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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES CURSO DE LICENCIATURA EM QUÍMICA – PARFOR DISCIPLINA: PRÁTICA DO ENSINO DE QUÍMICA PROFESSORA GEOVANA ALUNA: MARIA DO SOCORRO FERREIRA DE OLIVEIRA PILETTTI, Maria da Glória Costa Ribeiro. A ética na sala de aula. São Paulo: Edições Loyola, 2015. Capítulo II - Visão histórica da sala de aula A sala de aula é um produto histórico que surgiu através dos métodos pedagógicos que propuseram uma organização do ensino por idade ou resultados da aprendizagem. A criança por precisar de maiores cuidados e regras colocando-a numa instituição mais rígida. A igreja católica, como detentora da cultura letrada, transmitia o saber onde a obediência era um dos meios instalando-se a relação de poder, que independente do modo como ensina, tem mais poder do que ensina por definir o que transmitir a ela. A sala de aula implica uma estrutura de comunicação entre sujeitos, sendo esta uma comunicação hierárquica e que não pode funcionar como via de mão única, para ser ética precisa ser do professor para o aluno e do aluno para o professor possibilitando o diálogo. Depois da estrutura da sala de aula, surge a preocupação sobre o que fazer na sala de aula e o único modelo disponível era o modelo militar. As tradições religiosas seguiram o modelo do pastorado tendo o conjunto de alunos como um rebanho. Com a divisão religiosa entre catolicismo e protestantismo a pedagogia surgiu com nova força. O planejamento sobre o espaço e o que esperar da criança. Educadores propunham seus pensamentos, um deles Maria Montessori que defendia a liberdade da criança. Na sala de aula, o professor tem oportunidade de manter um convívio íntimo com o aluno permitindo-lhe escolher a metodologia e didática mais adequada permitindo regras disciplinares e limites podem ser construídos, não impostos. Assim, a dimensão da sala de aula vai além do espaço físico, depende da relação professor e aluno, que deve ser de crescimento pessoal e profissional, com cumplicidade e não uma relação de conflitos. A partir da década de 1980, o construtivismo de Piaget, Ausbel, Vigotsky, possibilitaram aprofundar a compreensão dos processos de aprendizagem. Um dos referenciais teóricos para ampliar essa compreensão é o referencial ético. A ética faz parte da condição humana e o que nos difere dos animais, a capacidade do pensar antes de agir e não por instinto, é preciso que haja a compreensão de um agir ético, conseguido após o desenvolvimento moral e que poucos atingem o estágio ideal, que é a capacidade de se imaginar no lugar do outro.
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