Buscar

Compensação

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Compensação 
Forma de extinção das obrigações em que as partes são credoras e devedoras recíprocas, art. 368 do CC.
Pode ser total ou parcial a compensação. 
Art. 368. Se duas pessoas forem ao mesmo tempo credor e devedor uma da outra, as duas obrigações extinguem-se, até onde se compensarem.
Espécies: (Convencional, Judicial ou Processual e Legal) 
1)	Convencional – acordo entre as partes; Art. 375 – pode ser vedada por cláusula. 
2) Judicial ou Processual – determinada pelo Juiz (art. 86 do CPC)
3) Legal - regulada pelo CC. Ex.: art. 1.397 do CC.
Pode ser arguida em contestação, reconvenção, ou embargos à execução (art. 917, VI CPC).
Requisitos da compensação legal e judicial: 
a)	Reciprocidade dos Créditos 
Há necessidade de que as sejam obrigações simultâneas, com a inversão dos sujeitos em seus polos. 
O terceiro não interessado (art. 304 p. únic0) que se obriga por determinada pessoa não pode compensar sua dívida, art. 376 do CC.
Exceção, art. 371 do CC – Fiador. (pode opor crédito próprio ou do devedor principal). 
Cessão de Crédito - art. 377 cc e art. 290 do CC. – O devedor notificado da cessão de crédito deve opor imediatamente sua compensação, sob pena de seu silêncio importar renúncia. Caso não seja notificado, terá direito de opor ao cessionário a compensação do crédito que tinha contra o cedente. 
b)	Liquidez das dívidas - art. 369.As dívidas devem ser líquidas “considera-se líquida a obrigação certa, quanto à sua existência, e determinadas quanto ao objeto”. 
c)	Exigibilidade – prestações vencidas - Não obstam a compensação os prazos de favor ou tolerância (art. 372) por ser mera liberalidade; Crédito prescrito não pode compensar, salvo convencional. 
d)	Fungibilidade e homogeneidade dos débitos - As coisas devem ser do mesmo gênero e qualidade, art. 370. Ainda que do mesmo gênero não poderão compensar. 
Impossibilidade de Compensação 
Art. 373 do CC: A diferença de causa nas dívidas não impede a compensação, salvo:
a) se proveniente de esbulho (ato pelo qual o possuidor se vê privado de sua posse), furto ou roubo: ilicitude do fato gerador da dívida.
b)	se uma das dívidas se originar de comodato, depósito, ou alimentos.
c)	quando se originar de bens impenhoráveis. 833 CPC. Por exemplo, salário. 
d)	Que possam prejudicar terceiros. Art. 380 CC.
Dívida pagáveis em locais diferentes – para operar a compensação, deve ser feita a dedução das despesas necessárias à operação, como previsto no art. 378 do CC. 
O art. 374 foi revogado pela MP 104/2003. (falta de equivalência objetiva) 
Aplicar as regras da imputação se forem várias dívidas compensáveis – art. 379 do CC.
Confusão
Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor.
Pode decorrer de: sucessão hereditária (mortis causa), ou inter vivos (cheque e nota promissória )
Espécies 
Total ou Parcial (art. 382 do CC)
Confusão imprópria – quando extingue a obrigação acessória. Ex.: Fiador. 
Se existir solidariedade passiva ou ativa, a extinção será especificamente quanto a respectiva parte no crédito ou débito, subsistindo quanto ao mais a solidariedade, art. 383. 
Art. 384 do CC – Cessando a confusão para logo se restabelecer, com todos os acessórios a obrigação anterior. Ex.: sucessão provisória; anulação de testamento. 
Remissão 
Perdão da dívida 
Ato ou efeito de remitir, perdoar uma dívida. Não se confunde com remição, ato ou efeito de remir, resgatar, instituto de direito processual. (art. 826 CPC)
Pode ser inter vivos ou causa mortis. 
Opera efeito inter partes, art. 385 do CC – não será admitida se prejudicar terceiros (art. 158 cc). Art. 114 – interpretação restritiva. 
Requisitos
a)	Inequívoco ânimo de perdoar: capacidade do remitente para alienar e do remitido para adquirir. 
b)	Aceitação do perdão pelo devedor: deve ter aceitação do devedor; (porque ele pode ter o interesse moral de pagar) art. 385. 
É negócio jurídico bilateral – depende do aceite do devedor.
Espécies de Remissão 
Total ou parcial
Expressa (verbal ou escrita) e tácita
Remissão tácita: 
Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação por escrito particular. (art. 324 do CC) . 
Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida.
Art. 388. A remissão concedida a um dos codevedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida. (art. 277 e 282 do CC). (não confundir com renúncia a solidariedade). 
Em caso de obrigação indivisível, Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
Acessório segue o principal - E o perdão ao devedor principal, aproveita os seus garantidores. 
Não confundir remissão x renúncia (a remissão depende de aceitação do devedor – negócio jurídico, art. 385). Já renúncia, é ato unilateral, devendo ser formalizada por instrumento público, particular, ou termo nos autos.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando