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Direito Civil (5) Domicílio

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DIREITO CIVIL (5)
DOMICÍLIO
1 PREVISÃO CONSTITUCIONAL
A CF prescreve a inviolabilidade do domicílio da pessoa no art. 5º, X e XI como direito fundamental e, portanto, cláusula pétrea. As exceções são as hipóteses de consentimento do morador, flagrante delito, desastre, para prestar socorro ou, durante o dia, por determinação judicial. 
Informativo 481 STF: Na esteira do texto constitucional, não de falar-se em crime de resistência em relação àquele que não permite o ingresso da polícia para cumprimento de ordem judicial à noite, salvo se configuradas as hipóteses de exceção à inviolabilidade do domicílio.
2 NATUREZA DA FIXAÇÃO DO DOMICÍLIO 
Ato jurídico em sentido estrito, pois, apesar da mudança de local decorrer da vontade humana, as consequências de ter um domicílio eleito são vinculadas na norma (ex lege).
3 DOMICÍLIO DA PESSOA NATURAL 
Engloba o domicílio pessoal e o profissional. 
3.1 Domicílio pessoal 
O domicílio pessoal encontra-se previsto no art. 70 do CC como o lugar onde a pessoa natural estabelece a sua residência com ânimo definitivo. Em regra, é o centro principal dos negócios jurídicos ou da atividade profissional da pessoa natural, é o local onde exerce a sua personalidade. Contudo, é possível que a pessoa possua domicílio pessoal e profissional diversos. 
Requisito objetivo: residência. Requisito subjetivo: animus.
3.1.1 Pluralidade de domicílios
Se, porém, a pessoa natural tiver diversas residências, onde alternadamente viva, considerar-se-á domicílio seu qualquer delas. 
Havendo pluralidade de domicílios, o réu será demandado no foro de qualquer um deles, firmando-se a competência pelo critério da prevenção.
A morada, também chamada de estada, estadia ou habitação, é sempre provisória, precária e transitória. Configura-se, por exemplo, quando alguém se estabelece em determinada cidade a passeio ou a trabalho.
Já a residência pressupõe mais habitualidade, sendo a sede estável da pessoa (casas de veraneio ou fazendas), presente apenas o requisito objetivo.
Observação: a mudança de domicílio no decorrer do processo não é fato gerador capaz de modificar a competência estabelecida porque essa é configurada no momento do ajuizamento da ação, apenas possível a sua mudança por alteração do órgão jurisdicional ou alteração da competência em relação à matéria ou à hierarquia.
3.2 Domicílio profissional. 
É o local onde a pessoa natural exerce as relações concernentes à sua profissão.
3.2.1 Domicílio profissional plural. 
É também domicílio da pessoa natural, quanto às relações concernentes à profissão, o lugar onde esta é exercida; se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles constituirá domicílio para as relações que lhe corresponderem.
3.3 Domicílio aparente ou ocasional 
O domicílio daquele que não possui residência é o local onde for encontrado. Aplicação da teoria da aparência. Ficção jurídica criada para pessoas que não tenham domicílio certo e por isso reputam-se domiciliadas no local em que forem encontradas.
 
4 DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA: 
4.1 Domicílio da pessoa jurídica de direito privado 
É a sua sede (lugar onde funcionar sua diretoria ou administração), ou onde elegerem em seu estatuto, contrato social ou ato constitutivo equivalente.
Caso não seja indicado no ato constitutivo, será o local onde funcionarem as respectivas diretorias e administração. Aplica-se essa norma supletivamente ao silêncio das partes. 
Se a administração ou a diretoria forem sediadas no estrangeiro, o domicílio será o lugar do estabelecimento no Brasil.
4.1.1 Domicílio plural
Tendo a pessoa jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles será considerado domicílio para os atos nele praticados.
Súmula 363. A pessoa jurídica de direito privado pode ser demandada no domicílio da agência, ou estabelecimento, em que se praticou o ato.
4.2 Domicílio da pessoa jurídica de direito público
Art. 75. Quanto às pessoas jurídicas, o domicílio é:
I - da União, o Distrito Federal;
II - dos Estados e Territórios, as respectivas capitais;
III - do Município, o lugar onde funcione a administração municipal;
IV - das demais pessoas jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e administrações, ou onde elegerem domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos.
4.3 Representação das pessoas jurídicas de direito público 
União – no âmbito interno, pelo Presidente da República ou pelos Advogados da União. No âmbito externo, conforme a Convenção de Viena, pelo Chefe do Poder Executivo ou pelo Embaixador.
Estado, DF e Territórios – respectivos procuradores.
Município – prefeito ou procurador.
Demais pessoas de direito público – indicados nos estatutos ou Lei Orgânica.
5 CLASSIFICAÇÃO DO DOMICÍLIO 
Há divergências doutrinárias.
Classificação bipartida: domicílio convencional/comum e domicílio legal/cogente/necessário
Classificação tripartida: domicílio voluntário/comum, domicílio legal/cogente/necessário e domicílio de eleição/especial.
5.1 Voluntário, convencional ou comum 
Fixado de acordo com a vontade humana. 
5.2 Legal, necessário ou cogente 
Hipóteses em que o domicílio é fixado por lei.
O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente;
O domicílio do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções;
O domicílio do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado;
O domicílio do marítimo, onde estiver matriculado o navio;
O domicílio do preso, o lugar em que cumprir a sentença (não é o local onde foi condenado);
O agente diplomático do Brasil, que citado no estrangeiro, alegar extraterritorialidade sem designar onde tem, no país, o seu domicílio, poderá ser demandado no DF ou no último ponto do território brasileiro onde esteve.
Observação: CC Art. 78. Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. Tal cláusula não tem o condão de afastar a aplicabilidade de normas de ordem pública (CPC, CDC, CLT).

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