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Toxicinética e Toxidinâmica

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Carlos Alberto Silva, farmacêutico-bioquímico industrial e mestre em Farmacologia 
Curso de Farmácia 
UNIVALE – Governador Valadares - MG 
 
FASES DE INTOXICAÇÃO 
2 Toxicinética e Toxidinâmica 
Fases 
de Exposição 
Toxicocinética 
Toxicodinâmica 
Clínica 
FASES DE INTOXICAÇÃO 
• Fase do contato das superfícies externa ou interna do organismo com o 
toxicante. 
Fase de Exposição: 
• Inclui processos envolvidos desde a disponibilidade química até a 
concentração do toxicante nos órgãos-alvo (absorção, distribuição, 
armazenamento, biotransformação e eliminação). 
Fase Toxicocinética: 
• Compreende os mecanismos de interação entre o toxicante e os sítios de 
ação. 
Fase de Toxicodinâmica: 
•Há evidências de sinais e sintomas ou alterações detectáveis por provas 
diagnósticas que caracterizam os efeitos causados ao organismo. 
Fase Clínica: 
Toxicinética e Toxidinâmica 3 
Estudo da relação entre a quantidade 
de um agente tóxico que atua sobre o 
organismo e a concentração dele no 
plasma, relacionando os processos de 
absorção, distribuição, 
biotransformação e eliminação do 
agente, em função do tempo. 
TOXICOCINÉTICA 
DEFINIÇÃO 
O efeito tóxico é proporcional à concentração do 
agente no sítio-alvo. 
4 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
5 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
MECANISMOS DE TRANSPORTE ATRAVÉS DAS MEMBRANAS 
Bicamada lipídica, composta de Fosfolipídeos e Proteínas. 
6 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
MECANISMOS DE TRANSPORTE ATRAVÉS DAS MEMBRANAS 
7 Toxicinética e Toxidinâmica 
Tipos de 
transporte 
Transporte 
passivo 
Transporte 
ativo 
Pinocitose 
Difusão 
facilitada 
TOXICOCINÉTICA 
MECANISMOS DE TRANSPORTE ATRAVÉS DAS MEMBRANAS 
 
Transporte 
passivo 
É dependente do gradiente de concentração e 
características físicas dos agentes químicos. 
Transporte 
ativo 
É o movimento das substâncias contra 
gradiente de concentração e há consumo de 
energia na forma de quebra de ATPs. 
Pinocitose É a passagem de partículas líquidas. 
Difusão 
facilitada 
As substâncias são transportadas por meio de 
uma proteína carregadora. 
Toxicinética e Toxidinâmica 8 
TOXICOCINÉTICA 
MECANISMOS DE TRANSPORTE ATRAVÉS DAS MEMBRANAS 
9 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO 
Passagem de substâncias do local de contato para a circulação sanguínea. 
Respiratória 
Dérmica 
Oral 
10 Toxicinética e Toxidinâmica 
Parenteral 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO DÉRMICA 
Pele: 
 
 Cobertura do corpo e barreira contra agentes químicos, físicos e 
biológicos; 
 Composta de: eepiderme, derme e hipoderme; 
 A epiderme é coberta de camadas de células queratinizadas, mais 
resistente e impermeável. 
11 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO DÉRMICA 
Pontos frágeis: 
 
Membrana lipídica e 
descontinuidade dos 
folículos pilosos e 
poros. 
12 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO DÉRMICA 
Difusão através da camadas inferiores da epiderme e derme, dependente de: 
• Fluxo sangüíneo; movimentação do fluído intersticial; interação com 
componentes da derme. 
Passagem pela epiderme 
por difusão dependente de: 
 
 Lipossolubilidade; 
 Peso molecular; 
 Permeabilidade da 
epiderme; 
 Espessura da epiderme. 
13 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO DÉRMICA 
 
• Transepidérmica  difusão passiva pela 
membrana lipídica, é um mecanismo mais rápido 
e a barreira é a Queratina; 
• Transfolicular ou pilosebácea  Através do 
folículo piloso, glândulas sebáceas ou 
sudoríparas, mas é um mecanismo mais lento – 
1% do total da pele. 
• Livre entrada  Se a barreira da pele for lesada 
por substâncias químicas irritantes, corrosivas, 
traumas ou doenças da pele. 
Absorção através da pele: 
Toxicinética e Toxidinâmica 14 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO DÉRMICA 
 
Toxicinética e Toxidinâmica 15 
Substâncias 
líquidas: 
Estão mais 
susceptíveis à 
absorção 
cutânea... 
...principalmente 
se forem muito 
lipossolúveis. 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO PELA VIA RESPIRATÓRIA: Gases e Vapores 
16 Toxicinética e Toxidinâmica 
• Absorção de gases e vapores  
depende da solubilidade e pressão 
parcial que exercem no ar exalado; 
• Materiais particulados  quanto 
menor a partícula, mais facilmente 
deverá ser absorvida; 
• Substâncias com alta solubilidade 
são rapidamente absorvidas, ao 
passo que as de baixa solubilidade 
são mais facilmente eliminadas 
através dos pulmões. 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO PELA VIA RESPIRATÓRIA: Gases e Vapores 
Passagem pela via respiratória: 
 
• Hidrossolubilidade; 
• Difusibilidade; 
• Coeficiente de partição sangue/ar e 
 tecido/sangue; 
• Trocas gasosas  álveolos 
pulmonares (cerca de 250 milhões)  
absorvem os tóxicos  sangue  
órgão-alvo. 
17 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO PELA VIA RESPIRATÓRIA: Gases e Vapores 
Inalação  pulmões  alvéolos pulmonares  corrente 
sanguínea  órgãos-alvo  sítio de ação. 
18 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO ORAL 
Intoxicação acidental 
Intoxicação voluntária 
Tentativas de suicídio, 
ingestão de drogas 
Por meio de 
medicamentos 
9 
Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO ORAL 
• Pode ser acidental ou 
intencional; 
 
• Mas apenas 10% do total 
ingerido é totalmente 
absorvido. 
Toxicinética e Toxidinâmica 20 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO ORAL 
Seguindo o caminho: 
 
Ingestão  boca  vasos  corrente sanguínea (por 
via sublingual)  órgãos-alvo  sítios de ação, 
 
ou... 
Ingestão  boca  estômago e intestino delgado  
fígado  corrente sanguínea  órgãos-alvo  sítios 
de ação. 
 
Toxicinética e Toxidinâmica 21 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO ORAL 
Dependente de: 
  
 Variação de pH; 
 Irrigação e características anatômicas 
 Propriedades físico-químicas do agente 
tóxico; 
 Drogas ingeridas. 
 
 
Estômago e intestinos 
22 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
ABSORÇÃO POR VIAS PARENTERAIS: ENOVENOSA, SUBCUTÂNEA E 
INTRAMUSCULAR 
• Administração  músculo, 
veias ou tecido conjuntivo 
 corrente sanguínea  
fígado  órgãos-alvo  
sítio de ação. 
• Drogas injetadas (Morfina, 
Heroína, algumas 
Anfetaminas, 
medicamentos, etc.) 
23 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
DISTRIBUIÇÃO 
Transporte da substância aos tecidos: sítio de ação 
ou depósito (agente tóxico livre e não ionizado)‏ 
Dependente de: 
 Fluxo sanguíneo e linfático; 
 Ligação às proteínas plasmáticas; 
 Diferenças de pH; 
 Coeficiente de partição óleo/água. 
Barreiras: hematoncefálica e placentária 
24 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
BIOTRANSFORMAÇÃO 
 Toda alteração que ocorre na estrutura química da 
substância, no organismo; 
 Aumenta a hidrossolubilidade porém os produtos de 
biotransformação podem ser ativos e/ou inativos. 
25 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
BIOTRANSFORMAÇÃO 
• Nas células do fígado, pele, pulmões, intestino e rins. 
Reações da fase I 
Reações da fase II 
Oxidação 
Sistema CYP450 
Redução 
Hidrólise 
Enzimas de 
distribuição tecidual e 
plasmática 
Glicuronidação 
Sulfotransferase 
Metilação 
Acetilação 
Conjugação com Glutationa 
26 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
FATORES QUE MODIFICAM A BIOTRANSFORMAÇÃO 
• Espécie e raça; 
• Fatores genéticos; 
• Gênero; 
•Idade; 
• Estado nutricional; 
• Estado patológico. 
• Indução enzimática; 
• Inibição enzimática. 
• Indução enzimática; 
Fatores internos 
Fatores externos 
27 Toxicinética e Toxidinâmica 
TOXICOCINÉTICA 
EXCREÇÃO 
Eliminação da substância do organismo. 
28 Toxicinética e Toxidinâmica 
Renal 
• Por meio de filtração, reabsorção e secreção tubular. 
Digestiva 
• Por meio da secreção biliar e fezes. 
Pulmonar 
• Somente para substâncias voláteis; 
• Passagem do agente tóxico dos alvéolos para o ar 
Outras 
• Lactação: Etanol, Diazepam, Tetraciclina, Estrogênio, AAS, 
Dicumarol, Teofilina, Pprogesterona, Cloranfenicol, Fenitoína, 
Morfina, Clorpromazina, Fenobarbital, etc... 
TOXICOCINÉTICA 
EXCREÇÃO 
• 
29 Toxicinética e Toxidinâmica 
Indicadores da eliminação 
Tempo de meia vida: t½ 
Depuração: Dp 
TOXICOCINÉTICA 
EXCREÇÃO 
 
Meia-vida (t1/2) 
• Tempo que leva para 
eliminar 50% da substancia 
que é eliminada como 
função linear; 
• Aproximadamente 90% de 
sua quantidade será 
eliminada do organismo 
em 3,5 t1/2v depois de 
finalizar o período de 
exposição e absorção. 
Depuração (Dp) 
• É a velocidade com que 
uma substância tóxica é 
excretada, dividida pela 
concentração média no 
plasma; 
• É a medida do volume de 
líquidos que esta sendo 
liberado do agente tóxico 
por um determinado 
tempo. 
Toxicinética e Toxidinâmica 30 
TOXICOCINÉTICA 
EFEITOS 
31 Toxicinética e Toxidinâmica 
Freqüência da 
exposição 
Duração da exposição 
Via de 
administração 
Intensidade 
da 
intoxicação 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
32 Toxicinética e Toxidinâmica 
Exposição  contato com a droga 
Devem ser 
considerados: 
 Via de introdução; 
 Frequência e duração da exposição; 
 Características físico-químicas da 
 droga; 
 Dose ou concentração empregadas; 
 Susceptibilidade individual. 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Mas a 
exposição 
depende de: 
 Via de introdução; 
 Frequência e duração da exposição; 
 Características físico-químicas; 
 Dose (concentração); 
 Suscetibilidade individual. 
Toxicinética e Toxidinâmica 33 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Fase da 
Toxicinética: 
Caminho da 
droga 
Todos os 
processos 
envolvidos na 
disponibilidade 
e concentração 
da substância 
nos tecidos 
Toxicinética e Toxidinâmica 34 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Fase 
da 
Toxici-
nética: 
Absorção 
Distribui-
ção 
Biotransfor
mação 
Eliminação 
Toxicinética e Toxidinâmica 35 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 36 
Absorção 
É a passagem de 
substâncias por 
membranas celulares e 
biológicas 
 Mucosa gastrintestinal; 
 Alveólos pulmonars; 
 Pele; 
 Meninges. 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 37 
Mas a absorção pode 
ser influenciada por: 
 Luz; 
 Temperatura; 
 Radiações. 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 38 
Fase de 
Toxicodinâmica: 
Interação entre 
as moléculas do 
toxicante e os 
locais de ação 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Fase Clínica: 
Sinais e 
sintomas ou 
alterações 
fisiológicas e 
patológicas... 
...Mas 
podem ser os 
objetivos do 
usuário, 
Toxicinética e Toxidinâmica 39 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 40 
Efeitos: 
Dependente de: 
 Concentração adequada; 
 Quantidade de tóxico que penetrou 
no organismo; 
 Intensidade e velocidade da 
absorção, da distribuição e 
armazenamento, da biotransformação e 
eliminação do organismo. 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 41 
Ensaios de avaliação da toxicidade: 
 Toxicidade aguda; 
 Toxicidade sub-crônica (curta duração); 
 Toxicidade crônica (longo prazo); 
 Efeitos locais sobre a pele e olhos; Sensibilização 
cutânea; 
 Mutagênese e carcinogênese; 
 Reprodução e teratogênese 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 42 
• Veja o exemplo: 
– Administração de um agente tóxico em animais 
(grupos de 50), em 4 doses diferentes, por via 
oral; 
– O efeito observado é a morte; 
– Os resultados estão na tabela abaixo. 
Controle G1 G2 G3 G4 
0 2 mg/kg 4 mg/kg 6 mg/kg 8 mg/kg 
0/50 48/50 13/50 27/50 48/50 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 43 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 44 
Classificação de toxicidade: 
Classificação de 
toxicidade 
DL50 oral em ratos 
(mg/Kg) 
Muito tóxica < 25 
Tóxica 25-200 
Nociva 200-2000 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 45 
• Teste de dose fixa: 
– Se administra 5, 50 e 500 mg/kg; 
– A 10 ratos machos e 10 fêmeas; 
– O efeito observado é a morte; 
– O sresultados estão mostrados na tabela abaixo. 
 
 
Dose (mg/kg) Classe Toxicidade 
< 5 I Extremante tóxico 
5-50 II Altamente tóxico 
50-500 III Medianamente tóxico 
> 500 IV Pouco tóxico 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 46 
• Teste de dose fixa: 
– Se empregam codificação para a rotulagem dos 
praguicidas: 
 
 Classe Toxicidade Cor da faixa 
I Extremante tóxico 
II Altamente tóxico 
III Medianamente tóxico 
IV Pouco tóxico 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 47 
• Toxicidade subclínica: 
– Dose de não observação de efeitos (NOEL); 
– Identificar os órgãos afetados e a severidade dos 
danos após exposições repetidas determinar se o 
efeito é devido ao acúmulo da substância ou não; 
– O teste deve ser realizado em pelo menos duas 
espécies animais, sendo uma não roedora, utilizando 
pelo menos 3 doses; 
– De 21-90 dias em roedores, e de 1 ano para animais 
de maior porte caracteriza os efeitos de exposições 
repetidas. 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 48 
• Toxicidade subclínica: 
– Como ocorre no exemplo: 
– Administração de um agente tóxico em animais, em 4 
doses diferentes, por via oral; 
– O efeito observado é lesão hepática; 
– Os resultados estão mostrados na tabela abaixo. 
 
Controle G1 G2 G3 G4 
0 1,25 mg/kg/dia 2,5 mg/kg/dia 5,0 mg/kg/dia 10,0 mg/kg/dia 
Ausência de 
efeitos 
Ausência de 
efeitos 
Ausência de 
efeitos 
Lesão hepática 
leve 
Lesão hepática 
evidente 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 49 
• Toxicidade subclínica: 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 50 
• Fator de segurança ou incerteza: 
– Calculado pela razão entre a NOEL e a IDA; 
 NOEL 
– Fator de segurança = -------- 
 IDA 
– Donde: NOEL= no observed effect level (dose de não 
observação de efeitos) e IDA= ingestão diária admitida 
(dose que pode ser ingerida por todaa vida sem 
observação de efeito); 
– Correlaciona-se com os dados da tabela: 
 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 51 
• Fator de segurança ou incerteza: 
 
 
 
 
 
 
• Veja o exemplo: 
– Aspartame: IDA = 50 mg/kg 
NOEL = 5000 mg/kg/dia 
Fator de segurança = NOEL / IDA = 5000 / 50 = 100 
Fator Análise 
10 
quando se tem dados sobre a exposição crônica da substância em 
humanos; 
100 
quando os dados em humanos são inconclusivos ou ausentes, mas 
existem dados em animais; 
1000 
quando não existem estudos de toxiciadecrônica ou os dados em animais 
de experimentação não são suficientes. 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 52 
• Toxicidade crônica (a longo prazo): 
– Período do ensaio deverá ser superior a 3 meses (6 meses 
a 2 anos em roedores e 1 ano em não roedores); 
– Deve-se empregar 2 espécies, 10a 50 animais por dose e 
sexo; 
– Observam-se os efeitos tóxicos após exposição 
prolongada (ex: carcinogênese). 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 53 
• Efeitos sobre a pele e olhos: 
– Animal: coelho; 
– Teste de Draize (1944); 
– Parâmetros avaliados: 
– Na pele: eritema, escara, edema e corrosão; 
– Nos olhos: alterações da conjuntiva, córnea, íris e 
cristalino; 
– Se a irritação é reversível ou não reversível (se 
permanece por mais de 14 dias). 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 54 
• Efeitos sobre a pele e olhos - teste de Draize: 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 55 
Efeitos locais sobre a pele e olhos: 
Classe Efeitos nos olhos Efeitos na pele 
I 
opacidade da córnea reversível ou não em 7 
dias, irritação permanente 
corrosiva 
II 
sem opacidade da córnea, irritação 
reversível 7 dias 
irritação severa 
III 
sem opacidade da córnea, irritação 
reversível 72 horas 
irritação moderada 
IV 
sem opacidade da córnea, irritação 
reversível 24 horas 
irritação leve 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 56 
• Teste de sensibilização cutânea: 
 
• Animas: coelhos ou cobaias; 
• Doses repetidas da substância, com ou sem adjuvantes, 
por um período de 1-2 semanas; 
• Após 2-3 semanas da última exposição os animais são 
submetidos a uma dose não irritante e o aparecimento de 
eritema é monitorado. 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 57 
• Estudos de mutagênese e carcinogênese: 
• Identificar agentes mutagênicos (capazes de provocar 
modificações no material genético das células, que serão 
transmitidas às novas células durante a divisão celular); 
• Testes in vitro: teste de AMES (1975): com cepas de 
Salmonella typhimurium; 
• Testes in vivo: cromossomas de células de medula óssea 
em metáfase; 
• Teste de carcinogênese: emprega-se a maior dose 
tolerada, durante o período médio de vida do animal. 
FASES DA INTOXICAÇÃO 
Toxicinética e Toxidinâmica 58 
• Estudos de reprodução e teratogênese: 
• Exposição só de animais machos; ou só de fêmeas; ou de 
ambos; 
• Exposição do macho durante a espermogênese; 
• Exposição da fêmea durante a organogênese; 
• Observar: comportamento no acasalamento, fertilidade, 
ocorrências durante a gravidez e após o parto; 
• Para agentes químicos que atravessam a barreira 
placentária: informações sobre o desenvolvimento e 
sobrevivência do embrião no útero. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁRICAS 
Toxicinética e Toxidinâmica 59 
• Andrade Filho, A.; Campolina, D.; Dias, M. B. Toxicologia na prática 
clínica. 1ed. Editora Folium. 2001. 368p. 
• AZEVEDO, Fausto A.; CHASIN, Alice A. M. Metais: Gerenciamento da 
Toxicidade. 1ed. Editora Atheneu. 2003. 574p. 
• MOREAU, Regina L. M.; SIQUEIRA, Maria E. P. B. Ciências Farmacêuticas: 
Toxicologia Analítica. 1ed. Editora Guanabara Koogan. 2008. 334p. 
• OGA, Seize; CAMARGO, Márcia M. A.; BATISTUZZO, José A. O. 
Fundamentos de Toxicologia. 3ed. Editora Atheneu. 2008. 696p. 
• BRUNTON, L.L.; LAZO, J.S.; PARKER,K.L. Goodman & Gilman: As Bases 
Farmacológicas da Terapêutica. 11ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2006. 
• CASARETT and DOULL, S. Toxicology: The basic science of poisons. 
Editora MacGraw-Hill. 2001. 
• DREISBACH, R.H. and ROBERTSON, W. Handbook of Poisoning. Editora 
Appleton and Lange. 2001. 
 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁRICAS 
Toxicinética e Toxidinâmica 60 
• GRAFF, Sérgio. Fundamentos de Toxicologia Clínica. 1ed.Editora Atheneu. 
2006. 168p 
• MARTINS, Herlon. S.; NETO, Rodrigo. A. B.; NETO, AUGUSTO N.; 
VELASCO, IRINEU T. Emergências Clínicas. 5ed. Editora Manole. 2010. 
1084p. 
• PACHECO & QUERINO Intoxicações Agudas - Bases do Diagnóstico Clínico 
Laboratorial de Urgência. 1.ed. Editora Revinter. 2001. 248p. 
• http://www.fiocruz.br/sinitox/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home 
• http://www.cit.rs.gov.br/ 
• http://www.sbtox.org.br/ 
 
Você tem dúvidas? 
Toxicinética e Toxidinâmica 61 
ANÁLISE DE CASO CLÍNICO 
Toxicinética e Toxidinâmica 62 
• MLSA, feminino,38 anos, desempregada deu entrada na 
Emergência apresentando quadro de dispnéia, vômitos e 
convulsões. 
• O familiar informou que ela era uma pessoa muito depressiva e já 
tinha tentado suicídio duas vezes. 
• Ao exame físico apresentava-se desorientada com sialorréia, 
miose puntiforme,bradicardia e hipotensão. 
• À ausculta pulmonar apresentou estertoração difusa. 
• Indagou-se a possibilidade de intoxicação exógena e por isso foi 
feito uma lavagem gástrica, na qual foi possível perceber a 
presença de grânulos de cor cinza. 
• Cerca de vinte horas depois evoluiu com hipertensão, taquicardia 
e miofasciculações. 
• Acabou falecendo devido a Insuficiência respiratória aguda. 
 
 
ANÁLISE DE CASO CLÍNICO 
Toxicinética e Toxidinâmica 63 
Agora responda aos questionamentos: 
 
1. Qual o nome popular do provável agente da 
intoxicação? 
2. De que é composto na maioria das vezes? 
3. Explique o mecanismo de ação do toxicante. 
4. Por que o paciente passou a ter hipertensão, 
taquicardia e miofasciculações? 
5. Por que foi realizada a lavagem gástrica?

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