apenas o hemitórax direito ou esquerdo. Pleuras Na cavidade torácica os pulmões estão envolvidos por um saco seroso de 35 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores dupla parede, a pleura, que apresenta dois folhetos em continuidade: a pleura parietal e a pleura visceral ou pulmonar. Disponível em: <http://www.drpereira.com.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. A pleura parietal reveste a parede torácica e o diafragma, aos quais está ligada por uma lâmina de tecido conjuntivo, a fáscia endotorácica. A pleura parietal é dividida em várias partes: • Pleura costal, relacionada à parede torácica; • Pleura diafragmática, relacionada com o diafragma; • Pleura mediastinal, que limita o mediastino; • E pleura cervical, relacionada com o ápice do pulmão. 36 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://www.drpereira.com.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. A pleura visceral reveste o pulmão, está em continuidade com a pleura parietal nas linhas de reflexão desta e penetra nas fissuras pulmonares. O espaço entre a pleura parietal e pleura pulmonar é denominado cavidade pleural: trata-se de um espaço virtual contendo uma camada líquida de espessura capilar, suficiente para umedecer as superfícies pleurais que entram em contato e que podem deslizar uma sobre a outra sem atrito. Os pulmões não se estendem até os limites da cavidade pleural e, nestes pontos, ela forma os recessos pleurais, que são locais onde a pleura parietal está mais afastada da pleura visceral. Assim, a pleura costal se encontra com a pleura diafragmática formando o recesso costodiafragmático, enquanto a pleura mediastinal se encontra com a pleura costal tanto anterior quanto posteriormente ao mediastino, formando o recesso costomediastinal, anteriormente e o recesso retroesofágico, posteriormente. 37 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores ÁCINOS Os ácinos são as unidades funcionais dos pulmões. Incluem todas as estruturas desde o bronquíolo respiratório até o alvéolo (ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos). O diâmetro médio de um ácino é 0,75 mm. Cada pessoa tem aproximadamente 20.000 ácinos e 300 milhões de alvéolos. Um lóbulo em geral contém de três a cinco bronquíolos terminais e suas estruturas distais Disponível em: <http://www.utihusf.hpg.ig.com.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. DIAFRAGMA Inferiormente o tórax se abre no abdome por meio de uma ampla abertura conhecida como abertura inferior do tórax. Ela é limitada pela sincondrose xifoesternal, pela margem costal e pelo corpo da décima segunda vértebra torácica. É fechada por um septo tendíneo e muscular, o diafragma, que é perfurado pelas estruturas que passam entre o tórax e abdome. 38 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores O diafragma é o músculo primário da respiração. Ele é cupuliforme e consiste em uma parte muscular periférica, que se origina das margens da abertura inferior do tórax, e em um tendão situado centralmente. A origem do diafragma pode ser dividida em três partes: 1. Uma parte esternal que consiste em pequenas faixas, direita e esquerda que se originam da face posterior do processo xifóide; 2. Uma parte costal que consiste em seis faixas que se originam nas faces profundas das seis costelas inferiores e suas cartilagens costais; 3. Uma parte lombar que se origina de colunas verticais ou pilares e dos ligamentos arqueados. FORMATO DO DIAFRAGMA: quando visto de frente, o diafragma se curva para cima em cúpulas direita e esquerda. A cúpula direita atinge até a margem superior da quinta costela, e a cúpula esquerda pode atingir a margem inferior da quinta costela. Disponível em: <http://www.fisiologia.kit.net>. Acesso em: 05 de Março de 2009. 39 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores O centro tendíneo situa-se no nível da sincondrose xifoesternal. As cúpulas suportam os pulmões direito e esquerdo, enquanto que o centro tendíneo suporta o coração. Os níveis do diafragma variam com a fase da respiração, postura e grau de distensão das vísceras abdominais. O diafragma é mais baixo quando uma pessoa está sentada ou de pé; ele é mais alto na posição supina e após uma abundante refeição. Quando visto de lado, o diafragma tem aparência de um J invertido com um membro longo estendendo-se para cima a partir da coluna vertebral e o ombro curto estendendo-se até o processo xifoide. AÇÃO DO DIAFRAGMA: em contração, o diafragma puxa para baixo o seu centro tendíneo e aumenta o diâmetro vertical do tórax. Disponível em: <http://www.colegiosaofrancisco.com.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. FUNÇÕES: • Músculo da inspiração; • Músculo da tensão abdominal; 40 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Músculo do levantamento do peso; • Bomba toracoabdominal. FUNÇÃO DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Segundo BRUNNER (2005) as células do corpo derivam a energia de que precisam da oxidação de carboidratos, lipídios e proteínas. Da mesma maneia que ocorre com qualquer tipo de combustão, esse processo requer oxigênio. Determinados tecidos vitais, como aqueles do cérebro e do coração, não conseguem sobreviver por muito tempo sem um suprimento constante de oxigênio. Entretanto, como resultado da oxidação nos tecidos corporais, o dióxido de carbono é produzido e deve ser removido das células para evitar o acúmulo de produtos residuais ácidos. O sistema respiratório realiza essa função ao facilitar os processos de sustentação de vida, como o transporte de oxigênio, respiração e ventilação, e a troca gasosa. ------------------ FIM DO MÓDULO I --------------------- CURSO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS MÓDULO II Atenção:O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 42 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MÓDULO II FISIOLOGIA DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA SUPRIMENTO SANGUÍNEO DOS PULMÕES O leito capilar pulmonar é o maior leito vascular do organismo. Ele cobre uma área de 70 a 80 m2, Quase tão grande quanto à área de superfície alveolar. A rede de capilares é tão densa que poderia ser considerada como uma lamina de sangue interrompido por pequenos postes de suportes verticais. SUPERFÍCIE ALVEOLAR Disponível em: <http://anatpat.unicamp.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. 43 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores O volume capilar pulmonar em repouso é aproximadamente 70 ml. Este volume durante o exercício aumenta e aproxima-se de 200 ml. Essa elevação ocorre em parte, devido ao recrutamento de segmentos capilares fechados ou comprimidos, à medida que o aumento do débito cardíaco eleva a pressão vascular pulmonar. Além disso, os capilares abertos podem se dilatar com o aumento das suas pressões internas. Isto ocorre quando os pulmões estão cheios de sangue, como ocorre na insuficiência cardíaca esquerda, que está associada à elevação da pressão arterial esquerda. Disponível em: <http://upload.wikimedia.org/>. Acesso em: 05 de Março de 2009. As veias pulmonares levam o sangue de volta para o átrio esquerdo por meio dos ramos convencionais e supranumerários. Por causa do grande número e das paredes delgadas, as veias pulmonares constituem um amplo reservatório de sangue, e podem aumentar ou diminuir a sua capacitância, de forma a garantir um débito ventricular esquerdo constante em face do fluxo variável na artéria pulmonar. 44 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://www.enaol.com.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. As artérias e veias pulmonares com diâmetro acima de 50 micrômetros contêm músculo liso. Estes vasos regulam ativamente o seu diâmetro e, desta forma, alteram a resistência ao fluxo sanguíneo. As artérias brônquicas, usualmente são em número de três, são fonte de sangue sistêmico bem oxigenado para os pulmões. Estas artérias acompanham a árvore brônquica e dividem-se com ela. Elas enchem as paredes dos brônquios, bronquíolos, vasos sanguíneos e nervos, além de perfundirem os nodos linfáticos e maior parte da pleura visceral. Aproximadamente um terço do sangue vai para o átrio direito por meio das veias brônquicas, enquanto o remanescente drena para o átrio esquerdo via veias pulmonares. Este sangue desoxigenado, que se mistura ao sangue rico em oxigênio nas veias pulmonares, contribui para a diferença alvéolo-arterial de oxigênio em indivíduos normais. 45 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com>. Acesso em: 05 de Março de 2009. SUPRIMENTO NERVOSO DA TRAQUEIA Os nervos são ramos dos nervos vago e laríngeo, recorrentes e dos troncos simpáticos; eles são distribuídos para músculo traqueal e para a túnica que reveste a traqueia. CONTROLE NEUROLÓGICO DA RESPIRAÇÃO Em termos didáticos a respiração pode ser dividida em respiração macroscópica, que corresponde às trocas gasosas entre um organismo multicelular e seu meio ambiente, especificamente à captação de O 2 e eliminação de CO 2, e respiração microscópica, que é o processo molecular de quebra de macromoléculas com o gasto de oxigênio resultando na formação de gás carbônico, água e energia. 46 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores É necessário que o sistema respiratório garanta a inalação de oxigênio suficiente para garantir o metabolismo, principalmente no que se refere à produção de energia, e a exalação do gás carbônico, considerado como de extrema toxicidade para o organismo. ...O controle da ventilação nos seres vivos é um passo importante para garantir o equilíbrio entre os gases concernentes à respiração (O 2, CO 2 e N 2,) ou seja, a homeostasia dos gases do sangue. Um equilíbrio desses gases no sangue refletirá um equilíbrio iônico, que significará um equilíbrio ácido básico dinâmico e que permitirá a ocorrência das diversas reações químicas no organismo, importantes para a homeostase. Neste aspecto, a produção e eliminação de íons hidrogênio H + é o processo dinâmico de maior importância. Para o controle respiratório, o organismo dispõe de centros reguladores localizados no sistema nervoso central, principalmente no tronco cerebral e que são chamados de centros respiratórios. Existem dois centros reguladores da ventilação denominados de centros bulbares em face de sua localização no bulbo, e um centro pneumotáxico que está localizado na porção superior da ponte. Centros respiratórios bulbares Grupo respiratório dorsal (GRD) – Encontra-se no núcleo do feixe solitário, e recebe os aferentes dos pares dos nervos cranianos IX e X (glossofaríngeo e vago). Enviam eferentes para os motoneurônios frênicos, no diafragma, e para o grupo respiratório ventral (dois tipos de neurônios respiratórios). Grupo respiratório ventral (GRV) – Possui neurônios inspiratórios que enviam eferentes para os músculos intercostais e escalenos, e neurônios expiratórios, comandando os músculos abdominais. Localiza-se no nível dos núcleos retro e para-ambíguo. Recebe informações do GRD. 47 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores .O funcionamento dos centros descritos, ainda está sendo elucidado e sua compreensão ainda não é completa. A teoria mais aceita atualmente é a da “inibição fásica”. Nessa teoria, um ativador da inspiração central estimularia as células do GRD. A inspiração seria então provocada pelas células alpha. Entretanto, quando estimuladas às células, beta até certo limiar, haveria a inibição do gerador da atividade inspiratória central, e assim interrupção da inspiração e o início da expiração espontânea. Centro pneumotáxico – Encontra-se no núcleo parabraquial medial e atua modulando a interrupção da inspiração. Essa interrupção se dá mediante aos variados estímulos químicos ou mecânicos. Pode também transmitir sinais hipotalâmicos para os centros bulbares, o que explicaria as respostas ventilatórias às emoções e às variações de temperatura. Controle central da respiração • Controle cortical – Apesar de ser um ato involuntário, a respiração pode ser controlada pelo córtex, tornando-se uma atividade consciente. • Subst. reticular ativadora ascendente – Importa para o indivíduo acordado, menos dependente dos aferentes periféricos. • Quimiorreceptores centrais Disponível em: <http://www.meddean.luc.edu/>. Acesso em: 05 de Março de 2009. 48 Estematerial deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores ...Situados na porção ântero-lateral do bulbo, são banhados pelo LCE (líquido cerebroespinhal). O CO 2 se difunde com grande facilidade pelo LCE, e quando a concentração alveolar de CO 2 aumenta, reflexamente a ventilação tem sua frequência aumentada. Essa resposta central reflete a sua grande sensibilidade ao aumento da capnia (concentração de CO2, e não ao aumento da hipóxia, já que o O2 não possui efeito sobre esses quimiorreceptores centrais). Mas como ocorre a ativação desses receptores? Com a difusão de dióxido de carbono pelo LCE, há liberação de íons H+, esses íons, por sua vez, é que estimulam os centros já mencionados. Controle periférico da respiração • Quimiorreceptores periféricos – São dois tipos: carotídeos (localizados na divisão da artéria carótida, comum em externa e interna). São pequenos nódulos rosados de baixo peso. Possuindo vascularização especial, suas fibras nervosas se reúnem no IX par craniano (glossofaríngeo). Estipula-se que a resposta à hipóxia seja quase que totalmente consequência do estímulo dos corpos carotídeos. A acidose induz a hiperventilação e a alcalose o oposto (hipoventilação). • Aferentes vagais broncoparenquimatosos – Possuem papel preponderante na regulação do ritmo respiratório, já que com a vagotomia, há uma redução em 50% da frequência respiratória. • Mecanorreceptores – Situados ao longo da árvore brônquica, nas vias respiratórias centrais e conectados às grandes fibras mielinizadas. São sensíveis ao estiramento, e, portanto, à insuflação pulmonar. A adaptação é lenta, e representa o clássico reflexo de inibição de Hering-Breuer: inspiração chama a expiração. Ao se manter a distensão pulmonar, a apneia é mantida. • Receptores de irritação – Fibras mielinizadas oriundas no epitélio nasal e da árvore brônquica. São ativados por variações significativas da pressão intrapulmonar, pelo CO2 alveolar, pela inalação de gases irritantes, por mediadores histamínicos, etc. Seu papel é broncomotor. 49 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Receptores J – Localizados no interstício pulmonar, em contato com os capilares. Por isso são chamados de justacapilares. Inervação é amielínica e as informações são transportadas pelas fibras C. A ativação destes receptores provoca taquipneia. • Receptores musculares – São receptores dos músculos estriados, encontrados nos músculos respiratórios. A respiração em repouso é resultado da excitação cíclica dos músculos respiratórios pelo nervo frênico. O ritmo da respiração é controlado por centros respiratórios do cérebro. Os centros inspiratórios e expiratórios na medula oblonga e na ponte controlam a frequência e a profundidade da ventilação para satisfazer as demandas metabólicas do corpo. O centro apnêustico na parte inferior da ponte estimula o centro medular inspiratório para promover inspirações profundas e prolongadas. Acredita-se que o centro pneumotórax na parte superior da ponte controle o padrão das respirações. Diversos grupos de sítios receptores assistem no controle da função respiratória pelo cérebro. Os quimiorreceptores centrais localizam-se na medula e respondem às alterações químicas no sangue. 50 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://www.uff.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. Esses receptores respondem a um aumento ou diminuição no ph e transmitem uma mensagem aos pulmões para modificar a profundidade e, em seguida, a frequência da ventilação, visando corrigir o desequilíbrio. Os quimiorreceptores periféricos localizam-se no arco aórtico e nas artérias carótidas, respondendo primeiramente às alterações de PaCO2 e pH. Quando os pulmões são distendidos, a inspiração é inibida; em consequência disso, os pulmões não ficam hiperdistendidos. Além disso, os proprioceptores nos músculos e articulações respondem aos movimentos corporais como o exercício, gerando um aumento na ventilação. Dessa maneira, os exercícios da amplitude de movimento em um paciente imóvel estimulam a respiração. Os barorreceptores, também localizados nos corpos aórticos e carotídeos, respondem a um aumento ou diminuição na pressão arterial e provocam a hipoventilação e hiperventilação reflexa. A respiração é automática e está sob o controle do SNC. A troca de gases, ou o processo de respiração, inicia-se com o ato da inspiração, que começa pela 51 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores contração do diafragma, o principal músculo respiratório. Sob contração o diafragma projeta-se para dentro da cavidade abdominal, causando a movimentação do abdome para fora. A descida do diafragma cria uma pressão negativa dentro do tórax. A via aérea superior (glote) se abre, criando um portal que conecta o mundo com o sistema respiratório. Como os gases se movimentam do local de maior pressão para o de menor pressão, o ar penetra nos pulmões a partir do meio externo, da mesma forma que o aspirador suga o ar para dentro do saco de lixo. O volume do pulmão aumenta, o oxigênio é captado e o dióxido de carbono é eliminado ao nível dos alvéolos. Na expiração, o diafragma (e os outros músculos respiratórios) relaxa, e a pressão dentro do tórax aumenta, e os gases fluem passivamente fora dos pulmões. Os componentes respiratórios importantes das trocas de gases inalados, as características das vias aéreas condutoras, a unidade de troca de gases (rede alvéolo-capilar), a circulação pulmonar, que regula o fluxo sanguíneo por meio da unidade de troca de gases, e os músculos que movimentam o gás para dentro e para fora dos pulmões. DRENAGEM LINFÁTICA Os vasos linfáticos se originam nos plexos, superficial e profundo, eles não estão presentes nas paredes dos alvéolos. O sistema linfático é uma rede de linfonodos conectados por vasos linfáticos. Os linfonodos contêm uma malha de tecido em que linfócitos estão intimamente unidos. Esta malha de linfócitos filtra, ataca e destrói organismos nocivos que causam infecções. Os linfonodos frequentemente estão aglomerados em áreas onde os vasos linfáticos se ramificam, como o pescoço, as axilas e virilhas. A linfa, um líquido rico em leucócitos, circula por meio dos vasos linfáticos. A linfa ajuda a retornar a água, proteínas e outras substâncias dos tecidos do 52 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores organismo para a corrente sanguínea. Todas as substâncias absorvidas pela linfa passam através de pelo menos um linfonodo e da sua malha filtrante de linfócitos. Disponível em: <http://www.msd-brazil.com>. Acesso em: 05 de Março de 2009. O plexo superficial (subpleural) se situa abaixo da pleura visceral e drena sobre a face do pulmão para o hilo onde os vasos linfáticos penetram nos linfonodos pulmonares localizados dentro da substância dos pulmões; a linfa entra, então, nos linfonodos broncopulmonares situados no hilo dos pulmões. 53 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dadosaos seus respectivos autores Toda linfa dos pulmões deixa o hilo e drena para os linfonodos traqueobronquiais e depois para os troncos linfáticos broncomediastinais. VENTILAÇÃO E PERFUSÃO O fluxo sanguíneo dos pulmões possui uma distribuição regional, por exemplo, a área acima do coração recebe menos sangue que as áreas abaixo, isso por causa da gravidade. Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com>. Acesso em05 de Março de 2009. Para cada cm do pulmão acima do coração perde-se 1cm/H2O pressão hidrostática, por isso há regiões no pulmão que: 1. Quase nunca são perfundidas por sangue; 2. Aonde o sangue chega apenas durante a sístole; 3. Outras aonde o sangue chega durante a sístole e a diástole. 54 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores A relação ventilação/perfusão ideal é 1 ou seja V=P. A relação V/P no pulmão todo é cerca de 0,8. A ventilação é maior na base pulmonar e vai decrescendo em direção ao ápice. 55 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Nos pulmões há dois tipos de circulação a pulmonar (finalidade de fazer as trocas gasosas) e a brônquica (que faz a nutrição do pulmão). Troca e transporte de gases: ¾ Após os alvéolos serem ventilados com ar fresco, a próxima etapa no processo da respiração é a difusão do O2 dos alvéolos para o sangue e do CO2 no sentido oposto do sangue para os alvéolos; ¾ Esta troca ocorre nas membranas respiratórias (todas as superfícies pulmonares) por meio de difusão, ou seja, tanto O2 quanto o CO2 passam do meio mais concentrado para um meio menos concentrado; ¾ Como se pode perceber tanto O2 quanto CO2 tem um sentido oposto durante a difusão. A difusão depende de cinco fatores: 1. Solubilidade do gás em um líquido; 2. A área da reação transversa do líquido; 3. A distância por meio da qual o gás deve difundir; 4. Peso molecular do gás; 5. Temperatura do gás. 56 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://www.afh.bio.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. 57 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores A maioria dos gases com importância na fisiologia da respiração possui uma solubilidade muito baixa no sangue e o inverso ocorre nos lipídios por meio da membrana celular onde são muito solúveis. Quando há edema a membrana celular aumenta em muito a sua espessura, com isso se tem uma maior dificuldade para ocorrer à difusão. 58 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Composição do ar alveolar e sua relação com o ar atmosférico, ao nível do mar. O ar alveolar não apresenta de modo algum as mesmas concentrações gasosas do ar atmosférico, pois: o O ar alveolar é substituído parcialmente por ar atmosférico a cada respiração; o O O2 está constantemente sendo absorvido dos alvéolos para o sangue; o O CO2 está em difusão constante do sangue para os alvéolos; o O ar atmosférico seco que penetra nas vias aéreas é umidificado antes de chegar aos alvéolos. A velocidade de renovação do ar alveolar pelo ar atmosférico ocorre de 59 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores maneira muito lenta, pois em um indivíduo normal após a respiração no final da expiração o volume de ar que permanece no pulmão é de cerca de 2.300ml, todavia apenas 350 ml chegam aos alvéolos a cada respiração normal, como consequência disso o ar renovado a cada respiração é de apenas 1/7, pois 2300/350 = 0,007. Esta renovação lenta do ar é importante para evitar: • Alterações súbitas da concentração de gases no sangue; • Evitar o aumento ou diminuição excessiva na oxigenação dos tecidos; • Alterações súbitas da concentração de CO2 tecidual; • Alterações excessivas do pH do sangue e tecidos, quando a respiração é interrompida. Concentração e pressão de O2 nos alvéolos: • É controlado em 1° lugar pela velocidade de absorção de O2 pelos capilares; • É controlado em 2° lugar pela velocidade da entrada do novo O2 para os pulmões pelo processo da ventilação. Concentração e pressão de CO2 nos alvéolos: • O CO2 é continuamente formado no organismo, sendo também continuamente liberado nos alvéolos e a partir daí para fora do corpo; • A concentração de CO2 no sangue é muito mais importante que a de O2, e a causa disto veremos mais adiante; • Se o gás for solúvel no líquido (plasma) ele exerce pouca pressão este é o caso do CO2 que demora a saturar, já o O2 é muito pouco solúvel em meio líquido saturando mais rapidamente. 60 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores PV (pressão venosa pulmonar)O2Æ 40mmHg PV (pressão venosa pulmonar)CO2 Æ45mmHg Pa (pressão artéria pulmonar)O2Æ 104mmHg Pa (pressão artéria pulmonar)CO2 Æ40mmHg PA (pressão alveolar)O2 Æ100mmHg PA (pressão alveolar)CO2 Æ40mmHg Disponível em: <http://www.colegiosaofrancisco.com.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. 61 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Espaço morto fisiológico É na realidade a soma do espaço morto anatômico com outros volumes gasosos pulmonares que não participam da troca gasosa. Disponível em: <http://www.anestesiologia.com.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. Por exemplo: determinada área do pulmão é ventilada, mas não perfundida e os gases que chegaram aos alvéolos nestas regiões não podem participar das trocas gasosas e é funcionalmente morto. Também pode ocorrer o contrário onde ocorre a perfusão, mas não ocorre à ventilação, o que resulta em um sangue que não pode fazer as trocas gasosas e a este sangue o chamamos de sangue shunt por sua incapacidade de realizar as trocas gasosas O espaço morto fisiológico é maior que o anatômico! Quando entra O2 no organismo a sua pressão parcial diminui devido a umidificação que ocorre nas vias aéreas, em santos de 160mmHg para 149mmHg. • Pressão alveolar O2 = 104mmHg. • Pressão arterial O2 = 100mmHg. • Pressão venosa O2 = 40mmHg. 62 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores O CO2 é resultado da queima da glicose dentro das células, tendo como função reativar o tampão carbônico para a manutenção do pH. CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3- Este tampão tem como finalidade manter a estabilidade do pH, pois: • CO2↑ H+↑ pH↓, o que leva a uma acidose; • CO2↓ H+↓ pH↑, o que leva a uma alcalose. É mais importante manter o equilíbrio de CO2 que o de O2: • [CO2] no ar atmosférico é praticamente0mmHg; • [CO2] no ar atmosférico é praticamente 0mmHg; • [CO2] no ar alveolar = 40mmHg; • Pressão arterial CO2 = 40mmHg; • Pressão venosa CO2 = 45mmHg. Percebe-se que a diferença entre o sangue venoso e o arterial não pode ser muito grande, pois se isso ocorre o sangue venoso seria muito ácido. Quando o sangue venoso passa pelo pulmão deixa cerca de 5mmHg de CO2 saindo para a veia pulmonar com cerca de 40mmHg de CO2, então qualquer problema que impeça este processo em longo prazo acarretará uma acidose respiratória. • Acidose metabólica: ocorre por problemas relativos ao metabolismo, por exemplo, excesso de produção de acido lático, no diabético o excesso de corpos cetônicos no sangue, etc. Todos estes problemas aumentam a concentração de H+ no sangue o que por sua vez diminui o pH, para compensar tem-se uma hiperventilação para retirar o CO2 em excesso, os rins aumentam a excreção de íons H+ e a reabsorção de HCO3-. 63 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://www.rbccv.org.br>. Acesso em: 05 de Março de 2009. • Alcalose metabólica: por problemas do metabolismo tem-se a falta de íons H+ e o excesso de HCO3- o que aumenta o pH, é compensado através de uma hiperventilação e os rins aumentam a excreção de HCO3- e a reabsorção de H+. • Acidose respiratória: causada por uma ventilação ruim, o que aumenta a concentração de CO2 no sangue que por sua vês diminui o pH do mesmo. Para se compensar 1° têm-se os tampões dos líquidos corporais e também os rins necessitam de vários dias para corrigir o problema. • Alcalose respiratória: ocorre quando se tem uma ventilação excessiva que eleva o pH do sangue, para se compensar tem-se os tampões corporais e também os rins. 64 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Transporte de O2 e CO2 no sangue: Após sua difusão dos alvéolos para o sangue pulmonar, o O2 é transportado principalmente pela hemoglobina dentro dos eritrócitos até capilares teciduais onde é liberado para ser utilizado pelas células. • A presença de sangue nos eritrócitos permite que o sangue transporte 30 a 100 vezes mais O2 de que sem sua presença, ou seja, O2 dissolvido no plasma. • O CO2 faz o caminho inverso do O2, ele também se combina quimicamente no sangue o que aumenta seu transporte em cerca de 15 a 20 vezes. Transporte de O2 no sangue: O pH do sangue arterial é diferente do sangue venoso: ¾ Sangue arterial: 7,36 a 7,44; ¾ Sangue venoso: 7,44 a 7,46. Esses valores têm importância para o transporte de O2 que é muito pouco solúvel em H2O(plasma), sendo necessária uma proteína a hemoglobina (Hb) para seu transporte. A hemoglobina se liga a até quatro O2 e a partir que o primeiro se liga os outros se ligam a ela mais facilmente (mecanismo de autofacilitação). ¾ Normalmente cerca de 97% de todo O2 transportado dos pulmões para os tecidos são transportados em combinação química com a hemoglobina, sendo que os três restantes estão dissolvidos na água do plasma. ¾ Quando 100% da Hb estão ligadas ao O2, a concentração de O2 é transportada em 20% ou seja, 100ml de sangue para 20mm de O2. ¾ A uma PO2 de 104mmHg, 99% do O2 é transportado pela proteína Hb. Gráfico da dissociação da hemoglobina: 65 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores No sangue arterial com uma saturação de 97%, a quantidade total de O2 ligado à hemoglobina é de 19,4mm para cada 100ml de sangue, ao passar pelos capilares esta quantidade cai para cerca de 14,5mm, assim em condições normais cerca de 5mm de O2 são transportados dos pulmões para os tecidos a cada 100ml de sangue. Função de tampão da hemoglobina: ¾ Tampão de O2 tecidual, ou seja, ela é responsável pela estabilização da pressão de O2 no plasma e tecidos; ¾ Nos tecidos a PO2 normal é de cerca de 40mmHg, quando o sangue chega nos tecidos a sua pressão varia de acordo com o seu metabolismo, quando a PO2 cai a concentração de Hb também cai; ¾ Quando a concentração de O2 da ATM se modifica acentuadamente o efeito tampão da Hb entra em ação, mantendo a PO2 tecidual e sanguínea quase constante, tanto na altitude onde a PO2 dos alvéolos pode cair pela metade ou quando mergulhamos a altas profundidades onde a PO2 nos alvéolos pode aumentar cerca de até 10 vezes; 66 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores ¾ Por exemplo: quando por qualquer que seja o motivo a pressão alveolar venha a se elevar até 500mmHg cerca de 5 vezes o seu valor normal, mas a saturação da Hb nunca pode passar de 100% ou seja apenas 03% de seu valor normal que é 97%, a seguir o fluxo sanguíneo continua e ao passar pelos capilares teciduais perde cerca de 05mm de O2, o que automaticamente reduz a PO2 do capilar para um valor que é apenas alguns mm do valor normal de 40mmHg; ¾ Para o metabolismo celular é necessária apenas à presença de pequena pressão de O2, para que ocorram as reações químicas intracelulares normais, sendo necessário uma PO2 de apenas 1mmHg para que a PO2 deixe de ser um fator limitante para as reações enzimáticas das células. Fatores que desviam a curva de dissociação da oxiemoglobina: Quanto mais CO2 tiver maior será o metabolismo celular e a célula por sua vez necessitará de uma maior quantidade de O2. 67 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores ¾ O aumento da temperatura do sangue favorece o desvio para a direita, pois aumenta o transporte de O2 para os músculos durante a atividade. ¾ Efeito Bohr: desvio para a esquerda, o que atrapalha a dissociação da Hb diminuindo a quantidade de O2 liberado. Transporte de CO2 no sangue: ¾ O CO2 se dissolve bem no sangue, com uma facilidade muito maior que o O2, consequentemente a pressão do CO2 será também bem menor que a do O2; ¾ Já a concentração de CO2 é muito maior que a de O2 (por isso sua concentração é mais importante que a de O2). As hemácias possuem a enzima anidrase carbônica que catalisa a reação H2O + CO2, que formará acido carbônico que por sua vez se dissociará em íons bicarbonato e H+ (todo este processo ocorre dentro da hemácia). 68 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Na circulação parte de todo CO2 é transportada na forma de bicarbonato dentro da hemácia (maior parte), também na forma líquida no sangue e por último ligado a hemoglobina Hb-CO2 (carboxiemoglobina). ¾ 70% na forma de bicarbonato dentro da hemácia. ¾ 23% Hb-CO2. ¾ 07% CO2 dissolvido no plasma. Uma hiperventilação não aumenta a concentração de O2 no sangue, a não ser que se aumente o número de Hb, pois a uma pressão de 100mmHg 97% de todo O2 é transportado pela hemoglobina. Acidose deprime o sistema nervoso podendo causar coma. Alcalose excita o sistema nervoso podendo causar convulsão. Hiperventilação aumenta a excreção de CO2. Hipoventilação aumenta a captação de CO2. O maior problemanão é a falta de O2, mas sim o acúmulo de CO2. ------------------ FIM DO MÓDULO II --------------------- CURSO DE ENFERMAGEM EM EMERGÊNCIAS RESPIRATÓRIAS MÓDULO III Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do 70 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores MÓDULO III EXAME FÍSICO E PRINCIPAIS SINAIS E SINTOMAS RELACIONADOS AO SISTEMA RESPIRATÓRIO Antes do exame físico, podem-se obter informações importantes sobre as condições do aparelho respiratório por meio da anamnese, colhendo informações sobre a presença de sintomas relacionados com alterações desse aparelho. Logo após a anamnese deve ser feito o exame físico geral, incluindo o exame da cabeça, do tronco e dos membros, observando eventuais alterações para correlacioná-las com uma possível patologia ou alterações do sistema respiratório. Só a partir de realizadas essas etapas é que se deve realizar o exame físico específico para o aparelho respiratório. No exame físico do aparelho respiratório, o tórax deve estar desnudo ou coberto com o mínimo de roupa possível, e deve se cuidar que a posição do paciente permita a observação de toda a região. Geralmente, o paciente permanece sentado. Se o paciente não puder sentar-se sem ajuda, ele deve ser amparado para manter-se nessa posição. Se for impraticável, a face posterior do tórax deve ser examinada, colocando o paciente em decúbito lateral. O exame físico do aparelho respiratório inclui quatro técnicas: • Inspeção; • Palpação; • Percussão; • Ausculta. Neste exame cada região deve ser comparada com a região correspondente do hemitórax oposto. Sendo este procedimento muito útil para a detecção de pequenos desvios da normalidade. 71 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores INSPEÇÃO A inspeção pode ser estática e dinâmica. INSPEÇÃO ESTÁTICA Na inspeção estática examina-se a forma do tórax e suas anomalias congênitas ou adquiridas, localizadas ou difusas, simétricas ou não. No exame do tegumento, do tecido celular subcutâneo, da musculatura, dos ossos e das articulações, devem-se esquadrinhar os seguintes elementos: • Pele e suas alterações; • Presença de cicatrizes, especialmente de toracotomia, drenagem torácica e mastectomia e suas descrições; • Presença e localização de fístulas; • Sistema venoso visível normalmente e circulação venosa colateral; • Presença de edema; • Presença de atrofias musculares; • Alterações ósseas e articulares. Formas do tórax: • Tórax em tonel ou globoso: caracteriza-se pelo aumento exagerado do diâmetro ântero-posterior, maior horizontalização dos arcos costais e abaulamento da coluna dorsal, o que torna o tórax mais curto. Ex: tórax nos efitematosos do tipo PP (sopador-rosa). Disponível em:<http://www.laullo.com>. Acesso em: 07 de Março de 2009. 72 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Tórax infundibuliforme ou tórax de sapateiro: caracteriza-se por uma depressão na parte inferior do esterno e região epigástrica. Em geral essa deformidade é de natureza congênita. • Disponível em: <http://www.tecnoenf.com.br>. Acesso em: 07 de Março de 2009. • Tórax cariniforme: o esterno é proeminente e as costelas horizontalizadas, resultando num tórax que se assemelha ao de aves (tórax do pombo). Pode ser de origem congênita ou adquirida. Neste último caso, em razão ao raquitismo na infância. Disponível em: <http://www.scielo.br>. Acesso em: 07 de Março de 2009. 73 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores • Tórax cônico ou em sino: é aquele que tem sua parte inferior exageradamente alargada, lembrando um tronco de cone ou um sino. É encontrado em hepatoesplenomegalias e ascites volumosas. • Tórax cifótico: tem como característica principal a curvatura da coluna dorsal, formando uma gibosidade. Pode ser de origem congênita ou resultar de postura defeituosa. Também a tuberculose óssea, a osteomielite ou neoplasia podem ser responsáveis por essa deformidade. Disponível em: <http://www.cajuruonline.com.br>. Acesso em: 07 de Março de 2009. • Tórax cifoescoliótico: apresenta, além da cifose, um desvio da coluna para o lado (escoliose). 74 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br>. Acesso em: 07 de Março de 2009. INSPEÇÃO DINÂMICA Na inspeção dinâmica observam-se os movimentos respiratórios, suas características e alterações. Tipo respiratório Para o reconhecimento do tipo respiratório, observa-se atentamente a movimentação do tórax e do abdômen, com o objetivo de reconhecer em que regiões os movimentos são mais amplos. Em pessoas sadias, na posição de pé ou sentada, predomina a respiração torácica ou costal, caracterizada pela movimentação, predominantemente da caixa torácica. Na posição deitada, a respiração é predominantemente diafragmática, prevalecendo à movimentação da metade inferior do tórax e do andar superior do abdome. 75 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com>. Acesso em: 07 de Março de 2009. A observação do tipo respiratório tem importância no diagnóstico da fadiga e da paralisia diafragmática, condições em que a parede abdominal tende a se retrair na inspiração, ao contrário do que ocorre na respiração diafragmática normal. Recomenda-se verificar a frequência respiratória do paciente em repouso, de preferência em decúbito dorsal, da forma mais discreta possível; o método usado é contar os movimentos respiratórios enquanto se estima a contagem da frequência do pulso. A frequência precisa ser contada durante pelo menos 30 segundos. Frequência respiratória: Frequência normal: 16 a 20 incursões por minuto; Bradipneia: redução na frequência respiratória, menos de 16 incursões por minuto; Taquipneia: aumento na frequência respiratória, mais de 20 incursões por minuto; Apneia: parada da respiração. 76 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Ritmo respiratório Normalmente a inspiração dura quase o mesmo tempo da expiração, sucedendo-se os dois movimentos com a mesma amplitude, intercalados por leves pausas. Quando umas dessas características se modificam surgem os ritmos respiratórios anormais: - Respiração de Cheyne-Stokes: caracteriza-se por uma fase de apneia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais profundas até atingirum máximo, para depois vir decrescendo até nova pausa. As causas mais frequentes desse tipo de respiração são insuficiência cardíaca, a hipertensão intracraniana, os AVCs e os traumatismos cranioencefálicos. Disponível em: <http://www.resmed.com>. Acesso em: 07 de Março de 2009. - Respiração de Biot: a respiração apresenta-se com duas fases. A primeira a apneia, seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e amplitude. Quase sempre este tipo de respiração indica grave comprometimento cerebral. As causas mais frequentes deste ritmo são as mesmas da respiração de Cheyne-Stokes. - Respiração de Kussmaul: compõem-se de quatro fases: inspirações ruidosas, apneia em inspiração, expiração ruidosa e apneia em expiração. A acidose, principalmente a diabética é a sua principal causa. 77 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores Disponível em: <http://imagenes.mailxmail.com>. Acesso em: 07 de Março de 2009. - Respiração suspirosa: O paciente executa uma série de movimentos inspiratórios de amplitude crescente seguidos de expiração rápida e breve. Outras vezes, os movimentos respiratórios normais são interrompidos por “suspiros” isolados ou agrupados. Traduz tensão emocional e ansiedade. Expansibilidade Torácica Normalmente, a expansibilidade é simétrica e igual nos dois hemitórax. Qualquer doença que afete a caixa torácica, sua musculatura, o diafragma, a pleura ou o pulmão de um lado, pode ser precocemente percebido pela assimetria dos movimentos ventilátorios, ao se compararem ambos os hemitórax. A assimetria é mais facilmente reconhecida quando o paciente realiza inspiração profunda. Seja qual for à estrutura doente, o hemitórax comprometido move-se menos. • Uso da musculatura acessória da respiração- Em condições associadas com o aumento do trabalho respiratório, geralmente se observa o uso dos músculos acessórios da respiração (esternocleidomastoideo, trapézio, peitorais e serratus). • Respiração paradoxal – Normalmente, a expansão do gradeado costal, por causa da ação dos músculos inspiratórios, ocorre concomitantemente com a expansão do abdome, consequente à descida do diafragma. Os movimentos não sincronizados do gradeado costal e do abdome são chamados de respiração 78 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores paradoxal e, frequentemente, indicam fadiga dos músculos respiratórios, podendo anunciar insuficiência respiratória iminente. Podem-se, também, observar movimentos respiratórios paradoxais entre os dois hemitórax, secundário a instabilidade da caixa torácica unilateralmente (fraturas múltiplas de arcos costais) Retratações Inspiratórias Tiragem Tiragem é a depressão inspiratória dos espaços intercostais e das regiões supraesternal e supraclaviculares que ocorre durante toda a inspiração. A tiragem indica a presença de dificuldade na expansão pulmonar. Em consequência dessa dificuldade, para a manutenção da ventilação alveolar é necessário que ocorra uma queda maior da pressão intrapleural, o que explica a tiragem. A tiragem pode ocorrer por obstrução brônquica regional, obstrução traqueal ou brônquica bilateral ou por condições associadas com a redução da complacência pulmonar, como edema, inflamação e fibrose pulmonar. Na obstrução brônquica regional, a tiragem é unilateral, e nas outras condições mencionadas, bilateral. A tiragem deve ser pesquisada em respiração espontânea e natural, e não se deve solicitar que o paciente realize inspiração profunda. Sinal de Hoover Observa-se o sinal de Hoover em pacientes portadores de hiperinsuflação pulmonar grave, cujo diafragma se mantém retificado e rebaixado. Durante a inspiração, a contração de suas fibras promove, paradoxalmente, a diminuição do diâmetro laterolateral do tórax inferior. Dessa maneira, o que se observa, à 79 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores inspiração, é retração do terço inferior do tórax e não a expansão, como seria esperado normalmente. Cornagem Cornagem é respiração ruidosa, audível a certa distância e produzida por obstáculos à passagem do ar, no nível das vias aéreas superiores, traqueia ou laringe. PALPAÇÃO A palpação, além de complementar a inspeção, avalia a mobilidade da caixa torácica e permite que as lesões superficiais, sejam mais bem examinadas quanto à sua forma, volume e consistência. A sensibilidade superficial e profunda, a dor provocada e espontânea ou qualquer outra manifestação dolorosa relatada pelo paciente devem ser avaliadas pela palpação. Processos inflamatórios pleuropulmonares determinam uma zona de maior sensibilidade na parede torácica correspondente. Com o dorso das mãos, verifica-se a temperatura cutânea, comparando-a com a do lado oposto. Uma diferença para mais pode denunciar comprometimento pleuropulmonar subjacente. Sudorese torácica unilateral faz parte da síndrome de Claude Bernarde-Horner. Edema e enfisema subcutâneos são mais bem observados nas fossas supraclávicas e espaços intercostais. A expansibilidade dos ápices pulmonares pesquisa-se com ambas as mãos espalmadas, de modo que as bordas internas toquem a base do pescoço, os polegares apoiem-se na coluna vertebral e os demais dedos nas fossas supraclaviculares. A expansibilidade das bases pulmonares pesquisa-se apoiando os polegares nas linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos recobrem os últimos arcos 80 Este material deve ser utilizado apenas como parâmetro de estudo deste Programa. Os créditos deste conteúdo são dados aos seus respectivos autores costais. Em ambas as manobras, o médico fica atrás do paciente em posição sentada, e se deve respirar profunda e pausadamente. Esta técnica é muito útil na identificação dos processos localizados nas bases e que reduzem a mobilidade da região. Frêmito toracovocal (FTV), corresponde às vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica. Estas vibrações são mais perceptíveis nos indivíduos cuja voz é de tonalidade grave. Como isso nem sempre ocorre, deve-se fazer com que o paciente pronuncie palavras ricas em consoantes, tendo se consagrado o “trinta e três”. Nos homens, em geral, e nos indivíduos com parede torácica delgada, o FTV é sempre mais nítido. A maneira correta de pesquisá-lo é colocar a mão direita espalmada sobre a superfície do tórax, comparando-se em regiões homólogas a intensidade das vibrações. O FTV é mais acentuado na direita e nas bases. A presença de obstrução nas vias aéreas pode gerar vibrações, quando da passagem de ar, em cada movimento respiratório. Essas vibrações são percebidas, à palpação da parede torácica, como o frêmito brônquico, podendo modificar-se com a tosse. No caso de processos inflamatórios pleurais, as vibrações produzidas, durante os movimentos respiratórios, pelo atrito entre as pleuras parietal e visceral, são transmitidas à parede torácica. Essas vibrações são percebidas, à palpação, como o frêmito pleural. A palpação dos frêmitos brônquico e pleural é realizada durante movimentos respiratórios mais profundos que o usual, seguindo-se a mesma técnica descrita anteriormente para a pesquisa do frêmito toracovocal, em toda a superfície do tórax.
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