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Fonética e Fonologia
Razões para estudar a Fonética e a Fonologia
- Entendemos ser impossível ensinar uma língua estrangeira sem o conhecimento do seu sistema fonológico e sem o conhecimento de como os seus sons são realizados. Só de posse desse conhecimento é que os professores podem alcançar seus objetivos.
- No ensino da língua materna, se é que isto seja possível, os professores precisam entender como se dá o processo de aquisição dos sons. É importante saber, por exemplo, que os sons não são adquiridos ao mesmo tempo, que existe uma idade para que determinados processos não aceitáveis na norma sejam descartados e assim por diante.
 Nos tarefas clínicas dos fonoaudiólogos, principalmente naquelas que dizem respeito à linguagem, é de suma importância o conhecimento tanto da Fonética como da Fonologia. Sem esse conhecimento, terapias podem tornar-se muito mais longas do que o necessário.
- O conhecimento dos diferentes falares atrelado ao conhecimento da Fonologia da língua poderá ser utilizado para a compreensão dos processos variáveis da língua. Esse conhecimento pode ser utilizado para amenizar atitudes preconceituosas em relação a diferentes formas de dizer a mesma coisa. Exemplos dessa natureza são muito comuns no Brasil. Há quem acredite, por exemplo, que existe uma região que fale melhor Português do que outra. Acredito nisso denota desconhecimento dos diferentes falares.
- Muito tem sido usado o conhecimento da Fonética e da Fonologia na identificação de voz, trabalho realizado com frequência pela polícia técnica que procura identificar envolvimento de pessoas culpadas em ações de infração.
Dermeval da Hora. Fonética e Fonologia, p. 15.
Os sons da fala
Os sons de nossa fala resultam quase todos da ação de certos órgãos sobre a corrente de ar vinda dos pulmões.
Três condições se fazem necessárias: a corrente de ar, um obstáculo encontrado por essa corrente de ar e uma caixa de ressonância. Essas condições são criadas pelos órgãos da fala, denominados aparelho fonador. 
Trato vocal
Trato vocal é o espaço compreendido entre as pregas vocais e os lábios.
A glote, que fica na altura do chamado pomo-de-adão ou gogó, é a abertura entre duas pregas musculares das paredes superiores da laringe, conhecidas pelo nome de cordas vocais. O fluxo de ar pode encontrá-la fechada ou aberta, em virtude de estarem aproximados ou afastados os bordos das cordas vocais. 
No primeiro caso, relaxadas as cordas vocais, o ar se escapa sem vibrações laríngeas. As articulações produzidas denominam-se, então, SURDAS. No segundo caso, o ar força a passagem através das cordas vocais retesadas, fazendo-as vibrar e produzir o som musical característico das articulações SONORAS. 
/b/ [=sonoro]		/p/ [=surdo]
O ar expelido pelos pulmões chega à laringe e atravessa a glote, que fica na altura do chamado pomo-de-adão ou gogó. O ar, então, chega à abertura entre as duas pregas musculares das paredes superiores da laringe, conhecidas pelo nome de cordas vocais (ou pregas vocais). O fluxo de ar pode encontrá-las fechadas ou abertas, em virtude de estarem aproximadas ou afastadas. Caso estejam fechadas, o ar força sua passagem, fazendo-as vibrar e produzir os sons chamados de vozeados. No segundo caso, quando relaxadas, o ar escapa, com pouca vibração das cordas, produzindo sons chamados de não-vozeados.
Ao sair da LARINGE, a corrente expiratória entra na CAVIDADE FARÍNGEA, uma encruzilhada, que lhe oferece duas vias de acesso ao exterior: O CANAL BUCAL e o NASAL. Suspenso no entrecruzar desses dois canais fica o VÉU PALATINO, órgão dotado de mobilidade capaz de obstruir ou não o ingresso do ar na CAVIDADE NASAL e, consequentemente, de determinar a natureza ORAL ou NASAL de um som.
Compare-se, por exemplo, a pronúncia das vogais:
/a/ =oral]		/ã/ [=nasal]
em palavras como:
lá / lã		mato / manto
SOM E FONEMA
Na série:
dia			via 			mia
tia			fia			pia
temos seis palavras que se distinguem apenas pelo elemento consonântico inicial. Toda distinção significativa entre duas palavras de um língua estabelecida pela posição ou contraste entre dois sons revela que cada um desses sons representa uma unidade mental sonora diferente. Essa unidade de que o som é representação (ou realização) física recebe o nome de FONEMA. 
A disciplina que estuda minuciosamente os sons da fala, as múltiplas realizações dos FONEMAS, chama-se FONÉTICA. 
O ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um idioma é a FONOLOGIA. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, chamadas fonemas. 
Classificação dos
 sons linguísticos
Vogais e consoantes
Do ponto de vista articulatório, AS VOGAIS podem ser consideradas sons formados pela vibração das cordas vocais e modificados segundo a forma das cavidades supralaríngeas, que devem estar sempre abertas ou entreabertas à passagem do ar. Na pronúncia das CONSOANTES, ao contrário, há sempre na cavidade bucal obstáculo à passagem da corrente expiratória. 
Quanto à função silábica – outro critério de distinção – cabe salientar que, na nossa língua, as vogais são sempre centro de sílaba, ao passo que as consoantes são fonemas marginais: só aparecem na sílaba junto a uma vogal. 
V		a-brir, é-po-ca, i-dei-a 
CV		já, ca-pa, te-le-fo-ne 
SV		ia-te, ie-man-já 
VC		ir, es-ta, ab-di-car
VS		ei-xo, bu-ei-ro, au-to-mó-vel
CVCCC tungs-tênio 
CCV	pra-ga, tro-te, cra-te-ra
CSV	ín-dio, có-pia	
CVC	foz, cor-tês, des-cur-var 
CVS	vai, réu, cau-ção 
SVS	uai 
VCC	abs-tra-to
VSC	eis 
CCVC	gris, tris-te
CCVS	um-bral, plau-sí-vel
CSVS	en-xa-guei 
CVCC	fê-nix 
CVSC	meus, nor-mais 
CCVSC sub-trais, com-prais 
CSVSC	i-guais.
Semivogais
Entre as vogais e as consoantes situam-se as semivogais ou glides, que são os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos a uma vogal, com ela formam sílaba. Foneticamente estas vogais assilábicas transcrevem-se [j] e [w]. Exemplificando:
pio [‘piw] = semivogal
rei [‘rej] 
vário [‘varju] = semivogal
Classificação das vogais
Quanto à região de articulação: anteriores ou palatais, centrais ou médias e posteriores ou velares.
Quanto ao grau de abertura: abertas, semiabertas, semifechadas e fechadas.
Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal: orais e nasais.
Quanto à intensidade: tônicas e átonas.
Articulação
Vogais anteriores ou palatais: [], [] [i].
Posteriores ou velares: [], [o],[u].
Posição assumida pelos lábios:
+ arredondadas: [], [o],[u].
- arredondadas: [a], [], [], [i].
Timbre
Aberta [a]
Semiaberta: [], [].
Semifechadas: [e], [], [o].
Fechadas: [i], [u]. 
Intensidade e acento
A intensidade é qualidade física da vogal que depende da força expiratória e, portanto, da amplitude da vibração das cordas vocais. As vogais que se encontram nas sílabas pronunciadas, com mais intensidade chamam-se TÔNICAS, porque sobre elas recai o ACENTO TÔNICO. As vogais que se encontram em sílabas não acentuadas denominam-se ÁTONAS.
Vogais orais e vogais nasais
Orais: [], [], [e], [a], [o], [i], [u]. 
Nasais:[ã], [ẽ], [ĩ], [õ], [ũ].
Classificação das consoantes
Quanto ao MODO DE ARTICULAÇÃO: oclusivas e constritivas (fricativas, laterais e vibrantes).
Quanto ao PONTO DE ARTICULAÇÃO: bilabiais, labiodentais, linguodentais, alveolares, palatais e velares.
Quanto ao PAPEL DAS CORDAS VOCAIS: surdas e sonoras.
Quanto ao PAPEL DAS CAVIDADES BUCAL E NASAL: orais e nasais.
Pontos de articulação
Bilabiais: formadas pelo contato dos lábios. São as consoantes [p], [b], [m]: pato, bato, mato.
Labiodentais: formadas pela constrição do ar entre o lábio inferior e os dentes incisivos superiores. São as consoantes [f], [v]: faca, vaca.
Linguodentais (dorsodentais): formadas pela aproximação do pré-dorso da língua à face interna dos dentes incisivos superiores, ou pelo contato desses órgãos. São as consoantes [s], [z], [t], [d]: cinco, zinco, tardo, dardo.
Alveolares (ápico-alveolares): formadas pelo contato da ponta da língua com os alvéolos dos dentes incisivos superior.São as consoantes [n], [l], [r],[r ]: nada, cala, cara, carro.
Palatais: formadas pelo contato do dorso da língua com o palato duro, ou céu da boca. São as consoantes [], [], [], []: acho, ajo, alho, anho.
Velares: formadas pelo contato da parte posterior da língua com o palato mole, ou véu palatino. São as consoantes [k], [g], [R]: calo, galo, ralo.
Modos de articulação
Modo de articulação – grau de obstrução à passagem do ar que a produção dos sons consonantais oferece: há consoantes que envolvem obstrução total à passagem do ar no trato, devido a uma constrição muito severa no interior do trato – como é o caso de [p] – enquanto outras consoantes envolvem uma obstrução parcial à passagem do ar, a exemplo de [s]. 
Oclusiva (ou plosiva) - Uma consoante oclusiva, também chamada de consoante explosiva ou consoante plosiva é uma consoante na qual, durante sua pronúncia o ar expirado é bloqueado por um obstáculo bucal, que interrompe momentaneamente a sua corrente, e que acaba "explodindo" quando aberto. Ex.: pato, bola, tatu, dado, caso, gato. 
Nasal - Uma consoante nasal ou simplesmente uma nasal é uma consoante que, em sua pronúncia o ar expirado ressoa na cavidade nasal por encontrar abaixados a úvula e o véu palatino. Ex.: maçã, nata, nhoque. 
Vibrante - A consoante vibrante é a consoante que é produzida através de uma ou mais vibrações de um dos órgãos articuladores do sistema vocal humano contra outro. Em português, por exemplo, pode ser simples, produzido pela língua contra o alvéolo (como o r em "caro" ou em "par"), e em alguns dialetos pode ser múltipla, articulado no alvéolo ou na úvula (como em "carro" ou em "par"). 
Tepe / flepe - O termo vibrante tem sido usado por muitos linguistas para se referir à vibrante múltipla, chamando à simples de tepe ou flepe (do inglês tap, flap), ou mesmo de vibrante simples. Ex.: ópera, carta, cantor, prato. 
Fricativa - As fricativas são consoantes produzidas pela passagem do ar através de um canal estreito feito pela colocação de dois articuladores próximos um ao outro. Estes podem ser o lábio inferior contra os dentes superiores, no caso de [f]; a parte posterior da língua contra o palato mole, no caso do [x] alemão, a consoante final de Bach; ou o lado da língua contra os molares, no caso do [ɬ] galês, a consoante inicial de Lloyd. Este fluxo turbulento de ar é chamado de fricção. 
Um subgrupo especial das fricativas são as sibilantes. São formadas também através da passagem do ar por um canal estreito, porém além disso a língua se curva de maneira a conduzir o ar sobre as pontas dos dentes. No português [s], [z], [ʃ], e [ʒ] são exemplos disto.
Ex.: fácil, vácuo, severo, cinema, zangão, xícara, chave, junho. 
Africada - Uma consoante africada ou simplesmente africada é uma consoante que, em sua pronúncia, combina o som de uma oclusiva (frequentemente alveolar, como /t/ e /d/) com o de uma fricativa (como /s/ ou /z/ ou, ocasionalmente, uma consoante vibrante) no mesmo ponto de articulação. Um exemplo é a pronúncia de /ti/ e /di/, predominante no português brasileiro, como em "tia" [tʃiɐ] e "dia" [dʒiɐ].
Lateral - As consoantes laterais são as consoantes articuladas emitindo o ar pelas laterais da língua ao invés de pelo centro da língua que são mais comum, como no caso do "L" na língua portuguesa, que é uma aproximante lateral, e o "R" na língua japonesa, que é comumente articulado como uma consoante vibrante simples lateral. Ex.: lata, placa, palha.
Consoantes aproximantes são fonemas cuja emissão de ar é obstruída mas não o suficiente ao ponto de constituir uma fricativa. Esta classe de fonemas incluem os aproximantes laterais como o [l] de lábios, e aproximantes centrais como o [j] de lei e o [w] em quase. 
Papel da cordas vocais
Surdas [- sonoras]: [p], [t], [k], [f], [s], [].
Sonoras [+ sonoras]: [b], [d], [g], [v], [z], [], [l], [], [r ], [R], [m], n], [].
Encontros vocálicos
Encontro vocálico é a sequência de sons vocálicos (vogal/semivogal) um imediatamente após o outro em uma palavra. São classificados em ditongo, hiato e tritongo. 
Ex.: coração, mamãe, herói, loiro, Paraguai, ciúme e poético. 
Vogal é o fonema sonoro que chega livremente ao meio exterior sem fazer ruído. 
Consideramos semivogal ou glide o i e o u, átonos, quando se unem a uma vogal, formando uma sílaba. 
Semivogais são fonemas vocálicos, ou seja, fonemas semelhantes às vogais, por terem som de vogal. As semivogais são representadas pelas seguintes letras:
1) e, i, o, u, ao lado de uma vogal, formando sílaba com ela. As semivogais têm som de i (e e i), representadas por y, ou de u (o e u), representadas por w. Por exemplo: pátio. A letra i está ao lado da vogal o, formando sílaba com ela, e tem som de i: patyo. 
Obs.: 1) As palavras paroxítonas terminadas em ia, ie, io, ua, ue, uo podem transformar-se em proparoxítonas, ou seja, as terminações ia, ie, io, ua, ue, uo podem estar na mesma sílaba ou em sílabas separadas. Por exemplo, a palavra drágea pode ter assim suas sílabas separadas: drá-gea ou drá-ge-a. Na separação drá-gea, a letra e é uma semivogal, mas na separação drá-ge-a, uma vogal. 
2) m e n, somente nas terminações de palavras am, em e en. Por exemplo: amam: o último m tem som de u, e o a é nasal. Foneticamente representamos o m por w. mentem: o último m tem som de i, e o e é nasal. Foneticamente representamos o m por y. pólen: o n tem som de i, e o e é nasal. Foneticamente representamos o n por y.
DITONGO 
É uma vogal e uma semivogal juntas na mesma sílaba. O ditongo é classificado em: ditongo crescente, ditongo decrescente, ditongo oral e ditongo nasal.
DITONGO CRESCENTE 
É formado por semivogal + vogal. 
Exemplo: 
Quarto, prêmio, frequente, gênio, pátria, diabo, série, vácuo, tênue...
DITONGO DECRESCENTE 
É formado por vogal + semivogal. 
Exemplo: 
Feixe, mão, frouxo, pai, céu. 
Ditongos crescentes
EA – área, áurea, orquídea
EO – róseo, níveo, apolíneo
IA – várias, sábia, constância
IE – série, espécie, quieto
IO – lírio, curioso, ópio
OA – nódoa, mágoa
UA – água, quadra
UÃ – quando, araquã
EU – tênue, equestre
UE - aguento, frequente
UI – sanguinário, tranquilo
UI - quinquasésimo, pinguim
UO – ingênuo, aquoso
Ditongos decrescentes
ÃE – mãe, capitães
AI – pai, vaidade
ÃI – cãibra, paina
ÃO – pão, mão
AU – mau, degrau
ÉI – fiéis, papéis
EI – rei, leite, rejeito
EI – hem, vivem, tem
ÉU – véu, céu
EU – bebeu, meu
IU – viu, partiu
ÕE – põe, limões, ações
ÓI – dói, herói, constrói
OI – coitado, foi
OU – dou, louco, estoura
UI – fui, ruivo, gratuito
UI - muito
DITONGO ORAL 
Pronunciado totalmente pela boca. 
Exemplo: feixe, véu, prêmio
DITONGO NASAL 
 Pronunciado parte pelo nariz e parte pela boca. 
 Exemplo: anão portão 
  
TRITONGO 
É o encontro vocálico formado por semivogal + vogal + semivogal formando uma só sílaba. Existem dois tipos de tritongo: 
Tritongo oral 
Tritongo nasal 
TRITONGO ORAL 
Pronunciado totalmente pela boca. 
Exemplo: Uruguai, quaisquer, iguais, sequóia, averiguou  
TRITONGO NASAL 
Pronunciado em parte pelo nariz. 
Exemplo: 
Saguão, quão 
HIATO 
É o encontro de duas vogais pronunciadas em sílabas diferentes. 
Exemplo: 
Juízo – ju – í – zo 
Cooperativa – co – o – pe – ra – ti – va 
Saída – sa - í – da 
Saara – Sa – a – ra 
ENCONTRO CONSONANTAL 
É o encontro de duas ou mais consoantes, sem a presença de vogais, desde que não constituam dígrafos. 
Psicologia, sangue, ringue, glicose, gravidade. 
Podem ser inseparáveis ou separáveis. 
INSEPARÁVEIS 
Crônico – crô-ni-co 
Bravo – bra-vo 
Planta – plan-ta 
SEPARÁVEIS 
Admirável – ad-mi-rá-vel 
 Ritmo – rit-mo 
DÍGRAFO 
São duas letras que representam um só fonema. São dígrafos: 
 Os terminados na letra H, com CH, NH, LH. 
 Ex.: palhaço, ninhada, chuvisco. 
Os formados pelas letras RR e SS. 
Ex.: sorriso, passeio, churrasco, assunto. 
GU, QU, SC, SÇ, XC, XS 
Ex.: guerreiro, quilograma, nascimento, cresça, exceção, exsurgir.   
DÍFONO 
Dífono é uma letra que tem dois sons.
Exs.: Ex-ministro,tórax, táxi, exumar etc.
Fonema	representação 	exemplo
R 	RR		carro
S			SS		massa
S			SC		descer
S			SÇ		desça
S			XC		excesso
S			XS		exsurgir
X			CH		chave
G			GU		gueixa
Q			QU		queixa
NH			NH		nhoque
LH			LH		palha
Encontro vocálico é a sequência de sons vocálicos (vogal/semivogal) um imediatamente após o outro em uma palavra. 
Ex.: coração, mamãe, herói, loiro, Paraguai, ciúme e poético. 
Vogal é o fonema sonoro que chega livremente ao meio exterior sem fazer ruído. 
Consideramos semivogal o i e o u, átonos, quando se unem a uma vogal, formando uma sílaba. 
Ditongo - é uma vogal e uma semivogal juntas na mesma sílaba. Ele é classificado em ditongo crescente, ditongo decrescente, ditongo oral e ditongo nasal. 
Tritongo – é encontro vocálico formado por semivogal, vogal e semivogal. Existem dois tipos de tritongo: oral e nasal. 
Hiato – é o encontro de duas vogais pronunciadas em sílabas diferentes. 
Encontro consonantal - é o encontro de duas ou mais consoantes, sem a presença de vogais, desde que não constituam dígrafos. 
Dígrafos - São duas letras que representam um só fonema. 
Como as letras que representam as semivogais são as mesmas que representam as vogais, pode haver certa dificuldade para diferenciá-las, mas para isso basta atentar para o seguinte: 
Se na sílaba só há uma letra que representa vogal (a, e, i, o, u), esta é necessariamente uma vogal, pois as semivogais não aparecem sozinhas na sílaba, mas apenas acompanhadas por uma vogal. 
Outra dica simples é observar se na mesma sílaba há uma letra “a” e outra letra que represente a semivogal. Dessa forma, esta outra será semivogal, pois o “a” sempre será vogal.
As vogais sempre possuem som mais forte em relação às semivogais. Assim, se na mesma sílaba houver duas ou três letras que representam semivogais (e, i, o, u), a vogal será sempre a que tiver som de “e” ou “o” (som mais forte), enquanto as semivogais serão as que tem som de “i” ou “u” (som mais fraco).
Caso haja uma sequência de letras que representam vogais e os sons de “i” e “u” sejam tão fortes como os outros sons (“a”, “e”, “o”), estas letras não estarão na mesma sílaba, formando um hiato.  
Sílaba 
Sílaba é um fonema ou grupo de fonemas emitidos num só impulso da voz. 
A sílaba tônica é a sílaba que tem a maior intensidade de volume ou de frequência em uma palavra. Lembrando que toda a sílaba acentuada será tônica. O que não é sílaba tônica é chamado de sílaba átona
Veja os exemplos, o que está de negrito é tônico e o que está normal, átono.
Ja.ca.ré 
Ro.nal.do
A.le.gri.a
Bra.si.lei.ro
Tô.ni.ca
Pa.ra.béns
Tonicidade 
Palavras também podem ser classificadas quanto à tonicidade, dependendo da posição em que se encontra sua sílaba tônica. Por exemplo, uma palavra pode ser:
Oxítona: Quando a sílaba tônica é a última sílaba da palavra. 
Ex.: pa.ra.béns, be.bê, co.li.bri, ma.ra.cu.já, ca.fé, ra.paz
Paroxítona: Quando a sílaba tônica é a penúltima sílaba da palavra. 
Ex.: I.tá.lia, co.xa, te.le.fo.ne, me.sa, xé.rox, dú.plex, tríplex, mon.ta.nha, i.men.si.da.de
Proparoxítona: Quando a sílaba tônica é a antepenúltima da palavra. 
Ex.: ô.ni.bus, órion, es.tô.ma.go, pro.pa.ro.xí.to.na, an.te.pe.núl.ti.ma, ár.vo.re, Mé.xi.co, qui.lô.me.tro
Número de sílabas
Quanto ao número de sílabas, classificam-se os vocábulos em:
Monossílabos: os que têm uma só sílaba (pó, luz, é, pé, dó...)
Dissílabos: os que têm duas sílabas (café, livro, leite, boné...)
Trissílabos: os constituídos de três sílabas (jogador, cabeça, ouvido...)
Polissílabos: os que têm mias de três sílabas (oftalmotorrinolaringologista, casamento, americano, responsabilidade, pneumoultramicroscópicossilicovulca-noconiose 
Vocábulos rizotônicos e arrizotônicos
Rizotônicos (do grego riza, raiz) são os vocábulos cujo acento tônico incide no radical. Aqueles, pelo contrário, que têm o acento tônico depois do radical se dizem arrizontônicos. Essa classificação diz respeito particularmente às formas verbais.
Vejamos o exemplo do verbo escrever:
escrevo
escreves } formas rizotônicas
escreva
escrevi 
Escreverá } formas arrizotônicas
escrevendo 
Ortoepia / Prosódia
A ortoepia/ortoépia ocupa-se da boa pronúncia das palavras. Estudo tradicional e normativo que determina os caracteres fônicos, considerados cultos e relevantes, e a boa pronúncia. A palavra ortoépia se origina da união dos  termos gregos orthos, que significa "correto" e hépos, que significa "palavra". 
Feixe (e não fexe)
Rouba (e não róba)
Infligir (e não inflingir)
Identidade (e não indentidade)
Cozinha (e não conzinha)
Estoura (e não estóra)
Meados (e não meiados)
Freada (e não freiada)
Beneficente (e não beneficiente)
Prazerosamente(e não prazeirosamente)
Mendigo (e não mendingo)
adivinhar 		advinhar 
advogado 		adevogado 
aterrissar 		aterrisar 
bandeja			bandeija 
bochecha		buchecha 
boteco			buteco 
braguilha		barguilha 
cabeleireiro 		cabelereiro 
caranguejo		carangueijo 
eletricista		eletrecista 
empecilho		impecilho 
estupro			estrupo
lagartixa 		largatixa 
lagarto			largato 
mendigo 		mendingo 
meteorologia 	metereologia 
mortadela 		mortandela 
privilégio 		previlégio 
problemas 		poblemas ou pobremas 
salsicha 		salchicha 
sobrancelha 		sombrancelha 
superstição 		supertição
Prosódia é a parte da fonética que tem por objeto a exata acentuação tônica das palavras como, por exemplo: mister, novel, ureter, condor, Nobel, recorde, ambrosia, látex, rubrica, ínterim, crisântemo, Niágara, noctívago...
Metaplasmos
Metaplasmos são modificações fonéticas que as palavras sofrem na sua evolução. Podem ser: POR AUMENTO: prótese, epêntese, paragoge; POR SUBTRAÇÃO: aférese, síncope, crase, apócope; POR TRANSPOSIÇÃO DE FONEMA: metátese, hipértese; POR TRANSFORMAÇÃO: vocalização, consonantização, nasalização, desnasalização, assimilação, dissimilação, sonorização, ditongação, monotongação.
Prótese: Consiste no acréscimo de um fonema no início de um vocábulo: spiritu > espírito / mostrar > amostrar / levantar > alevantar / recear > arrecear / renegar > arrenegar / lagoa > alagoa / fundar > afundar. 
Epêntese: É o nome que se dá ao acréscimo de um fonema no interior de uma palavra: humile > humilde / pneu > peneu / obter > obeter / advogado > adevogado. 
Paragoge: É o nome atribuído à adição de um fonema no final de vocábulo: ante > antes / amor > amore / flor > flore / cantar > cantare / arroz > arroze. 
Aférese / prócope: Quando a supressão acontece em início de um vocábulo: Está > tá / Espera > péra / José > Zé / Ainda > inda / abacaxi / bacaxi. 
Síncope: Quando a supressão do fonema acontece no interior de uma palavra: poer > por / luna > lua / malu > mau. 
Apócope: Consiste na queda de um fonema no final de uma palavra: mare > mar / amat > ama / male > mal /  bobagem > bobage / garagem / garage / cantar > cantá. 
Crase: É o nome que se dá à fusão de duas vogais iguais numa só: pede > pee > pé / colore > coor > cor / nudu > nuu > nu. 
Metátese: É a transposição (mudança de um fonema para outro lugar da sílaba) de um fonema dentro da mesma sílaba: pro > por / semper > sempre perguntar > preguntar / barganha > braganha / prateleira > parteleira. 
Hipértese: É a transposição de um fonema de uma sílaba para outra: fenestra > festra > fresta / meteorologia > metereologia / lagartixa > largatixa.
Vocalização: Fenômeno fonético que consiste na transformação de uma consoante em vogal: nocte > noite / regnu > reino / multu > muito / alto > auto.
Consonantização: Consiste em transformar uma vogal em consoante. Isto sucede sobretudo com as letras (o i e u latinos, que passaram, respectivamente a j e v): iam > já / Jesus > Jesus / uita > vida / uacca > vaca. 
Nasalização: Consiste na passagem de um fonema oral a fonema nasal: nec > nem / mihi > mim / bonu > bom / educação > inducação / exemplo > inxemplo. 
Desnasalização: Consiste na passagem de um fonema nasal a fonema vocálico: luna > lua > lua / ponere > põer > por / abdômen > abdôme / garagem > garage. 
Ditongação:É esta a denominação correspondente à passagem de um hiato, ou de uma vogal, a ditongo: malo > mao > mau / sto > estou / do > dou / saudar (sa-u-dar) > sau-dar / arruinar (ar-ru-i-nar) > ar-rui-nar / do > dou / nós > nóis. 
Monotongação: É o fenômeno que consiste em transformar, ou reduzir, um ditongo a vogal: fructu > fruito (arc.) > fruto / lucta > luita (arc.) > luta / feixe > fexe / doutor > dotor / caixa / caxa. 
Rotacismo: Mudança fonética que consiste na substituição de um som, especialmente [l] ou uma sibilante sonora, pelo [r] alveolar. Troca do som [r] com outro som e/ou escrita da letra r indevidamente, no lugar de outra letra como, por exemplo: falta > farta / almoço > armoço / alface > arface.
Lambdacismo: É a transformação do fonema r em l. Ex.: tarde > talde / surpresa > sulplesa / freira > fleira / arranjar > alanjar / carvão > calvão. 
Sinalefa: Consiste na elisão da vogal átona final da palavra diante de vogal inicial da palavra seguinte: pau de água > pau d’água / minha alma > minh’alma / outra hora > outrora / aquele outro > aqueloutro / me o > mo / de o > do.

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